Sentimentos Adormecidos escrita por kstewfan


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem, esse capítulo tem bastante de Samantha com Anthony, vão adorar. Não tenham preguiça de ler, vale a pena!
Boa leitura!



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Meu sonho foi bom. Ótimo, na verdade. Mas apenas um sonho. Nele, estava sozinha cavalgando devagar, num dia de verão, céu azul e sol no ponto mais alto dele, então apareceu Anthony atrás de mim, cavalgando rápido. Parou o cavalo e desceu dele, e me ajudou a sair do meu. Me conduziu até aquela pequena clareira que havia me levado aquele dia e lá, selou seus lábios macios nos meus. Num beijo tão romantico quanto qualquer outro. Mas como muitos dizem, a felicidade sempre acaba. E vem o pesadelo da vida real.

Vovó me acordou com três batidas na porta do quarto.

- Bom dia Samantha, hora de acordar.

- Já vou vovó. – Falei, espreguiçando-me ainda deitada.

- Seu café da manhã está pronto, e tem uma surpresa para você lá embaixo.

- Só alguns minutos, vou me arrumar e já desço.

- Não demore, estarei lá embaixo. – Disse vovó, então foi para a cozinha.

Levantei-me da cama, olhei pela janela e o dia estava completamente diferente de meu sonho, nublado e cinza, com cara de chuva. Não acordei com tanto humor, primeiro pelo fato de minha avó tirar meu sonho perfeito, e agora, olhando para o céu e vendo isso. Nunca apreciei a chuva, muito menos o frio. Ainda bem que estamos no verão, mas é por causa da humidade, que alguns dias nascem assim. Fui ao banheiro e lavei o rosto, escovei os dentes e coloquei uma roupa normal e como sempre, tênis.

Abri a porta do quarto e encontrei vovô no corredor.

- Bom dia querida, dormiu bem? – Perguntou, abraçando-me carinhosamente.

- Bom dia, maravilhosamente bem. – Sorri.

- Que bom, sua avó está te esperando lá embaixo com o café. – Lembrou-me.

- Ah, é verdade. Estou indo.

- O que pretende fazer hoje Samantha?

- Bom,  eu não sei vovô. Provavelmente ficarei aqui, ou, sei lá. Devo arranjar algo para fazer não é?

- Vai arranjar…

Sorri e desci as escadas, em direção a cozinha. Meu café estava na mesa, como prometido, mas vovó não. Era pão com torradas e suco de laranja natural, gostei. Terminei de comer e fui procurar vovó, não estava na sala, nem na lavanderia, então ouvi umas conversas na varanda e resolvi verificar. Abri a porta e encontrei vovó em sua cadeira de balanço com Anthony ao lado, no banco. Estavam conversando, mas quando me viram pararam rapidamente.

- Bom dia Samantha. – Perguntou Anthony, levantando-se e vindo em minha direção.

- Bom dia.

- Eu gostaria de saber se você não quer ir á um passeio na cidade comigo, hoje.

- Ah, é claro. Eu adoraria.

- Bom, acho que vamos apenas conhecer a parte cultural e bonita da cidade.

- Ok, muito bem então. Vamos, eu só preciso pegar algumas coisas e me arrumar. Um minuto.

- É claro. Enquanto isso vou pegar algumas coisas também. – Disse ele, depois saiu.

Vovó me olhou sorrindo e disse:

- Veio te procurar, te convidou para um passeio, como cavalheiro...

- Vovó!

- Olha querida, eu não sei de nada, mas se fosse você iria apenas aproveitar.

- Eu vou aproveitar vovó. – Dei risada, um beijo em seu rosto e fui rapidamente para o meu quarto. Peguei uma bolsa e coloquei meu Romeu e Julieta, uma escova de cabelo, e uma necessáire com maquiagens muito básicas que provavelmente, eu não iria usar. Troquei meu shorts por um jeans, escovei os dentes e o cabelo, passei um batom simples e desci.

Vovó ainda estava em sua cadeira na varanda. Sentei no banco ao seu lado e esperei por Anthony.

- Nossa como está linda! – Exclamou vovó.

- Obrigada, mas não é pra tanto dona Christina.

- É claro que é, nunca te vejo de batom nos lábios, fica muito diferente e sim, linda.

- Obrigada vovó...

- Então querida, sabe quem vamos ver amanhã?

- Quem?

- Jenette, amanhã é sábado e iremos para a cidade na festa do centenário centenário de não sei quantos mil anos. – Brincou ela.

- É sério? Nossa que bom, eu a adorei e queria muito conversar com ela, mas agora melhor.

- Sim, vai conversar querida. Ela adorou você. – Sorriu.

Anthony chegou e interrompeu nossa conversa, dizendo:

- Está pronta?

- Estou, vamos. Tchau vovó, até mais tarde. – Dei um beijo em seu rosto e fui com Anthony para o carro.

- Que horas irão voltar, Anthony?

- Bom, não sei senhora Christina. Mas não vai ser tarde, eu cuido de Samantha direitinho. – Respondeu ele, fazendo-me corar.

- Muito bem, juízo vocês dois.

Entramos no carro e Anthony dirigiu, até a cidade.

Na viagem fomos conversando, sobre coisas inúteis, cantamos alguma música que tocava na rádio local mas então depois de algum tempo em silêncio, pensei em meu avô.

- Então Anthony, eu realmente quero te contar uma coisa. Mas quero confiar em você, então preciso que mantenha segredo sobre isso. Por favor.

- É claro que pode contar, somos amigos. Eu prometo, o assunto vai ficar aqui.

- Obrigada. Bom, eu estava na casa de Jenette ontem e infelizmente ouvi ela e minha avó conversando. Elas estavam falando sobre meu avô. Ele está com câncer, é alguma coisa no coração.

- Ah, é. Eu, eu sei sobre isso. Seus avós me contaram há algum tempo...

- Contaram para você? Mas, eu não fiquei sabendo de nada. Apenas por meio de uma conversa que ouvi escondida.

- Samantha, seus avós apenas me contaram por que eu precisava ajudar eles. Eu tenho que buscar os remédios de seu avô na cidade. Quando ele passa mal, ou tem algum surto, eu vou para a cidade e levo os remédios que me pedem. Mas é só por isso, não se sinta injustiçada.

- Surto? O que?

- As vezes ele tem isso. Richard. Já aconteceram três. Ele estava normal, então começou a sentir uma pontada no peito e muita falta de ar, caiu no chão e desmaiou. Sua avó pediu os remédios e eu vim á cidade. Quando voltei, demos os medicamentos e ele melhorava. Até acontecerem mais dois surtos, e são inesperados.

- Eu, eu não acho que vou aguentar isso Anthony. Sabe, vovó contou a Jenette que não precisava se preocupar mas eu não consigo. Agora você me contou sobre esses surtos e eu simplesmente não sei. Eu só quero ajudar meu avô...

- Eu sei, eu sei. Mas ele vai aguentar, vai passar por isso. Você o conhece Samantha, é um homem forte que lutou sua vida toda, não é agora que ele irá desistir de tudo. Você tem de mostrar isso para ele, melhor do que ninguém.

- Obrigada Anthony, eu só... Não sei. Acho que devo parar de me preocupar mas a mesmo tempo tentar fazer algo. Me  ajude, por favor.

- Você deve ficar calma, já fazem três semanas que ele não sofre de um surto novamente. Ele está melhorando, pois ele e sua avó tem muita fé. Acho que também deveria ter.

- É, eu fiquei nervosa. Não é fácil lidar com isso, principalmente quando você descobre ás escondidas. Mas, obrigada por me contar Anthony, eu te devo essa.

- Sabe o que você realmente me deve? Seu sorriso agora. Não me obrigue a criá-lo Samantha, e agora que chegamos vamos esquecer esse assunto pelo menos por algumas horas e aproveitar, não é?

É claro que não contive um sorriso.

- Vamos, vamos aproveitar.

A cidade estava diferente da que havia visto ontem, porém é por que estávamos em outro lugar. Era a mesma cidade, mas agora não estávamos nos lugares de lojas e feiras, e sim onde haviam antigos teatros, sapatarias e pequenos restaurantes bistrô nas esquinas das ruas. No meio, havia uma praça, também não tão grande mas muito bonita e cuidada, com árvores e banquinhos, cestas de piquenique e um gramado vasto com um pequeno lago que tinha alguns peixinhos. Anthony estacionou o carro em frente á praça e disse:

- A partir daqui, vamos a pé.

Assim nosso passeio começou, andamos de trem (pequeno que só anda pela redondeza da cidade, é claro), fomos ao parque, passeamos pelas lojas, conheci alguns amigos de Anthony, conversamos, sorrimos, até nos abraçamos para tirar uma foto em frente ao lago da praça, e depois de passar todo o resto da manhã ali, fomos ao bistrô mais charmoso, almoçar.

- Está gostando? – Perguntou.

- Estou simplesmente apaixonada por esta cidade Anthony, acho que vou morar aqui.

- Acho que não seria má ideia. Porém eu iria ter que te aguentar todos os dias?

Demos risada. – Ih, eu é que iria sofrer com você tentando me fazer rir toda hora.

- Eu te faço rir, primeiro por que consigo, e confesso que a culpa não é minha, e segundo por que você tem o sorriso mais lindo que já vi, nunca me cansaria de olhar para ele.

Ficamos em silêncio, para meu constrangimento total. Mas novamente, não deixei de sorrir com o comentário de Anthony. O garçom chegou e colocou nossos pratos á mesa. Almoçamos algo como um croissant, um pouco maior que o normal recheado de coisas diferentes e exóticas. Eu adorei.

Comemos em silêncio e eu observei a praça.

- É linda não é? – Perguntou Anthony, percebendo minha admiração.

- Muito. Estas árvores e grama tão cuidadas, os bancos e o lago. É tudo tão pequeno mas tão encantador aqui.

- É sim... Você vai ver amanhã, na festa da cidade. Está vendo lá, aqueles homens subindo nas árvores e colando fitinhas? – Apontou.

- Estou.

- Amanhã a praça vai estar iluminada com pequenas luzes, para a festa. E por toda a cidade haverão barraquinhas de jogos e comida, e várias atividades como charrete, pescaria, entre outras coisas vão ter.

- Vem muita gente?

- Sim. Nossa, a festa enche tanto que chega até a ficar maior que a população da cidade.

- Nossa. Então deve ser muito boa.

- Sim, as pessoas gostam. A do ano passado foi ótima, quase épica. Todos de outros lugares do estado, e até do país, saíram elogiando a cidade e a festa. A cada ano, o número de pessoas que vem aumenta, então provavelmente amanhã a festa será sim, épica.  – Sorriu Anthony.

- Então vou gostar. Se você elogiou assim é porque deve ser perfeita.

Terminamos de comer e fomos passear pelo parque novamente, nos sentamos no banquinho e conversamos, jogamos xadrez e andamos por muitas lojinhas. Então entramos numa loja de objetos de decoração, onde Anthony comprou um apanhador de sonhos para mim. Dizendo que era pra me proteger dos pesadelos, enquanto ele não estivesse por perto. Anthony me fez sorrir tantas e tantas vezes naquela tarde que o tempo passou tão rápido e tivemos que ir embora.

Fomos para o carro e voltamos a fazenda, com ele me fazendo esquecer de qualquer coisa ruim. E acima de tudo, me fazendo sorrir.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Agora vai começar o amor da históra, que vocês irão adorar (acho que é o que estão mais esperando).
Até o próximo! Comentem, por favor.



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