Lembro do dia em que te conheci, Star. Você cuidou de mim, como se eu fosse da família… Me ensinou exatamentetudo que sabia, e eu não posso ser mais grato que isso. Sinto que até hoje você está comigo, me olhando, cuidando de mim, vivo…

Fazia um dia, que eu estava caminhando… O mapa tinha me revelado algumas armadinhas, escritas pelas mãos da fada da luz, que cuidou de mim, quando pequeno, pouco antes do Star aparecer em minha vida. Resolvi para um pouco para descansar… A noite estava estrelada, e logo encontrei uma árvore para meu repouso.

Naquela noite, usei dos meus dotes de elfo, e chamei duas ninfas de luz, para vigiarem meu sono. Tive mais uma seção de sonhos conturbados com o Star. Ele morrendo de formas trágicas, e eu , nunca conseguindo salvá-lo. Era meio que uma necessidade, da mesma forma que ele fez, de ir até a caverna do Nulgath. Precisava descobrir a verdade sobre o Star, precisava confortar minha alma, precisava confortar aalma dele.

Ninfas da luz, protetoras do Peter.

Ao amanhecer, retomei minha jornada. Era um caminho difícil a ser seguido, mas eu precisava fazê-lo. passando pelo lago das desilusões, cheguei em uma clareira, onde escutei uma doce voz, cantando um trecho de uma música que eu já conhecia, chamada Árvore-forca:

Você vem, você vem
Para a árvore
Onde eles enforcaram um homem que dizem matou três.
Coisas estranhas aconteceram aqui
Não mais estranho seria
Se nos encontrássemos à meia-noite na árvore-forca.

Você vem, você vem
Para a árvore
Onde o homem morto clamou para que seu amor fugisse.
Coisas etranhas aconteceram aqui
Não mais estranho seria
Se nos encontrássemos à meia-noite na árvore-forca….

De repente, uma estranha névoa me cerca e sinto minha visão turva, meus olhos ficam cada vez mais carregados e meus membros não obedecem minhas ordens. Subitamente, sinto uma dor muito forte na minha nuca, e acabo caindo, no chão…

— Ai… — Reclamo. Tinha a sensação que minha cabeça pesava uma tonelada. Pouco tempo depois de recuperar meus sentidos, percebo que estou deitado próximo a uma fogueira…— Onde…Onde estou — Falo

— Ah, você acordou, ainda bem! — Fala um rapaz loiro, ele tinha minha estatura, e tinha o mesmo tom de pele que eu. — Você está bem? Desculpa pelo o que aconteceu.Meu nome é Carl, fui eu quem te acertou. Achei que era mais um dos anões, que destruíram a minha vila…

Carl, o peregrino.

—Sua vila… Anões? — Aquilo era muito familiar pra mim… — Por acaso, você poderia estender seu braço? — Foi quando eu tive a surpresa. Ele era um elfo da luz,assim como eu. —Você pertence a ilha da luz… — Murmuro.

— Como você sabe?— Pergunta ele, estendendo sua espada novamente na minha direção.

Eu mostro meu punho, e revelo a mesma marca que ele tem em seu braço.

Marca dos elfos da luz

—Você também é um elfo da luz? — Ele grita assustado — Pensei que era o último da minha raça— arqueja.

— Eu digo o mesmo— Respondo — Eu sou Peter, obrigado por ter cuidado de mim enquanto estava inconsciente. Estou indo para a caverna do Nulgath, resolver alguns assuntos pendentes.

— É um desafio e tanto — fala, em tom sarcástico — Mas sei que nós, elfos podemos conseguir tudo que quisermos. Agora que eu sei que não estou só, preciso encontrar mais sobreviventes. Boa sorte em sua jornada, Peter, vingue a morte dos nossos irmãos. — Ele me abraça, e caminha alguns metros de distância e se transforma em uma fagulha de luz, até desaparecer totalmente.

Foi uma surpresa tanto pra mim, quanto pra ele, achar alguém da nossa espécie. Mas o que uma criatura poderia estar fazendo por essas bandas, principalmenteum elfo, que saberia de todos os perigos presentes nessa região de Lore?Alguémsó poderia estar me mandando alguma espécie desinal…