Conversas de um Luar escrita por Forest


Capítulo 1
Conversas de um Luar


Notas iniciais do capítulo

Minha primeira fic de ZoRobin, espero que gostem.
Boa Leitura.



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Conversas de um luar

O sol já tinha perdido seu lugar para o anoitecer, o céu estava tomado pela escuridão, mas estava sendo iluminadas pelas estrelas, as estrelas que iluminavam forte devido aos sonhos dos homens que as contemplavam.

O mar que tinha seu azul alegre e simpático tornou-se mais escuro e forte ganhando elegância com o reflexo das estrelas. Um navio que emanava uma energia de um leão vagava tranquilo sobre o silencio do luar.

O silencio não era habitual para aquele navio, pois quando o sol estava fixado sobre o céu limpo de nuvens, a bagunça e festança predominavam junto com risos de alegrias, palavras de felicidades e principalmente a amizade daqueles piratas que faziam o leão e o sol animados. Mas até mesmo o sol cede seu trono á lua, e não seria diferente para aquele bando, respeitavam o luar, e ao anoitecer cediam seus postos aos sonhos, ao descansar de um corpo cansado devido às inúmeras brincadeiras de um dia solar.

Todos estavam cedidos aos sonhos de um sono merecido; mas passos firmes de um homem sobre o deck do navio violavam o silencio da noite, as estrelas dirigiam seus olhares ao homem escondido na escuridão de uma área do deck aonde elas não conseguiam alcançar, as estrelas estavam curiosas, esforçavam-se para iluminar o local e fitar aquele que não deu chance ao sonho.

E com grande esforço o homem ganhava forma lentamente. O homem era Roronoa Zoro; as estrelas puderam perceber devido as três espadas presas em sua cintura, o olho cego por uma cicatriz, o verde do cabelo e das roupas indiciavam sua identidade.

Zoro estava acordado para vigiar o navio dos perigos de uma noite tranquila, sempre se candidatava ao cargo, o cargo que muitos recusavam devido ao cansaço, mas que ele abraçou com o coração o cargo. Zoro gostava do silencio da noite, estava no deck para ter mais um de seus sonhos acordados, tinha a ciência de que não necessitava fechar as pálpebras dentro de um quarto fechado para dormir, preferia dormir de olhos abertos às estrelas, e os sonhos frutos de uma imaginação noturna se tornará real graças à lua.

Junto de suas três katanas, estava uma garrafa de saque, sua bebida preferida e sua principal fonte de energia, querendo ou não o álcool era indispensável para este homem, era sua gasolina e seu veneno.

Pegou a garrafa de vidro e abriu e o aroma logo subia as suas narinas introduzindo as boas vindas, a garganta seca suplicava pelo liquido; levou a garrafa aos lábios, mas antes de libar o álcool, fez menção em brinda ao luar, pois seria sua companheira da noite. Com o brinde feito, à vontade e a sede foram saciadas com um pequeno gole que trouxe prazer imediato, o corpo relaxou e a mente tranquilizou, Zoro estava se sentindo glorificado com a deliciosa bebida e ao companheirismo da lua, Zoro estava feliz e satisfeito pelo momento que vivia naquela tranquila noite.

– Brindando a lua? – Perguntava a voz elegante de Robin.

– Estou brindando á minha companhia desta noite. – respondeu Zoro que não ficou surpreso com aparição da morena.

– Posso me juntar?

– Sim. – Respondia Zoro.

Zoro se apoiou no mastro do navio, fitou Robin que vestia um shorts e uma camisa regata branca, o cabelo da arqueóloga era engrandecido pelos ventos que vinham do sul movendo as mechas negras dando o ar de espontaneidade para Robin.

Zoro percebeu que Robin não tinha nada para beber, ofereceu o saque em sua mão direita, mencionou o delicioso sabor da bebida, mas Robin recusou, disse que tinha outra bebida em mente. Robin subiu as escadas taqueadas indo em direção à cozinha do navio.

O silencio ganhou o local durante o aguardo da volta de Robin; Zoro deu outro gole, tinha ouvido um ditado antigo que dizia: Beber a grandes tragos extingue a sede; beber em pequenos goles prolonga o prazer da bebida. Assim é também com relação ao prazer do amor. E com tudo o mais na vida. Zoro concordava plenamente com o ditado, sabia que saborear uma grande bebida é necessários pequenos goles, os pequenos goles eram essenciais para entender o real prazer do saque.

Zoro ouve o barulho da porta de madeira, dirigi o olhar à cima e observa Robin descendo as escadas com os pés nus e a cada passo dado de Robin se constava a elegância que existia dentro dela.

Sentou em uma cadeira e colocou uma taça de vidro sobre a mesa e em seguida a garrafa de vinho; Zoro foi em direção à mesa de madeira que ficava a poucos metros do mastro, Robin entrelaça a taça em seus dedos, Zoro em bom gesto pega o vinho e serve a arqueóloga. A taça de vidro era contaminada pelo prazer vermelho do vinho, meia taça foi o que Zoro serviu a Robin, e a mesma levou o prazer aos doces lábios, o vinho descia a garganta e esquentava o coração.

– "Com o vinho se alimentam as forças, o sangue e o calor dos homens." – a resposta de Robin ao se deliciar com o vinho.

– Quem é o autor dessa frase? – Perguntou Zoro enquanto voltava para se sentar e apoiar as costas ao mastro.

– Plínio, o velho. – Respondeu Robin, dirigindo o olhar as estrelas.

– Uma noite encantadora você não acha? – Perguntou Robin enquanto admirava o céu.

– Sim.

Os dois logo ficarem em silêncio, preferiram apenas contemplar o momento, um momento único, que os dois sabiam que não eram necessárias palavras para descrever e que ficaria guardada em suas boas lembranças, estavam curtindo a tranquilidade, pois como sabiam ao amanhecer já estaria tudo acabado, o sol quebraria a elegância da noite e traria a bagunça do dia, as estrelas retornariam depois de mais uma noite de grande trabalho.

Troca de olhares ficarem frequentes entre Zoro e Robin, apenas olhares e nenhuma palavra a serem ditas, as únicas ações feitas pelos dois seria o saborear de suas bebidas. Zoro fintou Robin cruzar suas pernas brancas e com a taça de vinho entrelaçada em seus dedos, Robin estava sedutora, os fartos seios que se sobressaiam sobre a camisa regata ganhava a atenção do espadachim, o cabelo negro e seus olhos azuis escuros brilhavam com a luz refletida das estrelas, a silhueta de suas curvas eram requintadas com sua inteligência. Sim, Zoro não tinha como negar, a mulher a sua frente era de uma esbelteza que palavras seriam poucas para descrever. Ela tinha todos os quesitos, apostava que até mesmo as sereias cairiam em ciúmes a Robin; Zoro agradecia a lua por poder passar está noite ao lado dela.

Robin também estava em transe, sempre com o leve sorriso no rosto; olhava Zoro, olhou a mudança de dois anos que aquele forte homem sofreu; Zoro ganhou uma musculatura maior que se engrandecia com sua personalidade, o cabelo verde estava maior e agora estava penteado para trás dando maturidade a ele, o saque em sua mão direita mostrava que continuava com seus velhos costumes, as katanas em sua cintura mostrava sua força, a cicatriz no peitoral e uma nova no olho esquerdo tinham o papel de excitar as mulheres.

– Milagre você não estar lendo um livro. – ressaltou Zoro.

– Tenho algo melhor para ler está noite que não encontrarei nos livros. – respondeu Robin com extrema satisfação.

– Entendo.

Realmente, era uma noite que aqueles dois procuravam, sempre gostarão do silêncio, sempre admirarão a noite, sempre foram reservados e neste momento podiam relaxar e aproveitar cada minuto. Robin fitava Zoro e a curiosidade de uma pergunta que estava adormecida há algum tempo subiu a cabeça.

– Kenshi-san, posso te fazer uma pergunta? – Perguntou Robin curiosa.

– Diga. – Zoro também estava curioso para saber a pergunta.

– Como foram seus dois anos? Todos estão curiosos para saber em qual ilha você ficou e também o que aconteceu com seu olho esquerdo.

Zoro se levantou do mastro do navio e se dirigiu ao oceano a sua frente, passos leves e logo pode ver a grandiosidade da atmosfera, apoio os braços sobre o parapeito do barco e deixando a garrafa de saque ao lado, respondeu:

– Esses dois anos foram necessários, principalmente para mim, descobri realmente o meu ser interior. O olho foi apenas um preço a se pagar.

– A ilha você não irá mencionar não é mesmo? – Perguntou de novo Robin que tinha se levantado com a taça de vinho nas mãos e indo em direção a Zoro.

– Não é necessário.

– Entendo. Fico feliz, nós nunca tivemos essa prosa, acho que deve ser nossa personalidade reservada, me perguntou qual é o motivo para ter essa prosa agora. – argumentou Robin.

– O tempo. – Respondeu Zoro.

– E as estrelas. – Respondeu em seguida Robin, soltando um leve sorriso.

Zoro balançou levemente a cabeça concordando com Robin; os dois estavam vendo o mar à frente que exista em sua jornada, a água se tornou o espelho da lua, refletindo a luz branca que se movimentava com o balançar das ondas. Era a cena que ela não conseguiria ler nos livros de sua estante, era a cena que ela na realidade queria viver, Robin sabia que a noite estava perfeita e só faltava apenas uma coisa para finalizar o livro e escrever o “fim”. Olho ao seu lado o homem que os olhos reluziam luz; sabia que era o momento de viver o conto do livro de sua noite. Deu o ultimo gole de seu vinho deixando um pouco do liquido dentro da taça.

– Zoro.

Zoro olhou ao lado assim que ouviu seu nome, estranhando o motivo de Robin ter pronunciado seu nome, ela nunca pronunciava seu nome e agora ela tinha dito, e antes de poder entender o motivo, Robin tinha pegado o queixo do espadachim e com extrema leveza levou os lábios aos de Zoro, selando um rápido beijo.

– Boa noite Zoro, espero que nós possamos ter mais conversas sobre o luar. – Pronunciou Robin virando de costas e indo em direção a mesa onde estava a garrafa de vinho, ao chegar à mesa pegou a garrafa de vinho e se dirigiu ao seu quarto. Robin sabia que o vinho era a bebida do amor, era a bebida necessária para incentivar o momento e fechar a noite.

Zoro estava em transe, passou os dedos sobre os próprios lábios e pode sentir o saboroso gosto dos lábios daquela que há poucos minutos estava a sua frente e que nesse momento estava indo deitar-se para poder sonhar com a noite que tiveram; Zoro tinha que admitir ela acertou na escolha do vinho, ele olhou para a lua e disse:

– Obrigado.

Realmente a noite de um luar incrível, com estrelas que refletiam os verdadeiros sentimentos e um pouco de vinho e saque era tudo que precisavam para iniciar um novo capítulo.

Robin já tinha chegado no quarto feminino, estava deitando-se e pensando que quando todos os elementos estão apontando para o amor, nem o medo consegue mudar esse destino. Robin não iria finalizar o livro, ela decidiu virar para a próxima página e continuar esse conto que as estrelas escreveram, e que ela podia ler o que vivenciou.

A lua se divertia, fazia algum tempo que os dois estavam estagnados em um capítulo em branco, era necessário ajuda, então optou pegar a folha, e com a pena de tinta deu o inicio de um conto que ela não precisaria mais escrever. Zoro e Robin estavam adormecendo e os sonhos do amanhã estavam recheados de surpresas.


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Notas finais do capítulo

Caso você tenha encontrado algum erro de escrita ou concordância me avise.
Obrigado pela leitura.