A Desgraçada Da Sorte escrita por Lolla Pasion


Capítulo 1
Era uma vez... E fim.


Notas iniciais do capítulo

Tô há tempos tentando postar algo aqui no Nyah, esse texto é uma experimentação.
E se você tá lendo isso, eu devo te amar pois você conseguiu ignorar aquela capa ridícula.
Amo-lhe <'3



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Há várias formas peculiares de se contar histórias sobre pessoas igualmente peculiares. E cada peculiaridade é peculiar o que torna a pessoa peculiar muito peculiarmente interessante.

Parei com a palavra por hora.

Enfim, é nesse ritmo que espero que esteja descontraído (e quem sabe um tanto forçado) que contarei a história do cara aqui ao meu lado.

Seus pais bebiam água de geleira derretida quando o jovem anunciou sua partida. Ele queria provar para os pais que a sorte era sim sua melhor amiga. Abandonou o ninho familiar com sua mãe a berrar “Você vai se foder! Essa vida de sorte só tem a perder!” – dito e feito.

Agora ele se encontra miserável em seu barraco de madeirite – sofrendo da segunda crise de conjuntivite. E ainda é malvisto pelos vizinhos – chamam-no de Cabeção, pois trocara uma mansão por uma vida quase que de ladrão. Morou numa pensão até acabar o dinheiro e hoje vive como lixeiro. Chegou até a encontrar uma namorada, mas ela o trocou por um cara bem-sucedido que conheceu na balada.

Num desses dias de catar lixo da calçada, encontrou, sem por se dar conta, o bilhete da bolada. Estava na rua, jogado. “Deve ter escapulido do saco rasgado” – guardou no bolso por instinto para depois rir disso tomando vinho tinto.

Conferiu o resultado com um vizinho que não havia negado o pedido de seu colega maltratado, enquanto o sortudo lixeiro se perguntava da onde vinha o mau cheiro.

E como já lhe havia sido antecipado, o sortudo havia ganhado. Ganhou na loteria com um bilhete achado na rua, isso sim, era a sorte nua e crua. Ela não o havia abandonado, apenas esperou o momento certo para abona-lo.

Ria-se com alguma celebridade quando sua criada, com humildade, anunciou que uma jovem o esperava no portão. A celebridade, para evitar ser ignorada, saiu sem falar nada, permitindo assim a entrada da moça.

Era apenas a ex-namorada que o trocara por um cara na balada, que agora estava ali, ajoelhada, pedindo perdão enquanto ele imaginava como vingar sua traição.

De todas as possíveis ideias ele teve a mais burra: que na cabeça parece incrível, mas que na prática é certo que termina em surra. Resolveu chifra-la da forma que só uma anta faz: ir para a mesma boate onde ela conheceu o rapaz e encontrar alguém com quem pudesse se aventurar.

Em meio àquelas luzes cegantes, viu uma mulher de vestido rosa provocante. Ela sorriu e ele deu uma piscadela, lançou um beijo e ela percebeu que ele estava na dela. Daí para frente, minha gente, todo mundo já sabe: um pouquinho de charme para manter a vaidade e depois deitar-se numa cama de algum motel da cidade.

Pouco depois do amanhecer ele já estava acordado, sorrindo, pois constatou que fora a melhor mulher com quem tinha transado – e só para tomar nota, não foram poucas. Essa vida de gente rica é coisa de gente louca!

Considerava um puta golpe de sorte ter conseguido ficar com ela até ouvir a voz da própria morte: aquela gostosa – que daria uma bela musa do mundo cinematográfico – era “somente” a esposa do chefe do tráfico.

E os ouvindo isso da mulher que cobiçara, começara achar que era melhor se apressar, se não, como dizia sua mãe: “A cobra ia fumar”.

Pensou em fugir assim, do jeito que sua mãe o concebeu, mas quando abriu a porta, percebeu que se fudeu.

E assim, morre a personagem: pelado, sem nome e desdentado.

Tentei narrar isso em tom de brincadeira, para ver se a mulherada, aqui nesse velório, para de choradeira.


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Notas finais do capítulo

Por ser uma one-shot e eu nem faço muita questão de divulgar, creio que quase ninguém vai ler. Mas se você se interessou seria interessante me contatar ou comentar.
Enfim, é isso.
Eu e a Rima-chan vamos ver se conseguimos algo mais para vocês rirem e rimarem.



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