Nárnia Além Da Vida Parte II escrita por Pevensie


Capítulo 4
Fogo e Ternura


Notas iniciais do capítulo

Um enorme beijo aos leitores que vem comentando. Fico extremamente ansiosa para ler os comentários. Comentem, mesmo que seja só para dizer, gostei ou não gostei.



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O príncipe parou em frente a moça e ela continuou imóvel. Vendo que a princesa não demonstrava reação, Alvaro interagiu.


– Vai a algum lugar princesa Anna? - a doce e terna voz do rapaz, tirou a princesa de seus desvaneios.

– Não, é que não tenho um par. - dizia Anna pausadamente, como se o ar lhe faltasse.

– Concede-me a honra de dançar contigo? - disse estendendo suas mãos, e quando Anna as tocou sentiu um forte arrepio.

– Claro nobre...

– Príncipe Alvaro. - disse o rapaz conduzindo-a para o meio do salão. Que agora era iluminado apenas com velas.


Uma fada assumiu o posto de cantora, e pôs-se a louvar uma bela canção.


Crime – Pamela


Meu coração tem um sonho antigo

Ter sempre alguém comigo

Pertinho de mim, compartilhar

Meus segredos meus medos, meus sonhos, desejos

Tim tim por tim tim

Nos momentos de solidão

Ter alguém pra abraçar e me aquecer

Fazer eterno o fogo da paixão

Ter coisas de amor, pra cantar, pra dizer...


Susana e Caspian percceberam que a filha tinha arrumado um par, e a rainha gentil se sentiu aliviada. Anna estava muito envergonhada, já que ela e Alvaro eram observados pelos olhos curiosos de todos.


E se amar você for crime, qual será minha sentença?

E se amar você for crime, qual a minha pena?

E por amar você for crime, talvez eu viva pra sempre fora da lei...

Mas não vou viver fugindo, eu me rendo, eu me entrego

Fico presa em teu sorriso, presa em teu olhar sincero

Deus é meu juiz e essa causa está diante dele

Eu confesso eu me escondi, e como eu pude te enganar

Eu confesso não é crime, pois pra Deus nunca foi crime amar...


Mas o que deixava a princesa ainda mais desconcertada, era a proximidade com Alvaro e seus belos pares de olhos azuis, que de tanto fitá-la, fazia a jovem errar todos os passos.


– Você é linda demais Anna!

– É... obrigada, está gostando da dança?

– Ao seu lado tudo é perfeito.

– Assim você me deixa sem graça. - disse a jovem ficando avermelhada.

– Perdão princesa, mas não posso conter a felicidade de te ter o meu lado.

– Você disse que é príncipe, mas nunca o vi antes, nem ouvi falar do seu nome. Você é meu parente?

– Não. - disse Alvaro preocupado com a pergunta. E Aninha se sentiu aliviada ao ouvir a resposta.

– Me fale sobre você?


Se Alvaro falasse demais colocaria todo seus planos por água abaixo.


– Perdoe-me alteza, mas já tenho que ir...

– Já? mas você acabou de chegar. Fica mais um pouco, a música nem acabou ainda. - E Anna se calou ao perceber o quanto estava sendo insistente, o que agradou muito a Alvaro, pois percebeu que havia despertado o interesse da princesa.

– Quando a música terminar precisarei ir. Mas você pode me acompanhar até o jardim se quiser. - disse sem deixar de olhar nos olhos da moça.

– Sim eu aceito.


Assim que a música terminou, sem ninguém prestar atenção, os dois se retiraram de mãos dadas. E foram para um labirinto que havia no jardim.


– Obrigada por ter me acompanhado.

– Queria que você tivesse ficado mais, a festa mal começou.

– Eu também queria ficar, mas preciso ir.

– Quero te ver de novo.

– Quando você quiser Anna. - disse Alvaro quase sussurrando.

– Para falar a verdade, em nem te vi direito. Por que você veio com essa máscara?

– Por que o mistério é todo o segredo da magia. - Alvaro vibrou por dentro, ao ver um angelical sorriso se formar nos lábios de Anna, ele estava conseguindo. - Ainda não te dei o meu presente.

– Sua presença já é um prazer.


O príncipe colocou a mão por detrás de sua capa, e voltou-as com um pombo branco nas mãos. - É pra você Anna, espero que goste.


– É uma linda pomba, mas não posso aceitar, acho que ela deve ficar livre.

– Para ela ficar ao seu lado, já é a própria liberdade. É uma lembrança minha, não recuse.

– Você está certo.

– Mas acho que ainda falta te dar uma coisa.

– O que?


Ele se aproximou devagar de Anna, segurou seus ombros, e ela logo percebeu o que ele ia fazer. Se afastar? Pensou ela. Não na verdade ela queria isso, e queria que fosse com esse belo e misterioso príncipe. Quando a boca de Alvaro já estava próximo da sua, o rapaz parou, o que deixou a jovem um pouco decepcionada. Ele estendeu dois de seus macios dedos, e tocou os lábios dela com leveza.


– Eu posso? - perguntou com uma voz sedutora. E Anna só conseguiu dar um suspiro, antes de receber o maior presente de sua vida. Um suave beijo do príncipe encantado. Quando Alvaro tocou os lábios da jovem, não quis se separar mais dela e ela estava odiando o momento em que teria de fazer isso, mas o momento chegou e o beijo foi quebrado por ele, lentamente se separou da jovem com os olhos brilhando.

– Eu... - Anna tentava falar sem ar, e Alvaro apenas a fitava. - Quando te verei de novo?

– A gente ainda vai se cruzar por aí... - disse montando sua égua. - Algum dia. - e partiu deixando a jovem atordoada com o que acabara de acontecer.

– Acho que já te amo. - disse Anna baixinho para si mesma.



– Caspian, sabe quem era aquele rapaz que estava dançando com nossa filha?

– Não o reconheci com essa máscara. Mas onde é que os dois foram? Não os vejo mais.

– Tem muita gente aqui, por isso não conseguimos vê-los mais.

– Sabe amor, não gostei do jeito desse rapaz. Algo me diz que ele não é confiável.

– Isso se chama ciúmes de pai, majestade.

– Como quiser amor, mas não gostei desse sujeito.



Ainda no jardim Anna percebeu que a pomba ainda estava em suas mãos.

– Você é a única lembrança que eu tenho dele pombinha, mas quem será esse moço que mexe tanto com meus pensamentos? Só faz uns 10 minutos que o conheci, e já acho que serei dele para sempre. Acho melhor entrarmos pois sentirão nossa falta.


– Senhor Trumpkin cuide desta ave para mim, até o final da festa.

– Claro majestade, seu pedido é uma ordem.

– Sabe que não precisa me chamar assim sr. Trumpkin.


– Anna quem era aquele rapaz que dançou com você? - perguntou Roberta.


Anna olhou para a lua e respondeu. - Eu não sei mais, nem quem eu sou.


Depois de três horas de Edward já estava entediado com a festa e resolveu passear um pouco pela sacada do castelo. Lúcio ficou irritado por ter sido deixado pelo primo e foi tentar falar com seu pai que a esta hora já estava chateado por Lúcia ter ido embora.


– Olá pai, está gostando da festa?

– Sim, você está bem? Quer se sentar? - disse Robert sem nem olhar para o rapaz.

– Eu estou pai! Odeio quando você me trata como um inválido, achando que não posso ficar em pé.

– Pra que tudo isso Lúcio? Estou preocupado, pois você ficou a festa toda em pé.

– Desculpa. Pai amanhã você pode me ajudar com uma coisa? É que estou construindo uma lança muito especial e queria...

– Não vai dar filho, amanhã Carlos e eu navegaremos para o sul com o Peregrino da Alvorada, Susana e Caspian nos cederam o navio, pois queremos testar uma bússola mágica. E não sei por quê você perde tempo fazendo armas se estamos em paz e será sempre assim.

– Ah tudo bem. - disse Lúcio sem graça. - Se fosse o Carlos ele ajudaria sem problema nenhum, parece até que ele é filho dele. - pensou o rapaz, que tinha uma enorme vontade de chorar.



Edward caminha despreocupado pela sacada do alto do castelo, quando de repente um grifo que voava baixo derrubou o rapaz lá de cima, fazendo-o cair em um rio na parte de trás do castelo. O grande problema era que a água estava muito mais gelada que o normal, e Edward não sabia nadar.

O jovem príncipe estava quase perdendo o ar quando alguém lhe puxou para a superfície. A mulher o deitou sobre as rochas e fez respiração boca a boca, e Edward prontamente reagiu.


– Ahhhhhh – arfava o rapaz buscando o ar.

– Você está bem querido?

– Si... sim – disse o garoto tremendo de frio. - está muito frio aqui. - seus dentes batiam um contra o outro.

– Acalme-se criança. - disse a mulher tirando seu mando de pele de urso polar e o envolvendo em Edward.

– Você está bem é...

– Edward, Edward Pevensie senhora, filho do justo. E a senhora?


Por essa a feiticeira não esperava, um enorme riso se formou em seu rosto, era melhor do que ela pensava. - Eu me chamo Jadis querido. A partir de agora sou sua amiga.


A feiticeira abraçou o menino que estava envolvido com seu manto.


– Você está muito gelado Ed, assim vai pegar um resfriado.

– Nunca vi um rio tão gelado.

– Quer beber alguma coisa quente?

– Claro! Por favor!


Jadis ia repetir a mesma façanha que fez com Edmundo.


– Serve um leite com baunilha?

– Deve estar delicioso, mas como vai arrumar um copo de leite?


Jadis apontou o seu anel verde para o chão, e assim surgiu um copo bem quente de leite com baunilha. Edward o pegou com muita satisfação e deu uma boa golada no leite.


– Está com fome?

– Um pouquinho só – mentiu o garoto que já havia se empanturrado na festa.

– Que tal um docinho? Você gosta Ed? - perguntou com um sorrido acolhedor.

– Poderia ser um trufa de chocolate?

– Como quiser querubim.


Apontou o anel para suas próprias mãos, e entregou o pote cheio da iguaria para o garoto, radiante.


– A senhora é muito boa! - disse Edward com seu melhor sorriso.

– Este é o início de uma grande amizade Ed, mas eu queria que isso só ficasse entre nós dois. Agora volte e aproveite a festa.

– Ah, eu já ia esquecendo de devolver o seu casaco.

– Fique com ele querubim. - se despediu do menino e quando ele desapareceu, encontrou mais um amigo no caminho.

– Bom trabalho Jadis, ninguém pode saber que estamos aqui, por enquanto. - respondeu Miraz em tom perverso.

– Quando você entra em ação?

– Amanhã. Eles são muito poderosos juntos, mais o que acontece se cada um ficar de um lado? O ciúme, a inveja e a intriga serão nossos melhores aliados. - Então Rabadash tomará conta do show.


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Notas finais do capítulo

Beijos hoje tem mais.