Uma História Um Pouco Diferente... escrita por NumberSix


Capítulo 6
Conhecendo a Peste


Notas iniciais do capítulo

Leitores, nesse cap tem personagens novos, espero que gostem =)



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POV SEIS

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O dia correu super normal hoje na escola. Mas quando eu estava saindo, pra ir pra casa, alguém me puxou pra uma sala de aula vazia. Stanley.

Eu não tinha nada contra ele, pra falar a verdade, ele era um cara super legal, nós até namoramos por um tempo, mas ele ficou bêbado numa festa uma vez e o vi com uma garota desconhecida e eu tive que terminar. Foi difícil. Eu já superei, mas não acho que ele tenha superado esse término.

– Oi, Maren. – Disse ele, ainda me segurando pelo braço.

– Oi, o que foi? – Eu disse, olhando para as mãos dele, apertando meu braço. Ele reparou e me soltou.

– Eu preciso conversar com você. – Ele disse, deixando um ar meio tenso.

– Pode falar, o que foi? – Eu perguntei, já ficando curiosa.

– Eu quero voltar com você, por favor. – Ele disse, olhando nos meus olhos. – Eu sinto sua falta, éramos como melhores amigos, eu posso mudar, se você quiser.

– Stan, já conversamos sobre isso milhares de vezes, você me traiu, isso, pra mim, é uma coisa imperdoável. Não é só uma questão de querer e não querer, mas também uma questão de orgulho. Você me humilhou quando fez o que fez. – Eu disse, encarando ele firmemente.

– Eu sei, eu estava bêbado e...

– Você é o único responsável pelas suas atitudes, não culpe a bebida por algo que você se arrepende. Seja homem e admita seu erro. – Eu disse, severamente.

Ele ficou me olhando, sem saber o que falar. Abriu e fechou várias vezes.

– Ok, eu sei que o que eu fiz foi errado e eu realmente me arrependo. Por favor me dê mais uma chance. – Ele disse.

– Não, eu não consigo. – Respondi, com dificuldade.

– Por que? – Ele indagou.

– Porque eu já estou gostando de outra pessoa. – Eu disse, surpresa por ter dito aquilo.

– O que? Quem? – Disse ele, tão surpreso quanto eu por ter dito aquilo.

– Olha, eu tenho que ir pra casa, tenho que cuidar do meu irmão, minha mãe tem horário pra trabalhar. A gente se fala depois, tá?

E saí, sem esperar uma resposta. Aquela conversa me deixou meio perturbada. Eu realmente gostava de Stanley, mas o que ele fez é imperdoável. Além do mais, ainda tenho que descobrir o que sinto por John. Ele foi o único, durante anos, que me chamou atenção. Eu não me permitia gostar de mais ninguém, além dos meus amigos. Tinha medo de me machucar novamente. Mas eu não sinto essa insegurança com o John. Ele me transmite uma sensação boa, uma paz que eu não sentia há tempos.

Chaguei em casa, dei tchau para a minha mãe, que ia trabalhar (é, eu não estava mentindo sobre isso...). Meu irmão mais velho, Calvin, me deu um beijo estalado na bochecha e foi para um curso de desenho. As aulas dele no cursinho ainda não tinham começado, então ele faz cursos de desenho pra não ficar sem fazer nada. Não sei por quê ele não fica dormindo, é muito mais divertido...

Vi o Jake, meu irmão caçula, correndo pela casa. Peguei ele, o imobilizei no chão e dei um beijo babado na bochecha dele.

– Eeeeeeca, não faz mais isso!!! – Ele disse reclamando.

– Deixa de ser gay e para de reclamar. – Eu disse, ligando a tevê. (N/A: Gente, nada contra os gays. Eu brinco assim com meus primos pra eles pararem de reclamar, sempre funciona).

Fiquei passando pelos canais até achar algo legal passando. Deixei no Friends, adoooooro essa série. Mas, na minha casa, não é tão simples sentar e assistir alguma coisa. Você tem que ficar sempre alerta. Eu estava tranquila, até sentir algo batendo na minha cabeça. Eu odeio quando algo toca na minha cabeça.

Me virei, lentamente, e vi meu irmão tentando se esconder atrás da geladeira. Me levantei e fui na direção dele. Ele percebeu que eu o vi e começou a correr. Gritei e fui atrás dele.

Ele correu até a rua e, numa tentativa de desespero, entrou na casa do vizinho, que estava aberta. Se estava aberta, não seria exatamente invasão domiciliar, né?

Enfim, ele subiu as escadas. Fui atrás dele, mas não o achei. Comecei a abrir as portas dos quartos e dos banheiros, procurando por ele. Então abri uma porta e encontrei um John deitado na cama, mexendo em seu notebook.

– Seis? – Ele disse, surpreso. Ou fingindo... – Sem querer ser grosso nem nada, mas o que você tá fazendo aqui?

– Meu irmão me irritou e entrou aqui, só estou procurando ele, você o viu? – Eu perguntei, indiferente.

– Não, não vi. – Ele disse.

– Então você não se importaria se eu olhasse dentro do seu armário, né? – Perguntei, indo até o armário dele, com uma sobrancelha arqueada.

– Hum, eu não faria isso se eu fosse você, eu sou meio bagunceiro. – Ele disse, nervoso.

– É só uma espiadinha rápida. – Eu disse, fazendo carinha de cão que caiu do caminhão de mudança.

– Hum... – Ele não conseguiu achar mais nenhum argumento, então assentiu com a cabeça, escondendo-a entre as mãos depois.

Sorri marotamente e abri o closet. E como eu havia pensado, Jake estava lá todo espremido. O fuzilei com os olhos e o puxei pelas orelhas.

– Ai, ai, ai, tá doendo, ai... – Ele disse, fazendo caretas de dor.

– É pra doer mesmo. – Eu disse. – Desculpe por ele, John, ele faz essas coisas ás vezes...

– Tudo bem. – John disse. – Desculpa, cara... – Disse olhando para o Jake.

Jake abaixou a cabeça e fez um gesto com a mão como se dissesse não tem problema.

– E John, - eu disse. – você mente muito mal. Até mais. – Me despedi, dando um sorrisinho ao vê-lo começando a corar.

– Até... – Ouvi ele dizendo atrás de mim.

Levei Jake até em casa e o tranquei no banheiro, como sempre faço quando ele faz algo errado ou quando quero paz. Lá ele não faz barulho, não me irrita e aprende a lição. É um ótimo jeito de educar irmãos mais novos. Então voltei a assistir Friends em paz, sorrindo ao me lembrar de como o John é um péssimo mentiroso.


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Notas finais do capítulo

Críticas são bem-vindas!!



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