A Origem Dos Anjos - Interativa escrita por Nattav Skrack


Capítulo 1
Prólogo - Anjo de Guarda


Notas iniciais do capítulo

Para quem lê minha outra fanfic interativa(poucos, pois postei há pouco tempo XD), prometo que não vou parar de postar nela - até porque tenho ajuda =D. Se alguém tiver interesse em lê-la: http://fanfiction.com.br/historia/361143/Entre_Dois_Mundos_-_Interativa/

Fichas nas notas finais (não pulem direto para lá, esse capítulo é importante >.<).



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“Anjos, como todos pensam, não fazem parte de religião alguma. A origem desses seres e seu contato com humanos é outra, completamente diferente.

Há muito, muito tempo, houve uma guerra entre duas espécies distintas: Anjos e Humanos. Os humanos lutavam por poder e ambição, pois os anjos eram mais sábios e poderosos. Dessa forma, queriam um mundo só deles. E toda essa batalha começou por um humano, cujo nome era Augustus. Com suas promessas de vida eterna, sua lábia e pouco conhecimento das pessoas da época, Augustus convenceu a todos que seria melhor ter os anjos escravizados, assim, eles poderiam controlá-los e impedi-los de dominar o mundo. Os anjos estavam em menor número, mas eram poderosos, o que acabou fazendo com que as pessoas pensassem que realmente queriam domínio sobre os humanos. Os anjos, porém, apenas queriam viver em paz nas montanhas, seu lar, embora houvessem alguns poucos que apoiavam essa guerra, pois diziam que os humanos – seres inferiores – deveriam conhecer o seu lugar, abaixo deles.

E a declaração de guerra aconteceu quando Augustus mandou um grande exército para as montanhas, esperando pegar os Anjos desprevenidos. Não aconteceu, pois haviam espiões por todas as partes, que avisaram sobre o ataque. E o exército foi repelido, com muitas baixas dos dois lados. E a partir daí, uma Guerra que durou bastante tempo, foi iniciada.

Apenas terminou com a morte de Augustus, e quando o anjo Athelstan propôs à paz, casando-se com a única filha de Augustus, o que era algo proibido por ambas as partes: As espécies não deveriam se misturar. Athelstan, porém, era um dos Sete Conselheiros dos anjos, e muito respeitado. E com sua reputação unida ao título da princesa, eles fizeram as pazes. Como fruto dessa união, tiveram três filhas e um filho, que simbolizaram a harmonia entre as espécies. Anjos e humanos conviviam pacificamente. Porém, com a morte de Athelstan, seu filho Aelle ficou no poder, o que marcou a separação das raças. Muitas confusões aconteciam, e a única solução encontrada foi humanos e anjos não conviver mais juntos. O conselho dos anjos, composto por sete membros, usou de uma magia muito antiga para fazer com que os anjos ficassem invisíveis aos humanos. Para que nenhum mal acontecesse, porém, em uma época de constantes guerras e perigos foram criados os Anjos de Guarda, que protegiam todos os descendentes de Athelstan. Os humanos comuns não tinham essa proteção. Quando os descendentes completavam treze anos, os Anjos de Guarda afastavam-se, para proteger outras crianças que precisavam.

E isso continuou, e continua, até os dias de hoje.

É observado, porém, um fenômeno em que o Anjo de Guarda não abandona a criança aos treze anos. Nesses casos, são descendentes diretos de Athelstan, que são protegidos por muito mais tempo, além de possuírem certas habilidades que os outros humanos não tem. Nunca as despertam, porém.

Mas, quando algo muito pior está por vir, os descendentes diretos terão de abrir os olhos, e despertarem para um mundo completamente novo. Ou não só a humanidade, mas todos, pagarão o preço.”

___

Ele estava caminhando pelas sombras. Não enxergava nada, mas sabia que precisava encontrar alguém. E por mais que procurasse, em meio a névoa espessa, a busca só se tornava maior.

Parou, ouvindo um choro baixo. Quando olhou para baixo, viu um rastro de sangue, que continuava para onde a névoa tornava-se mais concentrada. Ele sabia o que estava por vir, mas não podia controlar. E seguiu o rastro, até avistar uma garotinha sentada sobre uma poça de sangue, a cabeça baixa e os espessos cabelos negros cobrindo-lhe a face. Ele correu até ela, porém algo o impedia de continuar, como se fosse puxado por uma força invisível.

“Me desculpe” Pronunciou, as mãos esticadas em uma tentativa nula de alcançá-la.

A garotinha levantou a cabeça. Seu rosto estava muito pálido, e completamente inexpressivo. Quando levantou-se, revelou um vestido que fora florido, mas agora era manchado por lama e sangue. Estava meio rasgado, e no lugar do coração, havia um buraco... Profundo... Vazio... De onde provinha todo o sangue.

“Sua culpa, foi sua culpa” Recitou em tom monótono, como uma prece, repetindo sem parar. “Culpado... Sua culpa”

Ele olhou para as próprias mãos, vendo um sangue que não era seu, que também manchava suas roupas. E a voz continuava a repetir...

- ... Minha culpa... – Murmurou, meio dormindo, meio acordado. Abriu os olhos, aliviado pela claridade, o estômago embrulhado pelo sonho quase real. Desde aquele dia, a noite para ele era uma tormenta, e as memórias o assombravam de forma cada vez pior. Sua culpa. Ele sabia que sim... Passou a mão pela testa suada, levantando-se em um pulo. Voltou, porém, a sentar-se na cama, o desânimo tomando conta dele. Já fazia algum tempo desde o ocorrido, mas ele não podia se perdoar. Foram-lhe oferecidas outras oportunidades como guardião, mas ele recusou a todas, pois não se sentia capaz de voltar a guardar. E se deixasse aquilo acontecer novamente? Não, de modo algum se perdoaria. Mesmo que todos dissessem que não fora sua culpa, e que havia acontecido com várias outras crianças... Mas ele falhara, e isso não podia suportar. 

Ainda estava sentado sobre a cama, bastante grande de modo a acomodar também suas asas. A janela, bastante grande, abriu-se subitamente, e uma silhueta que ele conhecia bem entrou por ela, pousando em sua frente, o vento provindo das batidas das asas afastando seus cabelos castanhos do rosto. O garoto ruivo sorria amplamente, as asas, também laranjas, esticadas atrás de si. Ele parecia bastante entusiasmado, e ia contar algo, quando percebeu a expressão sombria do outro.

- Por que você sempre está com essa expressão, logo cedo, Lazz? – O garoto pronunciou, fechando as asas atrás de si, permitindo que a claridade entrasse para o quarto amplo.

Lazriel sorriu, embora não houvesse realmente emoção no gesto. Levantou-se, alongando o corpo e esticando as asas negras atrás de si.

- Não se preocupe comigo, Eleon. E você, o que faz aqui tão cedo? – Perguntou, como um modo de desviar a atenção de si. Eleon era seu irmão, apenas por parte de mãe, já que seu pai falecera a alguns anos. Os dois eram muito diferentes, e não parecia que havia algum parentesco entre ambos. Lazriel morava sozinho, desde que completara cinquenta e quatro anos. Só então a mãe o deixara partir, com algum esforço por parte dele.

Anjos envelheciam bem mais lentamente que humanos, além de ter uma vida muito mais longa.

- Eu precisava te contar! – Eleon disse, entusiasmado, parecendo esquecer a expressão sombria de Laz – Eu fui aprovado, serei um Anjo da Guarda.

Eleon estufou o peito, tentando parecer maior, e não percebeu que a expressão de Lazriel havia se alterado completamente.

- O que disse? Você é muito jovem para isso – Lazriel acabou usando um tom demasiado ríspido, que fez o menor se assustar.

- Eu... Eu já tenho quarenta e quatro anos – O garoto disse em um fio de voz. Mas logo sua expressão mudou para raiva – É por causa do que aconteceu com você? Eu ouvi falar. Mas eu não sou você, e precisa superar isso!

E saiu novamente pela janela, rápido demais para que o Lazriel boquiaberto pudesse fazer algo. Nunca vira o irmão tão irritado, e por um segundo arrependeu-se pelo que disse. Ser aprovado para Anjo da Guarda era algo difícil, e Eleon treinara duro. Ele deveria tê-lo parabenizado... Mas as lembranças nublaram totalmente sua mente, e acabou não percebendo que estava magoando o irmãozinho, que fora até ali apenas para contar a novidade.

Suspirou, sentando-se novamente na cama, e deitando-se em seguida, os braços atrás da cabeça. Culpa era um sentimento tão comum para ele.

Se pudesse, não se levantaria mais dali... 


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Notas finais do capítulo

Okay, sobre as vagas, não vou pôr um limite (até por que, sempre posso criar personagens caso falte), nem gênero e coisas assim. Mas espero mesmo receber tanto mulheres como homens, e anjos e humanos. Serei mais rigoroso caso receba muitas fichas apenas de mulheres (ou anjos) e coisas assim. Se quiser enviar mais de uma, fique a vontade, se for boa eu não me importarei em aceitar :)

Fichas: http://www.tfaforms.com/284134

Tratem de ler tudo u.u
E mandem review se forem mandar uma ficha, isso me deixa feliz =D Além de aumentar suas chances (e não é suborno -q). Digam o que acharam do capítulo.

Espero por suas fichas o/



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