Guardiões: O Retorno Das Trevas escrita por Annabel Lee
Notas iniciais do capítulo
E agora? Os Guardiões possuem Gothel sob controle extremo... Mas e Breu? Como farão para deter o Senhor dos Pesadelos e sua terrível vingança?
Rapunzel não havia se acostumado totalmente com o cabelo curto, mas aquele era o menor dos problemas.
Ela e Mavis ajudavam outros Guardiões, de países e continentes diferenciados, a retornarem ao trabalho. Soluço, Merida, Jack e Norte conversavam sobre algum assunto sério que as duas desconheciam até o momento. Mas Rapunzel não se preocupava com isso...
- Ela está presa, Punz - garantiu Mavis - não vai mais nos preocupar. As bruxas do Hotel são incrivelmente poderosas...
Rapunzel assentiu. Ela confiava na palavra da amiga. Mas aquela mulher a havia perturbado muito em seu penúltimo encontro. Saber que foi adotada e com o propósito de manter sua adorável mãe jovem e viva não é uma ideia muito reconfortante.
Gothel estava presa. Sim, ela acreditava nisso. Mas ainda tinha Breu. O Bicho Papão havia perturbado muito os Guardiões nos últimos dias. Colocando-os frente à frente aos piores medos e ressentimentos. O que ele faria agora sabendo que sua aliada foi pega? Sua "mãe" sempre dizia que "Quando as pessoas ficam vulneráveis, tendem a ficar mais perigosas". Aquilo a aterrorizava.
- O que te preocupa, Rapunzel? - Mavis lhe pergunta.
- Breu.
Aquilo foi o bastante para a percepção da vampira.
- Meu pai acabou de dar notícias. Breu possui um exército poderoso na cidade. Mas não possui a adaga, nem a "aliada poderosa". Temos uma chance!
"Quando as pessoas ficam vulneráveis, tendem a ficar mais perigosas".
- Talvez - diz Rapunzel, refletiva.
- Tenha esperança, Rapunzel. Nunca vi grupos tão poderosos aqui. Nós podemos vencer essa guerra.
Uma fada de vestido verde e belos cabelos loiros presos num coque voa até as duas. Norte explicou que era a representante das Guardiãs da Natureza. Ela se aproximou como os outros que Mavis e ela ajudaram.
- Olá - ela diz.
Rapunzel abre um sorriso para ela.
- Olá, está ferida ou fraca?
- Não - ela responde - só quero saber se posso voltar para casa. Minhas irmãs devem estar preocupadas.
- Lógico. Seu nome?
- Tinker Bell.
- Bom, Tinker Bell. Já que não está ferida pode se retirar e prosseguir com sua função.
- Obrigada.
A fada se retira e sai voando até a superfície.
- Está ficando boa nisso, Punz! - diz uma voz atrás dela.
Rapunzel abre seu sorriso automaticamente.
- Obrigada, Jack - ela diz para o Guardião do Inverno, que exibia um sorriso torto nos rosto divertido - quais são as novas?
O sorriso de Jack se desfaz. O assunto era obviamente preocupante. Os dois se retiram para um canto para conversarem a sós.
- Breu está forte. Muito forte. - Jack lhe fala.
- Mavis disse que ele tem um Exército na cidade...
- Sim. Um exército de sombras e pesadelos materializados.
- O que quer dizer?
- Quer dizer que ele retirou os pesadelos da imaginação.
Aquilo era realmente uma notícia ruim.
- O que devemos fazer?
- Norte acredita que podemos restaurar a crença das crianças no Natal, que é hoje, e isso irá derrota-lo. Mas, ao mesmo tempo, devemos ajuda-las a encarar seus maiores medo materializados... e os nossos.
As lágrimas lutam para escapar dos olhos desesperados de Rapunzel. Mais? Ela não sabia se ia suportar mais um momento de sofrimento e escuridão. Já não basta o fato de ela ser apunhalada por uma adaga mágica e quase morrer por uma feiticeira?
- Já não suportamos demais, Jack? - ela pergunta.
Jack a abraça. Ela sentiu um pouco de frio, mas não se importou. Queria esquecer que tudo aquilo ainda não havia terminado. Queria imaginar que estava numa casa simples, aquecendo chá e comendo bolo de cenoura. Ela afunda o rosto no peito de Jack concentrando-se em coisas felizes e alegres. Como música, dança, Jack Frost...
- Vai ficar tudo bem, Punz - Jack sussurra.
Quem dera...
Então Rapunzel se lembra de uma coisa que Jack lhe disse quando os dois partiram para a Toca do Coelhão. "Eu te amo". Seria verdade? A sinceridade na voz dele dizia que sim. Ela sorri. Certa de que o correspondia, e que tudo ficaria bem no final daquela guerra sombria.
- Eu te amo - ela se escuta dizer em voz baixa.
Jack a afasta e encara seus olhos. A expressão dele fariava de vários sentimentos conflituosos. Confusão. Descrença. Felicidade. Esperança. Ela abre um sorriso, como se afirma-se o que havia dito. Então Soluço surge montado em Banguela e Merida montada num cavalo preto e branco.
- Onde encontrou esse cavalo? - Rapunzel pergunta.
- Angus. Ele é meu. Acabou vindo para o presente com toda essa confusão temporal que Breu causou...
- Norte pegou o trenó. - diz Soluço como se temesse algo - nós vamos para a cidade.
- Norte vai dar carona? - Jack pergunta.
- Não. Ele já foi com o Coelhão, Mavis e mais alguns monstros. Estamos por nossa conta, ou seja...
- ... Vamos encarar Breu enquanto Norte distribui presentes - Merida completa a fala de Soluço. Os dois se entreolham e sorriem como duas crianças. Rapunzel começou a se perguntar o que estava rolando entre aqueles dois.
Jack assopra na própria mão, fazendo uma bola de neve surgir de seu hálito frio.
- Estão prontos? - ele pergunta.
- Nem um pouco - Rapunzel responde - eu bem que queria ter um transporte....
Pascal lambe o rosto dela. Tentando chamar sua atenção.
- Agora não, Pascal...
Soluço tinha o cenho franzido.
- Posso ver seu camaleão? - ele pergunta.
Rapunzel pega o amigo e o estende com cuidado para Soluço. Soluço o avalia, então seus olhos se arregalam. Ele exclama algo como: "Por Odim!".
- O quê? - Merida lhe pergunta com curiosidade.
- Isso aqui é um dragão!
- Oi? - Rapunzel se mete confusa - ele é um camaleão. Sempre foi um camaleão!
- É um Personatus. Ele se camufla. E uma de suas "camuflagens" mas comuns é se disfarçar de camaleão para proteger seu aliado.
- Aliado?
- "Humano". Vou mostrar...
Soluço o põe no chão e diz de forma alta: Revele. Pascal começa a crescer. Transformando-se num poderoso dragão verde-claro com grandes olhos amarelos e asas brilhantes. Rapunzel estava perplexa. Já Soluço estava admirado.
- Incrível que os dragões tenham sobrevivido da minha época para a sua, Punz.
- Você era dragão todo esse tempo e nunca me contou? - Rapunzel pergunta chocada para Pascal.
Seu ex-camaleão faz um som de lamento, e enrubesceu.
- Vamos conversar mais tarde - ela diz montando em Pascal.
- Já tem seu transporte, Punz - diz Jack - posso abrir o Portal agora?
- Claro!
- Antes de morrermos, pessoal - diz Jack sorrindo - quero dizer que vocês são incríveis.
- ANDA JACK! - todos gritam em uníssono.
O sorriso de Jack se torna mais largo e ele lança a bola de neve no ar, transformando-a num Portal brilhante que exibia a imagem de uma cidade em discórdia. E, assustados demais para admitir, os Guardiões o atravessam para sua Batalha Final.
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Aguardeeem.