Guardiões: O Retorno Das Trevas escrita por Annabel Lee


Capítulo 15
Sentiu Saudades?


Notas iniciais do capítulo

Ei, leitores! Quero desculpar aos que shippam Jarida e tals... mas eu nem posso fazer um relacionamento a três se não teria que aumentar a classificação da fic e tudo o mais kkkkkkkk

Então esqueçam essas paradas de shipps e aproveitem a história da fic em si e as tretas que viram...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/361898/chapter/15

Jack e Rapunzel seguiram um eternidade pelo escuro corredor de concreto.

O cabelo de Rapunzel ajudava, mas a pobre menina estava já sem fôlego de tanto que cantava. Então, como se os pensamentos de Jack tivessem sido ouvidos, eles avistam uma tocha acendida mais a frente.

Jack a puxa da parede.

- Pode parar de cantar, Punz! - ele diz.

Ela parou e ficou ofegante. Buscando um ar como alguém que havia se sufocado. O brilho dourado foi se apagando e tornando-se no loiro habitual.

- Ainda bem - ela diz quando a respiração volta ao normal.

Eles seguiram andando em silêncio. A frigideira continuava nas mãos, agora relaxadas, de Rapunzel. Ela parecia estar começando a se acostumar com o mundo. Não teme-lo tanto.

Jack percebeu que havia um bicho verde no ombro dela.

- Que bicho é esse? - ele pergunta.

Ela franze o cenho, então compreende. Ela sorri.

- É o Pascal - responde - meu melhor amigo.

- Essa lagarta estava com a gente todo esse tempo?

- Ele é um camaleão! E não... Ele saiu algumas vezes. Tipo quando eu me afoguei.

O silêncio retorna. Jack parecia ter ficado tão desesperado quanto ela quando ela caiu naquele rio. Ele já havia sacado havia uns 5 minutos, quem sabe, que gostava dela. Definitivamente uma maluquice! Ele era imortal. Mesmo que ela demore a envelhecer (e a morrer) o dia chegaria algum dia. Ele aguentaria?

Pensar naquilo era tão doloroso e complexo que ele esquecia que era Guardião da Diversão. Só sentiu a dor da perda duas vezes: quando pensou que sua irmã morreria... E quando Sand morreu temporariamente.

Mas os dois ficaram bem. Ele não viu a irmã nunca mais, mas sabia que ela viveu bastante. Perder Rapunzel seria algo tão permanente e doloroso que ela poderia levar o cerne dele junto.

Ele notou que ela o observava de relance.

- Aconteceu alguma coisa? - pergunta.

Ele nega com a cabeça.

Ela para de andar. Ele para também e olha para ela confuso.

- Que foi?

Ela o abraça. Muito forte. Pareceu que todos os problemas se resolveram em segundos. Todos. Inclusive o Breu e a parceira louca dele. Era como se Rapunzel estivesse curando a melancolia dele, como fazia quando cantava.

O cerne dela...

- Rapunzel! - ele exclamou.

Ela se afastou confusa.

- Que foi?

- É isso! Você... Você é incrível!

As bochechas dela ficam rosadas.

- Brigada...

Ele já ia lhe falar. Falar tudo. O que descobrira sobre o cerne da jovem e dos sentimentos que ele vinha guardando. Seria como descarregar duzentas toneladas de concreto. Mas os dois ouvem alguma coisa à frente.

Um movimento.

- Jack...

- Eu ouvi.

- Será ele?

Jack respira fundo.

- Vamos ver.

Os dois saíram correndo à frente. Rapunzel ás vezes se embolava com o próprio cabelo. Jack a ajudava e os dois seguiam, tendo o provável Flyn Rider cada vez mais longe.

- Vai voando! - ela diz - volte depois. Não sairei daqui.

- Não vou te deixar aqui sozinha!

- Jack, precisa pegar a adaga!

Jack a puxa pela cintura e lhe abraça muito forte. Parece que deixa-la agora era deixa-la para sempre. Não. Ele jamais permitiria isso.

Ela pareceu confusa. Ele se virou e saiu voando como um jato até o fundo do túnel, o cajado em mãos pronto para congelar qualquer espertinho que tente sair correndo.

Então ele esbarra em alguma coisa. Não. Em alguém.

Ele ficou meio tonto. Até visualizar um sujeito de cabelos castanhos batendo na altura do pescoço. Ele carregava uma bolsa masculina bege e agora possuía um galo vermelho na testa.

- Você... não vai... me prender. - ele diz um pouco grogue. Jack revira os olhos. Esse era o cara? Como coelhão deixou a adaga pra ele?

Ele o pega no colo. Putz! Esse cara não era do tipo que comia cereal no café.

Jack sai voando, dessa vez não muito rápido e para na frente de Rapunzel, que estava sentada e encostada na parede de concreto conversando com sua lagarta verde.

Jack despeja o cara no chão como um saco de batata. Rapunzel franze o cenho.

- É ele? - pergunta.

- Sim. Flyn Rider.

Flyn levanta os olhos, a pancada deve tê-lo deixado bem tonto.

- Sou eu... - ele diz se enrolando.

Jack e Rapunzel trocam olhares. A adaga deve estar naquela bolsa.

Rapunzel puxa a bolsa dele. Flyn Rider virou para o outro lado como se estivesse num sono pesado. Ela abre a bolsa e lá se via uma pequena caixa ornamentada, com desenhos em azul.

Ela levanta os olhos para Jack, exibiam um alívio imenso.

- Conseguimos... Jack, conseguimos!

Ele sorri. Finalmente. Precisavam só procurar Soluço e Merida que tudo ficaria bem. Ele viajariam pela bola de neve até a Toca do Coelhão, onde comeriam chocolate enquanto Norte planejaria um plano incrível para usarem a adaga para combater Breu.

Mas, como sempre, nunca seria tão fácil.

Rapunzel põe a bolsa e Jack a ajuda a se levantar. Um som parecendo um leve zumbido é escutado. Jack olha para o inconsciente Flyn Rider e vê uma luz vermelha piscar em seu bolso.

Jack se abaixa e tira uma pedra negra de lá. Ela piscava em luzes vermelhas como um sinalizador.

Espera... Um sinalizador?

Rapunzel se aproxima.

- Eu já vi isso antes! - ela exclama - minha mãe possui várias.

A mãe dela...

- Punz, tem uma coisa que eu tenho que te contar.

Eles começam a ouvir latidos. As paredes começam a ser envoltas por uma familiar areia negra. Jack segura a mão de Rapunzel, como se aquilo fosse protege-la.

- Breu... - ele murmura - temos que ir.

- Vamos deixar o cara aqui?

- Punz, não podemos carrega-lo...

Era tarde demais. Porque a luz da tocha, que brilhava numa luz dourada e cálida, agora brilhava numa luz branca e morta. Jack se põe na frente de Rapunzel.

Ele ouve uma risada maligna. Breu estava ali.

- Sentiu saudade, Jack? - a voz do maldito pergunta, ecoando nos túneis.

Um par de olhos dourados surge na frente de Jack, e depois Breu se torna visível. A mesma aparência sombria e cínica que sempre foi.

Jack estende o cajado, ameaçando Breu.

- Se afasta! - ele grunhe.

Breu ri.

- Seu gelinho não é mais páreo ao nosso poder, Jack?

- Nosso? - Jack arregala os olhos quando entende.

Uma figura surge ao lado de Breu. Vestia um vestido vermelho e antigo, longo. Possuía incríveis cabelos negros e cacheados. Mas o sorriso era tão cruel quanto os olhos escuros.

Rapunzel aperta o casaco de Jack e fica do lado dele. Os olhos eram confusos.

- Mãe?

A mulher sorri.

- Olá, filhinha. Sentiu saudade?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E as tretas começam!!!!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Guardiões: O Retorno Das Trevas" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.