Suntuoso Passado:A história de Endymion e Serenity escrita por Darin


Capítulo 7
Capitulo 07: Sonhado reino para o meu amor


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo de Suntuoso Passado...



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Fazem dois dias que deixei minha pequena princesa da lua em seu quarto cristalino...Fui rápido, somente a coloquei na cama e sai...

Não tenho certeza sobre o que me aconteceria se alguém me pegasse lá, mas o medo nos olhos de Serenity me deixou temeroso. Sem falar que o remorso de vê-la naquele estado por minha culpa ainda dói em meu peito... Como eu poderia imaginar que ela era alérgica a Penta?

Quando Kunzite me indicou aquele campo florido achei ser um ótimo lugar para levá-la... Falando nisso, nunca mais aceitarei conselhos amorosos de Kunzite!!! Somente a deixei irritada e doente... Ainda não tive tempo de falar com meu tutor de espadas, mas terei uma conversa séria sobre a “ajuda” que ele me forneceu e eu, o principiante na arte de amar, deveria dar conselhos para aquele solteirão...

O vi distraído outro dia, sorrio pela lembrança: Ele estava quieto, suspirando igual uma virgem apaixonada. Tenho certeza que alguma donzela já invadiu seu duro coração de guerreiro, mas ele não admitiu nada por mais que eu e Zoicite, seu protegido, insistíssemos. Espero que ele se declare logo e viva o sonho e angústia que é apaixonar-se por alguém...

Eu amo a Serenity.

Volto minha atenção para o corredor que estou a percorrer, hoje tenho uma audiência com o grande rei de Elysion... Sim, meu pai... Ele anda tão ocupado ultimamente que mal consigo vê-lo... Seu nome é Jimmu-sama*, o grande rei sol.

Entro cuidadoso na sala do trono... Ela está situada em uma das torres mais altas do casarão que habita a família real de Elysion.

Seu formato é circular e possui janelas altas que comumente são cobertas pelas cortinas de seda fina e correntes douradas com cristais que circundam a sala. O piso é de mármore branco e no centro há um grande sol fabricado de ouro puro... Ao fundo da sala há um pequeno palco estofado de camurça verde, cujo fundo há tapeçarias com as lendas de fundação do meu reino... É neste palco que se encontram três tronos... O menor é o que eu ocupo em cerimônias oficiais, quase um banco estofado de vermelho, com algumas inscrições e imagens, que me diz que pouco sou ainda...

O segundo trono é fabricado em ouro e cravejado de pedras preciosas, possui símbolos e imagens que contam a história da grande Deusa do Sol, minha mãe... Este trono encontra-se desocupado desde quando eu era menino... Quando ela faleceu... Se eu fechar os olhos ainda consigo ver seu rosto, ela era linda com seus longos cabelos negros e olhos de um verde profundo, como as matas da superfície.

Meu pai sempre mantem uma rosa vermelha no estofado do trono para simbolizar a bela rainha que um dia o ocupou...

O maior e central trono é o local que meu pai passa maior parte do dia, ele é uma poltrona confortável fabricada em ouro e com um grande sol no encosto. Suas pernas são decoradas de cavalos alados e sóis dourados, símbolos do poderio de Elysion, o reino dourado...

Meu pai está com seus assessores, devem está a falar sobre algum assunto comum...

– Grande Rei – curvo-me para lhe prestar respeito.

– Endymion – meu pai sempre quando me via fazia este rosto de adoração, muitos dizem que sou semelhante a minha mãe, a deusa do Sol... O grande rei Jimmu, era na verdade muito baixo, mas mesmo assim desceu do trono e veio abraçar-me – Senti muito a tua falta, meu pôr-do-sol – Este era o significado de meu nome, Endymion o pôr-do-sol.

– Eu também, meu querido pai, temo atrapalhar lhe – ele me puxa para o pequeno palco e me obriga a sentar no meu trono marcado – Vejo que estais sempre ocupado.

– Nada no reino é tão importante quanto ti, meu adorado pôr-do-sol – vejo murmurinhos dos presentes, acredito que atrapalhei algo importante – Mas o que trazes aqui, além do desejo de ver seu velho pai?

– Uma preocupação, meu rei – tentei dosar as palavras, haviam muitos na sala e não desejava que tal notícia alarmasse todo o reino – Sinto que é necessário transpormos para a superfície um pouco da luz que Elysion emana... Nela há muito discórdia entre seus habitantes e

minha visita recente ao espaço demonstrou que há a necessidade de trazer a bonança aos habitantes da superfície, se não...

– Sei – meu pai ponderou o que falei e me impediu de falar sobre o que não desejava, o meteoro. Não poderia dizer que há um meteoro maligno voando pelo universo com pulsação semelhante a da terra... Isso era muito para alguns dos presentes – Compartilho de sua preocupação sobre a superfície... Sei que você, Endymion, visita-a escondido... – realmente não me preocupei com a acusação, havia divertimento em seu olhar – Vamos tornar suas visitas oficiais? Vamos torna-lo o representante de Elysion na superfície.

– Isto é real, meu pai? Poderei realmente ir a superfície livremente?

– Sei perfeitamente que você já o vai... – o rei movimenta a mão para a sua legião de seguidores, uma mulher vem à frente... Ela aparentava ter minha idade ou um pouco mais...

Sua pele era clara, seus olhos dourados e mantinha uma longa cabeleira vermelha... Muitos diriam que ela é bela, porém para mim era somente mais uma entre tantas damas que já conheci – Esta é a filha do senhor de um dos clãs da superfície, Beril, quero que auxilie este clã em específico e depois dissemine para os demais.

A ruiva sorriu para mim e deu-me a mão, como reza a etiqueta curvei-me e toquei meus lábios em sua pele fina – É um prazer, princesa. – voltei-me para meu pai – Grande Rei, realmente posso ir e agir na superfície? – tentei controlar minha exaltação, este sempre foi meu desejo. Será ótimo!!

Passei o resto do dia com Beril, ela era gentil e culta como uma princesa deveria ser... Lógico que em suas maneiras havia certo manejo rude, típico do povo bestial da terra. Mas não poderia dizer que ela era desagradável, acredito que será interessante a parceria...

Durante a noite, afastei-me dela... Já era a hora de encontrar com Serenity...

Realmente não sabia se minha pequena princesa da Lua estaria no rio, mas, para mim, tornou-se um costume vir aqui todas as noites... Este era o melhor horário para Serenity, era quando minha boba princesa conseguia fugir de suas guardiãs e vir a terra para ficar ao menos duas horas comigo.

Chego ao rio e não posso conter a felicidade em vê-la. Ela está sentada em um dos troncos na beirada, a Lua Crescente envia seus raios que refletem na pele clara de Serenity. Ela sorri e balança os pés na água cristalina... Quero correr o mais rápido possível para próximo dela, mas hesito temendo que seja somente uma ilusão resultante de meu desejo de vê-la. Ela percebe a minha presença e sorri para mim.

– Senti sua falta – eu já estava do seu lado – Você está melhor?

– Também senti a sua falta - ela segura minhas mãos – Passei mal estes dois dias... Nunca mais quero chegar perto de Pentas...

– Sinto muito – somente isso consigo falar... Quão mal Serenity deve ter passado? – Mas agora você está bem? – ela sorri sem graça, sem dúvidas ainda não me perdoou.

– O importante é que estou contigo. – ela sorri de forma sapeca – Foi ótimo eu ficar realmente doente... Minha mãe não tinha acreditado na minha doença de mais cedo... – ela dar os ombros e me abraça – Obrigada, Endymion, por me ajudar.

– Você está agradecida? – eu não conseguia acreditar no que ela estava falando, como agradecida? Serenity, me surpreendendo sempre.

– Bom, ficar com o rosto inchado e os olhos lacrimejantes não foi a melhor experiência da minha vida... – ela abraça meu braço – Mas sei que você não fez por mal. Sem falar que consegui escapar das lições destes dois dias...

Aproximo minhas mãos de seu rosto sorridente e roubo-lhe um selinho... Ela me olha assustada e chuta um pouco de água para mim... Sorrio como bobo e derrubo-a deitada na grama, meu corpo está sob o dela e é a vez dela me roubar um selinho...

Acaricio seus cabelos e nos beijamos os beijos que estes dois dias não pudemos trocar. Cada dia sou mais necessitado de Serenity.

– Eu te amo, minha princesa – eu verdadeiramente a amo.

– Princesa? Realmente, você sabe que sou uma princesa... – seu olhar era inquisidor – Mas a brincadeira perde a graça se só você sabe os meus segredos... – ela vira de lado e faz um biquinho lindo. Não consigo deixar de sorrir.

– Sim, concordo contigo Lady Serenity – elevo-me e faço uma longa reverência, enquanto ela senta-se segurando os joelhos – Foi descortês de minha parte, como o Príncipe de Elysion, não ter me apresentado.

– Você é o príncipe do reino dourado? – havia choque em seus olhos.

– Exatamente, minha pequena criatura da Lua – neste momento temi que ela, tal qual Kunzite, falasse que nosso romance era impossível e não desejar-se mais ver-me.

– Wow, que legal... – seus olhos brilhavam e sua voz curiosa afastou todos os meus temores – Nunca imaginei que encontraria alguém do reino dourado. Sempre ouvi sobre este reino... – ela para triste, respira fundo e completa -- e quão proibido ele é para nós, lunares...

– Eu também ouvi que a Lua era proibida para nós... – estava de saco cheio de ouvir isso desde quando Kunzite descobriu - Mas não ligo. – Nem quero que você ligue, Serenity. Olhei para ela com convicção -- Não me importo em abdicar do meu reino se for por você!!

– Não precisamos abdicar de nada... – seus olhos brilhavam nos planos ocultos pela sua mente -- Podemos criar um reino somente nosso, no belo planeta azul.

– Concordo – falo sorrindo e recordo-me de minha preocupação de mais cedo – Lembra-se do meteoro?

– Sim – uma sombra de preocupação passa pelos olhos da minha pequena princesa – Você verificou a possibilidade de aumentar a energia positiva da terra?

– Verifiquei, sim – falo vitorioso – Amanhã começaremos com um projeto – retiro o fragmento de meteorito, que eu pretendia mais cedo mostrar para meu pai. Ele havia assumido a forma circular e sua tonalidade negra se intensificara – Amanhã também começaremos a análise deste minério.

– No milênio, Mercury e Mars já começaram a análise... – ela sorri – Imagino que logo logo poderemos saber mais sobre ele. Vamos lutar juntos contra qualquer coisa que faça mal a joia azul, nosso futuro reino. – ela falou as últimas palavras com muito orgulho.

– Isso mesmo – era tão fascinante ficar com ela, sua presença me completava e eu não via as horas passarem... a lua já brilhava longe no céu e ao olhar para ela, Serenity se exalta.

– Endymion, já é tão tarde... Nunca vejo as horas passarem quando estou contigo... – ela olha em volta e me rouba um beijo – Tenho que partir...

A cúpula de cristal a envolve e ela parte para longe... Espreguiço sorrindo igual um bobo e vejo um vulto vermelho em uma árvore próxima, o estranho que não senti presença alguma. Ordeno que quem esteve espiando saia do esconderijo, mas ninguém surge.

Decido-me por investigar e ninguém está lá...

Deve ser só impressão minha... De lá mesmo, retorno para Elysion, todos já devem estar preocupados comigo...


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Notas finais do capítulo

* Ok ok... este personagem não aparece na história original, massssss... Endymion precisava de um pai! Ele era o príncipe de Elysion e não o rei!!
Agora vem a pergunta que não quer calar: pq eu o batizei com este nome? Bommmm, Jimmu-tennou foi o primeiro imperador do Japão pela lista de sucessões, há pouquíssimas informações sobre seu reinado e estas coisas... Mas reza a crença xintoísta que ele é descendente direto da deusa do Sol, Amaterasu...
Considerando que Elysion é o reino do Deus Sol e que há poucas informações sobre Jimmu, pensei em homenagear o grande imperador lendário colocando-o na minha fic ^^
Sem falar que eu já o usei em outra fic minha “Sailor Moon Connection”. Quem quiser conferir está aqui no nyah^.~ Meio que as duas fics se completam.


Capítulo com o bom e velho romantismo.
Espero realmente que gostem =D