Suntuoso Passado:A história de Endymion e Serenity escrita por Darin


Capítulo 1
Capítulo 1: A Princesa da Lua




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Tão bela joia azul, tão diferente de minha fria Lua...

– Olá, princesa. O que estai a fazer minha filha?

– Invejar o que não possuímos, Deusa...

Sou a princesa da Lua, Serenity, e minha mãe é a Deusa da Lua, Selena. Ela é incrível: bonita, gentil e muito poderosa, meu sonho é ser igual a ela... Ela aparenta amar tanto a nossa lua e nosso povo... Já eu sou incapaz de tal ação. Amo o planeta terra, amo a joia azul distante, sou uma princesa egoísta, que negligencia as próprias obrigações para sonhar em andar pelos campos floridos do planeta proibido a nós, seres lunares.

De uma hora para outra, sou retirada das minhas lamentações pelo calor de minha mãe que me envolve com fiapos de lua e me leva aos campos floridos do Milênio, o falso aroma das falsas flores entra por minhas narinas e sinto a mão fria de minha mãe me tocar de leve...

– Não entendo, Princesa... Possuímos em dobro o que a terra possui – um brilhante cristal de tonalidade prateada surge em frente minha mãe, eu não a estava escutando – O cristal Prateado nos dar forças, princesa... Dar-nos vida...

– Deusa, será que você me permite conhecer os verdes campos da terra? – tentei pedi permissão para o que eu já faço há séculos escondida...

– Serenity, já lhe adverti que não nos é permitido ir à beleza tranqüila da terra, é-nos proibidos – Minha mãe sempre faz esta cara de mandona e um discurso incansável quando falo em ir a terra. Nunca encontrei mal nenhum lá, sempre foi ótimo correr por seus campos e avistar ao longe seus frágeis habitantes, pena que nunca tive coragem e me aproximar de nenhum deles.... Venus fala que eles vivem pouco, mas o que é pouco? Será que eles vivem somente dois séculos?Acho que vou perguntar a mamãe, ela deve saber...

– Sei da proibição mãe querida, mas por que isso? É somente porque os habitantes da terra vivem pouco?

– Como sabe que nossos vizinhos possuem pouca vida? – ihhhh. Baka, baka, baka. EU tenho que tomar mais cuidado, caso contrário a Venus vai se encrencar...

– Vi nos livros da biblioteca real... – menti descaradamente.

– Viu? – Minha mãe não é boba, ela sabe que pouco vou a biblioteca real... – Fico feliz, Serenity, que começou a se preocupar mais com seus estudos... A partir de hoje pedirei a Mercury para lhe instruir...

– Mas... – minha mãe me pegou, DROGAAA, vou ter que estudar...

– Neptune também virá mais vezes para as suas aulas de música, vamos intensificar seu aprendizado com todas as suas guardiãs. Serenity, a ti é destinado o futuro do Milênio de Prata. Você precisa estudar mais, talvez assim você esqueça um pouco da joia azul...

Com um brilho cálido, minha mãe desaparece... No fundo ela deve saber de minhas escapadas... não tem como Venus não ter-lhe informado, mas ela, como a excelente mãe e governante que é, usa-se da minha fraqueza para me ensina... Sorrio com malícia...

Se ela não falar diretamente, não poderá me impedir de ir a terra... Nem falando diretamente ela poderá me impedir, afinal, sou uma criança teimosa!!! Sorrio com a ideia e começo a levitar e um círculo de cristal me envolve, um truque que aprendi nas primeiras lições de magia com Mars e que me leva a joia azul desde então...

Atravesso a cúpula que protege o Milênio, ele é lindo de cima, parece-se com o próprio Cristal de Prata, lapidado como uma pedra preciosa refletindo todas as cores do arco-íris... é uma joia em meio ao deserto que é a lua... Uma estufa que abriga todos os que vivem neste solo abençoado por minha mãe...

Apesar das bençoas que meu povo possui o Milênio não consegue ser comparado a imensidão azul que irei me encontrar em instantes... subo cada vez mais, rumo à imensidão que é o espaço para minutos depois me encontrar frente a frente com o planeta azul.

A atmosfera terrestre me queima um pouco... é doce o calor deste planeja, pouso lentamente na verde grama... O vento move os meus dourados cabelos, sinto o aroma dos campos invadir meus pulmões, escuto o canto do rio, vejo o sol brilhar entre as nuvens de algodão, sim, estou no planeta Terra.

– Wow, onde irei? – pergunto para mim mesma em voz alta, sorrio, seria divertido ter com quem explorar... Mas ninguém na lua aprovaria minhas aventuras... Que seja... O cheiro de água misturada com terra me atrai ao rio, quero sentir a grama em meus pés e o vento nos meus cabelos... Retiro os meus sapatinhos e os prendo na bolsinha de mão que comigo veio... saio correndo e cantando a beleza do planeta azul...

Em meio a minha correria de garota sapeca me distraio com um bicho que nunca havia visto, ele era enorme, tinha o pelo branco, olhos da cor do céu e longas asas brancas... que bicho será este? Como se alguém tivesse ouvido meus pensamentos, recebo uma resposta...

– Um Pégaso... – uma voz grossa fala às minhas costas, volto-me assustada para a criatura que comigo falou... No meu impulso, escorrego na margem do rio e caio na água... o bicho que estava a admirar sai voando pelo céu e a criatura que comigo falou olha para mim sorrindo...

Era um rapaz, ele tinha cabelos negros azulados, pele clara, um sorriso de quem sem dúvidas se divertia comigo encharcada na beira do rio e o que mais me impressionou: olhos azuis safira, tão belos e cálidos quanto à própria joia azul...


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Notas finais do capítulo

continua no próximo capítulo...