One Last Time escrita por amoled


Capítulo 1
One Shot.




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Era uma casa velha, abandonada em meio ao nada, aparentemente desocupada há anos. Mas ele estava lá. Entrei, examinando rapidamente o lugar, e então, eu o vi.

Depois de tanto buscá-lo e tendo finalmente o encontrado, eu não queria acreditar no que meus olhos viam.


Ele ainda usava aquele guarda pó, parecendo um caubói de filmes de faroeste. Mas não era mais o meu Dimitri. Sua pele era clara como giz, mais clara que o tom já absurdamente claro da pele dos Moroi. Seu cabelo, negro e sedoso, os quais eu já correra minhas mãos, caíam para a frente, ocultando parcialmente seu rosto. Os olhos – droga, eram apavorantes – ainda eram como eu me lembrava, chocolates, cálidos e cheios de promessas, mas eram envoltos por uma fina linha vermelha. Seu corpo, musculoso e forte, que antes eram considerados por mim uma espécie de abrigo, hoje, gritavam por cada poro a palavra morte.

Eu ainda o analisava quando sua voz – ainda rouca, mas fria – ecoou em meus ouvidos.

“Você é linda pronta para uma batalha.” disse - “É como um anjo vingador trazendo a justiça divina.”

Puxei minha estaca lentamente, andando tranquila e em sua direção, parando a poucos metros dele, fingindo uma indiferença que não existia. - “Engraçado. É para isso que eu estou aqui.”

“Anjos caem, Rose.”

Antes que eu reagisse, ele estava na minha frente. As vezes eu me esquecia de como os Strigoi eram rápidos. Ele estava tão próximo... E o cheiro, aquele de loção de barbear me invadiu.
Suas mãos envolveram meu pescoço, geladas contra minha pele quente, seus polegares corriam pelo meu maxilar, seu belo rosto a poucos centímetros do meu.

“Roza...” – sussurrou ele, olhando em meus olhos. – “Você esqueceu minha primeira lição: Não hesite."

Então seus lábios encontraram os meus. Não foi calmo, nem doce como nossos beijos na cabana. Foi forte, quente, exigente. Sem pensar, soltei a estaca e envolvi seu pescoço com minhas mãos, puxando os fios de sua nuca. Seu gosto ainda era o mesmo. Seus dentes – agora afiados – morderam meu lábio inferior, fazendo com que um gemido espaçasse por entre eles.

“Me deixe despertá-la.” – Disse, enquanto distribuía pequenos beijos por meu pescoço, enquanto suas mãos corriam por minhas costas – “Nós ficaríamos juntos para sempre Roza, ninguém nos atrapalharia, nos separaria. Seriamos só eu e você.” E sua boca buscou a minha.

“Não.” – ofeguei entre seus lábios.

Ele se afastou e seus olhos encontraram os meus. – “Então eu terei que matá-la. Será uma pena Rose. Mas não agora...”

Novamente nossas bocas se chocaram e tudo que eu planejava, tudo que eu aprendera, fugira de minha mente. Naquele momento, não era o Strigoi que me beijava, era Dimitri, meu Dimitri.
 

Não percebi que nos movíamos até que minhas costas foram prensadas contra a parede velha da casa. Seu corpo pressionou mais o meu, suas mãos agora estavam em meu cabelo, prendendo longas mechas entre os dedos.


Uma voz no fundo da minha mente gritava que isso era errado, que ele era um Strigoi, um maldito Strigoi e que minha missão era matá-lo. Mas ao mesmo tempo, meu coração exigia que eu me entregasse a ele mais uma vez, talvez a última, pois aquela voz irritante me alertava que ele poderia me matar.
Mas eu não me importava.
Eu o queria, eu precisava de seus beijos, de seu corpo e se isso causasse minha morte, bem, eu aceitaria.

Abandonando meus lábios, sua boca correu para meu queixo, mordendo e chupando. Joguei a cabeça para trás, dando mais acesso a ele que logo passou a beijar meu pescoço. Suas mãos me levantaram e eu envolvi minhas pernas em torno dele. Não sei dizer quanto tempo passamos somente nos beijando, ali, naquela parede.


Se afastando um pouco, ele buscou a barra da minha blusa, tirando-a sobre minha cabeça e jogando-a em algum canto. Não se demorou muito beijando meu peito, tirando rapidamente meu sutiã. O vento frio da Rússia passou por meu corpo, fazendo com que eu me arrepiasse e meus mamilos endurecessem. Isso atraiu sua atenção e logo ele os beijava, lambia, sugava e mordia.
Gemidos escapavam por minha boca, minhas mãos buscaram seus ombros, empurrando o grosso guarda pó de seu corpo. Me soltando para que o tecido escorregasse por seus braços, ele lentamente me deitou sobre o tapete vermelho da casa. Correndo seus dedos sobre minha barriga, ele voltou a beijar meus seios.


Busquei sua camisa, puxando-a, fazendo com que os pequenos botões voassem. Tirando-a, espalmei minhas mãos por seu peito, os poucos pelos fazendo cócegas em minhas palmas. Descendo as mãos, arranhei sua barriga, próximo ao cós da calça, fazendo com que ele soltasse um gemido em meu peito.
Uma de suas mãos brincava com um mamilo, enquanto a outra abria lentamente o botão da minha calça. Com os pés, tirei meus sapatos, facilitando o trabalho quando ele se afastou e correu o jeans por minhas pernas, tirando as meias depois.
Voltando a minha boca, ele separou minhas pernas para se acomodar entre elas. Minhas mãos foram para sua calça, abrindo o botão e o zíper, sentindo sua ereção sob a cueca. Não notei quando ele a tirou e quando abri novamente meus olhos, ele estava nu.
 

Levantei minha pélvis para que ele pudesse retirar minha calcinha, a única peça que atrapalhava o contato entre nossos corpos. Me olhando nos olhos, ele se abaixou entre minhas pernas e correu os dedos levemente sobre meu sexo, beijando minha coxa direita.
Fechei os olhos com força, empurrando minha cabeça contra o chão duro, gemendo quando sua boca me tocou. Sua língua, seus dentes, me dando prazer, me invadindo suavemente. Levei minhas mãos o seu cabelo, forçando sua cabeça contra mim, sem pudor.
Soltei um pequeno grito quando seus dedos me penetraram e se curvaram dentro de mim. Um formigamento correu por meu corpo, partindo do ponto onde ele me tocava e meu mundo explodiu diante de meus olhos.
 

Enquanto ainda me recuperava do recente orgasmo, Dimitri me preencheu lentamente, entrando devagar, gemendo enquanto eu me contraia em volta dele. Sugando meus lábios, ele começou a se movimentar, em um ritmo lento, mas forte. Minhas mãos corriam livremente por suas costas, arranhando, apertando, sentindo seus músculos se moverem. Logo ele me invadia vigorosamente, rápido, fundo.
Seus lábios mordiam minha orelha, quando ele sussurrou “Roza” e correu os dentes por meu pescoço. Uma pequena parte do meu cérebro despertou e ansiou que ele me mordesse. Sim, eu queria isso, queria sentir aquela sensação maravilhosa enquanto era invadida por seu corpo. Eu sabia que ele não me consideraria suja, eu confiava nele. Eu o amava.
“Dimitri” ofeguei e assenti enquanto ele me olhava nos olhos, sem nunca diminuir o ritmo de suas investidas.
E então, ele me mordeu.

A endorfina correu por minhas veias, me fazendo gemer alto, perdida nas sensações que me tomavam. Ser mordida durante o sexo era divino. Era um prazer extra a relação, elevava os corpos e mentes, ela delirante. Foi rápido, mas o suficiente para que isso desencadeasse uma onda estímulos em meu corpo. Gemendo seu nome alto, me entreguei a essa sensação, gozando, apertando seu membro dentro de mim.
Depois de mais algumas investidas, Dimitri se derramou em mim, gemendo ‘Roza, Roza, Roza’ como da última vez.

Sua boca buscou a minha e durante o beijo, e pude sentir o gosto de sangue, do meu sangue em sua língua. E não me arrependi, fora maravilhoso. Errado – gritava meu inconsciente, mas decidi não dar atenção a ele agora.

Não conversamos enquanto nos vestíamos. Eu sabia que esse ato ainda me daria muita dor de cabeça, mas eu não conseguia pensar em um motivo que não me levasse a me entregar a ele novamente. Já vestidos, encontrei seus olhos e apesar de tudo, me senti segura. Eu o amava, porra.
Sem dizer uma palavra, ele saiu da casa. O segui até a porta, mas ele já havia desaparecido na noite.

Suspirei. Apesar dos pesares, da pele pálida, dos olhos vermelhos, ele ainda era meu Dimitri, ainda era o meu Dimka. Mas isso não mudava nada.
Eu ainda iria matá-lo.


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Notas finais do capítulo

Eu sei que ninguém vai ler isso, aliás, não era pra ninguém ler. Mas se alguém leu, espero que entenda minha perversão. Sei que tem histórias piores por ai :)