Laura

 Depois de um mês morando com meus pais, me senti realizada. Eu ainda não conseguia chama-los de papai ou mamãe, não conseguia me acostumar ainda. Danyel passava um bom tempo com eles também e pude perceber que eles haviam amado meu namorado. Não mais do que eu, claro. Saíamos com bastante frequência, passeávamos, conheci seus ambientes de trabalho, seus amigos mais próximos e alguns dos novos parentes. Demi tinha duas irmãs gêmeas idênticas: Paola e Paloma. Eu ainda estava tentando discernir quem é quem e ríamos muito quando eu as confundia. Dom tinha cinco irmãos. Três eram trigêmeos não idênticos: Erick, Fernando e Gabriel, e os outros dois tinham dois anos de diferença: Henrique e Igor. Todos os meus tios e tias tinham filhos. Meus primos eram engraçados, divertidos e alegres. Maioria deles estava namorando. Minha nova família amou Danyel á primeira vista. Por meus pais terem tantos irmãos gêmeos idênticos, pensei na possibilidade genética de acontecer o mesmo comigo depois que eu e Danyel casássemos. Mas isso era uma futura e linda hipótese.

Eu havia terminado de me arrumar (http://www.polyvore.com/sem_t%C3%ADtulo/set?id=85061197) para o tão demorado e esperado casamento de Davi e Mariana. Graças a Deus, não tiveram nenhuma despedida de solteiro! Ainda mais porque eu jamais deixaria Danyel participar. Logo quando eu calcei meus sapatos, o vi encostado á porta. Ele ficava tão lindo de terno. Ele me fitava e sorria ao mesmo tempo.

— Você é tão perfeita. — Lhe dei um selinho demorado e limpei seus lábios por causa de meu batom escarlate. Fitei seus olhos que me faziam me apaixonar ainda mais por ele toda vez que o via.

— Como consegue fazer isso? — Ele me olhou sem entender.

— Como assim? — perguntou ele, confuso.

— Como consegue fazer com que eu me apaixone por você todos os dias? — Ele riu baixo e suas bochechas se vermelharam. Ele ficava tão fofo quando estava corado. Danyel me deu um beijo de esquimó, segurei em seu braço e descemos. Demi havia pegado uma virose e não estava muito bem e por isso, não pôde vir conosco e Dom decidiu ficar para cuidar dela. Eu havia me despedido deles e pedi que me ligarem se acontecer alguma coisa. O casamento seria na casa de campo da família deles, durante o percurso, eu e Danyel conversávamos sobre o casamento, nossas famílias e escolhíamos nomes de bebês. Eu jamais colocaria o nome do meu filho de Ronald Weasley! Não gostava tanto assim de Harry Potter. Ao contrário de Danyel. Bobo com sempre. Quando chegamos, o jardim estava absolutamente lindo e enfeitado com lindas flores, um altar e várias cadeiras. Algumas pessoas já haviam chegado e Danyel me apresentou alguns parentes que eu não conhecia. Jules e Milo também estavam lá e abraçados. Não, não estavam namorando sério. Ela estava mudada. Parecia realmente feliz, seu olhar e seu sorriso mudaram e não haviam mais marcas em seus pulsos. Conversamos e ela disse que finalmente se sentia realizada e se arrepende do que fez e do que tentou fazer a si mesma. Jules estava alegre verdadeiramente e quando me afastei, percebi que Milo fazia carinho em seu rosto e ela sorria ruborizada. Que fofos! Fui para de onde Mariana estava se arrumando, bati na porta e entrei. Mariana estava incrivelmente linda. Ela não parava de sorrir um minuto sequer. Sua mãe ameaçava chorar por ver sua filha num dia tão importante. Ariadne, Lexi e Ariana estavam no quarto e ficavam deslumbradas por ver Mariana tão bonita e feliz. Ela e Davi iam passar a lua de mel em Monte Carlo. Uma semana.

Desci e fui para o jardim, Danyel conversava com Davi e pude ver Gustavo chegando de mãos dadas com Caroline. Eles assumiram o namoro — finalmente — e estavam muito felizes. Vendo Peter e Liz sorrindo para pequenina e linda filha imitando uma bailarina me faz pensar em mim e Danyel. O ano acabaria em alguns meses e eu nunca parei para pensar no que faria em relação ao meu namoro com Danyel. Nunca paramos para conversar sério sobre casamento, vidas profissionais e filhos. Sempre falei para mim mesma que não moraria sozinha com ninguém até eu me casar. Droga, é difícil pensar nisso sozinha. Danyel chamou minha atenção, puxando-me e nos sentamos na segunda fileira. A cerimônia foi linda e a felicidade era clara nos olhos dos recém-casados. Tiramos muitas fotos e na hora da festa, tirei meus sapatos e me sentei na grama. Suspirei alto e olhei para o céu absurdamente lindo e azul bebê. Percebi que alguém sentou do meu lado e pelo cheiro, percebi que era meu delicioso namorado. Ele havia tirado o paletó e a gravata, e sua blusa estava com dois botões aberto deixando-o completamente sexy. Ele abraçou minha cintura de lado e beijou minha bochecha.

— No que está pensando? — suspirei mais uma vez.

— Dan, você pensa em se casar comigo? — O olhei seriamente e em seus olhos. Ele ficou sério também e ficamos em silêncio. — Responde. É só dizer sim ou não.

— Calma. Claro que eu quero amor. Você sabe disso. Laura, você é a mulher da minha vida. Por que está perguntando isso? Sempre disse que queria se casar depois que terminasse a faculdade.

— E você esperaria cinco anos para casar comigo? É muito tempo. — Ele sorriu do meu questionamento e me deu um selinho demorado.

— Meus pais sempre me disseram que esperar é a forma mais linda de amar alguém. Eu sempre vou esperar por você, Laura. Você é o amor da minha vida. Você será a minha noiva, a minha esposa e a mãe dos meus filhos. — Não resisti de juntar nossos lábios, iniciando um caloroso e apaixonado beijo. Nossas línguas dançavam em uma sintonia perfeita. Eu o puxava pela nuca com o intuito dele ficar mais perto de mim. Minha mão livre bagunçava seus cabelos e me senti quente. Muito quente. Era tão bom senti-lo. Sentir meu coração pulsar pelo seu nome, borboletas voando em meu estômago e me arrepiar completamente. Sempre vou querer sentir o seu toque, o seu cheiro, o gosto de seu beijo. O meu príncipe, o amor da minha vida. Não importa quantos anos se passem, não importa como estejamos, nosso amor nunca se acabaria.