Depois Do Amor. escrita por Kelven Figueiredo


Capítulo 9
Risadas, uma amiga e café.


Notas iniciais do capítulo

Peço desculpas pela demora, mas estava em semana de prova e só pude postar agora. Boa leitura.



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Era difícil realizar aquilo tudo, há alguns minutos atrás éramos estranhos andando na calçada, e agora estávamos numa cafeteria rindo como se nos conhecêssemos há anos. E os poucos minutos que ficamos juntos descobrimos muita coisa em comum, éramos tão parecidos que chegava a assustar. Marie era como uma versão feminina de mim, - se é que isso existe - exceto pelo fato de que ela era realmente linda. Era de uma beleza comum, mas que não se deixava passar despercebida.

– Eu nunca havia vindo aqui antes, o café daqui é realmente bom. – Comentei olhando em volta, logo após tomar um gole de café.

– Eu venho aqui sempre que preciso arrumar as ideias. – Ela parou por um instante, bebeu um gole de seu café e continuou - Refugio-me na cafeína, eu sei, é meio sem noção, mas acho que já se tornou um vício – Dizia ela pausadamente como se estivesse escolhendo as palavras certas a dizer.

– Você não é a única, também sou viciado em café, por tanto, a entendo perfeitamente.

Rimos juntos, finalmente eu não era louco demais perante a uma garota, e a julgar pelo seu largo sorriso, talvez ela estivesse pensando o mesmo.

Nós havíamos conversado sobre tudo, tipo musical, livros preferidos, sonhos... Mas uma coisa me chamou atenção em Marie, apesar de termos o gosto parecido, em momento algum ela quis forçar amizade, ou fazer uma entrevista completa sobre minha vida.

Sabíamos muito um sobre o outro, e ao mesmo tempo sabíamos nada. Conhecíamos apenas a superfície. E talvez fosse melhor assim, eu já tinha muito com o que me preocupar... Preocupações, apesar de estar ali e ter esquecido os problemas por algumas horas, a esta altura era inevitável não pensar em Mellanie, Sofie e até na consulta com o doutor Scott, lembrei-me também que precisava me reconciliar com meus pais, afinal eles eram meus pais, e convenci-me de que se aquilo tudo estava acontecendo a culpa era realmente minha.

– Então, você ficou calado de repente, eu disse algo errado? – Disse Marie levando embora minhas preocupações.

– Não, não, é só que perco muito tempo pensando sabe, me desligo do mundo e me perco em pensamentos.

– Estava fazendo isso agora? – Disse ela com uma expressão que demonstrava curiosidade.

– Quase isso. – Tentei cortar aquele assunto ali, e felizmente ela não alongara aquela conversa.

– Então acho que tenho que ir pra casa, já passa das 15:00H.

– Onde você mora? É muito longe, eu estou com minha vespa, se quiser posso leva-la em casa.

– Não precisa, eu moro aqui perto.

– Por favor, deixe que eu ao menos lhe faça esse favor, talvez minha consciência fique mais leve depois disso.

– Tudo bem. – Disse a garota sorrindo

– Ela está num estacionamento próximo daqui – fiz um gesto para que o garçom trouxesse a conta enquanto falava – Você me espera aqui?

– Claro.

Paguei o garçom, me levantei e deixei a cafeteria a passos rápidos. Ao virar a esquina corri até o estacionamento, e alguns minutos depois já estava de volta a cafeteria. Marie estava do lado de fora me esperando, montou na garoupa e foi obrigada a me ensinar a maior parte do caminho, afinal o bairro em que ela morava era totalmente novo para mim. Foi aí que me dei conta que nunca havia ido para aquele lado da cidade.

Ao descer da moto, ela me agradecera e colora seu lábios junto ao meu rosto surpreendendo-me, e disse:

– Até que foi bom esbarrar em você Kyle.

Minhas pernas ficaram bambas e foi aí que percebi que estávamos num lugar totalmente afastado da cidade, um lugar meio misterioso.

– Foi bom esbarrar em você também, mas sem querer me envolver, você disse que iria pra casa certo?

– Sim, certo.

– Mas é que aqui é tão deserto, e não há casa alguma por perto...

– É que logo a frente tem algumas casas, bem separadas umas das outras mas existem.

– Eu ofereci-lhe uma carona, posso deixa-la, lá sem problemas.

– Meus pais são meio ciumentos, acho melhor seguir daqui sozinha.

– Entendo... Então se não for muito atrevimento da minha parte, você poderia me dar algum contato seu, ou algo assim? É que eu realmente gostei de conversar com você...

Sem me deixar completar a frase, Marie tirou uma caneta da bolsa, puxou minha mão e anotou seu número.

– Pronto. Só não me ligue à noite, pois posso estar em aula.

– Entendido, até mais.

– Até mais.

Dei meia volta e segui o longo caminho de volta pra casa.





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Notas finais do capítulo

Desculpem-me se encontrarem algum erro, e não esqueçam de comentar.



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