The Lümmt escrita por Fabiocm25


Capítulo 1
Life among Vamps




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"NA NOITE desta quarta-feira o vampiro Cristoph Lümmt foi encontrado pendurado em um poste de iluminação no centro da cidade. Tentando justificar o ocorrido, ele diz que 'Todo mundo tem instintos. Quando eu reparei eu ja estava lá.'".

Desde que humanos e vampiros vivem juntos conscientemente, há mais ou menos 20 anos atrás, a cidade de Redwood cresceu tanto que virou uma das grandes metrópoles do planeta. E, junto com a cidade, a influência de minha família. Não é como se fôssemos os "donos" da cidade, é mais como... Digamos apenas que podemos ser bastante influentes quando convém.

Ah, quanto ao problemático que dormiu no poste... Ele é meu irmão.

Claro, quase esqueço! Muito prazer, sou Albert Dimitri Stephano van Hellgins Lümmt. Mas pode me chamar de Albert Lümmt. Meu tipo sanguíneo preferido é... Bom, isto não vem ao caso. Se vou fazer uma história sobre mim, qual o sentido em dar todas as informações antes, não é mesmo?

ERA NOITE. Pra variar. Meu pai bateu na porta de meu quarto a procura de meu irmão, e pediu que eu saísse para procurá-lo e evitar outra tentativa de sujar o o nome da família. Vesti meu sobretudo preto (pra variar), e saí. Procurei pelo ar, procurei pela terra, tanto perto quanto longe de casa, mas nada. Até ouvir no rádio a notícia de que Cristoph estava dormindo em um poste relativamente perto de onde eu estava, como um animal. Decidi retornar e fingir que não sabia de nada, mas meus pais já haviam ouvido a notícia. Chegando em casa, aguardavam-no nosso pai, sentado de frente à lareira e de costas à porta, eu, mexendo escondido no celular, e mamãe, que estava de costas para a lareira.

Ao fechar a porta silenciosamente e se virar para a sala, mamãe voou em sua direção e agarrou-lhe o pescoço, dizendo em seu ouvido:

- Você tem medo da morte?

- Tenho... - Fala desajeitadamente, engolindo em seco.

- Pois se aprontar desta forma mais uma única vez - e disse estas últimas palavras em um tom bastante ameaçador -, pode ter certeza. A morte vai deixar de ser seu pior pesadelo pra virar seu maior sonho!

Dito isto, dirigiu-se nervosa a seus aposentos no andar superior, não sem antes chamar o marido - que atendeu prontamente. Instantes após sumirem escada acima, preparava-me para falar algo com meu irmão, quando o estrondo da porta fechada por mamãe fez o lustre se desprender do teto e se espatifar (confesso que adoro escrever esta palavra, ‘espatifar’) no chão.

- É... papai arruma isto. vamos dormir - disse, me dirigindo um pouco assustado em direção ao meu quarto.

- É... vamos - ele concordou.

COMO DISSE ANTES, humanos e vampiros vivem juntos há muito tempo. Só que isto não quer dizer que ambos convivem completamente de forma pacífica: por um lado, os humanos acreditam piamente que somos seres inferiores, descendentes da linhagem da cobra conforme descrito no Código (o que cobras e morcegos têm em comum? Não faço a mínima ideia); no entanto nós vampiros sabemos muito bem quem são os mais evoluidos nesta sociedade... Não é algo muito difícil de ser percebido.

Acredito que posso dividir os humanos em tres grupos: os que ainda saem nas ruas protestando contra o vampirismo, os que vivem naturalmente com isso e ainda alguns poucos que simpatizam até demais conosco.

CHEGA DE EXPLICAÇÕES, vamos direto à história. Eu, Cris e minha irmã Amethyst, a mais velha, estudamos no mesmo lugar, o Centro Universitário Patrice Desilet. Lá, para dividir os alunos vampiros dos humanos, parece que se basearam em algum livrinho de historia em quadrinhos que um humano publicou bem antes de descobrirem a nossa existência. Se não me engano o nome era... algo com Cavaleiro, Vampiro, por aí.

- Albert!! Ouvi que vão passar esta noite uma sessão especial com os piores filmes de vampiros da humanidade? Topa? Vai ser engraçado, todo mundo vai! E parece que tem alguém que só vai se um certo Lümmt aqui for...

- É, bem... Vai ser interessante - Respondi sorrindo.

Foi exatamente como ele disse: todo o mundo foi.

- Quer dizer que a gente não gosta do Sol porque nele a gente BRILHA!?

A gargalhada se espalhava por toda a sala, e foi assim até o fim da sessão.

- Bom, o que aprendemos hoje? Que no sol nós viramos purpurina, que somos seres selvagens que só pensam em sangue, que num passe de mágica viramos morcego e que lobisomens existem!

- Olha... A gente pode dizer o que for dos humanos.. Mas que eles não são criativos..!

E a conversa seguiu seu rumo quase até o amanhecer, quando todos decidiram voltar rapidamente para suas casas.

O quê? Ah, sim, quanto àquela pessoa que só iria ver os filmes se eu fosse... Quase me esqueço! Mentira. Eu não esqueci, mas se eu contasse esta parte ia acabar tirando todo o foco da narrativa. Afinal, já que sou eu que escrevo, posso muito bem omitir ou exagerar certas coisas...


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Notas finais do capítulo

That's all, folks. E aí, o que acham? Alguma crítica construtiva, alguma ideia sensacional, algum comentário que me faça desistir da história? Por favor, comentem =D