Victoria:

Não podiamos correr e deixar na cara que somos vampiras. Então tinhamos que disfarar o máximo possivel, nos misturando no meio das pessoas e dando o fora daquele lugar o mais rápido possível.

Iamos esbarrando em todas as pessoas e sussurando "desculpa" para cada uma delas. Antes de virar na primeira esquina à esquerda, dei mais uma ultima olhada nele e para minha surpresa ele estava nos seguindo.

Continuamos a andar, mas de repente antes de conseguir alcançar as meninas algo tocou em meu ombro e depois me puxou rapidamente para trás.

No meu extinto de caça e devido ao susto que eu levei, acabei torcendo seu braço para trás de suas costas (chave de braço). O estranho é que ele não gritou ou demostrou nenhum sinal de dor.

Odeio essas caçadores que se fazem de fortam, ainda mais para uma pessoa que nem que adora ver os outros sofrerem.

–O que você quer? -Perguntei em um tom irritado, na verdade eu falei tão alto que podemos dizer que eu praticamente gritei.

–Calma, eu apenas vim te entregar isso. -Ele me mostrou as sacolas em sua mão. -Você esqueceu suas compras. -Disse com um sorriso fofo no rosto.

Aquele não podia ser o Ryan, ele parecia ser uma pessoa normal. Mas ele era uma pessoa normal que tinha como robby matar vampiros, é claro que ele é um caçador. Victoria suas visões nunca te enganaram.

Estava tão confusa, fiquei 95 anos presa com Ryan e seu Pai maluco, e mesmo assim nunca havia visto Ryan em minha vida ou melhor, morte. Nunca tinha visto- o porque estavamos muito fracas por estar muito tempo sem ver nem uma gota de sangue, então quando isso acontece nós meio que começamos a delirar. E por causa da rosa negra nós não conseguiamos enxergar muito bem, então era praticamente impossivel reconhecer o Ryan.

Sim, rosas negras são nossa fraqueza, elas nos queimam, fazem nós delirarmos, nos causa segueira temporária, entre outros efeitos. Quem podia imaginar que uma simples rosa faria tudo isso com vampiros?

Estava com muito medo dele, mas não pude deixar de observar sua beleza.

Seus olhos azuis claros brilhavam quando os raios de sol o invadiam, seus cabelos pretos mais escuros do que a escuridão me deixavam paralizada, seu corpo maravilhosamente definido era tão perfeito.

Ele era como um sonho lindo que você tem e deseja nunca acordar dele. Pois você se sente incompleta longe dele.

Não sabia o que fazer, muito menos o que dizer. Olhei para minhas amigas a poucos centimetros de onde eu estava, elas me olhavam assustadas.

Peguei brutalmente as sacolas de sua mão, me juntei as minhas amigas, olhei novamente para ele, o mesmo ainda me encarava com suas mãos no bolso de sua calça preta. Me virei e fui embora.

Não sei o porque mas sentia que essa não seria a ultima vez que o veria.

[...] /Casa das meninas/

Em menos de 20 minutos nós já tinhamos chegado em casa. Jogamos as sacolas em um lugar qualquer, nossa preocupação agora não era mais com que roupa vestir no segundo dia de aula e sim o que deviamos fazer agora que descobrimos que o provavel "caçador" está na cidade.

O medo tomava conta de nós três. Alisson foi até o nosso barzinho improvisado que ficava na cozinha e pegou um copo de bebida.

–Meu Deus, como ele nos achou? -Maddie explodiu, já estava demorando, ela já tinha ficado muito tempo sem abrir aquela matraca. Dava para perceber o desespero em sua voz.

–Tanto esforço pra nada. -Alisson também gritou e depois jogou seu copo de bebida contra o chão. -Droga! -Gritou.

–Tanto trabalho, mudamos nosso estilo, nosso cabelo, usamos lente de contato, mudamos de país... Fizemos de tudo pra nos esconder dele. Mas não adiantou em nada... Parecemos idiotas fugindo dessa forma. -Madisson tagarelava.

–Calma, vamos dar um jeito. Confiem em mim, ele não vai nos fazer mal. -Tentei acalmá- las.

–E o que você pretende fazer senhorita "eu consigo resolver qualquer merda de problema" ?- Ali perguntou em um tom de ironia.

–Nós podemos... -Comecei a pensar em uma maneira de me livrar daquele gato malvado, ops... caçador, mas seu rosto e seus olhos perfeitamente azuis não saiam de meus pensamentos.

–Hey, hey... -Ali estalava os dedos na frente de meu rosto, tentando chamar minha atenção. -Qual o plano?

–Vamos matá- lo, assim acabamos com essa encrenca de uma vez por todas. -Disse friamente.

Mas na verdade não queria feri- lo, muito menos matá- lo. Só de pensar em eu ter que acabar com ele, isso já me dava enjoo e até vontade de vomitar. Que droga tá acontecendo com você Victoria?

É só matá- lo, ele será apenas mais um em sua lista de vitimas. E depois que acabar com ele, finalmente você vai conseguir viver uma vida normal, ou mais ou menos normal.

–E como você pretende matá- lo? Ele é um caçador de vampiros, você pirou? Ele vai acabar com nós três rapidinho. -Maddie como sempre estragando tudo.

–Eu vou pensar em algo e depois eu falo com vocês. Me deêm apenas alguns dias. -Pedi.

–Em alguns dias ele pode já ter matado nós três. É bom você pensar rápido. -Alisson mandou. Eu odeio que tente mardar em mim.

–Você não consegue se proteger de um caçador qualquer por alguns dias? Achei que você fosse mais durona e do jeito que você fala até parece que você tem medo dele. -Ela começou a negar com a cabeça tudo que eu disse.

–É claro que eu não tenho medo dele. Na verdade eu que quero enfiar a faca no coração de Ryan. -Disse sorrindo. Novamente era aquele sorriso maldoso.

–Por mim... O importante é que nós nos livrarmos dele.

[...]

Depois de discurtirmos durante muito tempo sobre o que fazer com o caçador, eu me senti cansada e mal e decidi subir e descançar um pouco.

Tomei um banho rapido, cara como esse dia havia sido cansativo. Mesmo tendo matado o segundo dia de aula, achei que hoje seria um dia bom, mas foi horrivel. Aff!

Madisson:

Meu deus, Ryan estava atrás de nós, não acredito que ele saiu do texas e veio até Londres, tudo isso só pra nos encontrar e transformar nossa vida em um pesadelo sem fim.

Só de pensar em como tudo mudou de uma hora pra outra, há cem anos atrás eramos apenas três amigas do colegial. Filhas de pessoas muito importantes na cidade Dallas no Texas. E agora? Somos mostros, fugitivas que nunca teram sua tão desejada paz.