Dark Secrets- Vampires 1st season escrita por Lali Maslow, Vitoria de Paula, Larissa Teixeira


Capítulo 12
Capítulo 12- Back To Remember




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Daniel:

Continuava limpando minha estaca em um pano branco, sujo e empoeirado. Não havia nada para fazer, apenas podia ficar servindo de babá para aquelas criaturas abominantes que estavam na sala à minha frente.

Estava muito nervoso, já fazia quase uma hora que Liam saiu para ir falar com a Victória e ainda não havia voltado, muito menos me dado notícias sobre seu paradeiro ou de como estava se sentindo. Coisas terríveis se passavam pela minha cabeça.

"E se Liam tiver passado mau e desmaiado no meio do caminho?", "E se Victória tiver pegado ele como refém para poder vingar a captura de suas amigas?", "E se ele estiver jogado neste mesmo momento em um lugar qualquer no meio da floresta tendo uma morte lenta e agonizante?". O que eu poderia fazer para ajudar meu irmão? Estou tão preso aqui quando as meninas no escritório.

Alisson estava dormindo- Eu dava graças a Deus por aquela matraca irritante ter finalmente calado a boca e dormindo. Assim me deixava em paz. -E Madisson estava lendo alguns livros.

Eu decidi fazer uma coisa que talvez seja um grande erro, pois eu tinha que fazer com meu irmão quando ele voltasse- Mas talvez ele nunca volte- com Victória. Era para nós fazermos isso juntos.

-Madisson? -Sussurei- não queria que Alisson acordasse-. A garota tivou sua atenção do livro sobre física que estava em suas mãos e começou a prestar atenção em mim. -Você queria saber o porque de estar presa aqui, certo? -Ela assentiu.- Vou te contar!

-Porque vai me contar? Quero dizer... Eu achei que você nunca diria uma só palavra sobre isso. Pelo menos até Victoria estar aqui. -Questionou.

-É verdade, mas não sei se meu irmão conseguirá voltar... -Dei uma longa pausa, parecia que um enorme nó havia se formado em minha garganta me impedindo de proferir qualquer tipo de palavra. Respirei fundo e continuei. -Não sei se ele irá voltar com Victória. -Tentei disfarçar. -Então irei contar agora mesmo.

-Ok... -Ela abaixou a cabeça. Parecia pensar em algo para dizer. -Daniel, não se preocupe! A Victória não vai deixar o Liam morrer; eu sei disso. -Madisson tentou me animar. Mas não adiantou muito.

-Como pode saber que sua amiga irá ajudar meu irmão? -Perguntei.

Ela suspirou pesadamente. -Apenas sei. Confia em mim, eu conheço minha amiga muito bem! -Seus olhos brilharam a cada palavra que dizia.

Madisson era uma garota tão doce, fofa, legal, divertida -um pouco burrinha também-. Como uma garota tão especial como ela havia se transformado em um completo monstro que ela era agora.

[...]

-Vamos começar... O que você quer saber primeiro? -Perguntei à Madisson. Agradeci por Alisson não ter acordado, ela destruíria aquela conversa em menos de um segundo.

-Conta sua história. Como você se transformou em um caçador ou quando você descobriu que era um caçador de vampiros. Conte sua história. -Madisson pediu com um lindo sorriso no rosto. Não conseguia imaginá- la como uma assassina nunca.

-Por onde começar...

Fhashback 1 on:

25 de Abril de 1750/ Paris/

Há centenas de anos atrás começou a aparecer algumas histórias que à noite enquanto todos dormiam, criaturas sanguinárias saiam para fazer sua caçada noturna. Essas criaturas foram denominadas de vampiros.

No começo eu não acreditava muito nisso, para mim era tudo apenas mais uma lenda para assustar criancinhas indefesas. Mas muito rapidamente tudo mudou.

Quando tinha 6 anos de idade e meu irmão Liam tinha apenas 4 anos coisas terríveis começaram a acontecer em nossa cidade, coisas assustadoras e que para todos a unica explicação era que algo sobrenatural estava atacando na calada da noite. Achavam que vampiros estavam se aproximando de nossa "pequena" cidade.

Nosso povo viveu ano após ano com muito medo dessas criaturas mitológicas. Quando o sol começava a se pôr no horizonte e o céu começava a ficar em um tom azul escuro e no lugar do sol e das nuvens brancas como algodão começavam a aparecer brilhantes estrelas e a lua, todos corriam para suas casas e trancavam todas as portas e janelas. As pessoas que se aventuravam na noite tinham que ter muita coragem e sorte para não serem atacados.

Todos os dias quando amanhecia encontravamos pelo menos dois corpos humanos decapitados ou sem algum membro do corpo. As vezes encontravamos até mesmo alguns animais como vacas e cavalos totalmente multilados.

Homens corajosos de nossa pequena cidade- naquela epica Paris não era uma grande coisa, era pouco povoada.- se juntaram para tentar acabar com essa invasão indesejavel de vampiros. Tenho que admitir que eles eram muito corajosos, pois naquela época não se sabia muito sobre essas criaturas e nem como acabar com elas, mas mesmo assim eles não desistiram de acabar com essa maldição.

Eu e meu irmão queriamos nos juntar ao nosso pai e seus amigos nessa caçada. Mas nosso pai nos disse que precisavamos ser fortes e ficar em casa para duidar de nossa mãe e de nossa irmã mais velha Lucia.

É claro que como "grandes cavalheiros" ficamos para proteger as damas. Mas quem poderiamos enganar? Eu e Liam eramos apenas duas crianças que não sabiam se defender. Como cuidariamos de nossa família? Não tinhamos armas contra esses monstros, não tinhamos força, não tinhamos nada. Apenas uma coisa que talvez fosse a mais importante; nós tinhamos coragem. Isso era o que importava.

[...]

As horas foram passando e não tinhamos notícias de nosso pai e nem de seus amigos. Será que eles já haviam pegado o vampiro que nos atormentava? Será que trariam sua cabeça assim como faziam quando matavam os lobisomens? Será... Que nosso pai ainda estava vivo, ele estava bem? Precisava saber.

Eu e Liam estavamos jogando um emocionante jogo de Damas. Eu estava ganhando, é claro. Com duas pequenas facas afiadas ao nosso lado caso a criatura oussasse tentar nos atacar.

Nossa mãe e nossa irmã dormiam tranquilamente nos quartos do andar de cima de nossa casa. Era bom elas descansarem, pois estavam muito preocupadas com papai.

Ventava muito do lado de fora da casa, o vento era estranho, quente. Acho que uma tempestade estava se aproximando, podia ouvir trovoadas e de vez em quando raios iluminavam o céu.

Ouvi barulhos vindos do lado de fora da casa, havia alguém por perto.

-Você também ouviu isso? -Perguntei à Liam que me olhou assustado. Ele apenas assentiu.

Novamente ouvimos barulhos, pareciam passos. Por baixo da porta dava para ver a sombra negra de uma pessoa.

-Talvez seja o papai. -Liam falou com um sorriso enorme no rosto. Correndo em direção a porta, mas antes que ele conseguisse abri- la eu segurei seu braço.

-Talvez seja vampiros. Não podemos arriscar. -Avisei.

-E se for o papai? -Liam perguntou preocupado. A faca em sua mão tremia demonstrando seu medo.

-Não é o papai, confie em mim.

Liam me deu as costas e encostou a testa na porta de madeira gelada.

-Quem está aí? -Perguntou.

A pessoa chegou mais perto da porta, eu podia sentir uma presença sombria vindo da pessoa. Tive o impulso de dizer para que meu irmão se afastasse, mas não o fiz.

-Sou eu filho. Me deixe entrar. -Era a voz do papai. Mas eu não tinha certeza se realmente era ele que estava ali.

Liam ia abrir a porta, mas eu impedi- o novamente. Fiz sinal para que ele esperasse.

-Porque não me deixa abrir? É o papai.

-Eu ainda não tenho certeza disto. -Disse e no mesmo momento Liam arregalou os olhos, parecia não acreditar que eu estava desconfiando de nosso próprio pai. -Essas criaturas podem ter poderes, não sabemos nada sobre elas. Talvez esteja fingindo ser o papai apenas para que nós deixemos ele entrar.

-Do que está falando, Daniel? -Liam gritou. -Você só pode ter perdido seu senso, é claro que é o papai.

Ignorei a pergunta e continuei. -Como vou saber que tu eres quem disses que és? Você é meu pai? -Perguntei á sombra.

Não deu tempo da criatura responder. Eu e Liam ouvimos mais passos vindos do lado de fora da casa. Depois barulhos horrendos de coisas sendo quebradas.

-Por favor, deixe- me entrar. Estou implorando. Ele está aqui. -A pessoa que dizia ser meu pai gritava do lado de fora. Ele batia fortemente na porta. Eu e Liam corremos para um canto do cômodo e nos encolhemos contra a parede. À qualquer momento aquela "coisa" poderia derrubar a porta e entrar.

-Estou implorando por piedade, por favor crianças. Deixe- me entrar. -Gritou o homem. -Aahhh!

Ouvimos um ultimo grito e depois por baixo da porta de nossa casa começou a surgir sangue. MUITO SANGUE!

-Meu deus! -Exclamei. Será que aquele era mesmo nosso pai? Não queria nem pensar nessa hipótese.

Ouvimos alguns barulhos vindos do teto da casa de madeira. Parecia que havia algo escalando a mesma. Depois ouvimos gritos vindos do andar de cima da casa.

Mamãe, Lucia. ÓH MEU DEUS!

Eu e Liam não pensamos duas vezes, corremos para ajudar as duas garotas de nossa família. Elas precisavam de nós. Quando chegamos no andar de cima vimos uma das janelas com o vidro quebrado e ela estava toda escancarada. Pela janela entrava um ar quente, cortante e sufocante.

Havia pingos de sangue por todo o chão de madeira. Fomos seguindo os vestígios de sangue até o quarto de nossa mãe. Droga, Lucia estava dormindo lá também.

Coloquei minhas mãos gelidas e pálidas devido ao medo na maçaneta e com cuidado girei- a. Tomei um grande susto. Mamãe estava jogada no chão jorando sangue pelo quarto todo. Havia um enorme ferimento em seu pescoço. E a criatura havia despedaçado Lucia até chegar ao ponto dela ficar irreconhesível. Parecia uma grande cena de um masacre sangrento.

Felizmente a criatura já havia ido embora e quando foi embora a criatura levou a alma de nossa familia junto com ela. Pelo menos ela havia poupado a vida de meu irmão e a minha também.

Eu e meu irmão começamos a chorar. Não sabiamos o que fazer. Como iriamos explicar para papai que haviamos deixado o monstro entrar em nossa casa e matar nossa família? Como...

Desci as escadas correndo e abri a porta. Não havia nada. Tudo tinha sido uma armadilha. Por pouco eu e meu irmão não tinhamos sido as próximas vitimas.

Então se papai não estava ali. Onde ele estava?

Um dia depois teve o enterro de nossa mãe e de nossa irmã. Dois dias depois os amigos de nosso pai voltaram, mas ele nunca voltou.

Quando perguntamos sobre ele, seus amigos apenas dizeram: "na batalha nós perdemos muitos homens. Alguns foram mortos e outros se perderam na hora da fulga. Não sabemos sobre onde seu pai está neste momento".

Não era uma grande resposta. Mas nos fazia entender que nosso pai estava completamente morto.

Agora eu e meu irmão eramos órfãos. E os unicos culpados por toda nossa desgraça era os vampiros. Mas aquela criaturas iriam pagar por tudo. Por tudo isso.

[...]

16 anos depois...

18 de dezembro de 1776/ Texas/

Fazia mais de 4 anos que eu e meu irmão haviamos abandonado nossa cidade natal em Paris para vir morar no Texas. Depois que nossa família foi assassinada nós não encontramos mais motivos para ficar morando naquele lugar desprezivel, a unica coisa que nos prendeu aquele lugar por tanto tempo era a nossa idade. Só depois que ficamos maior de idade que pudemos nos mudar.

Durante o tempo que continuamos morando em Paris muito mais mortes aconteceram. Mas depois de um tempo as mortes foram diminuindo até desaparecerem por completo.

Eu e meu irmão tentamos encontrar o assassino de nossa família, mas infelizmente nunca tivemos sucesso nisso. Mas não desistimos, quando descobrimos que os ataques haviam recomeçado no Texas achamos que talvez os vampiros de Paris haviam se mudado para aqui, então viemos atrás.

[...]

Acordei com batidas fortes e altas na porta. Me levantei e fui atender já que Liam nem havia se mexido.

Esfreguei os olhos e olhei rapidamente no espelho. Nossa, eu estava com cara de zumbi.

-Olá! -Um homem de mais ou menos 20 anos me comprimentou.

-Te conheço? -Perguntei irritado. Olhei no relógio e vi que ainda eram sete da manhã.

-Na verdade não. Mas eu quero mudar isso. -Ele me deu um sorriso. Na verdade eu não entendi o que ele quis dizer com isso.

-Pelo amor de Deus, ainda são sete da manhã. Venha pregar peças mais tarde. -Disse fechando a porta, mas o garoto com uma incriveil rapidez e força me impediu de fazê- lo.

-Não estou de brincadeira. Quero conversar com você Daniel e com seu irmão Liam. -O rapaz falou.

-Como sabe meu nome e o nome de meu irmão. Quem eres?

-Sou Dustin. Você e Daniel, tem um irmão chamado Liam e uma irmã chamada Lucia. Seu pai era David e sua mãe Sabrina. Infelizmente todos morreram sendo assassinados por vampiros. Você e seu irmão surtaram e agora estão atrás de vampiros pois querem vingança. -O homem contou a história de minha família como se fosse apenas mais um conto de terror.

-Como sabe de tudo isso? -Peguei uma faca que estava de baixo do carpete da sala e ameacei- o.

-Calma, eu apenas quero ajudá- lo a se vingar dos vampiros.

Flashback 1 off:

-Dustin me contou que era caçador de vampiros. Que iria me ajudar a se vingar. Ele ensinou eu e meu irmão à sermos caçadores e depois mandou uma bruxa fazer um feitiço para nos transformar em imortais. -Terminei a história.

-Então você e seu irmão são imortais? -Assenti. -Que doido. Eu nunca imaginaria isso.

-Porque quando eu contei do Dustin você ficou toda assustada? -Perguntei à Madisson.

-Porque foi ele que nos manteve presas por noventa e cinco anos. E agora o filho dele fica atrás de nós. -Contou.

-Quando você fizeram esse ritual com a bruxa... como foi? -Perguntou Madisson.

-Ela era uma bruxa das trevas, não era do "bem". Ela fez um feitiço e mandou nós bebermos a poção. Depois começamos a passar mal e desmaiamos. Quando acordamos nós tinhamos conhecimento até demais sobre vampiros, sabiamos construir armas. Sabiamos tudo sobre vocês, os vampiros. Tinhamos força e eramos imortais. Tinhamos tudo para ser criaturas incriveis. -Falei pra ela. Me lembrar dessas coisas era algo muito doloroso.

-Se existia um jeito de ser imortal sem morrer... uma forma de ser imortal mais purificada. Porque o Dustin nunca tomou isso. Ele preferiu morrer como um humano e deixar seu filho imortal atrés de mim e de minhas amigas?

-Ele me disse que nunca quis ser imortal. Ele apenas queria limpar o mundo de criaturas como você e suas amigas.

-Estranho! -Exclamou. -Eu entendi sua história, todo o ódio dos vampiros. Mas eu não entendi o porque de você ter nos trancado aqui.

-É complicado. -Falei. Não queria ter que contar minhas verdadeiras intensões.

-Tenta me explicar. Eu não vou á lugar nenhum mesmo.


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