Ficamos observando o sol se pôr, formando manchas róseas e alaranjadas no céu.

Sinto como se eu estivesse no Paraíso. Quando nós dois voltamos com nossas coisas para o carro; a felicidade embriagante reluta em sair de mim.

Logo percebo que ela não tem escolha.

A picape de Rob não quer funcionar, de jeito nenhum. Passamos duas horas tentando fazê-la funcionar (eu até tento ajudar, mesmo não entendendo nada de mecânica), mas nada acontece.

O céu escurece, e nós não conseguimos nada.

— Vamos embora de ônibus... — sugiro.

— Eu não tenho dinheiro aqui comigo, você tem?

Balanço a cabeça negativamente. Andar está fora de cogitação. O celular de Rob está sem bateria, e meu havia ficado em casa. Nunca estivemos tão sem sorte.

Nós estamos ficando desesperados, quando um conversível vermelho e luxuoso aparece na rua escura.

Corremos loucos para o meio da rua, e começamos a acenar. Milagrosamente, o carro para.

— Graças a Deus, achei que iríamos ficar perdidos aqui! — exclamo, indo até a janela do carona.

Meu sorriso de alívio se desfaz quando uma linda ruiva sorri para o meu namorado, e pergunta descrente:

— Robert?

— Alicia?!