Maison De Rosalia (Black Rose) Interativa escrita por Izabell Hiddlesworth


Capítulo 5
Sweet Laughs


Notas iniciais do capítulo

Oii!! Agora sim as vagas estão fechadas XD

Nos próximos caps. os últimos personagens vão aparecer huhuhuh

Boa leitura!! ^^



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Depois de dois dias e 22 horas sem vê-lo, eu desisti de ter esperanças. Tirei a aliança da gargantilha, a substituindo por um pingente de cruz e outro com a inicial do meu nome. Tinha passado a maior parte do tempo na sacada do meu quarto, esperando que o carro negro chegasse com ele, mas obviamente isso não aconteceu.


Ginger me aconselhou a procurar outro agente, já que meus pais não podem saber, em hipótese alguma, que eu estou desprotegida. Na verdade, com tantos agentes aqui, eu estou mais do que segura. Mas as regras da Black Rose exigem que cada cliente tenha pelo menos um agente próprio.



Arkane e Hikaru pediram licença para entrar no quarto. A branquinha nem parecia a garota tímida que veio para cá no início do ano passado, expressava total segurança e compaixão nos olhos violeta que ardiam preocupados. Ela era capaz de qualquer coisa por seus amigos, por isso estava me cedendo seu tempo tão precioso.



– Cash-chan, fiz cupcakes pra gente - disse ela sorrindo.



Tentei retribuir o sorriso da melhor forma possível, porém devo ter sorrido murcho demais. Hikaru arrastou dois puffs, um para ele e outro para Arkane, e os dois se sentaram perto de mim. A garota depositou a bandeja com os cupcakes no chão entre nós três.



– Yusuke-kun é um tremendo baka - Hikaru balançou a cabeça em descrença. - Como ele pôde abandonar uma gatinha como você?



As sobrancelhas de Arkane se franziram com raiva, e um tapa foi desferido na pele de tom alaranjado de Hikaru. O ruivo massageou a bochecha, piscando para mim.



– Não sei se eu fico vermelha de raiva por você ter tocado no nome dele, ou fico vermelha de vergonha por você dizer uma mentira dessas para me consolar.



– Mentira? - Ele coçou a cabeleira laranja. - Ah! Mas você é mesmo uma gatinha, Cash-chan.



Ele dobrou os braços e tampou a boca num gesto infantil, como as garotas fazem quando acham algo fofinho. Arkane pegou uma almofada no chão e tacou no agente.



– Não dê ouvidos a este pervertido, Cash - a garota aconselhou. - Aqui, sirva-se.



– Como se eu desse - peguei um cupcake e dei uma mordida. - Hmm, que delícia!



Os cabelos de Arkane tocavam o chão enquanto ela estava sentada no puff, Hikaru puxou uma das longas madeixas, irritando a garota.



– Se você se atrever a fazer isso de novo, eu te mato - ela fechou o punho para o rapaz, que ergueu as mãos em sinal de redenção.



Eu ri alto.



– Hei, Yomi-chan - tentei controlar o riso para poder falar com clareza -, não vá sujar meu quarto de sangue.



– Imagina, Cash-chan - ela me deu um tapinha nas costas.



Comemos os cupcakes acompanhados por um suco de maçã docinho, enquanto Hikaru contava piadas idiotas e nos irritava. A noite caiu como um véu escuro e estrelado lá fora. Vestimos nossos agasalhos e levamos os puffs para a sacada, para assistirmos ao espetáculo celeste.



– Lindo, não é mesmo? - Hikaru comentou. - Me lembro de quando a Arkane-chan tinha oito aninhos e eu a levava para fora ao entardecer. Era divertido ver as estrelas surgindo uma a uma.



Na maior parte do tempo, Hikaru era um pervertido engraçado. Mas ele prezava muito suas memórias com Arkane, e isso sim era lindo.



– Chega de nostalgia - a branquinha riu abafado e se recostou no agente.



Que lembranças desse tipo eu tenho dos meus oito anos? Ah, lembranças dele. Lembranças felizes de brincadeiras, cheiro de flores, machucados leves e sorrisos envergonhados. Recordar tudo isso era como lamber a cobertura de uma torta de morango, aquela geleia vermelhinha e doce, tão doce que uma hora chega a enjoar.



– Está esfriando - Hikaru cortou o silêncio. - Vamos entrar, senão as princesinhas vão ficar resfriadas. Principalmente você, Cash-chan.



– Estraga prazeres - eu e Arkane bufamos.



Obedecemos o ruivinho de olhos azuis cristalinos, como a água artificial que jorra nas fontes da Black Rose.



– Bem, vamos tomar banho - ele esfregou as mãos.



– Hã?! - Perguntamos em uníssono.



– Eu tenho de cuidar de vocês, oras - ele sorriu malicioso.



– Haha, menos nesse quesito - Arkane o empurrava para fora do quarto. - Vamos, Cash. Tome banho no meu quarto.



Uhuul, tomar banho com a Yomi-chan. Ok, isso soou hentai demais, até para mim - só que não. Peguei uma muda de roupa, minha toalha e saí atrás deles.






As mesas estavam todas agrupadas, com pratos, talheres e copos dispostos ao longo dos lugares. Arthur tentava beliscar o pernil à sua frente, mas Alex batia em sua mão toda vez que ele se arriscava. Ri da cena, descendo os degraus ao pulos, junto com Arkane.






Estava faltando uma cadeira, e, apesar de eu me esforçar para bloquear a percepção, eu sabia que era o lugar dele. Baixei os olhos, esperando não deixar muito na cara. Mas com o Yuto e a Yuka naquele clima de casalzinho, era meio que impossível.



– Calma, você tem a gente. Não precisa de mais nada - Arkane me puxou para um abraço, quase me afogando em seus seios.



– Y-Yomi-chan - eu tentava falar. - Não con... sigo respirar.



Consegui me soltar e puxei o máximo de ar que pude.



– Nha, você disse isso só porque não queria me abraçar - ela cruzou os braços e fechou os olhos.



Fiz cócegas em sua lateral, tendo o efeito esperado surgindo de imediato.



– Oh, você sabe que não é verdade - eu ria junto com ela.



– É verdade sim! - Ela gargalhava alto.



Em poucos segundos, todos estavam nos encarando, rindo também. Hikaru nos alcançou e fez cócegas nas duas.



– Ah, vocês estão aqui se divertindo e nem me chamam, que cruéis. Por que não continuamos isso lá em cima? - Sugeriu ele, com malícia.



Ginger chegou por trás dele, cutucando-o no ombro.



– Kiyama-kun, por favor, não banque o hentai com a Cashmire-hime - ele tinha um tom calmo, porém firme. - Isso pode lhe trazer sérias consequências.



O moreno claro se afastou para tirar uma inusitada mecha que se entrelaçava aos seus cílios. Hikaru gelou, mas conseguiu retomar a compostura. Ajeitou a gola do blazer e limpou a garganta.



– É claro, Castro-san - o ruivo se virou para Arkane, oferecendo sue braço. - Vamos, senhorita?



A garota riu baixinho, recebendo um olhar de repreensão de Ginger, e tomou seu braço. Fran chegou correndo pela escada e agarrou-se ao mordomo.



– Hei, pare de dar bronca nos outros e vamos jantar - ele riu.



– Não estava dando bronca em ninguém, Schwarzrose-ouji* - o mordomo se inclinou para sussurrar-lhe ao ouvido. - Mas, o senhor vai ter uma punição por ter descido atrasado para o jantar, assim que chegarmos em seu quarto.



Meu primou se arrepiou e soltou-se dele na mesma hora. Seu rosto fino e branco assumia uma coloração rosada, deixando com uma aparência doce e inocente. Balancei a cabeça, antes que minha mente começasse a estipular ene coisas em relação a que tipo de punição Fran receberia.



Girei os calcanhares e desci os últimos degraus, arrastando Fran comigo. A voz de Kain soou grave no topo da escada, acompanhando as pisadas de Mira escadaria à baixo.



– Mira-sama, volte para o quarto e pegue um agasalho - ele ralhou com ela.



– Sem chances, vá você e pegue - Mira deu de ombros. - É pra isso que meus pais te pagam, afinal de contas.



O moreno de olhos roxos cedeu, suspirou pesado e voltou para o corredor. Ocupamos nossos lugares, e finalmente Arthur pôde arrancar uma coxa do pernil sem que Alex brigasse com ele.



Eu estava feliz, como se nada mais importasse e isso tudo fosse maravilhosamente mágico. Os risos e gargalhadas preenchiam o ambiente, dançando entre os vãos do cheiro do jantar. Os talheres tiniam contra a porcelana dos pratos, e os copos batiam na madeira da mesa. Tudo seguia a perfeita harmonia que nós tínhamos esperado o dia inteiro para sentir.



Claro que meu coração sentia falta de algo, mas minha mente não conseguia captar o que era. E aquela abstinência foi sendo apagada ao longo dos minutos que passamos ao redor da mesa, ora pelos risos que me cercavam, ora pelos deliciosos alimentos que me serviam.



Talvez não estivesse faltando nada e fosse só coisa do meu coração estúpido.



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Notas finais do capítulo

*Ouji: Príncipe em japonês.

Yusuke-kun, cadê você?! T-T

Vejo vocês nos reviews. Qualquer coisa que não tiverem entendido, perguntem por lá :33

Bjs