Maison De Rosalia (Black Rose) Interativa escrita por Izabell Hiddlesworth


Capítulo 28
What You Do?


Notas iniciais do capítulo

Oii!! Gomen pea demora, eu estava "curtindo" as férias.

Infelizmente, segunda-feira minhas aulas voltam. T.T

Boa leitura!! ^^



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Então o exército de dois homens ousou reclamar meu tesouro, eu estou pronto. Ou talvez não. Cashmire e Arkane andavam de um lado para o outro no meu quarto, descabelando-se e me mostrando uma série de pontos que me privavam da vitória desta luta, mas eu não entendia nada - nem estava preocupado em entender.


– Desse jeito vão gastar o assoalho e acabar furando o chão - falei por fim, suspirando.


Elas se sentaram, ou melhor, desabaram sentadas no chão.


– Não consigo ficar tranquila com isso - disse Cash. - Vocês carregam o mesmo sangue, não podem brigar assim. Conversem, ou... Sei lá.


– Sei lá é uma ótima opção - brincou Arkane.


– Também acho - revirei os olhos.


Me joguei na cama, queria manter a mente vazia um pouco.


– Priminho, você sabe qual é o youkai do Acace?


– Hm, é um dragão, não é?


– Exato - confirmou. - Um kamaitachi não vai ser o suficiente.


– Não te subestimando, mas já o fazendo - ironizou Arkane.


– Acho que eu aguento o tranco - inspirei profundamente.


As duas vieram se deitar comigo e suspiramos em uníssono.


– O que você faria se fosse com o Hikaru, Kane? - Perguntei.


– Eu diria: "Deixo você levar de bom grado e ainda embrulho pra presente" - ela respondeu com desdém.


– Aham, sei - dissemos eu e Cash.


– Ok, vai - ela ponderou um pouco. - Acho que eu falaria umas poucas e boas pra pessoa, daria uma voadora nela e... Sei lá. Ia depender de como a pessoa ia agir comigo.


– Nada a ver - contestou Cash. - De qualquer jeito, você ia bater na pessoa.


Concordei com um aceno de cabeça.


– Talvez eu não soubesse como reagir - Cash mirou o teto branco. - Talvez o Yusuke fosse querer ir com a pessoa.


– Se ele se atrevesse a fazer isso, não passaria nem do portão pra calçada - declarou Arkane. - Ah, mas ninguém ia ser louco o suficiente pra querer esses usuratonkachis* que chamamos de agentes?


– E se o Ginger quiser ir com o Acace? Será que as lembranças com ele são melhores? - Tampei os olhos com as mãos.


– Não sei, Fran. Mas o Ginger tem nove anos de lembranças com você, com certeza valem mais do que seis anos - disse Arkane.


– Bem, pode ser que não...


– Você está aqui pra ajudar, ou não, Cash? - Arkane a interrompeu.


– O problema é que nem sempre aquilo que aparenta ser de maior valor é que realmente acarreta melhores sentimentos - a morena respondeu.

– É como dizem: "Os melhores perfumes estão nos menores frascos".


Arkane encarou minha prima feio, enquanto eu tentava me encolher sobre o lençol. Porém, por mais que doa admitir essa sentença avassaladora, Cash tinha razão. As chances de que Ginger pudesse ter melhores lembranças com Acace não deixavam de existir, pelo contrário, eram quase palpáveis dançando na minha mente.


– Não escuta a Cash, Franzinho - Arkane tentou me confortar.


– Ela está dizendo a verdade - eu tentando me fazer crer em resultados positivos.


– Mas e aí, tem certeza de que vai aguentar um dragão? Ainda dá tempo de cancelar essa presepada - a albina se sentou na cama.


– A melhor opção é cancelar isso e vocês sentarem para esclarecer as coisas - Cash também se sentou. - Se o Acace não estiver a fim de papo, eu luto com ele. Posso controlar o tamanho das minhas transformações, ficando do tamanho dele.


– Cash, você acabou de dizer que nem sempre o que é maior é o melhor - resumi a frase mortal.


– Aha! - Arkane pulou da cama e apontou firmemente para minha prima. - E o feitiço vira contra a bruxa.


– Está chamando quem de bruxa!? - Cash ficou em pé em cima do colchão.


Três, dois, um... Valendo! Cash pulou em cima da albina, a derrubando no chão. Em questão de instantes, as duas estavam rolando pelo chão do quarto, esbarrando em tudo e quase quebrando os vasos egípcios que eu tanto gostava. Até que, Arkane conseguiu prender a morena embaixo de si, se inclinando insinuosamente sobre ela.


– Você mesma, Cashzinha - ela encostou seu nariz no da menor.


Com um movimento rápido, Cashmire escapou e assumiu a posição superior.


– Tsc, que pena, terei de me vingar - um sorriso malicioso adornou os lábios de minha prima.


– Ei, não vão fazer isso no meu quarto, não é? - Interrompi o joguinho.


– Claro que não. Não daríamos esse gostinho pra você - as duas riram.


Ouvi passos vindo em direção à minha porta. Toques contidos provocaram som na madeira da porta.


– Prinz Fran? - Chamou a voz grave chamou.


– Estou ocupado - menti evasivamente.


Mesmo assim, a maçaneta não demorou a girar. O moreno adentrou meu quarto, se deparando com a cena yuri no chão. Uma veia se ressaltou em sua fronte ao encarar as garotas.


– O. Que. Significa. Isso? - Era visível o esforço que ele estava fazendo para não berrar para Londres inteira ouvir.


– Hm, brincando? - Sugeriu Arkane.


– Estamos treinando - Cash revirou os olhos.


– Senhoritas, espero que tenham consciência de que seus pais não apoiariam isso - Ginger cruzou os braços.


– Os pais do Fran também não apoiariam o que o vídeo que gravamos mostra - Cash o imitou. - E aí, vai encarar?


O mordomo engoliu em seco e cerrou os olhos procurando o auto-controle.


– Vão para os seus quartos - ele disse.


Cash se levantou, permitindo que Arkane fizesse o mesmo. Elas passaram por Ginger, o provocando um pouco e sumiram porta afora.


– Ouviram bem? Seus quartos, cada uma no seu - ele se inclinou para o corredor. - Precisamos conversar.


– Acho que já ouvi demais por hoje - me lembrei do início do dia, quando me recusei a ir ao colégio. - Não quero mais pesos, acho que já foi o suficiente.


Desci da cama meio desajeitado, quase escorregando na barra do lençol. Passei por ele rápido, tanto que sua mão não alcançou meu braço. Saí do quarto e andei à passos largos em direção ao quarto de Cash.


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