Maison De Rosalia (Black Rose) Interativa escrita por Izabell Hiddlesworth


Capítulo 17
Living Colors


Notas iniciais do capítulo

Oii!! Quem tá gripado igual eu? kkkk


Cap. dedicado à Shyro no Hana :3

Boa leitura!! ^^



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Maison de Rosalia, também conhecida como Black Rose. O lugar onde meus pais resolveram me jogar, já que a maldita fábrica de brinquedos Otoha é mais importante do que a filha deles. Tudo bem, pelo menos sei que posso contar com o retardado do Yui.


Chegamos aqui faz uma meia hora, mas todo mundo que passa pela sala ou é agente ou é empregado. Onde estão os adolescentes dessa mansão? Na verdade, aqui tem muitos adolescentes, mas todos são empregados.






Finalmente, depois de uns quarenta minutos de eu ter tido que estava entediada - pela quinquagésima vez, os clientes chegaram da escola. Tirei Yui do conforto de seu espaçoso quarto e desci as escadas o arrastando pela gravata. Você tem noção do tanto de degraus que a escadaria principal tem? Muito, milhares, incansáveis e infinitos degraus de uma madeira perfeitamente polida e de cheiro agradável, daqueles que dá vontade de encher os pulmões.






Chegamos no círculo de elegantes sofás da sala. Bati as mãos em minha saia e ajeitei os cabelos, preparei um sorriso caloroso e observei enquanto um empregado abria as portas do hall de entrada. Uma garota de calos azuis arroxeados presos em um coque entrou na sala, ela estava praticamente espumando.



– Olá, eu sou... - Ela não deu importância, acho que nem me ouviu.



Olhei para Yui, ele apenas fechou os olhos com a cabeça baixa e abafou um riso com a mão.



– Nossa - murmurei indignada.



Um garoto de cabelos branco-prateados que iam até um pouco abaixo dos ombros entrou depois da azulada, seu semblante era sério e reservado. Três garotas entraram logo em seguida, uma de cabelos bem brancos, outra com os cabelos rosas e a do meio com cabelos negros e cumpridos.



Os dois agentes que entraram por último tinham uma aparência extremamente jovem. O menor era ruivo, com os olhos azuis cristalinos. E o outro, de traços orientais, era moreno e tinha os cabelos arrepiados. Tão bonitos, mas com certeza já devem ter umas trocentas garotas morrendo aos seus pés.



O maior pareceu me notar e fez os outros, que já começavam a subir as ecadas, voltarem. A azulada já estava no cume da escadaria, com um bufo e um giro de calcanhares ela refez o caminho. Eles


mantinham na abertura do círculo de sofás, até que o ruivo sorriu para mim e passou pela mesinha que sustentava um abajur rústico.


– Olá, meu nome é Hikaru Kiyama. Sou o agente dela - ele gesticulou para a garota de cabelos brancos -, a senhorita Arkane Tsukiyomi.



– Eu sou Yusuke Montbatten, agente senhorita Cashmire Blackie-hime. Na ausência do Castro-san, eu também sou responsável pelo Fran Schwarzrose-oji - disse o moreno. - A jovem de cabelos azuis é Mira Meiko-san e a de cabelos róseos é a senhorita Viollet Disire-san.



– E vocês seriam? - Hikaru quis saber.



– Sou Yuichi Uruha, e esta é a Shyo Otoha-sama - Yui sorriu para eles.



– Ah, ela é tão kawaii! - A garota apresentada como Viollet correu para mim. - Seus cabelos são verdes assim naturalmente?



– Sim - respondi. - E os seus? Como são macios.



Ousei esticar a mão para apalpar as madeixas rosadas de Viollet. Ela sorria para as pontas de meus cabelos, que agora estavam esticadas em suas mãos. Procurei por Yui virando para o lado, mas ele não estava ali.



– Ah! Você é muito linda com essa cara de emburrada!! - Ele se agarrou no pescoço da Meiko-san.



Minha primeira reação foi pensar em como ele tinha chegado ali sem que visse. Depois franzi o cenho. Essa garota parece ter o humor de um cão chupando manga e ela diz que ela é linda com essa cara?



– E você!? Parece o coelhinho da Alice! Que linda!! - Ele mordeu umas das bochechas da Tsukiyomi-san.



Acho que senti uma veia se salientar em minha testa. Onde que esse retardado pensa que está? Cabelos tão oxigenados como esses e ele a compara a algo fofo? Me poupe.



– Owwn, você parece um neko!! - Yui pegou a herdeira no colo, a girando e rindo.



Vou contar até três pra ele colocar essa garota ridícula de volta no chão. Se não já sei o que vamos ter para o jantar.



– Sumimasen - Yusuke-san o tocou de leve no ombro -, acho que não é bom para a Cashmire-hime que você fique a girando desse jeito. E também não seria agradável que alguma porcelana fosse quebrada pelo impacto dessas piruetas.



O sorriso que o moreno expressava nos lábios era como um pedido de desculpas educado, mas também continha a ameaça de uma explosão raivosa em desobedecer a ordem de parar. Yui colocou Cashmire-san de volta no chão, com os olhos baixos e envergonhados por ter sido repreendido.



– Sinto muito - ele disse quase num sussurro.



Deixei a Viollet-san e apressei meus passos em direção ao meu agente idiota. Agarrei-lhe o braço e o arrastei para as escadas. Só quando alcançamos o cume e os vasos de samambaias, é que me lembrei dos bons modos que causam as boas impressões.



– Com licença, preciso terminar de organizar meus pertences. Até a hora do jantar - sorri de olhos fechados e acenei brevemente.



– Que raios você está fazendo? - Yui me perguntou, um tanto irritado.



Por um átimo de segundos eu me senti como uma criança pega fazendo algo errado, mas então me lembrei o motivo desta retirada pelas escadas. Entramos no elevador e ele apertou o botão necessário.



– Ora, estou tentando não deixar que nossos novos coleguinhas pensem que você é um tarado - respondi, áspera e rápida.



– Ah, então é só o seu ciúmes atacando novamente. Relaxa, acho que quando você chegar na menopausa isso passa - ele riu alto na cabine. - Nem deu tempo de eu falar com aquele tal Fran e a garotinha empolgada de cabelinhos rosa.



– Você pode jogar sua lábia pra cima deles depois - entrei no meu quarto e soquei a porta atrás de mim.



– Quer arrebentar a porta? Seus pais estão pagando por isso, sabia? - Ele abriu a porta com cuidado passou a chave no trinco.



– Jura? Tenho certeza de que a Otoha's Toys dá conta do recado - me joguei na cama, de pernas cruzadas e joelhos para o teto.



– Quando você vai deixar de ser essa menininha mimada? - Yui começou a ficar irritado.



– Quando você deixar de ser tarado!



Mais uma briga. Pelas contas, esta é quarta de hoje. Nada mal, visto que brigamos todos os dias, toda hora. Yui se aproximou de minha cama, lotada de malas, peças aleatórias de roupas, casacos de frio e cabelos verdes - meus cabelos verdes. Ele se inclinou sobre meu corpo, se apoiando nas mãos que foram postas próximas às laterais de meu tronco.



– Isso é uma palavra pesada demais para jogar nas costas da pessoa que te atura todos os dias - ele cuspiu. - Não é mesmo, Shyo-sama?



Não aguentei, minha mão moveu quase que involuntariamente e foi de encontro ao seu rosto. Houve um estalo gélido, algumas lágrimas quentes e selvagens e uma mancha vermelha se formando. Eu estava chorando, enquanto ele se retirava de cima de mim com a face virada.



– Eu vou para o meu quarto. Acho que você precisa tomar um ar, sua cabeça parece estar mais do que fechada - ele jogou antes de fechar a porta novamente.



Será que se eu tivesse ficado na residência dos Otoha eu estaria passando por isso? Seria pior? Eu posso voltar atrás? Acho que não. A Maison de Rosalia não abre suas portas no meio do ano, e acho que mesmo que estivéssemos em dezembro, não haveriam vagas. Se eu desistir agora, não poderei voltar.



Ah, eu queria ter sido mais forte. Ou talvez apenas ter mudado de calçada no dia em que esbarrei nesse retardado do Yui. O dia em que perdi num carrossel de cores vivas, que não se cansam em me derrubar toda vez que olho nos orbes chocolates daquele imbecil.



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Notas finais do capítulo

Prometo que depois que esses barracos se resolverem os caps. voltam a ser engraçados e felizes u.u kkk

Ah pra quem gosta de fics de anjos negros e coisinhas asism, dá um pulinho em "Not Strong Enough" (na fic de categoria "Originais") e deixa um review =D

Vejo vocês nos reviews!! :3

Kiss, kiss.