The Lucky One escrita por AnaLu


Capítulo 21
Capítulo 21 - The Lucky One


Notas iniciais do capítulo

Oh céus! Demorei, muito mesmo, mas aqui estou eu finalizando a fic.
Faz 5 anos que eu comecei a escrevê-la e uma das coisas que me impediam de acabá-la de vez era que a minha cabeça de hj, com 20 anos de idade, não combinasse com uma história a qual começou a ser escrita quando eu tinha 15. Mas eu tenho um carinho muito grande por ela, então decidi dar esse ponto final. Espero que gostem, tanto as leitoras antigas como as novas.



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Capitulo 21 – The Lucky One

No último capitulo:

Ele estava de costas, apoiado na beirada, olhando o além. Queria parar e apenas observá-lo, ou tirar uma foto. Mas precisava agir, antes que minha coragem acabe. Respirei fundo.

— Sabe, a vista do Empire State é incrível, mas a trocaria facilmente por isso aqui! – suspirei. Ele se virou para mim, não sorria, estava visivelmente surpreso, sorri – Na verdade, a história de como cheguei aqui é um tanto engraçada. Mas atente-se ao tanto, afinal, nem tudo são sorrisos, especialmente nessa história. – Dei uma piscadela. – Droga, isso ficou brega! Parece trailer de sessão da tarde, calma, vou mudar... não é bem o que eu queria dizer! Eu deveria ter ensaiado...

Ficou um silencio constrangedor enquanto eu tentava organizar meus pensamentos. Bom, até ele quebrá-lo.

— Mas o que exatamente você queria dizer?

Eu paralisei. Ah Claro!Agora a coragem some, né?. Eu abri e fechei a boca várias vezes, tentando achar a melhor maneira de começar. Eu havia abaixado a cabeça, olhava minhas mãos, bem mais suadas que o normal, e me xingava internamente, mais uma vez, por não ter pensado melhor no que dizer.

— Bella?

Eu olhei para ele ao ouvir sua voz. E então eu lembrei do porquê eu estava aqui. Fiquei meio perdida nos detalhes de seu rosto, cada traço, cada expressão, os olhares direcionados a mim. Quero dizer, é o Edward! Meu melhor amigo Edward. Ocara que me proporcionou os melhores e os piores momentos da minha vida. Tudo fazia sentido agora, tudo parecia certo e eu fui uma grande idiota. Respirei fundo tomando coragem para começar a falar.

— Eu desliguei o telefone. No avião... eu, er... – limpei minhas mãos na calça tentando organizar melhor minha fala.

— Olha, não se preocupe... – ele me interrompeu -  New York era uma puta oportunidade... não seria certo você abrir mão disso só para falar comigo, e eu entendo isso, de verdade, eu te magoei e...

— Edward, não! – agora eu o interrompi – Me deixa terminar, senão ficaremos aqui para sempre... – dei um meio sorriso – Eu não te odeio, ok? É só... que naquele momento eu precisava ter uma certeza e não um talvez... – respirei fundo - ...eu fiquei com medo de ceder e me decepcionar com você... mais uma vez.

Ele que encarava suas mãos agora.

— E depois... la em New York, eu não tive coragem de te ligar, porque sabia que isso havia te magoado... e eu tava perdida demais, ah quem eu quero enganar, eu estava com medo mesmo, medo disso aqui – Dei uns passos para frente me aproximando. – Medo de me abrir e me assumir para você.

Ele voltou a levantar a cabeça, eu sentia seu olhar analisando cada parte de mim. Eu também o observava, até que nossos olhares se encontraram. E então todo aquele medo desapareceu, porque agora eu via e entendia o que a Alice quis dizer. Eu era correspondida, desde o começo, desde antes de eu desejar ser. Isso aqui era algo que estava embaixo de nossos narizes há um bom tempo, mas não tivemos a coragem o suficiente de tentar o descobrir.

Até agora.

Ele se aproximou mais e então estávamos a menos de um passo de distância um do outro.

— Edward...? – chamei. Estávamos tão próximos que eu podia sentir sua respiração em meu rosto.

— Sim..? – Seu olhar era tão intenso e tão verdadeiro que me fez arfar.

— Você é o cara... – sussurrei, me referindo ao motivo de nossa “separação”.

E então, em um átimo, ele enlaçou minha cintura e me beijou intensamente. Seus braços me apertavam firmemente enquanto eu passava os meus pelo seu pescoço. Meus pés chegaram a deixar o chão por alguns centímetros e meus dedos agarravam seu cabelo, já não sabia onde estava ou porque, mas só que eu estava lá com ele e tudo se encaixava. O beijo foi delicado e urgente ao mesmo tempo e, quando nos faltou ar para respirar, separamos nossas bocas, mas ele me manteve em seu abraço. E então eu enterrei meu rosto na curva de seu pescoço, matando a saudade que eu tive nessas ultimas semanas com seu cheiro e seu calor.

Ele me colocou delicadamente no chão e começou a se afastar para me olhar. Eu não soltei seu pescoço, pelo contrario, o puxei de volta para mim.

— Não! Não acabei – falei e ele riu enquanto me abraçava novamente. – Ta, agora já deu – eu disse após um tempinho, nos separando – Pronto, posso voltar para New York. – brinquei virando as costas e seguindo em direção aos carros.

Demorou uns segundos para eu então sentir ele me abraçando por trás.

— Há! Muito engraçada você! – Ele me virou de frente para ele novamente. Deus! Esse sorriso...me fez muita falta. Beijamos-nos novamente, dessa vez um beijo mais curto e calmo, sentindo o carinho e a saudade que sentíamos no momento.

Tudo estava parecendo bom demais para ser verdade. Sentamos-nos no capô do Volvo, minha cabeça apoiada em seu ombro, e ficamos assim por um tempo, curtindo o silencio, a paisagem e a companhia um do outro.

— Credo – ele quebrou o silencio – nós fomos bem idiotas, né?

— Você acha? – eu brinquei.

 - Não, sério, - eu levantei a cabeça e o encarei – ainda bem que temos o pessoal, senão eu estaria até agora perdidaço no meu quarto tentando entender porque eu tava tão bolado com essa história.

— É Edward... a gente sempre soube que você era mais lentinho pra sacar as coisas... seu pai não falou nada para não atrapalhar sua confiança. – Ele arqueou uma sobrancelha pra mim. – O quê? Só porque eu assumi meu amor por você significa que eu tenho que te tratar gentilmente o tempo todo? – Agora eu arqueei a sobrancelha e ele riu comigo.

— Tá, tá... ok Swan. – ele disse sorrindo. – É só que... eu sei que tenho mais dificuldade para me expressar e tals... eu só queria dizer que isso aqui – ele abriu os braços apontando para a nossa volta e então para mim – sei lá, é o melhor que eu poderia ter agora. – o clima de brincadeira se foi quando eu vi a seriedade no seu olhar – Você falou e se assumiu e eu sei que você sabe como eu me sinto, mas ainda assim eu quero dizer. Você é minha melhor amiga, é o tipo de companhia que é boa em qualquer situação, é a pessoa que mais me faz sorrir, a pessoa com quem eu quero compartilhar tudo, desde as grandes conquistas até um sorvete de chocolate depois de um dia péssimo. E você é linda e sexy – eu estava paralisada com toda essa declaração e corando horrores com essa ultima parte – você me atrai de todas as formas possíveis, você me faz feliz de todas as formas possíveis. Vamos oficializar isso de uma vez por todas? Eu não quero atuações ou mentiras, porque você é a pessoa com quem eu consigo ser eu mesmo, acho que isso é estar apaixonado pra valer, então vamos? – Ele segurava minhas duas mãos agora – O que você me diz, vamos ser nós mesmos, juntos?

Eu respondi sua pergunta acenando com a cabeça. Eu estava sem palavras. Mas isso não me incomodou, pois elas não eram necessárias agora, nós dois sabíamos disso. Sem desviar o olhar um do outro, ficamos em silêncio mais um tempo, mas dessa vez ele foi quebrado com mais beijos. Mais calmos e delicados que o primeiro. Ah! Quem eu quero enganar? A gente se pegou pra valer mesmo! Quem aguenta depois de uma declaração dessas? Mas já aviso, o capô de um carro não é la muito confortável para esses tipos de beijo.

***

Passamos o resto da tarde ali, juntos. Conversamos muito, sobre tudo, resolvemos nossas magoas, falamos sobre os bons momentos, demos risadas, nos beijamos, tudo estava tão bom que eu tinha medo de falar qualquer coisa e estragar.  Mas logo começou a escurecer e decidimos voltar para casa. Fomos nos carros separados e eu ate diria que apostamos uma corrida até nossa rua, mas meu pai é policial então esse assunto morre aqui.

Pelo barulho que se ouvia da calçada via-se que todos ainda estavam na minha casa, Edward me encontrou na entrada e abriu a porta para nós, sua mão entrelaçada na minha. Ao entrarmos ficou um silêncio geral e todos nos encaravam, dava para sentir a expectativa de saber o que aconteceu, e então Edward levantou nossas mãos entrelaçadas e aí já viu, foi uma gritaria que só.

“Aaaaaaa eu sabia!”

“Até que enfim!”

“Acho que isso merece uma pizza pra comemorar!”

“Acho melhor eu nem perguntar o que vocês ficaram fazendo essa tarde, hein”

Foram muitos abraços e beijos. Todos estavam claramente felizes e eu também. Pedimos a pizza e ai virou tudo uma grande festa. Teve até um momento que o Edward me puxou para a cozinha falando que precisávamos urgentemente ligar para Phil e Kate para lhes contar a novidade, eles obviamente ficaram muito felizes e já marcamos de irmos os visitar para uma revanche no boliche.

E assim começou um dos verões mais incríveis da minha vida. Juntos. Nós viajamos para o lago novamente com nossos pais e depois só nós seis “crianças” juntamos nossas economias e fomos até a California em uma Road trip pela costa oeste que deu muuuuitas histórias para contar e acabou por nos unir mais ainda, uma despedida pré faculdade épica!

Bom, mas eu já sei o que vocês devem estar se perguntando e eu não irei enrolar muito aqui não. O verão acabou e.... eu fui para New York! Eu amo demais meus amigos, mas essa era a faculdade dos sonhos e eu precisei priorizá-la. E o Edward me apoiou cem por cento nessa decisão, claro que a distancia é horrível, mas nós estamos o tempo todo nos falando e pegando, trem, ônibus e o diabo a quatro para nos vermos sempre que der.

E assim, eu não quero dar azar falando nem nada, mas o curso de Medicina em Dartmouth não está sendo lá tudo o que o Edward imaginou e ele está pensando em se inscrever para uma transferência para Columbia University aqui em New York. Mas isso são só planos por enquanto (cruzem os dedos).

Agora estou no meu café favorito aqui em NY, terminando de escrever esse projeto e esperando dar 14h, horário que eu preciso me dirigir a estação de trem. Esse fim de semana é aniversario do Emm e eu planejei uma visita surpresa, assim como meus pais, os Cullen e os Hale. Sinto meu celular vibrar ao lado do notebook.

Edward.

De: E.C

Para: B.S

Hey! Só estou checando para saber como você está. Estou morrendo de saudades, mas entendo que esse final de semestre te deixa cheia demais. Eu conversei com Emmet ontem, acho que ele entende melhor agora também. Foda sentir sua falta, hein Swan. Mas não esqueça, skype amanhã às 18h, queremos você presente no parabéns. Eu te amo, garota.

Sorri com a mensagem. O Emmet não é o único a ser surpreendido essa noite.

Essa foi a minha história, ou pelo menos parte dela, a história de como uma mentira boba transformou tudo me fazendo perceber que meu melhor amigo é na verdade meu parceiro para a vida. Sei que tiveram certos obstáculos e dificuldades, e que muitos ainda estão por vir, mas não sei, olhando daqui, fica difícil não me sentir The Lucky One.  (a sortuda)


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Notas finais do capítulo

Bom.... foi isso! Acabei! Nem acredito! Também nem acredito que abandonei essa fic faltando um capitulo, mas aqui está!
Muito obrigada a todos que acompanharam, realmente é muito legal saber que tem pessoas do outro lado lendo e curtindo.
Reler essa historia e então finalizá-la foi uma nostalgia muito gostosa. Mas não farei uma segunda temporada para ela, pois simplesmente não consigo assumir esse compromisso de ir escrevendo e postando e etc. Mas quem sabe não posto algumas oneshots aleatorias do passado e futuro, alguns spin offs, é uma ideia.
Fico por aqui no meu ultimo comentário e ultimo obrigada. Foi muito bom mesmo ter participado disso tudo.
bjss
AnaLu