Constance

Já era tarde quando ouvi um tumulto na rua, olhei pela janela e vi uma ambulância perto da casa dos Black, comecei a ficar preocupada, não que eu me importasse com eles é que alguma coisa estava me dizendo para ir lá. Troquei de roupa e quando me aproximei do local onde já havia uma aglomeração de pessoas, vi minha Adelaide no chão. Eu entrei em desespero, precisava leva-lá para casa dos Black, sai arrastando-a para o jardim, mas ela já estava morta. Comecei a gritar, perdi meu último filho. Não poderia acreditar, primeiro Taite agora Adelaide. Como foi que as coisas chegaram a esse ponto? O que eu tinha feito de errado para merecer isso? Eu já não tinha mais vida.

 Taite

Chegamos a casa do Bob e fomos bem recebidos eles nos mandou para o porão. Onde a festa estava acontecendo. Quando cheguei lá, Violetta foi procurar Louis, então fiquei sozinho. Bob me deu um Brownie. Eu aceitei, não tinha um gosto agradável, mas dava pra comer. Depois que terminei, me senti completamente eufórico. Comecei a ver coisas e as pessoas tinham se multiplicado.

- Hey, Taite – Chamou Bob.

 - E ai cara – eu disse sentando-me no chão.

 - Como está se sentindo? – Ele me perguntou.

 - Eu estou muito doido – respondi olhando as duas garotas que estavam ao seu lado.

Não. Não, isso não estava acontecendo. O que elas estavam fazendo ali?

 - O que vocês querem? – Perguntei chorando.

 - O que foi Taite? – Me perguntou Bob.

 - Por que você chamou elas pra cá? Você que me  ver morto? – Eu comecei a gritar chamando a atenção de todos. – Sabe Catharina, eu sempre achei seu cabelo desidratado. – Eu falei sem nem saber o que eu estava dizendo.

 - Quem é esse garoto e por que me chamou de Catharina? – Ela perguntou confusa. Minha visão estava ficando nevoada. Foi quando Violetta apareceu.

 - O que aconteceu Taite? Você está bem? – Perguntou-me ela preocupada.

 - Eu quero um milk-shake – eu disse fazendo todos rirem inclusive eu. Mas Violetta não ria ela parecia está preocupada comigo.

 Ela me puxou até a cozinha pegou o mixer e começou a preparar o milk-shake.

 - Você não tem muitos amigos né Taite? – Ela me perguntou colocando o sorvete no mixer.

 - Eu tinha um melhor amigo. – Falei lembrando do Michael.

 - Cadê ele? Por que não está aqui com a gente? – Ela perguntou batendo o milk-shake.

 - Ah, ele se matou – eu disse fazendo ela parar por um tempo – as vezes eu queria que ele tivesse deixado um bilhete.

 - Eu sinto muito – ela falou se arrependendo por ter perguntado – você sabe o motivo dele ter feito isso? – Ela perguntou colocando o milk-shake no copo.

 - Problemas pessoais. – Eu respondi. Não falamos mais nada pelo resto da noite.

Vivian

Primeiro a enfermeira desmaia, agora minha Violetta desaparece? Onde estava minha filha? Eu já havia procurado em toda casa liguei para o celular dela e ninguém atendeu. Eu só espero que ela esteja bem. Foi quando ouvimos a campainha, Tom saiu correndo para atender, mas voltou com uma expressão estranha. Foi quando ele tentou ligar para Violetta e ela disse está na casa de um amigo.

Depois que soube disso decidi tomar um banho quente. Ouvi o meu celular tocar e quando atendi, ouvi uma voz conhecida. Paralisei no mesmo instante. Como? Não podia ser ela. Ela estava morta, eu mesma a vi.

 - My… Mylena? – Perguntei sem acreditar.

 - Oi, Vivian. – Ela respondeu.

 - Mylena o que você quer? – Perguntei quase chorando.

 - Quero saber se o Tom te contou o que eu fui fazer ai – ela falava me deixando arrepiada.

 - O que? – Foi o máximo que eu consegui falar.

 - Pergunte a ele Vivian – Ela disse e senti um vento forte quando olhei para o espelho tinha algo escrito.

 “Pergunte a ele Vivian.”

Eu sai correndo e gritando, ela estava aqui em algum lugar. Meu telefone tocou novamente. Eu atendi.

 - O que você que Mylena? – Perguntei com medo.

 - Sua cozinha está ótima. Por acaso você reformou? – Ela me perguntou rindo. Então ela estava na cozinha.

 Fui atrás dela, quando cheguei na cozinha tinha ração espalhada por todo chão. Continuei andando quando ouvi algo explodi dentro do micro-ondas.

 - Plus – gritei – vadia, o que você que? – Gritei. Mas ninguém respondeu. Tom chegou na cozinha ofegante.

 - Aconteceu alguma coisa? – Ele perguntou.

 - Mylena está aqui. – Respondi entre os dentes.

 - O que?

 - Vá atrás dela. – Falei indo para o quarto. Quando cheguei lá Plus estava em cima da cama. Não acreditei. Se encontrasse ela. Eu a mataria.

Violetta

Estava na cara que Bob havia drogado Taite, eu sabia que não era uma boa ideia ele ter vindo comigo. Após eu fazer seu milk-shake, meu pai me ligou. Eu expliquei a ele toda a história e sabia que minha mãe iria me matar quando eu chegasse em casa, mas como já estava na festa preferi ficar e aproveitar. Já era quase três da manhã quando as pessoas já estavam indo embora, chamei Taite para irmos também. Quando estávamos na esquina um grupo de adolescentes cheios de sangue apareceu, eles começaram a falar coisas sem sentidos. E pelo visto conheciam Taite. Mas ele negava, perguntava “Quem são vocês?” e a garota respondeu “Você não lembra de nós?”. Eles começaram a querer bater em Taite então achei melhor voltamos para casa de Bob.

 Voltamos e pedimos carona a um dos garotos, ele tinha uma picape então mandou irmos atrás. Subimos e ficamos em pé. Quando estávamos passando pelo túnel, que levava ao centro da cidade. Taite sussurrou “Nós somos infinitos” e nos beijamos.

Quando chegamos em casa fomos para meu quarto, quando olhei pela janela o grupo de adolescentes estavam no meu jardim. Taite ficou desesperado. Então peguei uma tesoura e foi falar com eles.

 - Olha ele mandou a namorada – falou um cara que estava com sangue nos olhos.

 - O que vocês estão fazendo aqui? – Perguntei.

 - Ela é aquele tipo de garota solitária que casa com qualquer um. – Falou uma garota loira.

 - Quem é você para falar isso? – Perguntei irritada com o comentário.

 - Sou Catharina – ela me respondeu, fazendo-me lembra do ataque de Taite na festa.

 - Seu namorada não é quem você pensa que é – um garota de cabelos pretos que usava um uniforme de líder de torcida falou.

 - Ele é um mostro – Explicou o cara que usava uma jaqueta de um time de basquete.

 - Do que vocês estão falando? Taite é uma boa pessoa – eu falei tentando entender o que eles estavam dizendo.

- Então você não sabe? – Perguntou Catharina.

 - De que?

 - Do massacre que houve no seu colégio alguns anos atrás – ela falou sentando no banco de pedra.

 - Como assim? – Perguntei.

 - Pesquisa na internet, vai achar tudo o que precisa.  - Ela me aconselhou. Taite apareceu fazendo todos levantarem.

 - Até que enfim apareceu – disse o garoto com sangue nos olhos.

 - Fiquem longe dela  - ordenou ele.

 - Não vamos machucar a garota. O negócio é com você – respondeu Catharina.

 - Tudo bem, façam o que quiser comigo. Se conseguirem me pegar – Ele disse e saiu correndo, todos os outros correram atrás dele. Eu peguei o celular e liguei para a polícia.

Foi quando Constance apareceu.

  - Me solta vadia – Gritei.

 - Não. Adelaide morreu e a culpa é sua. Venha comigo agora. – Ordenou ela me puxando.