Tom
Eu não fazia ideia do que estava por vir, não depois daquela cena no jardim. Esther era mais estranha do que eu imaginava. A pior coisa é que eu não lembrava mais de nada dos últimos anos. Era como se minha memória tivesse sido apagada. Só lembro-me de Esther bebê, não me lembro de vê¬-la crescer, nem do primeiro dia que foi para a escola. Eu não deveria ter essas lembranças?
Eu não ficaria mais um dia nessa casa. Iríamos sair assim que Vivian chagasse, nos mudamos para cá com um intuito de melhorar nossas vidas, mas parece que as coisas estavam piorando. Eu tinha certeza disso, principalmente depois do que havia acontecido com Esther. Eu poderia dizer com toda certeza que ela não era minha filha.
Avistei Violetta ela parecia diferente. Não conseguia descrevê-la.
– Vamos embora assim que você chega Vivian eu avisava enquanto falava com ela pelo telefone. Mas eu não quero ficar. Respondi. Até ela desistir e concorda em irmos embora. Porque aquela casa não fazia bem a ninguém.
Taite
Não pude crer no que estava ouvindo doutor Tom planejava ir embora. Levar Violetta para longe? Não, não. Ela não iria, não mesmo. Queria Violetta bem perto. Não conseguiria sobreviver sem ela. Que dizer eu já estava morto mesmo, mas minha alma precisava do seu amor. E ela não ficaria longe de mim.
Violetta foi à primeira garota que gostei de verdade e creio que ela diria o mesmo de mim. Ela é perfeita e eu a amava.
Corri para contar-lhe a novidade, seu pai queria leva-la para longe ela não poderia ir. Ela não queria ir.
– O que vamos fazer então? Ela me perguntou quando chegamos ao sótão.
– Eu tenho uma ideia, vamos se matar sugeri como Romeu e Julieta. Se não podemos ter um ao outro então escolheremos a morte.
– Ah claro seria muito romântico tudo isso ela disse rindo vamos fazer isso na banheira.
– Claro é melhor eu disse feliz por ela ter concordado.
– Vou encher a banheira. Ela disse descendo as escadas.
Não demorou muito para ouvir-se os gritos.
Violetta
Taite disse que meu queria ir embora eu não queria ficar longe dele, mas comecei a mudar de ideia quando ele disse que deveríamos morrer como um ato de amor. Taite já estava morto e queria me matar. Não sei pelo qual motivo. Eu não poderia mais confiar nele. Então menti e quando desci as escadas do sótão comecei a gritar pelo meu pai. Eu não queria morrer era jovem de mais para isso.
Taite me ouviu e me perseguiu. Eu queria distancia dele então sai gritando pelo jardim na rua estava passando um casal eu tentei abrir o portão enferrujado e velho. Mas não conseguia. Quando abrir o portão sai em direção à rua, mas foi parar na cozinha da minha casa. Isso me deixou confusa e atordoada. Então corri portão a fora novamente e voltei para casa e isso se repetiu unas nove vezes até Taite me achar.
– O que você fez comigo? Eu perguntava chorando.
– Eu não fiz nada. Ele respondeu.
– Eu não quero morrer, eu não quero morrer eu gritei.
– É tarde demais para isso Taite havia me deixado confusa.
Ele mandou segui-lo e me levou para um lugar nojento do porão, havia teias de aranha e um cheiro horrível.
Parecia que algo estava se decompondo ali.
E havia.
Não acreditei quando me vi no chão, havia mosca por toda parte, era eu. Meu corpo. Não consegui me controla eu havia morrido. Eu estava morta isso significava o fim. Comecei a chorar e não conseguia parar. Aquilo fora de mais para mim. Eu morta!
Taite ficou comigo todo tempo ele também chorava. Depois de muito tempo eu consegui falar.
– Eu morri quando cortei meus pulsos? Perguntei soluçando.
– É. Eu tentei salva-lá, mas não deu. Eu disse para não fazer isso. Ele chorava. Eu não queria que você soubesse se tivesse morrido comigo nunca saberia a verdade. Violetta eu te escondo a verdade para não vê-la sofrer. Ela falava tentando me tirar daquele lugar horrível. Eu te amo Violetta. Ele afirmou fazendo me chorar ainda mais.
– Eu te amo Taite sussurrei.
Vivian
Tom estava com uma ideia de ir embora, eu não queria ir embora. Não deixaria minha casa. Estávamos tão felizes. Eu estava entrando em casa quando ele veio falar que Esther não era normal, que ela tinha problemas sérios.
É claro que não acreditei em nada, Esther era perfeita eu a amava.
Fui a procura dela na cozinha, quando vi ela estava remexendo a geladeira.
– Esther chamei. Ela continuava a remexer a geladeira Esther. Ela rosnou para mim com um bife na boca. Esther?
– Eu não sou Esther ela respondeu.
– Esther vem aqui.
– Eu já disse Esther não está aqui. dizia ela.
Esther começou a jogar as xícaras e os copos que estavam em cima do balcão da cozinha. Fazendo meu pé ficar todo cortado.
– Esther gritei quando ela desapareceu. Esther. Senti algo atrás de mim.
Quando me virei Esther pulou em cima de mim com um pedaço de vidro na mão.