A casa mal assombrada escrita por Daniela Lourenzo


Capítulo 1
Segredos & cinemas


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Tudo bom com vocês? Espero que sim! Bom, depois de anos com essa fic parada resolvi dar uma passadinha aqui e possivelmente vamos retornar e ficar até o final! Espero que possam acompanhar junto comigo essa nova trajetória!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/361164/chapter/1

E esse foi mais um no ritmo de Chicago fiquem ligados, até a proxima!

Pov rock

Ufa! finalmente acabou. Olha, não vou mentir, sou muito grata por participar de um programa onde eu posso passar horas fazendo algo que eu goste com pessoas maravilhosas! Eu respiro dança! Minha mãe até falou pra mim que a primeira vez que eu levantei sozinha foi para me sacudir enquanto tocava uma música aleatória no radio haha...

E não, eu não trabalho sozinha aqui. Graças a uma seleção no semestre passado, consegui uma vaga aqui junto com minha melhor amiga Cece, que infelizmente não apareceu hoje por conta de uma virose que pegou no início da semana. Como ela não veio hoje e virou um costume ir para casa com ela estou tendo que ir sozinha até que esteja melhor. O caminho não é tão perto, confesso, mas também não chega a ser algo super torturante e exaustivo. Fala sério! Sou uma dançarina haha, passo horas e horas ensaiando, uma andadinha não vai me matar!

Estou sempre com os meus fones de ouvido jogados pelo ombro, o que é maravilhoso já que eu sempre coloco na playlist aleatória do spotify e estou sempre criando algum passo novo pra depois compartilhar com o pessoal, que por sinal dançam muito bem! 

— As gravações terminaram cedo hoje... Não são nem 15:00 ainda! Acho que uma passadinha no parque não seria tão ruim assim...

O caminho é tranquilo, o sol está maravilhoso! Estou até pensando em arrastar a Cece para uma piscina comigo essa semana... Saudades bronzeado maravilhoso!

Ah, passo tanto tempo ouvindo música e dançando que nem percebi quando cheguei ao parque. Até que está um pouco mais movimentado hoje, geralmente é bem vazio durante a tarde...

Ao chegar decido sentar num banquinho pra descansar um pouco os pés e as pernas e aproveito para escrever um pouco mais no meu diário, ou apenas uma agenda mesmo, quando não tenho muita coisa pra fazer eu começo a escrever sobre coisas bem aleatórias. O bom é que o meu cérebro está sempre ocupado com alguma coisa. E não, ninguém sabe sobre ele. Vergonha? Não. Apesar de não ter idade para escrever um diário eu acho bem normal e até bacana. E se eu ficar super famosa um dia? Aí eu sou convidada pra participar daqueles programas super incríveis, como o da Ellen DeGeneres ou do Jimmy Fallon!! Nossa, seria tão louco que nem eu acreditaria! Sonho de princesa...

Dou algumas risadinhas com os meus pensamentos e por alguns minutos eu lembro da Cece... Sinto tanta falta daquela coisa estranha projetada por Deus! Essa amizade tem tantos anos que vocês nem imaginam, viu? Não é aquela coisa que as pessoas se conhecem em colégio ( Não desmerecendo quem conhece seus melhores amigos lá, jamais!) mas sim uma amizade de berço! Nossas mães foram super amigas e por incrível que pareça ( ou não) o mesmo aconteceu conosco.

Mas até que não foi tão ruim assim... Posso até dizer que foi uma boa semana considerando o fato de que eu conheci um carinha legal por lá. Deuce, isso mesmo, Deuce. Tudo bem que ele pode ser meio estranho e bobalhão às vezes, na maioria do tempo na verdade, mas é um grande amigo. Hum... se eu não me engano fiquei até de ir tomar sorvete com ele às 15:30. O bom de ter um amigo garoto é que se eu fico com alguma vergonha de conversar sobre algo com a Cece com ele eu  me sinto mais solta, livre! É, também não sei, mas funciona...

— Cade o meu celular? Vai que eu passei do horário e não percebi... às vezes acontece! 

— O que? 15:20?! Gente, como assim? Hoje eu viajei mais que o normal... legal haha...

Tudo bem, mas cade o Deuce?

— Rocky? - ouço uma voz conhecida

— Falando no diabo... Oi, Garoto! - dou um toque em seu ombro

—Como vai? - pergunta sorrindo

—Muito bem, e você?

—Estou bem, graças a Deus! Como vai a Cece?

—Hum.. ainda não está se sentindo bem, acho que vai precisar tomar um remédio até segunda, que por sinal é horrível!

— Tadinha, bicho...

—É... Mas e aí, vamos? - pergunto sorrindo

—Claro!

—Será que eu posso levar uma bola pra ela? - pergunto

—Acho melhor não... - ele responde

—Tudo bem... Vamos!

(...)

Depois de um longo dia rindo, conversando e enchendo meu bucho de sorvete, resolvo voltar para casa. Não só por isso, se eu pensar em chegar tarde em casa mainha arranca minha alma só com os olhos! E como se não bastasse eu ter uma bela ameaça feita pela mamãe eu preciso CORRER muito mais até chegar antes do horário porque o trânsito não é legal, o lugar não é perto e eu sou lenta demais. Então, é um esforço miserável para mim, obrigada.

Cheguei em casa tão cansada que pensei mil vezes em só bater na porta pra avisar que cheguei e estava viva, porque meu corpo só pedia arrego ( descanso pra quem não entender haha...) e a vontade que eu tinha era deitar no tapete no meio do corredor mesmo. Depois de 10 minutos criando coragem eu forço o corpo até dentro de casa, onde encontro o meu irmão, Ty, sentado no sofá comendo uma mistura enorme ( queria por sinal).

—Me dá um pouquinho? - peço olhando de longe

—Não, sai!

—Ih, que egoísmo! Vai ficar preso na goela!

—Não vai comer do mesmo jeito, olhuda!

—Que audácia...

Vou em direção ao meu quarto e vejo os meus pais conversando no quarto:

—Olá, família! - falo sorrindo

—Comigo ninguém fala isso! - Resmunga meu irmão

— Você é um caso indefinido ainda. Tanta criança útil pra nascer e nasce essa bela incógnita... - falo rindo

— Viu... Tá bom Sra. útil! Sabe nem Fazer um arroz!

— Não sei fazer ou não quis fazer pra você? 

—Como é? - pergunta arqueando uma sobrancelha

—Nada... boa noite, xuxu! - dou uma piscadinha

Subo as escadas e vou até o meu quarto. 

Ai meu Deus não vejo a hora de tirar essa roupa e tomar um banho! Tão suada que nem imagino a situação que deve estar o meu sovaco! Espero em Deus que não tenha aquele cheiro podre! Abracei o Deuce várias vezes! E ele é maior que eu, ou seja, eu levanto o braço pra abraçar ele! Ai que situação viu...

— É, até que está aceitável... Deu pra viver durante a tarde...

Tiro a roupa e tomo um banho bem demorado, graças aos deuses temos banheira aqui em casa... Amém? Amém!

 

Fecho os olhos e aos poucos começo a lembrar da tarde que passei na sorveteria. Olha, talvez eu tenha deixado uma coisinha escapar de vocês... 

— Eu beijei o Deuce! - falo baixinho arregalando os olhos

Sim, eu beijei o Deuce, ponto. Ai, misericórdia!

Uma obs: gíria de crente pisa tanto, não é? 

 

Não, não foi nada planejado. Até então isso nunca tinha acontecido com nenhum dos dois! Nunca levei nossa relação com segundas intenções e acredito que ele deve pensar do mesmo jeito. Mas tudo bem, aconteceu, e até que foi bom!

Dou um sorriso e momentos começam a passar pela minha cabeça:

— Está muito bonita essa garota! - fala sorrindo

—Ah, more, se não for pra sair linda eu fico em casa mesmo!

—Se acha ela!

Dou risada e dou um empurrão nele.

—Ei... - falo baixinho

—Pois não?

—Posso perguntar uma coisa? 

— Já perguntou! - responde dano uma colherada no sorvete

— Deuce!

—Tudo bem, tudo bem... o que foi? Está se sentindo bem?

— É que... - vou chegando perto do seu ouvido e percebo que ele fica nervoso

— Rocky?

—Shh... 

Tiro uma mecha do meu cabelo do rosto e falo bem baixinho e devagar em seu ouvido:

—Me dá um pouquinho do seu sorvete? O meu acabou!

E volto ao meu banco rindo que nem uma louca! 

Ele fica ali, parado... Tenho certeza que deve estar passando mil coisas na cabeça dele, principalmente na coragem que eu tive em fazer isso.

— Você tá achando o que? Louca! - E começa a rir também

—Uuh, ficou nervoso? Achou o que?

— Que ia me beijar! - Fala sorrindo e piscando um olho

— Esse é o teu sonho! - falo pegando uma colher do seu sorvete.

— Meu sonho de princesa, vamos? - pergunta

—Ué, pra onde? - pergunto

—Agora é a minha vez de contar uma coisa para você!

—Hum... 

Com os olhos cerrados fico encarando aquele garoto por alguns segundos... 

—Vem! Você ainda acha que está enchendo esse bucho com o meu sorvete!

—Desculpa, mas eu amo sorvete e meu olho é grande demais. Aliás, está uma delícia! 

Limpo as mãos no guardanapo e aproveito para limpar o rosto...

— Então, o que quer falar?

Ele arruma um pouco a postura e vai chegando perto do meu ouvido. Dessa vez ele que retira uma mecha do meu cabelo do meu rosto e fala baixinho:

— Fecha comigo, cremosa!

Não tenho maturidade pra isso!! Começo a rir desesperadamente e consigo sentir várias pessoas encarando nossa mesa, mas eu não tenho culpa! 

Ele também não consegue segurar o riso e me acompanha na risada.

—Fala sério, Deuce! Qual o seu problema?

— O meu? Garota olha o jeito que você dá risada! Que horrível, namoral...

—Mortíssima com você agora!

— Mas eu não estava brincando... Quer dizer, no jeito que eu falei, sim! Mas eu quero mesmo.

— Você quer ficar comigo? Por quê?

—Não sei... você quer?

—hum...

Fico olhando cada canto do seu rosto buscando algo que dissesse que era apenas uma brincadeira, mas pelo visto até que era sério...

—Isso vai afetar nossa amizade? - pergunto

— Juro que não!

—Ai que vergonha!

—De mim? 

—Não, aquele pessoal ainda está nos olhando.

—Quem? - ele olha para a mesa ao lado e na mesma hora o casal volta a tomar conta da própria vida!

— Você hein... - falo rindo

— O que? o que eu fiz? - pergunta confuso

—Não fez nada... ainda

Então ele dá um sorriso e eu retribuo na mesma hora.

Então, nos beijamos... Oh my Gosh!

Abro os olhos rapidamente ao escutar uma batida super forte na porta do banheiro.

—Minha filha, você pode adiantar o seu lado? Estou querendo mijar tem 30 minutos já! Sabemos que tu é imunda, mas adiante aí!

—Cai fora, TY!

—Chata!

—Insuportável!

—Imunda!

Reviro os olhos e pego uma toalha. Enrolo a toalha no corpo e destranco a porta, sem esquecer de esvaziar a banheira!

—Pronto, pode ir fazer o seu xixi! - Falo revirando os olhos

—Muito obrigada, agora sai porque estou quase fazendo nas calças!

— Que absurdo! 

 

Volto para o meu quarto, troco de roupa e caio na cama.

Nossa, esse dia foi louco! 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então, como me saí? Como eu editei a fic hoje, não sei se vai aparecer nos tópicos do Nyah, provavelmente terei que colocar algum capitulo novo apenas como aviso... De qualquer forma, até lá! Beijão!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A casa mal assombrada" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.