With You escrita por Gabi Carlison


Capítulo 16
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Meus anjos, e abandonei vocês eu sei, me desculpem. Mas é que eu não tinha noção de como terminar esse capítulo e era a minha ultima semana de aula e eu fui todos os dias para perturbar a vida dos meus professor e jogar guitar hero na escola.
Outro fator além do bloqueio contribui muito. Gabi chara linda, lembra da infeliz história? Pois é, eu esqueci a senha do Nyah! "Mas porque vc não deixa salvo?" Simples gente, porque tem gente curiosa, vulgo mamãe, que fica mexendo em tudo no meu note, ai eu não deixo nenhuma senha gravada e acontece essas coisas.
Chega de falar de mim né, quero pedir que vocês leiam esse capítulo ouvindo essa musica: http://www.youtube.com/watch?v=KA1LYTWtVQ0
Por que foi por causa dela que eu consegui terminar esse capitulo e eu amo essa musica né galra, e tem um Pov curtinho, porém especial nesse capitulo. Falo mais lá em baixo.



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_E ela disse que além de tudo, ele vai ficar em coma e respirar com a ajuda de aparelhos. –Martha contava tudo que a enfermeira havia dito.

_Coma? Por quanto tempo? –Kate quis saber, essa ideia era preocupante para ela, tinha medo dele demorar a acordar.

_Não sabemos querida, ela disse que isso só vai depender dele, podem ser só alguns dias, ou alguns meses, ou até mesmo... Anos. –Martha disse a ultima palavra com um pesar diferente, não queria nem pensar na possibilidade de ver o filho inconsciente em cima de uma cama de hospital por anos, isso a entristecia.

_Hum. –Foi à única coisa que Beckett conseguiu dizer, a mesma ideia também a aterrorizava, como ela poderia passar anos sem ouvir aquela doce voz que a alegrava todas as manhãs? Como poderia viver sem aquele sorriso que a fazia sentir-se tão segura e protegida? Como poderia ficar sem olhar para aqueles olhos azuis que a aqueciam e diziam que estava tudo bem?

Como para que piorar toda a situação, ela começou a lembrar do primeiro dia em que se conheceram, e o quanto ela detestava aquele jeito egocêntrico dele de ser, mas também não podia negar que havia sentido algo diferente no momento em que se conheceram. Foi passando mentalmente os anos em que estiveram juntos, sempre sorrindo ao se lembrar de alguma besteira que ele falava, ou das vezes em que tentava dentro de sua brilhante imaginação encontrar motivos para crimes atrozes.

Foi inevitável deixar uma lágrima cair pelo seu rosto, por que toda vez que pensava que não poderia dizer para ele que ela queria muito mais do que aquele beijo, ela congelava. Toda vez que pensava que ele poderia não sair dessa, seu coração batia mais forte, angustiado. Toda vez que pensava que não teve tempo de dizer que o amava, ela sentia um buraco dentro de si. Beckett continuou ali encarando o nada e pensando em tudo.

Ela prometeu para si mesma que seria a ultima vez que ela ia chorar, afinal ele ia ficar bem, ia sair dessa, não ia? Era a sua cabeça dizer que sim para seu coração a trair e gritar um não em alto e bom som. Todo esse barulho dentro de si já estava fazendo com que ela ficasse maluca. Pediu licença a todos os presentes e saiu correndo indo em direção à porta do hospital.

Ela encarava a fachada do hospital como se fosse o pior lugar do mundo e, sentada no meio da rua, abraçou suas próprias pernas e fechou os olhos. Ela respirou fundo muitas vezes para não deixar nenhuma lagrima escapar e quebrar sua promessa. Não era justo nada disso.

Ela riu sem humor algum, afinal a ironia era imensa, a vida havia acabado de dar uma chance aos dois, para logo em seguida decidir que eles não poderiam viver o que tinham para viver juntos. Desejou naquele momento tomar controle total do seu futuro. Sabia que se lamentar não adiantaria de nada, mas precisava de alguma forma fazer isso.

Ainda com os olhos fechados direcionou seus pensamentos a ele mais uma vez, algo estranho aconteceu, ela chorava em sua cabeça e ouviu a voz dele dizendo que tudo ia ficar bem, ele ia ficar bem aonde quer que fosse, olhou para os lados, mas não encontrou sinal algum dele. Só podia ser coisa da sua mente que estava muito abalada.

Levantou devagar e voltou para dentro do hospital, quando encontrou os meninos, Demming, Josh, seu Pai e Laine, apenas assentiu sinalizando que estava tudo bem com ela, nenhum deles se atreveu a perguntar nada.

_Onde estão Alexis e Martha?

_Elas entraram para vê-lo, Kate. –Laine respondeu.

_Eu quero entrar.

_Claro que sim querida, só espere um pouco Alexis e Martha precisam desse momento com ele. –Laine pediu.

_Certo. –Ela impaciente ficou esperando as duas saírem do quarto da UTI, queria estar ao lado de Alexis nesse momento. Sentou-se no chão frio do corredor e apoiou a cabeça na perna do pai, como se fosse uma criança, e fechou os olhos.

POV Alexis

Ver meu pai naquela situação, totalmente inconsciente era apavorante, eu já estava acostuma de mais com todas as suas loucuras, com seu jeito infantil de levar a vida, acostumada a chegar em casa e vê-lo sorrindo me esperando para jogar qualquer coisa, ou então simplesmente conversar e matar as saudades.

_Ei pai, sou eu. –Eu falava devagar tentando não chorar. –Papai, por favor, não durma por muito tempo, eu preciso de você, preciso ouvir sua voz, ver seu sorriso, brigar com você por ser uma criança. Pai, eu preciso de você ao meu lado, não quero te perder, não posso te perder. Você ainda tem tanto para me ensinar, e eu tenho tanto a aprender com você, nós ainda temos que fazer aquela viagem ao deserto para você ter uma ideia para o seu próximo livro, e pai... Você ainda está me devendo um irmão, e não acho que a Kate vai gostar de esperar muito.

Eu falava sem parar, mesmo sabendo que ele não poderia me responder, a enfermeira disse que ele estava em um coma profundo. Eu passei a mãos pelo seu rosto e beijei o topo de sua cabeça. Minha avó chegou ao me lado encarando-o, eu sabia que estava sendo difícil para ela ver meu pai assim, com vários tubos conectados ao seu corpo. Ela tomou coragem e chegou mais perto ainda dele, mas não disse uma palavra, tenho certeza de que se ela abrisse a boca não aguentaria e começaria a chorar.

_Ei vó, ele vai ficar bem, você vai ver. Ele vai sair dessa. –Eu tentava convencer a ela e a mim de que as coisas seriam assim. Ela me abraçou e deixou que algumas lágrimas escapassem.

_Eu sei que vai querida. –Nós duas ficamos mais alguns minutos com o papai e depois saímos, eu avistei Kate sentada com a cabeça apoiada nas pernas do pai, ela também deveria estar sofrendo tanto, se algo acontecesse á papai, ela não aguentaria. Fui até ela e abaixei para ficar na mesma altura em que ela se encontrava, toquei nos seu ombro e ela se virou para mim, sua expressão era vazia e seus olhos eram tristes.

_Acho que você também quer vê-lo.

_Alexis meu amor, me desculpe. Tudo isso é minha culpa, eu devia ter mantido o seu pai longe.

_Longe do que Kate?

_Do perigo.

_Era inevitável, uma hora isso ia acontecer.

_Mas eu poderia ter evitado Lexi.

_Mantê-lo longe do perigo Kate, significa mantê-lo longe de você, e acho que meu pai ia preferir ficar em coma mais mil vezes do que se afastar de você.

_Era pra eu estar te reconfortando, na verdade, muitas outras garotas iriam me odiar por ter colocado o pai delas nessa situação.

_Eu não posso odiar a pessoa que fez com que quem eu mais amo encontrasse um verdadeiro sentido para o amor e para a vida, não posso odiar a única mulher que mostra a ele a realidade do mundo todos os dias e ainda assim é responsável pelo sorriso no rosto dele. Não posso odiar a pessoa que fez com que ele se sentisse completo de verdade. Ele te ama Kate, ele apenas te ama.

Kate então se levantou e puxando-me junto e me deu um abraço muito apertado, eu pude sentir naquela troca de carinho, que ela se sentia da mesma forma em relação ao meu pai, e nunca me passou pela cabeça que poderia ser por causa dela que ele se encontrava nessa situação, eu sabia que ela era a mulher certa para ele.

_Ele vai ficar bem Alexis. –Ela afirmava.

_É como ele me diz, mesmo que haja uma única razão, ainda há uma razão.

POV Alexis off

Ouvindo essa ultima frase que a garota disse, Kate se afastou sorrindo. Ela entrou no quarto e desejou nunca ter feito isso, a imagem era horrível, ele estava preso em um monte de fios e aparelhos. Ela estava chocada com a imagem, aproximou-se lentamente e beijou sua testa.

_Ei meu amor, sei que não podes me ouvir, mas eu queria que soubesse que já sinto muito sua falta. Parece um anjo dormindo, mas espero que acorde logo, não posso ficar sem você. Quando sair daqui, a gente vai começar de onde parou certo? Perdemos muito tempo já. –Era como se Kate esperasse algum tipo de resposta, olhava para ele convicta de que obteria, mas nada veio apenas o silêncio perturbador.

_Ei Rick, você lembra aquela primeira vez que você me beijou? Quando estávamos tentando desviar a atenção daquele cara para salvar os meninos? Eu nunca te disse, mas, eu fiquei pensando naquele beijo durante dias e me peguei desejando a todo o momento que fizéssemos isso novamente, até desejei algumas vezes em outros casos que precisássemos distrair alguém mais uma vez. –Ela deu um leve sorriso ao se lembrar disso, sentia as lagrimas vindo, mas ela tinha prometido e não ia quebrar sua promessa.

_Sabe, eu esperava que Alexis fosse me odiar, ou pelo menos não falasse comigo por um bom tempo, afinal eu sou responsável por isso. Eu sei que você diria que não, que mesmo que eu falasse não você me seguiria, mas eu me sinto dessa forma. Eu pensei que sua filha gritasse, me xingasse, mas não fez nada disso, e ainda me reconfortou no momento em que eu mais precisava. Você pode ser a criança que for, porém você criou uma mulher incrível Castle, essa garota é espetacular, muito parecida com o pai.

A enfermeira foi até o quarto avisar que a visita estava encerrada, o paciente tinha que descansar.

_Eu vou voltar aqui todos os dias, até eu ver esses olhos lindos abertos de novo, espero que isso aconteça logo, ficar sem sorriso, seu olhos, sua risada, suas piadas, seu calor, é como viver uma vida inteira sem razão. Eu te amo Rick, nunca se esqueça disso, e se um dia esquecer, eu farei questão de lembra-lo. –Ela então deu um leve beijo em seus lábios e acariciou seu rosto, a enfermeira esperou pacientemente ela se despedir.

_Ele vai ficar bem, não vai?

_Eu não sei senhora, como profissional eu posso te dizer que faremos de tudo para que ele se recupere.

_Obrigada.

_Mas como mulher apaixonada, posso dizer que, se a senhora realmente o ama, então acredite, ele vai ficar bem porque duas pessoas que se amam de verdade, pode acontecer o que for, o mundo pode acabar, mas elas vão viver a história de amor que merecem, não importa quanto tempo leve para isso.

Kate sorriu calorosamente para a garota e a abraçou, era uma garota muito simpática e bonita.

_Obrigada...?

_Taylor.

_Obrigada Taylor, o mundo precisa de pessoas como você.

_Não senhora, o mundo precisa de pessoas como nós.

_Certo. –Kate riu, olhou para Castle mais uma vez e saiu Taylor a acompanhou.

_Pena sua colega de trabalho não ser como você, educada e atenciosa.

_Quem senhora?

_Ah, por favor, me chame de Kate.

_Ok, Kate.

_Uma tal de Beatriz. –Taylor fez uma cara estranha.

_Tem certeza que o nome dela é esse, Kate?

_Absoluta, por quê?

_Bom, porque não me lembro de nenhuma enfermeira nesse hospital com esse nome.

_Estranho bom talvez eu tenha me enganado, de qualquer forma foi ótimo conhece-la Taylor.

_Igualmente. –Kate deu uma ultima olhada em Castle, sorriu mais uma vez para a garota e saiu, ela tinha a sensação de que aquela tal de Beatriz não era coisa boa, preferiu ignorar.

Voltou para o corredor em direção aos amigos e a família dele, que de certa forma também era sua, e juntos ele deixaram o hospital, ela a todo o momento não se esquecia das feições de Castle deitado naquela maca e com milhares de aparelhos conectados ao seu corpo.

“Ele vai sair dessa”. Foi seu ultimo pensamento antes de deixar o hospital. 


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Notas finais do capítulo

Seguinte, tenho 18 leitoras e menos da metade deixa review's? Vocês querem o Castle morto é isso? kkkkkkkkkkkkkk Brincadeira gente, mas comentem para eu saber o que vcs tão achando. Não sei quando será o próximo, e sim vai demorar um pouco.