Math For Love escrita por Valentine


Capítulo 49
Eritropoietina


Notas iniciais do capítulo

Genteeee!!!
Eu sei, eu sumi. Mas, tenho explicações. Para começar, como sabem, meu notebook queimou e estou sendo obrigada a digitar no teclado do computador, o que eu detesto! Para variar, enquanto tentava escrever esse capítulo, meu irmão resolveu formatar o computador. Legal, né? Mais legal seria se ele mantivesse o Windows, mas, não. ele resolveu instalar o sistema operacional do iMac aqui. Resultado: Teclado desconfigurado. Bom, depois de muito tempo insistindo para que ele consertasse, aqui está o capítulo novinho! Eu, definitivamente gostei muito dele, espero que também gostem! Leiam as notas finais.



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- Isso é tudo o que vão pedir?

Mary levantou seu olhar do cardápio delicadamente bem escrito, encontrando os olhos misteriosos de Alex Schuester. Um brilho refletia entre o verde intenso de seu olhar, enquanto ele o percorria pelo menu de pratos do Amici Milano.

- É sim, obrigada! - Ele respondeu, dispensando os serviços do garçom requintadamente bem vestido.

Um silêncio se estabeleceu e o sorriso desinibido do nadador à sua frente a fez estremecer por inteiro. Como ele era bonito!

- Você disse que tinha umas perguntas a fazer?

Piscou algumas vezes, ignorando o movimento encantador de seu cliente ao passar a mão esquerda pelos fios castanho claro levemente ondulados de seus cabelos.

- Sim. - Respondeu, engolindo em seco, abrindo a bolsa Clutch sobre seu colo e retirando de lá um pequeno bloco de anotações. - Quando foi que a D H Sports passou a lhe investigar?

Alex suspirou, desviando o olhar para o arranjo de tulipas à sua frente, no centro da pequena mesa quadrada de tabaco.

- Cerca de dois meses atrás, logo após a premiação do campeonato nacional de natação.

- E como tudo isso começou? digo, quando eles passaram a suspeitar do distúrbio em sua taxa de hormônios?

- Houve um período de quinze dias após os resultados em que eu parei de treinar e resolvi dar umas férias a mim mesmo. Nesse período eu passei mal e dei entrada no hospital com sintomas de ataque cardíaco mais de uma vez.

- Você sofreu um infarto? - Arregalou os olhos, assustada.

Alex sorriu.

- Quase. Os sintomas geralmente são precedentes, dei muita sorte de ter buscado ajuda. Mas já está tudo bem.

- Nossa... Isso é assustador. Foi aí que começaram a seguir você? Os ataques cardíacos são sintomas do tipo de Doping pelo qual está sendo acusado?

Alex balançou a cabeça positivamente, franzindo os lábios.

- Isso pode parecer confuso, mas existe uma substância proibida pelo código mundial Anti-Doping chamada...

- Eritropoietina? - Completou Mary, arriscando um palpite.

Sorrindo, Schuester encarou perplexo à sua advogada.

- O quê? Vai me dizer que era boa em biologia também no colegial?

Mary riu.

- Não exatamente, nunca foi o meu forte. Apenas fiz uma pesquisa.

- Você está certa. É a eritropoietina. É um hormônio proteico natural, mas está na lista negra por ser usado para aumentar o nível de oxigênio nos tecidos. O sangue passa a não fluir bem pelos vasos sanguíneos. Por isso, o coração acaba tendo que trabalhar muito, o que aumenta as chances de...

- Ataque cardíaco... - Sussurrou Mary, assustada com as próprias palavras.

- Ou derrame cerebral. - Completou Alex, com um sorriso travesso ao ver que a estava assustando ainda mais.

Arregalando os olhos, Mary Monroe se perguntava como ele conseguia falar desse assunto com tanta naturalidade. Conhecer os riscos de toda essa brincadeira com a natureza e ainda assim se submeter a esse tipo de coisa... era completamente assustador.

- Isso não o assusta? Quero dizer, mesmo sabendo de tudo isso, quando você começou a usar esse tipo de hormônio?

- O quê? - Alex ergueu seu olhar, arqueando a sobrancelha direita.

- Estou perguntando quando começou a usar a eritropoietina em competições.

Alex deu um pequeno riso, fitando os talheres de prata alinhadamente bem colocados ao seu lado.

- Mary... Eu nunca usei anabolizantes ou hormônios em competições.

- Como não? - Perguntou, confusa. - Todos os sintomas indicam que você usou a eritropoietina, como explica o fato de quase ter sofrido vários ataques cardíacos? Não faz sentido!

- Genética, talvez. - Ele deu de ombros. - Mary, me escute... Eu não fiz doping. Porque acha que eu quero processar a empresa? Foi por causa da invasão de privacidade e do meu espaço por aquela companhia que tudo isso começou. Minha vida virou um inferno, e eu sou inocente.

Mary piscou, perplexa. Estava realmente acreditando que seu cliente havia cometido aquele crime, e, pior, começava a culpar-se por inocentá-lo de forma injusta. Agora, toda aquela revelação era um alívio. A D H Sports definitivamente destruiu a carreira de uma pessoa que nada fez para isso. Uma nova sede de justiça surgia em sua garganta, a fazendo clamar por uma grande indenização naquele processo.

- Preciso de exames médicos de todos os seus familiares. Vamos provar que seu possível infarto teria sido de origem genética. - Comentou, determinada. - Sabe, eu fico aliviada que não tenha cometido nenhum desses crimes. Será bem mais fácil punir aquela empresa.

...

A campanhinha da porta de madeira de seu apartamento tocou, a despertando do completo estado de preocupação que a atingia.

"Jhennifer, finalmente!"

Caminhou até o hall de entrada, abrindo a porta rapidamente.

- Dylan? - Assustou-se, consultando o relógio em seu punho esquerdo e admitindo a si mesma que ainda estava cedo.

- Oi, Katie. - Ele respondeu, entrando no apartamento e caminhando até a mesa de centro ainda lotada de caixas de entregas empilhadas. - O que você pediu para o jantar?

- Espera! - Pediu Katie, balançando a cabeça. - Porque veio tão cedo? Onde está a Jhenni?

- Ela não está aqui? - Dylan franziu o cenho. - Mandei uma mensagem mas ela não respondeu, achei que estivesse tudo bem em nós virmos mais cedo.

- Nós? - Perguntou. - Daniel também já está aqui?

- Sim. Está estacionando.

Katie bufou, revirando os olhos.

- Vou ligar novamente para ela. - Respondeu Dylan, pegando o celular em seu bolso e discando o número que, pela terceira vez, encaminhava diretamente para a caixa postal.

O som da porta se abrindo ecoou pela sala de estar, e Katie pode sorrir ao encontrar o rosto de Daniel Harris. Antes que pudesse o cumprimentar, um rosto desconhecido surgiu atrás do rapaz. Uma mulher de longos cabelos encaracolados e pele morena entrou no apartamento, sustentando um sorriso simpático no rosto.

- Katie, essa é a Samantha. - Ele anunciou, indicando a mulher extremamente elegante ao seu lado.

Katie sorriu, puxando Daniel pelo braço direito e o levando diretamente até a cozinha.

- Qual o problema? - Ele perguntou, assustado.

- Qual o problema? - Ela caçoou, rindo ironicamente. - Daniel, isso aqui era pra ser um jantar nosso, não um encontro de casais! Quem disse que era para trazer a sua namorada?

- Namorada? - Daniel riu. - Sam não é minha namorada. Só esqueci que tinha marcado de sair com ela hoje, não queria furar pela segunda vez. Ela é uma pessoa adorável!

- Melhor ainda! Porque eu não vou fazer o meu jantar em memória ao colegial com uma mulher que nunca vi na vida!

- O que você sugere que eu faça então? - Ele perguntou, erguendo os braços e amaldiçoando a personalidade impaciente de Katie Monroe.

- Se vira! Porque aqui ela não fica!

- Gente! - A voz de Dylan interrompeu a discussão.

Olharam para o rapaz encostado no balcão de divisão entre sala e cozinha, sem saberem ao certo se o telefone em sua mão vibrava ou seu corpo tremia. Em seu olhar, uma onda de aflição e medo disputavam para quebrar a beleza de sua expressão natural de tranquilidade.

- Dylan, o que aconteceu? - Perguntou Katie, franzindo as sobrancelhas.

- A Jhennifer... A Jhennifer sofreu um acidente.

...

O Lower Manhattan Hospital tinha aquele cheiro forte de éter que a fazia tremer por inteiro. Já fazia cerca de vinte minutos desde que o médico responsável por Jhenniffer Willis a encontrara e explicara a situação. Um forte choque contra o vidro da frente do táxi em que estava a fez entrar num estado profundo de inconsciência. Não podia receber visita, o procedimento parecia ser grave. Há cerca de uma hora os enfermeiros entram e saem do quarto, aparentemente preocupados em remover todos os cacos de vidro que entraram em contato direto com sua pele.

Respirou fundo, contendo o nervosismo que a dominava. Sua melhor amiga sofrera um acidente e estava em um estado grave de saúde, as imagens que passavam por sua cabeça a assustavam e a faziam implorar por uma salvação.

Ao seu lado, Dylan Patterson estava paralisado, encarando o nada de forma assustadora. Ele não queria conversar e não sentia-se à vontade para dizer nenhuma palavra.

Katie suspirou, ignorando o casal que se abraçava na fila de trás das cadeiras da sala de espera.

Um vulto contínuo e desesperado invadiu a sala de espera, a fazendo saltar da cadeira.

- Sr. Willis! - Correu rumo a Doug Willis, contendo as lágrimas de preocupação que inundavam seus olhos.

- Como ela está?! - Doug tinha uma aflição evidente no olhar.

- Nada bem. Perdeu muito sangue e os médicos estão tentando descobrir qual o tipo sanguíneo para solicitar uma transfusão. Por favor, diga que sabe qual o sangue da Jhenni e que é um doador compatível!

Doug Willis arregalou os olhos, engolindo em seco.

- Doador... compatível?

- É... isso é urgente!

Katie observou enquanto o homem visivelmente exausto esfregava os olhos com os dedos da mão esquerda.

- Ligue para sua prima.

- O quê? - Katie perguntou, assustada. - O que a Mary tem haver com isso?

Suspirando, Doug admitiu que estava mais do que na hora de contar a verdade. Era uma questão de vida ou morte para sua filha.

- Ela provavelmente tem sangue compatível. - Respondeu, vendo a confusão crescer nos olhos de Katie. - Peça para ela vir aqui urgentemente.


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Notas finais do capítulo

Entããão, o que acharam?
Bom, eu gostei, não sei vocês. Tive de pesquisar muito para saber isso, e, acreditem, eu odeio biologia. O que acham do Alex? Ele é alguem legal para a Mary? E a Jhenni, o que será que vai acontecer com ela? Deixem seus comentários e sugestões! Não esqueçam que sem seu review, a história não vai pra frente!