Escondidos Pelas Sombras escrita por YasminLôbo


Capítulo 1
As if the first day


Notas iniciais do capítulo

Olá de volta, dessa vez com o mesmo temo porém com uma história totalmente diferente, acompanhe!

[...] Lindsey achava que era uma garota normal, dedicada aos estudos, no último ano escolar, até que tudo isso muda. Está é uma história de vampiros, porém esta é uma versão mais sombria dela, é como se fosse de verdade[...]

Boa leitura!



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Londres Sexta-feira à noite, dia de reunir os amigos e ir pra balada. Assim era minha rotina, estudava a semana inteira e de sexta a noite saia pra curtir, relaxar e se divertir, afinal eu merecia. Só não imaginava que naquela sexta algo diferente esperava por mim, algo inacreditável. Depois de ficarmos em uma balada até uma da manhã, eu e meus amigos resolvemos ir para um lugar mais calmo. Conversávamos sobre tudo, eram umas das coisas que eu mais gostava de fazer, ficar com os amigos de bobeira. Já estava tarde, por volta das duas da manhã resolvemos nos despedir e voltarmos para nossas casas, todos moravam perto então só nos separamos quando cada um foi em direção a suas casas que eram na mesma rua.

- Boa noite Lindy. -Kate se despediu.

- Boa noite Kate. Despedi-me.

- Até amanhã amiga.

Kate a última que estava comigo entrou em sua casa e eu fiquei sozinha, estava a três casas da minha então passei a andar rápido. A rua estava escura, eu já tinha bebido o suficiente para não estar sóbria, mas tinha alguém parado em frente a minha casa, eu tinha certeza que tinha visto um vulto, mas eu apenas pisquei meus olhos e o vulto já tinha sumido.

- Eu to bêbada, só pode. – pensei alto.

Enquanto eu tinha certa dificuldade para abrir o portão de minha casa senti que tinha mais alguém além de mim naquela rua.

Tem alguém ai? – perguntei. Eu estava me sentindo uma louca.

 - Olá. – uma voz rouca soou atrás de mim.

Eu ia gritar, mas a pessoa atrás de mim foi mais rápida e tampou minha boca com sua mão.

 - Não precisa gritar. – ele falou.

- Quem é você? – disse quando ele destapou minha boca.

- A pessoa que vai mudar sua vida. – aquilo soou sarcástico. - Acho que você está bêbado também. – disse rindo desajeitadamente.

Eu estava desesperada para entrar na minha casa, mas eu estava nervosa e ajuntando isso com o fato de não estar sóbria eu tinha dificuldade para conseguir abrir o portão. Ele ficou frente a frente comigo, apesar de estar escuro eu conseguia perceber um olhar sombrio vindo dele.

- O que você quer? – disse.

- É simples e fácil você só tem que me acompanhar.

- Eu não vou a lugar nenhum com você.

 - Ah você vai sim! – aquilo era uma afirmação? Ele me olhava de um jeito sombrio me deixando com medo, mais medo.

- Ou eu estou muito bêbada ou eu estou sonhando. – disse soltando um risinho sarcástico.

- Não você não esta sonhando, Lindsey.

- O que? Como você sabe meu nome?

- Eu venho te observando há muito tempo.

- Por quê? Eu fiz alguma coisa de errado?

- Não calma.

- Você é um policial? Algum tipo de detetive?

- Já falei pra você ter calma.

- Então porque você quer que eu vá com você?

- É uma longa história agora eu preciso que você venha comigo. - Eu já disse que não vou com você!

 - Olha eu não queria te forçar a nada, mas já que você está pedindo isso, sinto muito. Ele segurou no meu braço com força na tentativa de me levar junto com ele. Outro cara apareceu perto da gente, eu achava que ele poderia me ajudar, então pedi por socorro.

- Noah, porque você está fazendo isso com ela? – ele perguntou.

- Porque ela não quer me acompanhar por bem, e se não for por bem vai ser por mal.

- Mas se lembra de que a ordem era pra não maltratar ela, ela tem que estar bem.

- Nick, eu sei o que eu estou fazendo.

- Não você não sabe. – eu disse.

- Fica quieta ok. – ele disse já aparentando estar nervoso.

- Solta ela, Noah. – o outro que se chama Nick mandou.

- E quem é você pra dizer o que eu tenho que fazer.

- Eu não sou ninguém, mas você me chamou pra te ajudar e você está fazendo as coisas errado. Eu não estava acreditando naquela conversa, eles estavam discutindo como eles deveria me tratar na hora de me sequestrar?

- Da pra parar com isso, pelo amor de Deus me expliquem o que vocês querem comigo, eu não tenho nada de valor, e se vocês querem dinheiro tentando me sequestrar, esquece.

- O que? Não, a gente não quer dinheiro nenhum. – Nick disse.

Noah demonstrava impaciência, eu não sabia se sentia medo ou qualquer outro tipo de reação, não sabia se estava realmente bêbada, não sabia de mais nada.

- O que você falou pra ela, que a gente vai querer dinheiro para o resgate? Noah você é louco, não é nada disso que foi mandado à gente fazer.

- NÃO, EU NÃO FALEI NADA PRA ELA. – ele gritou assustando eu e o outro ali presente.

- Noah, se resolva com ela, ela tem que sair daqui sabendo com quem ela vai estar se metendo, eu volto depois.

– Nick disse e saiu sumindo em poucos instantes. Como ele tinha feito aquilo?

- E ai o que você tem que me contar? – perguntei.

- Você não está com medo de mim? - Não mais, depois dessa ceninha aqui eu perdi o medo de você e do seu amigo. Ele se sentou na calçada em frente a minha casa e pediu para que eu me sentasse também.

 - Vai pagar de bom moço agora?

 - Olha eu não sei por que mandaram eu te contar isso, eu achava bem mais fácil você ver pessoalmente, mas já que me mandaram falar isso...

- Falar o que? Da pra você ser mais direto?

- Você já ouviu alguma história sobre vampiros?

- Só em filmes e séries, por quê? - Porque você vai conhecer uma agora. Há muitos anos atrás ‘nasceu’ o primeiro vampiro, o original, e daí por diante vem sendo criados vários vampiros.

- Ó que historia mais interessante. – disse.

- Acontece que eu sou um desses vampiros. Eu vim aqui te buscar porque um dos vampiros originais quer te conhecer.

- Haha, quem é que está bêbado aqui eu ou você?

- Não é brincadeira isso, nós vampiros precisamos de você, apesar de não querer, mas é necessário.

- Se você pensa que eu vou acreditar nessa história pode esquecer. – disse. - Eu não precisaria fazer isso, mas eu posso te provar.

- Então vai lá, me mostra o que você pode fazer vampiro. – disse zombando da cara dele.

Mas em questão de segundos ele não estava mais ali comigo, ele tinha sumido. Achei que seria uma boa hora para entrar para minha casa, mas antes que eu pudesse levantar ele já estava de volta.

- O que? Como você fez isso?

- Vampiros são rápidos, nunca ouviu falar isso nos filmes? Eu ri achando aquilo um absurdo.

- Sinto muito, mas eu ainda não acredito.

- Eu dei a volta no quarteirão em menos de um minuto e você não acredita?

- Não, é obvio que não, vampiros não existem e ponto.

- Ai como você é chata hein. Bom eu não posso fazer mais nada, agora venha comigo. - O que mais você pode fazer?

- O que você sabe sobre vampiros?

- Sério que você quer que eu fale? Olha eu assisti vários filmes e todos são diferentes, nenhum os vampiros tem as mesmas características, então vai logo me fala.

- Nossa eu pensei que você não acreditasse.

- E eu ainda não acredito, mas você quer que eu acredite então me fale.

- Ok, somos rápidos, fortes, ágeis, podemos sair no sol, porém temos que usar um objeto que serve de escudo, o nosso sangue salva vidas, e podemos hipnotizar humanos assim os obrigamos a fazer o que nós mandamos e podemos os fazer esquecer, apagar a memória como um passe de mágica e o melhor não envelhecemos. – ele disse tudo aquilo e ele parecia se divertir com a minha reação.

- A série que eu assisto é tudo isso ai que você acabou de me falar, outro motivo para eu não acreditar e achar que você está tirando uma com a minha cara. – disse.

- Mas eu já te provei que sou rápido.

- Eu quero outra prova.

 - O que? O que você quer agora?

 - Se o seu sangue salva vidas então me morde.

- O que? Não!

- Se é realmente verdade o que você me contou, me morde depois me da seu sangue, tudo vai ficar bem porque seu sangue salva vidas, não é?

- Hey Noah, anda logo com isso. – o outro homem apareceu do nada me assustando.

- Já estamos indo Nick. – ele disse me olhando.

 - E ai como vai ser? – disse me levantando.

- Ok, foi você que pediu. E não tive tempo nem de gritar, ele estava me mordendo, uma dor insuportável.

- Para, você está me machucando. – quase não tinha mais força para pedir a ele que parasse.

- Noah, para! – Nick gritou. E ele me soltou, eu não conseguia me manter em pé então cai sentada na calçada onde eu estava segundos antes. Estava fraca e ele não se mexia para me dar seu sangue. - Dá sangue pra ela. – o outro vampiro falou. Ele não mexia um músculo, apenas me olhava seus olhos eram avermelhados, eu sabia o que ele queria, ele queria mais do meu sangue.

- Qual é o seu problema cara? – o outro vampiro disse.

E então vi que ele deu uma mordida em seu pulso e colocou o mesmo em minha boca para que eu bebesse o sangue que saia da mordida. O gosto era horrível, mas aos poucos eu ia me sentindo melhor. Quando o vampiro que me salvava tinha achado que eu tinha bebido sangue o suficiente ele parou de me dar.

- Resolve isso logo cara, não estamos com muito tempo. – ele disse saindo e me deixando sozinha com Noah de novo. Eu ainda estava sentada o olhando incrédula, então ele ia me deixar morrer? Ele me olhava, aquela expressão que desejava por meu sangue desaparecera e dava lugar a um rosto que transpassava raiva. Então eu levantei, não conseguia mais sustentar aquele olhar sombrio, que parecia que ia me matar a qualquer momento.

- Agora eu acredito que não preciso te provar mais nada. – ele disse com raiva.

- Não.

- Então você já pode me acompanhar.

- O que vocês querem de mim?

 - Agora eu só preciso que venha, e é melhor você vir sem tentar fazer nenhuma besteira.

 - Eu preciso entrar e pegar algumas coisas.

 - E você acha que eu vou confiar em você? É lógico que não né garota, agora, vamos.

 - Porque vocês não vão atrás de outra pessoa? Porque logo atrás de mim que vocês estão?

- Acontece que é de você que precisamos de você e de mais ninguém!

- Mas eu não quero ir com você.

 - É necessário. Por favor, colabore. – ele não parecia tão gentil quanto queria aparentar.

- Por quê?

- Você vai saber o porquê, mas não aqui, agora vamos.

 - Não tenho outra escolha né?

- Não!

- Ok, eu vou, mas como minha família vai ficar?

- Não se preocupe com eles.

- Vamos então.

- Boa garota. – ele deu um sorriso. Ele me levou até um carro que estava parado um pouco a frente.

- Pra onde nós vamos?

- Vamos te levar para dormir em qualquer hotel por ai, e enquanto você dorme, eu e Nick vamos agilizar umas papeladas pra você. A caminho de algum hotel...

- Você pode falar alguma coisa sobre o porquê de eu estar com um monte de vampiros?

- É uma história bem longa.

- Então comece a me contar.

 - Como eu disse precisamos de você, mais exatamente o James, ele é um dos primeiros vampiros, você vai ser muito útil pra ele.

- Porque eu?

- Isso nem nós sabemos, nós só procuramos e descobrimos que é você o que estávamos procurando a anos, foi difícil de te achar, quando achei fiquei te observando por algum tempo até que achei que já estava na hora de te levar comigo.

- E pra onde exatamente vocês vão me levar?

- Para bem longe daqui, eu garanto.

 - Fora deste país?

- Sim! Ficamos em silêncio enquanto Nick dirigia, Noah achou que tinha que ir no banco de trás comigo com medo de eu fazer alguma besteira.

- Desculpa por ter te mordido, apesar de ter sido você quem pediu, mas eu não te dei meu sangue você podia ter morrido ali, e isso ia ser uma coisa muito ruim.

- Está tudo bem, seu amigo me salvou e eu agradeço a ele.

- Por nada. – ele disse. E a conversa se encerrou, eu não sabia mais o que perguntar, na verdade eu tinha um milhão de perguntas mais eu estava exausta, então fiquei quieta.

Chegamos a um hotel, que pra passar uma noite até que não estava tão ruim, Noah e Nick fez o que tinha que fazer na recepção e então subimos para o quarto, provavelmente a recepcionista devia estar pensando que eu e eles íamos fazer coisas que é melhor nem falar.

- A gente já vai sair, fica aqui quietinha, a chave está com a gente você esta trancada aqui. – Noah disse.

- Ok, mas... – quando fui ver já estava falando sozinha. Eu precisava me acostumar com aquilo já que iria conviver com vampiros que somem e aparecem toda hora. Já que não tinha mais ninguém ali fui me deitar e pensar no que estava acontecendo, eu tinha sido sequestrada por vampiros que precisavam exclusivamente de mim, eu não tinha outra escolha a não ser ir com eles, e minha família, como eles iam ficar? Eu não sabia por que tinha aceitado ir com eles, mas eu tinha medo deles fazer alguma coisa contra alguém da minha família, então antes eu do que qualquer um que eu amava. Eu estava muito cansada então não demorei pra pegar no sono. Acordei com o sol batendo no meu rosto, tentei levantar mais minha cabeça doía: ressaca! - Aleluia a donzela acordou.

- Minha cabeça vai explodir. – disse levando as mãos a cabeça.

- Está de ressaca? Ninguém manda criança beber demais.

-Você me chamou de criança? Foi isso mesmo? –perguntei

-Aham, vai ser uma adolescente rebelde agora? –Noah disse rindo. Ignorei.

Levantei e fui ver se tinha alguma coisa pra comer na cozinha. Não tinha nada.

- Eu estou com fome!

- Eu também!

- O que?

- Relaxa, já falei pro Nick dar um jeito na minha fome. – ele disse sorrindo.

- E a minha fome, como fica?

- A gente vai sair daqui a pouco e ai eu te levo pra comer alguma coisa.

- Ok. – disse. Nick chegou... Na noite anterior eu não tinha reparado em como aqueles dois eram bonitos, me surpreendi ao ver aqueles rostos lindos. Nick era alto, seus cabelos eram claros, e de um olho verde tão lindo que devia deixar qualquer um com inveja. Já Noah, ele também era alto, usava os cabelos bagunçados, o que dava um charme a mais e seus olhos, os olhos hipnotizavam sem ele precisar fazer esforço algum pra isso, ele era lindo, perfeitamente lindo.

- Até que enfim cara.

- Calma não é tão fácil pegar bolsas de sangue no hospital. Eu os olhava com nojo.

- Acho que você não vai querer ver essa cena. – Nick disse para mim.

- Acho que vou me trancar no banheiro, tchau. – disse e sai. Não demorou muito para que eles viessem me chamar.

- Vamos, vou te levar pra comer alguma coisa. – Noah chamou.

- Ai graças a Deus. – disse saindo do banheiro.

- O que você quer comer?

- Qualquer coisa, eu só preciso matar minha fome. – disse. E então saímos em busca de um lugar para eu me alimentar. Chegamos a uma lanchonete que não ficava muito longe do hotel em que estávamos, pedi algumas delicias e fui me sentar junto com os meus mais novos amigos vampiros.

- E ai o que vocês me contam hoje? – perguntei dando uma mordida no pastel.

- A gente vai viajar hoje à noite. – Noah falou.

 - Pra onde vamos?

- Newport New, Virginia!

- O que?

- Eu disse que iríamos para bem longe.

- Mas e minha família? Eu não vou mais ver ninguém?

- Claro que vai. Vai demorar um pouco, mas você vai ver eles de novo sim.

- E vocês acham que vai ser fácil eu conviver sem eles, vou morar do outro lado do mundo e vou ficar bem sem minha família?

 - A gente sabe que você não vai ficar bem, por isso precisamos que você nos deixe fazer com que você esqueça algumas coisas.

 - Como é? Vocês tão pedindo permissão pra me fazer esquecer alguma coisa?

- É outra coisa que temos que te contar antes de você vir com a gente. – Nick falou.

 - Então me conte.

- Além de você ser muito útil para nós vampiros, você também tem seus ‘poderes’.

- Poderes?

- Exato nenhum vampiro pode te hipnotizar, todas as coisas que nós podemos fazer com qualquer humano não podemos fazer com você. – Noah explicou.

- Exceto se você permitir. – Nick completou.

- O que? – perguntei interessada naquilo.

– Então por isso que você não me hipnotizou pra eu ir com você. – disse olhando para Noah.

 - É senão teria sido bem mais fácil e eu não ia precisar te morder, mas tenho que dizer que seu sangue é muito bom. O olhei com cara feia.

- Mas eu nunca me senti diferente, estranha, nunca iria imaginar que eu tinha esses poderes. – disse.

- Ainda bem né, vai que as pessoas falasse que você é louca.

- Não tinha como você saber, esses poderes você só consegue com vampiros. Nick explicou.

 - Entendi. Vocês vão me transformar? – perguntei com medo da resposta.

- Não, isso é o que menos queremos.

 - Por quê?

 - Isso a gente só vai poder falar quando estivermos em um lugar mais confiável. – Noah falou.

- Mas a gente vai evitar ao máximo para que isso não aconteça. – Nick falou.

- Ainda bem. – disse. Uma pausa para eu dar mais algumas mordidas em meu pastel.

- Mas alguma coisa que vocês precisam me contar?

 - Acho que por enquanto não.

- Ok. Terminei de comer e os dois me esperavam pacientemente. Quando terminei Nick disse que ia resolver mais algumas coisas e me deixou sozinha com Noah.

- O que você quer fazer? Aproveita são suas últimas horas aqui em Londres.

 - Nossa, que dúvida cruel, o que fazer nas minhas últimas horas em Londres. - Pode escolher o que quiser, só não vale escolher ver alguém da sua família ou amigos.

- Porque não posso ver eles?

- Porque pode colocar tudo a perder, e o fato de você saber que eu não posso fazer nada contra você é um motivo pra você tentar fazer alguma besteira.

- Juro que nem tinha pensado nisso. – disse.

- Enfim, o que você quer?

- Sei lá, acho que só quero ficar quieta no meu canto, só de boa.

- Sério?

 - Obvio que não, mas eu não faço ideia do que fazer. – disse pensativa.

- Então deixa que eu decida por você.

- E o que você tem em mente?

- Vamos fingir que somos turistas e vamos aos lugares mais legais daqui, ou vai me dizer que você já foi a todos?

- Não. – disse.

- Que tal se a gente for dar uma volta na roda-gigante London Eye?

 - Ah sério? Eu sempre quis ir lá e ver tudo de lá de cima. – disse animada. - Então vamos. – ele disse e parou o primeiro táxi que passou.

- Não acredito que vou fazer umas das coisas que eu mais tinha vontade de fazer na companhia de um vampiro. – disse baixo para que o motorista do taxi não ouvisse.

- Pra você ver como as coisas são né. – ele disse rindo. Levamos em torno de 20 ou 30 minutos para chegarmos até o local onde a roda-gigante ficava.

- E você acha que vamos conseguir fácil assim. Ele sorriu e de imediato entendi o que aquele sorriso significava. Bastaram alguns minutos de conversa com o homem que ficava monitorando as coisas e então conseguimos furar a fila, o tempo estava ótimo então os turistas estavam aproveitando para ir à roda-gigante.

 - Isso não é nada certo. – disse.

- É uma das vantagens de ser vampiro, então me deixe aproveitar ok? – ele disse e eu ri. E então passamos os próximos 30 minutos na roda-gigante, a vista de cima era linda, Londres de cima era linda.

- É muito lindo daqui de cima.

- Vou ter que despertar meu lado sensível e concordar com você. 30 minutos nunca passaram tão rápidos, quando vimos já tinha acabado nosso passeio pela roda-gigante.

- Tenho que te agradecer por isso. – disse.

 - Não precisa, mas já que insiste. – ele sorriu, ele tinha um sorriso lindo.

 - O que vamos fazer agora? – perguntei.

- Agora eu não sei você ainda não sabe se quer fazer alguma coisa?

- Não, mas enquanto isso me paga um sorvete?

- Folgada hein. Compramos sorvetes e ficamos andando por ali, só apreciando a paisagem.

- Não parece que você é um vampiro. – disse quebrando o silencio. – Nem o Nick.

- Não se acostume com isso, nós vamos te levar para um lugar que é cheio de vampiros, sua vida vai mudar completamente.

- Como ela vai ser agora? Eu vou ser a única humana no meio de um monte de vampiros, como eu vou ter que reagir?

- Eu sei que não vai ser fácil, mas tente agir normalmente, a maioria dos vampiros não sabe que você é humana.

- Não entendi.

- Apenas os vampiros mais próximos do James sabe quem você é, ele não quer que os demais saibam.

- Quantos exatamente sabem?

- Somos seis.

Eu estava percebendo que ele não queria falar sobre aquilo naquele lugar.

- Você vai me contar tudo quando estivermos lá, não vai?

- Vou sim.

- Então enquanto estivermos em Londres eu não quero saber de nada, quero aproveitar as últimas horas normais da minha vida.

 - Também não é pra tanto. – ele riu.

– Sem falar que pra isso eu teria que te deixar sozinha.

- Não, eu quero que você fique aqui comigo, pra mim você não é vampiro. – disse.

 - Ok né. Ficamos andando distraidamente até que o celular dele tocou. A ligação não demorou muito.

- Que foi?

- Temos que ir.

- Já? Por quê?

- Vamos viajar esqueceu?

– Não.

- Então vamos. Pegamos um táxi e voltamos para o hotel em que estávamos. Chegando lá Nick no esperava.

- Tudo pronto para irmos? – ele perguntou.

- Acho que sim. – Noah me olhou e eu assenti com a cabeça.

- Ah Lindsey trouxe umas coisas que acho que você vai gostar. – ele disse me entregando uma bolsa. Na bolsa tinha algumas roupas e mais algumas coisas que eu agradeci a Nick por ter se lembrado de trazer.

- Nossa obrigada, você leu meus pensamentos.

- Isso foi uma piada? – Noah perguntou.

- O que? – perguntei sem entender.

- Esse negócio do Nick ter lido seus pensamentos.

- Não, foi só um modo de dizer.

- Tá eu tentei fazer uma brincadeira, mas já vi que vocês não entenderam né. - Não! – eu e Nick falamos juntos. Depois dessa brincadeira sem graça do Noah, resolvi ir tomar um banho.

- Dá tempo de eu tomar um banho né?

- Se você for rápida dá.

- Ok. Fui para o banho e tentei ser rápida. Durante o processo banho e me arrumar me peguei pensando no que estava acontecendo com a minha vida, eu tinha sido sequestrada por vampiros, mas ao contrário do que seria normal eu estar, eu estava calma, não tinha medo deles, eles estavam sendo legais comigo e a minha esperança era que isso não mudasse quando eu estivesse junto com os outros vampiros. Terminei de me arrumar e os dois me esperavam sentados.

- Eai? Pronta? – Noah perguntou.

- Sim. – disse.

- Então vamos quanto mais rápido sairmos desse país melhor. – Nick disse indo em direção à porta.

- Por quê?

- Você se esqueceu de que você esta sumida? Estão todos atrás de você. - Lindy, eu acho que essa é a hora que você permite que eu ou o Nick faça você esquecer-se de algumas coisas.

- É necessário mesmo?

- Achamos que sim. Eu não queria ter que se esquecer de nada, mas não tinha outro jeito. E então Noah fez. Eu não percebi nenhuma diferença, mas resolvi não falar nada.

- Vamos? – Noah disse sorrindo para mim.

- Vamos! Fomos para o aeroporto, fizemos o check-in e só esperávamos o voo. - Como eu pude comprar passagem? Eu não tinha passaporte.

- Se lembra da papelada que eu e Nick fomos arrumar para você? Então era isso.

- Ah entendi. Deu a hora do nosso voo.

- Todos prontos para decolar?

- Sim! – eu e Noah respondemos feitas duas crianças.

- Então vamos. Vamos rumo a Newport New!


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Minha segunda história já começa com bastante suspense!
Recomendem, adicionem aos favoritos, tudo isso ajuda! Obrigada



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