Sam

Já passaram dois dias desde do funeral da Brooke e desde que eu descobri que todas as minhas antigas amigas também estavam a receber mensagens de B, mas nós não nos torna-mos amigas novamente como estão a pensar, as coisas estão muito confusas e acho que toda esta história nos deixou a todas muito assustadas, porque depois de perceber-mos que todas nós temos segredos para esconder achamos que estar-mos juntas seria demasiado estranho se não vamos estar dispostas a confiar umas nas outras. Mas decidimos que caso algo aconteça contaríamos às outras mas não sei até que ponto isso poderá acontecer, eu falo por mim não penso em avisa-las de cada vez que algo estranho aconteça, tenho mais que fazer.

–Samantha, sabes que detesto atrasos- disse a minha “querida” enquanto eu me sentava na mesa para tomar o pequeno-almoço

–Onde está a Laura?- perguntei bebendo o café

–A Laura teve de ir á Universidade para resolver umas coisas por causa da matrícula- respondeu a mãe sem sequer se designar a olhar para mim

–Ela sempre vai para a Harvard no mês que vem?

–Claro que vai, porque perguntas?- perguntou a minha mãe levantando a sobrancelha

–Nada, só perguntei

–Querida eu acho que está na hora de ires para a escola- disse o meu pai, que nesta casa deve ser o único que minimamente se importa comigo, mas mesmo assim esta casa é o pior sitio para estar.

–Sim pai tem razão, adeus- disse levantando-me e indo embora

Quando cheguei a escola rezei para que não em encontrasse com nenhuma das outras, a única pessoa com quem eu queria estar agora era com o Mark o meu querido e adorado namorado, e para ser ainda mais especial daqui a duas semanas nós fazemos um ano de namoro e eu estou a preparar uma grande surpresa.

–Olá amor- disse-lhe mal o vi junto aos cacifos

–Olá fofinha- respondeu-me dando-me um doce e caloroso beijo

–Mark, tenho uma proposta para te fazer-disse sorrindo o máximo que conseguia

–Até tenho medo do que me vais propor- disse ele sorrindo

–Não é nada de mais, os meus pais vão jantar fora e a Laura vai sair com umas amigas da Universidade, o que significa que terei a casa só para mim e…tu podias lá passar para nós termos um pouco de tempo sozinhos, o que é que te parece?- disse com um sorriso maroto

–Sam, eu não sei se é boa ideia- disse ele fechando a porta do cacifo

–Há vá-la Mark vai ser fantástico e eu garanto-te que os meus pais não vão aparecer- ele ficou com a expressão um pouco duvidosa e eu fiz a cara de cachorrinho que convencia toda a gente

–Está bem, eu passo por lá mais tarde- disse ele sorrindo- mas gora tenho de ir vemo-nos depois- respondeu ele dando-me um beijo, para ser sincera deixou-me um pouco aborrecida, o facto de ele não ter mostrado tanto entusiasmo quanto eu mas tenho a certeza de que não é nada de importante e eu só devo estar a fazer cenas na minha cabeça.

–SAM, estás aqui- uma voz estridente e bastante conhecida atacou os meus ouvidos

–Nicole!- dei-lhe dois beijos e depois fomos andando pelo corredor

–Então Sam, não te vejo desde aquela coisa toda com a Brooke e, como é que tu te sentes em relação a tudo isto?- disse ela olhando para mim com carinho e talvez um pouco de pena

–Para ser sincera pensei que fosse mais difícil- respondi

–Bem seja o que for sabes que podes sempre contar comigo- disse ela dando-me um leve abraço mas afastou-se logo

–Obrigada amiga- respondi com um grande sorriso

–De nada- disse ela agarrando-me na mão- agora vamos porque se não ainda chegamos atrasadas a aula e eu sei o quanto tu detestas estar atrasada- eu sorri e depois seguimos para a aula de Biologia do professor Baxter.

Quando entrei na sala vi o professor de sentado na sua mesa olhando para mim como se eu fosse algum naco de carne

–Está atrasada menina Hamilton- disse o professor cruzando os braços- e você também menina Balton, não estou a gostar

–Peço desculpa professor- respondi enquanto me sentava

–Eu também peço desculpa- disse a Nicole tentando conter o riso, ele não consegue olhar para a cara do professor sem se desmanchar a rir e tudo por causa da sua verruga nojenta.

Quando me sentei via a Mercy olhar para mim e a mandar-me o que me pareceu um sorriso, mas eu não fiz nada apenas desviei o olhar para o professor e tentei prestar atenção á aula e esquecer tudo o resto.

O dia passou depressa, quando dei por mim já estava no treino de cheerleading http://www.polyvore.com/big_secret_sam_cheer/set?id=85848144 e até mesmo lá as coisas passaram depressa, mas para dizer a verdade não conseguia esquecer o problema das mensagens e não sei bem se devo ficar assustada ou feliz pelo facto de não receber nenhuma há algum tempo, lá por não receber nenhuma não quer dizer que tenham acabado, pode só querer dizer que está á espera da altura certa.

Fui para casa depois do treino para me despachar para receber o Mark, queria que as coisas fossem especiais porque á algum tempo que não passamos tempo sozinhos porque ele está sempre ocupado ou com os amigos ou com os treinos. Vesti-me http://www.polyvore.com/big_secret_sam_date/set?id=85849240, desci para a sala e pus umas velas para dar um tom romântico às coisas.

Enquanto esperava por ele vi uma coisa estranha na casa da frente, um carro parado e pessoas a descarregar coisas era uma coisa muito estranha porque aquela casa não é habitada á muito tempo, decidi ir lá fora ver o que se passava. Vi um casal a descarregar caixas de mudanças para dentro da casa, parecia que já estavam quase a acabar.

–Olá- um rapaz moreno de olhos claros e cabelos médios meio ondulados http://images4.fanpop.com/image/photos/20800000/Diego-diego-boneta-20850718-500-500.jpg

–Olá-respondi com um sorriso tímido

–Sou o Nate e tu?- perguntou ele chegando-se mais perto

–Sou a Sam- respondi

–Bem Sam, eu acabei de me mudar para cá- disse sorrindo

–Pois consigo ver isso- dei um pequeno sorriso, de repente o meu telemóvel vibrou e eu dei um pulo com o susto

–Bom eu vejo que estas ocupada e eu também tenho umas caixas para descarregar por isso vemo-nos por ai-disse ele afastando-se

–Sim adeus- respondi voltando-me e pegando no telemóvel, parte de mim estava completamente aterrorizada, pensei que pudesse ser o B a ameaçar-me, mas quando abri a mensagem vi uma coisa que me fez desejar pela mensagem de B

Desculpa fofinha, não vou poder ir tenho uma coisa para tratar com a família falamos mais tarde, Amo-te

Fiquei completamente devastada, parece impossível estar sozinha com o Mark aparece sempre algum problema. Logo a seguir recebi outra mensagem (lembram-se de eu ter dito que preferia receber uma mensagem de B, pois retiro completamente o que disse)

Vai a atrás do Roster, e vê com os teus próprios olhos

Não digas que nunca faço nada por ti

–B

O meu coração paralisou, o Roster era o sítio preferido da maior parte dos alunos de Scolten High, e na parte de trás do edifício os rapazes e raparigas vão para lá fumar e beber á vontade e há quem faça outras coisas.

Peguei nas chaves do carro e fui ver o que se estava a passar, mas nem sei bem porquê, podia ser uma armadilha e eu caí que nem um patinha ou então pode tar mesmo a acontecer algo e B teve uma súbita vontade de me ajudar.

Quando cheguei ao Roster estacionei o carro e depois fui a pé até á parte de trás. Quando lá cheguei a princípio não vi nada de mais o mesmo de sempre, pessoas a beber e a fumar e outros a engolirem-se uns aos outros, mas depois vi um carro que me era bastante familiar, era o carro do Mark com ele lá dentro e com uma rapariga de cabelos castanhos que não conseguia ver quem era aos beijos como dois cães com sio, ele olhou para trás e viu-me parada com os olhos cheios de lágrimas ele atrapalhou-se e tentou sair do carro para vir ter comigo mas eu fugi dali os mais depressa que conseguia.

–SAM, SAM ESPERA EU POSSO EXPLICAR, SAM- conseguia ouvi-lo a chamar-me mas eu apenas corri em direção ao meu carro e fui-me embora, não podia acreditar no acabei de ver. De repente o meu telemóvel começou a vibrar e vi que tinha uma mensagem com o número bloqueado:

Pobre Sammi, traição custa não custa cá se fazem cá se pagam, agora já sabes como a tua irmã se sentiria se soubesse do que tu fizeste

–B

Atirei o telemóvel para o banco de trás com a raiva, B apenas queria que eu soubesse disto para eu me sentir como me sinto agora, uma grande ESTUPIDA. Comecei a conduzir para o único lugar que neste momento eu sentiria alguma segurança.

Quando lá cheguei tive de me esforçar muito para tocar á campainha e não fugir dali o mais depressa possível. Depois de tocar duas vezes a porta abriu-se

–S-sam, o que é que estás aqui a fazer? O que é que aconteceu?- eu nem sequer consegui falar, abracei-me a ela e comecei a chorar baba e ranho-Está tudo bem, entra

–Obrigada Mercy- disse-lhe ainda abraçada a ela