Expert Em Relacionamentos escrita por Mig kun


Capítulo 1
Expert em relacionamentos


Notas iniciais do capítulo

Oii gente, é uma fic Erza X Mira, mas com o ponto de vista da Cana. Não tem Orange.
Ah, nessa fic a Erza e a Mira são um pouco mais velhas do que elas são no anime,´então elas já tem uns quinze anos aí, ok?



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Expert em relacionamentos

            Eu podia não ser a melhor maga de todas. Isto era óbvio. Também não era a mais popular. Era até discreta demais, se me permitem dizer. Mas se tinha uma coisa que eu me orgulhava, era o fato de saber ler o que estava no coração das pessoas.

            Era de manhã, mas muitos já estavam na guilda. Inclusive eu. Afinal, onde mais eu iria ficar? Aquele lugar era a minha casa! Sentada em uma mesa colada contra as paredes, via Makarov bebendo direto do barril. Ao perceber que eu o observava, ofereceu.

            -Quer Cana?

            Respondi negativamente com a cabeça, tímida. Ele começou a rir de minha cara de espanto e voltou para seu barril. Embaralhava as minhas cartas, observando tudo e todos.

            Natsu e Lisanna brincavam com Happy, o recém-nascido gatinho, que veio de um ovo. Vá entender. Eles estavam felizes, parecia realmente uma família, como a irmã de Mira cismava em dizer.

            -Bobinha... – Sussurrei.

            Lisanna amava Natsu. Paixão de criança, mas paixão. Vivia dizendo que iriam se casar. E realmente acreditava que quando o rosado crescesse, ele iria se apaixonar por ela. Acontece que Natsu era infantil demais para entender as mulheres. E realmente ficava perdido quando a albina dizia que iria ser sua futura esposa. Talvez, um dia, quem sabe, ele amadurecesse...

            -Natsu!

            Uma voz ecoou por todo o local. Gray! O garoto, vestindo só sua samba-canção azul, subiu em cima da mesa onde estava o seu desafeto e fez uma mão de soco em sua direção.

            -Gray!

            Natsu subiu em cima da mesa também, deixando Lisanna boquiaberta.

            -Não na frente do bebê! – A albina disse, tapando o rosto de Happy.

            -Você me deu um chute na bunda enquanto eu dormia! Tá doendo! –Fechou bem as mãos, fazendo com que nelas se formassem gelo.

            -Bem feito. – Natsu fez o mesmo, só que com fogo.

            Balancei a cabeça desaprovando a cena, mas sorrindo. Continuei embaralhando minhas cartas, enquanto ouvia o barulho da confusão.

            -Sempre assim...

            Era a diversão de Natsu e Gray brigarem. No fundo se divertiam como melhores amigos. E eram. Só tinham vergonha de se admitir assim e preferiam brigar. Mas já os peguei se abraçando e brincando juntos quando não havia quase ninguém por perto. Era assim que eles funcionavam.

            -Laxus, volte já aqui! – A voz do velhote me chamou a atenção.

            Ele saia correndo atrás de seu rebelde neto adolescente, que subia as escadas, irritado.

            Laxus era rebelde e desprezava a todos da guilda, inclusive o avô. Mas eu era a única que parecia entender que aquilo era uma fachada, que o privava de revelar suas verdadeiras emoções. Laxus estava infeliz, triste e solitário. Assim, descontava em todos ao seu redor. Simples assim.

            -Levy! – Jet e Droy gritavam ao lado da garota de cabelos azuis.

            Em pensar que aquela equipe só havia sido formada fazia poucos meses. E agora eram inseparáveis. Shadow Gear. Em minha opinião, Levy estava cansada daqueles dois garotos gritando seu nome em todo lugar. Os aturava, pois era uma boa pessoa e estava animada com sua equipe, mas segurava imensamente a vontade de lhes chutar o traseiro.

            -Descendente de orangotangos! – Os pés de Mira escorregavam pela mesa cuja qual tinha acabado de seu jogada.

            Erza havia chegado.

            -O que disse fantasma punk?!

            A ruiva correu até ela e lhe deu um soco no queixo. Mirajane lhe retribuiu com uma rasteira. Para se segurar, Erza agarrou a gola da blusa de rua rival e as duas caíram. O baque fez com que minhas cartas voassem para todos os lados.

            -Chega! – Erza se levantou, tirando o pó de suas roupas. – Eu não vou me rebaixar àqueles pirralhos ali. – Apontou para trás, onde Gray e Natsu brigavam.

            Desceu da mesa e foi em direção as escadas.

            -Erza! Volte aqui!

            Mirajane se levantou em um salto e correu na direção onde sua inimiga havia ido. Suspirei. Nunca iria entender aquilo.

            E isso era desconfortante!

            Como é que eu poderia me dizer intendente dos relacionamentos humanos se não fazia ideia de como funcionava a relação daquelas duas. Já havia reparado, há algum tempo, que elas sempre conseguiam sumir da vista das pessoas quando brigavam. Será que isto significava alguma coisa?

            Resolvi investigar.

            Discretamente subi as escadas e virei à direita. Não havia sinal de nenhum objeto quebrado e muito menos de gritaria. Andei na ponta dos pés a procura de alguma delas. Foi quando ouvi algo que me chamou a atenção.

            -Miraa!

            Era Erza? Gemendo?! Mirajane estava torturando a Titania?! Me aproximei mais da porta onde eu ouvi isto e colei meu ouvido nela.

            -Está gostando, Erza?

            Fiquei em choque. O que poderia estar acontecendo ali dentro? Abri uma festinha e me assustei com o que vi.

            Mirajane estava beijando o pescoço de Erza. As pernas da ruiva estavam entrelaçando a cintura da albina. Erza estava sorrindo abobadamente.

            -Vamos nos livrar destas roupas! – A ruiva sugeriu, tirando a blusa roxa de Mira e abrindo seu sutiã.

            Ela se inclinou um pouco, mas foi o suficiente para Mirajane cair no chão. A ruiva se deitou em cima dela e beijou seu pescoço, com as mãos nos seus seios. Aquilo estava me escandalizando.

            Chega, já tinha visto demais!

            Mirajane virou o jogo e conseguiu ficar por cima de Erza. Seu sutiã já havia ficado pelo chão e o rabo de cavalo das duas já tinha sido desfeito.

            Dei alguns passos para trás e me choquei contra uma estante. Da prateleira mais alta caiu um vaso de louça, que se espatifou pelo chão.

            O barulho no quarto tinha cessado. Mirajane levantou a cabeça, ainda sentada em cima de Erza, mas conseguiu me ver. Gelei.

            -Cana?! – Ergueu os olhos e tratou de tapar seus seios.

            Naquele dia, eu aprendi outra valiosa lição social. A curiosidade matou o gato. E eu ainda tinha marcas que me lembrariam disso até a minha morte.


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Notas finais do capítulo

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