Rise Of The Gods escrita por Sammy Martell


Capítulo 1
O Começo do Apocalipse


Notas iniciais do capítulo

Queria agradecer à Carol Valdez pela personagem carismática



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Richard andava de um lado para o outro no quarto de sua filha, uma arma em mãos e a máscara posta. Os Semsentimentos ou Riddles, como também eram chamados, estavam atacando o mundo inteiro sem dó. A Rússia, com sua alta energia radioativa estava em evidente desvantagem desde que a energia começara a ser usada contra o exército. Richard era um dos homens mais ricos do mundo e só queria proteger sua filha mais nova, uma recém-nascida.


Sua esposa, Khione, perdera sua sanidade mental já havia muito tempo, por isso foi colocada no porão da grande mansão da família, mas Richard nunca deixara de amá-la um momento sequer em toda a sua vida, mesmo durante seus surtos.


O homem estava tão distraído que quase atirou em que abriu a porta inesperadamente, mas eram apenas os empregados trazendo, amarrada, Khione e ao seu lado, segurando um urso de pelúcia que um dia fora branco, Carollyn, sua filha. Carol tinha muito da mãe, os olhos azuis e a pele pálida como a neve, porém os cabelos castanho-arruivado eram do pai.


– Papai! – exclamou ao ver o homem.


A garotinha correu para abraçá-lo, tinha só três anos e não sabia a gravidade do que estava acontecendo. O homem abaixou e envolveu a menina aquecendo-a.


Khione gritou em um de seus surtos e começou a falar palavras estranhas e sem sentidos para Richard, no entanto Carollyn cobriu os ouvidos como se conseguisse entender, mas não quisesse ouvir e, mesmo assim repetia o que ela dizia.


– Filha do gelo, filho do fogo, filho da sabedoria, guardiões dos quatro cantos do mundo, a Terra devem retomar. Com ajuda dos guerreiros da tormenta os exércitos Riddles precisam derrotar para que de novo tudo possa se equilibrar. – recitou a menina quase gritando.


Richard olhou para a filha e logo depois para a bebê no berço que chorava como se soubesse o que acontecia. E pegou o celular colocando na discagem rápida em um número que ele bem conhecia. E ele tinha certeza que, do outro lado do mundo, ela atendera.


– Alô? – a voz perguntou do outro lado da linha.


– Sou eu, Richard, ponto R. – disse ele. – Chegou a hora.


– Estou indo.


Incrivelmente, em uma hora, mesmo com a casa quase toda destruída, ela chegou. Seus olhos dourados deixavam bem claro que ela era uma hospedeira, ou seja, alguém que hospeda um deus.


– Papai? Quem é essa moça? – perguntou Carollyn abraçando seu ursinho.


– Essa moça vai levar você e sua irmã para um lugar melhor. – o homem abraçou a filha.


– Para o inferno? – sorriu Carol.


O pai riu e abraçou mais uma vez a filha, mal sabia ela o que era o inferno, para Carol o Inferno era o mesmo que o Paraíso.


– Não. – respondeu sorrindo.


– Você e a mamãe vêm?


– Não. – respondeu, mas dessa vez desviou o olhar.


A mulher pegou a bebê no colo e pegou o pulso de Carollyn seguindo para o ponto de chegada. Carol começou a chorar e tentar se soltar da mulher.


– PAPAI! – berrava.


– Seja forte querida, em momentos difíceis adote a escuridão e os medos como aliados e não inimigos, mas não se esqueça que a luz existe, bem lá no fundo. – disse o pai em alto bom som antes que as três desaparecessem.


Quando o portal se fechou, Richard se ajoelhou no chão e berrou para o céu tempestuoso. Sentiu uma lâmina fria tocar seu pescoço. Ele olhou para cima e viu o rosto podre de um dos Riddles. Sua mulher conseguiu se soltar e correr até o monstro dando-lhe um soco no rosto e derrubando-o no chão, ela abraçou o marido tentando proteger-se em seus braços.


– Richard, eu...te amo... – disse ela.


Logo depois ele sentiu algo quente em suas mãos, olhou para as mãos agora manchadas de sangue, o sangue de sua mulher.


Ele ergueu o rosto de Khione e só viu os olhos azuis, agora vazios e mortos. A pele pálida parecia mais fria do que nunca.


Richard abraçou a mulher, mas o cadáver foi arrancado de suas mãos e ele nocauteado.


E isso foi um pesadelo. O meu pesadelo ou mais um deles.


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