Girls On Fire escrita por JessieVic


Capítulo 31
Capítulo 31


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo de pura fofura pra vocês!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/360771/chapter/31

Entrou no corredor rumo ao quartinho, lá era mais silencioso e ela pode ouvir um trovão. Fechou os olhos e respirou fundo, torcendo para que fosse apenas uma chuvinha rápida, estava distraída olhando pela pequena janela acima da sua cabeça tentando ver a chuva quando uma mão puxou seu braço a tirando do rumo. Antes que ela pudesse falar alguma coisa, seu corpo estava contra outro, encostado na parede e sua boca foi tomada com vontade por uma ruiva aparentemente muito assanhada.


Um beijo desesperado começou, as línguas passeavam, exploravam uma a boca da outra, lábios sugados. Jessica puxava a latina pela cintura contra si e suas mãos deslizavam pelo seu corpo. Santana sorriu durante o beijo, havia sido surpreendida com essa atitude dela. Pausaram o beijo. A luz lá era fraca.

– Como você pode ser tão gostosa? – Jessica distribuía beijos pelo pescoço da latina que ficava cada vez mais animada – Como, me diz? – ela parou, encarando-a com um sorriso.

– Gostou é? – Santana passou os braços ao redor do seu pescoço – Foi tudinho pra você! – ela deslizava as mãos pela cintura da ruiva.

– E essa música? Como você sabia que eu adoro ela?! Fico possuída pelo ritmo ragatanga quando ela toca!

– Ragatanga? – Santana repetiu com cara confusa.

– É... – a ruiva riu dando um beijo na ponta do nariz dela – eu fico assim, doida, safada, querendo te agarrar muito! – ela apertava a cintura, a bunda da latina enquanto dava beijinhos no rosto, na boca, pescoço.

– Não sabia que você ia ficar tão tarada vendo aquilo, as vezes eu perco a noção do quanto sou sedutora e sexy! – Santana dizia para provocar e aproveitava os beijos que recebia.

– Droga, apesar da sua falta de modéstia eu tenho que concordar! Se eu soubesse que você se dava tão bem sendo safada em cima do balcão já tinha falado pra Tracy ter deixado você ir antes.

– Bom, pelo visto fui aprovada! Jogaram vários dólares lá pra mim... – a latina ria.

– É... e vi que você tomou umas 3 doses de tequila, sem contar o tanto que bebeu toda safada durante a performance! Ai dá calor só de lembrar! – ela se abanando.

– Ah eu to bem... eu to legal! – deu um sorriso bobo – Vem comigo, vou me trocar! – ela pegou a ruiva pela mão mas ela não saiu do lugar.

– Melhor não meu Caramelo... ir com você no quartinho não vai prestar – ela mordeu o lábio inferior.

– “Meu Caramelo”? – Santana fez uma cara divertida – Gostei!

– É, você é minha bala toffee, meu caramelinho mais delicioso! – ela ria, ainda de mãos dadas com a latina.

– Vem comigo... – Santana tinha um olhar aflito e se sobressaltou ao ver o clarão de um relâmpago e depois ouvir um trovão alto lá fora.

E então Jessica entendeu. A latina queria companhia, estava com medo da tempestade. Não falou nada, apenas assentiu e a acompanhou até o quartinho. As luzes se acenderam. O som da chuva batendo no telhado era forte e Santana começou a sentir suas mãos suarem enquanto tirava sua roupa. Respirava fundo, não querendo transparecer seu pânico. Queria mostrar que havia superado esse trauma, mas não era o que estava parecendo.

A ruiva estava sentada em um banquinho e observava calada a morena tentando disfarçar seu nervosismo. Suas mãos tremiam enquanto ela vestia a camiseta branca, ainda só de calcinha, estava de costas pra Jessie. O medo a tinha feito até perder a vontade de provocar a namorada.

– San... – a latina virou de frente pra ela – Você esqueceu de colocar o sutiã... – ela apontou a peça pendurada no cabide.

– Hum, você não perde nada hein? – a latina deu um riso nervoso, estava um pouco paralisada pelo medo e não saiu do lugar para pegá-lo e começou a vestir a meia calça arrastão e o short preto.

Jessie então se levantou com um sorriso terno, foi até a latina que tentava evitar olhar em seus olhos e a abraçou sem aviso. Santana correspondeu, afundando sua cabeça no ombro dela, apertando forte. Seus batimentos estavam acelerados, a ruiva podia sentir. Ficaram assim em silêncio, até que ela percebeu que o coração da morena estava mais calmo. Saíram do abraço mas Jessica continuou enlaçada na sua cintura, olhando em seus olhos.

– San... daqui a pouco a chuva para e nós vamos embora! – ela sorriu ternamente vendo os olhos ainda aflitos da namorada - Chegando em casa vamos tomar um banho bem quente e relaxante e depois iremos pra cama dormir juntinhas e vou continuar te abraçando forte assim!

– Dormir? – Santana fez uma cara desconfiada – Achei que depois da minha performance eu ia ganhar alguma coisa essa noite! – ela já estava recuperando sua safadeza.

– Bom, achei que a chuva lá fora tinha apagado seu fogo – Jessie deu de ombros – O meu continua aceso – ela olhou pra baixo e riu – Aceso como esses seus faróis aí!

Santana se lembrou que estava sem sutiã por baixo da camiseta branca, olhou pros seus seios e depois pra cara da ruiva e deu um sorriso safado.

– Eu sei que você tá doidinha pra pegar neles...nem disfarça!

– Aff Santana, eu to tentando ter seriedade nessa situação e você tá pensando nisso? – a ruiva começava a ficar vermelha de vergonha – Na verdade... eu tô mesmo! – ela disse cruzando os braços.

– Hum é inegável... – Santana pegou nas mãos da ruiva – Não se faça de rogada! – colocou as mãos dela sobre os seus seios e a encarou com um olhar provocador, querendo dizer “ vai em frente”.

Jessie ficou sem palavras por essa atitude da latina, tinha a boca entreaberta enquanto acariciava de leve os seios firmes, com os bicos enrijecidos da latina que soltou um gemidinho baixo e foi de encontro aos lábios da ruiva para começar um beijo.

Beijavam-se e a ruiva começou a acariciar com toques mais fortes, apertava os seios, querendo senti-los por baixo da blusa, sentir o calor da pele arrepiada, colocar sua boca neles... Pensamentos cada vez mais pervertidos começavam a surgir na sua cabeça, ela não aguentava mais, queria possuir Santana, queria se sentir dentro dela, provar seu gosto, o gosto da sua pele, do seu líquido. A latina agora deixou suas mãos descerem para a bunda da namorada e apertava com vontade, expressando o prazer que estava sentindo naquela situação. Tinha praticamente a mesma vontade da ruiva. Não aguentava mais esperar, aguentar a ansiedade para ver aquela garota completamente nua, na cama, só pra ela. Saborear aquele corpo, provar cada pedacinho.

Estavam totalmente entregues, mas Santana, num lapso de consciência ouviu um barulho e rapidamente se afastou da ruiva, voltando pra perto do cabide. Deixando Jessica confusa, com cara de cão sem dono. Segundos depois a porta abriu. Era Hailey.

– Ops, espero não ter atrapalhado nada... – ela fez uma cara envergonhada enquanto olhava pra ruiva que parecia ofegante, agora sentada no banquinho e pra Santana que estava no outro canto e parecia ter esquecido o que estava fazendo.

– Tudo bem... vim me trocar! – ela deu de ombros meio sem graça – Já estou voltando!

– Mulher, você arrasou! Foi demais não é Jessie? – ela cutucou a garota que parecia ainda em estado de torpor.


– Demais mesmo! – ela se levantou, parecendo despertar – E essa roupa que você emprestou pra ela também ajudou bastante!


– Snixx é sucesso! – Santana falou enquanto virava de costas e colocava o sutiã e depois a camiseta – Espero que eu possa dançar mais vezes!


– Huum... com certeza você vai... mas não sei se meu coração vai aguentar! – Jessie colocou a mão no peito – Vai me dar taquicardia qualquer hora!


– Ah o amor! Tão exagerado! – Hailey balançava a cabeça rindo. O lance dela eram os homens, ela nunca ia entender como Jessie se sentia ao ver Santana dançando toda sensual, ainda mais quando estava prestes a agarrá-la onde tivesse oportunidade. Estava quase subindo pelas paredes já. – Vamos que o povo clama por você Santana!


Saíram as 3 e voltaram para o bar e seus alfazeres. Santana voltou para o balcão, mas agora só servindo. Muitos queriam pagar bebidas pra ela, mas ela se recusava com simpatia. Se tinha feito Jessica pegar nos seus peitos em pleno local de trabalho com 3 doses de tequila na cabeça, se bebesse um pouco mais, a comeria em cima do balcão mesmo.


O resto da noite foi passando e elas não paravam um minuto. Tracy elogiou a latina pela performance e se mostrou bastante satisfeita pelo rendimento da noite. No dia seguinte ela teria uma audiência com seu advogado e o do ex marido. Estava esperançosa para que o processo terminasse logo e ela conseguisse o bar só para si.


Os clientes foram embora mas a chuva não. Estavam limpando as mesas, enquanto Jessie fazia o fechamento do caixa e o barulho de trovões era nítido. Santana varria o chão e suas mãos apertavam forte o cabo da vassoura cada vez que via um clarão. Estava com medo, mas também com vergonha de demonstrar, mas a ruiva a observava de longe.


– Tracy... tá uma chuva imensa lá fora hein?! – Jessica puxou conversa com a chefe que a ajudava a contar o dinheiro e dividir para o pagamento das outras garotas.


– Tá mesmo! Não gosto dessas tempestades! – ela balançava a cabeça com veemência – Sorte que a chuva não espantou nossos clientes! Santana merece um adicional, graças a ela vendemos mais bebidas que o normal – ela ria.


– Bom, você pode pagar de outra maneira... – a ruiva falou decidida, com os olhos na latina que cada vez se mostrava mais paralisada pelo barulho da tempestade – Pode nos dar uma carona até em casa? Vamos derreter com toda essa chuva!


– Nossa, é verdade! Não tinha pensado nisso! Hoje vou dormir na casa da minha mãe... ela fica por aqueles lados que você mora! É próximo também do escritório de advocacia que vou de manhã! – ela indicou a latina com a cabeça – Ela está bem?


– Ah sim... ela só não gosta de tempestades como você...... esses trovões assustam né? – a ruiva desconversou.


– É... noites assim só é bom se estivermos seguras dentro de casa! Chama a Santana, já estamos indo! – Tracy saiu do balcão para entregar o pagamento das outras meninas.


Jessica foi até a latina que estava distraída varrendo e fez carinho nos seus cabelos chamando sua atenção.


– Consegui uma carona! Vem, vamos com a Tracy!


– Sério? – Santana pareceu mais calma – Então vamos logo... não aguento mais essa barulheira de trovões!

Fecharam as portas, despediram-se dos seguranças e das outras garotas que haviam ido com o carro da Hailey e estavam salvas da chuva também. A tempestade não dava trégua e elas correram para o carro. Jessie achou chato deixar Tracy ir sozinha na frente só de motorista mas também queria ficar abraçadinha com Santana lá atrás, a protegendo. Estava preocupada com a palidez e os olhos aflitos dela. Não falava nada desde que saíram do bar. A chefe viu a cara da morena através do retrovisor e percebeu que o medo de tempestade dela era fora do normal. Apenas indicou com a cabeça pra que a ruiva pulasse para o banco de trás e ficasse com ela.

Jessica mais que depressa fez isso, a latina então deitou a cabeça no seu colo e fechou os olhos com ar satisfeito. Podia ser psicológico mas sua ruiva agora era seu porto seguro.

Todas estavam cansadas, mas Tracy puxou conversa para descontrair. Comentava sobre o dia de hoje, perguntou sobre o pedido de namoro das meninas e falou da ansiedade para que sua audiência no dia seguinte desse certo. O carro parou na frente do prédio, despedidas e agradecimentos feitos, as garotas desceram correndo de mãos dadas e entraram.


– A Tracy hoje foi um anjo hein? – Jessie abraçava a latina de lado, passando as mãos pelos seus ombros gelados, com alguns pingos de chuva.


– É... – a latina estava com a cara amassada de sono, tinha cochilado no caminho.


– Se não tivesse chovendo tanto, eu iria propor que fossemos lá fora, celebrar nosso amor na chuva, com um beijo molhado! – Jessica falava mordendo os lábios inferiores, pensando na sugestão.


– Sério mesmo? – a morena tinha cara de medo, achando que ela só podia estar brincando.


– É... parece que os trovões cessaram um pouco... tá ouvindo? Acalmou um pouco! – ela pegou na mão de Santana que tinha uma cara incrédula – Vem...


Os olhos se encararam e assim permaneceram por um tempo. Nada precisava ser dito. Aqueles olhos verdes passavam tanta confiança, tanta ternura que Santana sentiu seu coração aquecer, se acalmou e seu semblante ficou mais tranquilo. Confiava na sua namorada, ela tinha que encarar aquele medo. Por Deus, ela era Santana Lopez, uma mulher furacão que tinha arrasado na dança naquela noite, que já tinha passado por tantas coisas e não teve medo de “sair do armário”, nem de falar o que queria para as pessoas. Uma simples água caindo do céu não poderia derrubá-la, aquele trauma do passado tinha que ficar lá, no passado!


Deu um sorriso tímido e assentiu com a cabeça para a ruiva que sorriu aberto enquanto tirava os sapatos e incentivava a latina fazer o mesmo.

Saíram pra rua deserta, já passavam das 3 da madrugada. Santana observou e viu que a chuva ainda era forte, mas os raios e trovões haviam parado.


Jessica correu para o meio da rua e começou a girar, olhando pro alto, de braços abertos e com um sorriso no rosto. Os cabelos já estavam todos molhados, as roupas transparentes. Olhou pra Santana ainda estacada no lugar, abrigada embaixo do toldo da entrada do prédio, abraçava a si mesma, encolhida.


– Vem! – ela dava um sorriso de incentivo e estendeu as duas mãos pra frente, como se chamasse pra um abraço – Por mim, por você! Vem!


A latina respirou fundo, olhou para os lados pra ver se não vinha ninguém na rua para ver sua loucura e correu descalça em direção a ruiva. Sentiu os pingos molharem seus cabelos, seu corpo, lavarem sua alma! Colocou um sorriso no rosto, um sorriso de libertação, de conquista. Olhou com olhos emocionados pra ruiva que a observava preocupada, mas logo sorriu por ver que ela também sorria.

– Viu San?! A chuva é tão boa! Leva tudo de mal! Toda sujeira, toda a tristeza! – ela pulava ao redor da morena que achava engraçado e deu as mãos pra ela.

Ficaram frente a frente e começaram a dançar em roda, saltitando, sentindo ficarem cada vez mais encharcadas e riam muito. O medo se foi, a alegria reinava. Santana sentia a alma mais leve, aquilo era só uma chuva! E aquele momento era inesquecível. Parou de pular e ficou encarando a ruiva com uma expressão séria. Jessie parou e a encarava curiosa. A morena se aproximou mais e a abraçou forte, apertado, tentando grudar seus corpos, passar todo o amor, toda gratidão que ela sentia por aquele momento.

– Eu te amo tanto meu raio de sol! – ela falou bem perto do ouvido da ruiva, ainda abraçada a ela.

Se separaram do abraço, de mãos dadas, coração batendo forte. Jessie sorria, emocionada por ver a alegria da namorada, ver como seu semblante havia mudado em poucos minutos. O medo havia ido embora, só havia brilho naqueles olhos.

Começaram um beijo, leve, alguns selinhos e então ele ficou mais urgente, mais intimista. A chuva não dava trégua e nem o beijo. Que ficava cada vez mais molhado. De chuva, de saliva, de amor, de lágrimas.

Se encararam, com o riso frouxo, olhar bobo.

– Também te amo! Muito, muito! – a ruiva falava séria agora, encarando aqueles olhos castanhos e então um sorriso maroto surgiu em seus lábios – Acho que você está curada! – deu um beijo na sua testa - Agora, é melhor voltarmos pra dentro antes que a gente pegue uma pneumonia! – começaram a rir.

– É... agora precisamos de um banho quente! – Santana deu um olhar sugestivo, que fez Jessie sentir calor mesmo debaixo daquela chuva gelada.

Se abraçaram e foram andando lado a lado. Encharcadas, pingando água e exalando felicidade.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam? Acho que o mal da Santana está curado depois dessa terapia de choque e muito amor!

O próximo capítulo promete hein?!

Hoje é dia dos Solteiros... alguém se candidata pra me fazer sair dessa vida? :p

COMENTEM, COMENTEM!!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Girls On Fire" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.