Era Apenas Uma Brincadeira escrita por LycePena


Capítulo 2
Culpa, ódio, tentação e ciumes, algo está errado


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, mas é que eu to meio que de mudança e tem muita coisa para arrumar. lol
Bom eu gostei desse capítulo, não era o que eu esperava, mas ficou bom. O legal dele é que no final fala o que vai acontecer no 3°, que eu realmente estou amando escrever. :]
Sirius está confuso e o desenrolar da história dos dois começa a acontecer.



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-“Dumbledore falou comigo e com Snape hoje e acertou dois dias para ele nos dar aula de poções.” Lupim lia seu jornal calmamente, ignorando as caretas que os três amigos fizeram ao ouvir que teriam mais três horas de ranhoso por semana.

-“Ei Aluado, você esteve com o ranhoso hoje de manhã, então fala para a gente. O que foi que o Regulus pediu para a Evans entregar anteontem?” Thiago tinha um olhar travesso e pelo julgamento de Sirius, ele aprontaria algo.

“Apenas um medalhão.” Sem tirar os olhos do jornal e com tom indiferente Remus o respondeu.

O dia passou normalmente como sempre fora para os marotos, que arranjaram outras vítimas para perturbarem já que Snape não estava em lugar algum. Já no final do dia os quatro sabiam que teriam que ir para a monitoria com Snape, então resolveram demorar o máximo que puderam no jantar. Já não mais podendo enrrolar, os marotos seguiram para uma sala desocupada disponibilizada pelo diretor.

Ao chegarem lá, algo lhes chamou atenção. Snape não estava sozinho, e mais estranho ainda, estava rindo. Thiago tomou a dianteira e abriu a porta curiosamente, encontrando Snape sentado sobre uma mesa comum rindo, e em outra mesa a sua frente Regulus, que parecia estar chorando de tanto rir. Sirius teve sua curiosidade elevada ao infinito ao ver a cena. Jamais vira Snape rir assim e muito menos Regulus.

“O que é tão engraçado RanhosA?” Sirius tinha o olhar debochado e curioso enquanto adentrava na sala seguido pelos amigos.

-A rapidez com que o sorriso simpático da versão feminina de Snape se transformou em um olhar de desprezo foi assombrosa, mas nada foi comentado. “Não é da sua conta, Black. Eu coloquei as instruções no quadro, se tiverem duvidadas é só perguntar. Façam em dupla, assim vocês podem sair mais cedo.” A menina desceu da mesa e foi para traz de um caldeirão logo seguida por Regulus.

-“E o que ele vai ficar fazendo aqui?” Perguntou Thiago em um tom curioso, quando viu os dois se reunindo atrás do caldeirão.

-“Bom, isso não é da sua conta, não é Potter?” Um sorriso sarcástico apareceu ao canto dos lábios da menina, que logo voltou seu olhar para o que fazia antes.

Lupim teve que puxar Thiago pelo braço, para o amigo não sacar a varinha e atacar o sonserino. Sirius não deixou de encarar seu irmão por um minuto se quer, mesmo quando Thiago jogou os ingredientes sobre o balcão. Mas ouvir a voz de Lupim o fez voltar a si, mesmo que um pouco perdido.

-“Snape, tem alguma coisa errada com os instruções. Não batem com a do livro. E a medida parece imprecisa.” Lupim tinha o livros em mão, comparando cada linha do livro a do quadro.

-Severo respirou fundo antes de lançar aos marotos um olhar de desprezo. “Isso é porque você precisa sentir e entender o que e o por que está fazendo a poção daquele jeito. Tome o livro como exemplo, mas faça a poção do seu jeito e a transforme-a no que deseja. Se você apenas decorar, no fundo você nunca saberá o que fazer.” Suas palavras por mais frias que fossem, tinham paixão entrenhada em cada sílaba.

Lupim foi o único que sorriu ao ouvir o que Snape falara, sabia que esse modo de agir era a pura descrição de Severo, seu desprezo pelo ordinário, como seguir instruções de alguém ou um livro. Ele gostava era de fazer do seu jeito e sair triunfante por isso, nada mais do que orgulho de ser diferente.  E por entender isso tão bem, Remos riu, pois finalmente entendera um pouco sobre Severo Snape.

Ao decorrer de quarenta minutos, ambas as duplas tinham terminado e severo passou do lado das duas para conferir o resultado. “Bom, parece que vocês ainda tem esperança. Não estão perfeitas, mas estão bem feitas. Se quiserem podem ir.” Quando os quatro fizeram menção em sair, Snape andou ligeiro até Lupim e colocou em suas mãos dois documentos. “Leia e pense a respeito.” Dizendo isso a menina voltou correndo para o lado de Regulus.

-Depois que voltaram ao dormitório, Lupim já lia e relia o documento completamente pálido e chocado. “O que diz ai Aluado, fale logo!” Thiago estava agitado e não parava de bagunçar os cabelos negros.

-“Snape quer que eu seja sua cobaia para uma poção que ele inventou...” Ao ver os rostos chocados dos amigos que iam tornando-se cada vez mais indignados, se apressou para terminar de falar. “Quer que eu seja cobaia para uma poção que me deixara lucido quando eu me transformar da lua cheia, assim eu não correria risco de atacar ninguém.” Ao terminar de falar, o jovem Lupim tinha um sorriso de satisfação no rosto, quase como se tivesse descoberto uma cura.

-“Co-Como asism, isso não existe.” Sirius levantou exaltado de sua cama, correndo até Lupim e tirando as folhas de sua mão.

-“Ele diz que é algo que ele pensou enquanto se lembrava de como quase fora morto.” Tinha um sorriso nos lábios, algo que nunca tivera ao falar sobre seu lado lobisomem.  

-“Não Aluado, você não pode fazer isso! É um truque para se vingar da gente.” Thiago estava completamente alterado com o amigo, gesticulava violentamente andando de um lado para o outro completamente vermelho de raiva. “Isso é golpe baixo, dando esperança ao Aluado de... AAH” Thiago não conseguiu terminar de falar, com raiva começou a socar o travesseiro.

Os quatro não falaram mais sobre aquilo, pois toda vez Thiago se descontrolava de raiva. Já era tarde quando eles resolveram ir deitar, mas a ausência de Snape foi notada por todos aquela noite. Já era tarde e a morena ainda não tinha voltado. Já passara da 23h quando Snape voltou silenciosamente para o quarto não querendo acordar nenhum dos marotos.

-“Finalmente você chegou!” Thiago levantou em um pulo e correu para encarar a menina a sua frente que carregava uns 4 livros. “Que história é essa de poção?! Não vamos deixar você se vingar da gente usando Aluado.” Thiago estava novamente muito irritado enquanto não parava de andar em direção da morena.

-“Esse assunto não é sobre você Potter, e por mais que isso te desaponte. E se você não sabe ler que o Prof. Dumbledore está ciente a culpa não é minha. Boa noite.” Sua expressão era de desprezo e não se importou em dar as costas ao maroto.

-Thiago ficou irado como Snape, puxando violentamente o braço da morena que deixou seus livros caírem e a mesma bambeou com a ação do outro. “Estou te avisando Ranhoso, não vou deixar você mal a Aluado.”

-Foi instintivo, Snape sacou a varinha e a empunhou contra o pescoço de Thiago, que assim como os outros três que se levantaram correndo, mostravam receio da expressão de ódio da morena. “Solta o meu braço ou eu juro que você vai se arrepender.” Seu tom era baixo e amedrontador, assim como seu olhar desafiador.

-“Snape, abaixe a varinha por favor.” Lupim estava tenso, nenhum dos quatro estavam com a varinha em mãos e Thiago não facilitava nada. “Eu já assinei os papeis e vou conversar com Thiago sobre isso, então vamos com calma.”

-Snape viu seu braço ser solto e abaixou a varinha, mesmo que bem devagar e sem desviar o olhar. Apontou a varinha para os livros e os fez se empilharem ao lado de sua cama. “Assim espero Lupim.” A morena se virou e foi em direção a sua cama, mas algo estava errado.

Sirius que estava mais perto viu Snape levar uma das mãos a cabeça enquanto a outra buscava por apoio, fazendo o mesmo correr para segura a garota que estava caindo. Ao segurar a menina Sirius se assustou, ela era leve demais para seu tamanho e idade, ficando com receio até de machuca-la.

-O moreno ajudou a garota a se levantar ainda com um olhar chocado no rosto. Foi tirado do transe quando sua mão foi empurrada para longe. “Me solta Black.” Sua respiração era ofegante e seus olhos estavam meio turvos.

Sirius precisava ver se era verdade o que estava pensando. Empurrou não muito forte a menina em sua cama e se ajoelhou sobre a mesma, que tentava se livrar do moreno bem mais forte e mais alto que ela. Quando começou a tirar o sobre tudo da menina, a mesma começou a se debater e pode jurar ouvir passos que corriam em sua direção.

-“Sirius para com isso!! O que você está fazendo?” Lupim tentava tirar Sirius de cima de Snape, mas foi empurrado com violência pelo amigo.

-“Eu preciso comprovar uma coisa Remus, me solta!” E com muito esforço conseguiu tirar o sobretudo da garota, agora dedicando-se a encara-la de cima a baixo. “Quando foi a ultima vez que você comeu alguma coisa?”

Os três agora alternavam olhares chocados de Sirius para Snape e por fim entenderão o que o outro falara. Mesmo com a camisa social era possível ver como a garota estava definhando. Suas costelas podiam ser vistas sem muito esforço e seu pulso estava fino demais. Snape tentou se levantar, mas Black ainda estava ajoelhado sobre ela, fazendo sua menção de empurra-lo fracassar ao sentir seus pulsos sendo agarrados e seu corpo se levantar um pouco até ficar frente a frente com o moreno.

-“Isso não é da sua conta, agora me larga.” A garota o olhava completamente enraivecida ainda se debatendo, para fazer o moreno lhe soltar.

-“Snape, você está definhando, o que aconteceu?” Lupim ainda estava chocado com a cena, mas tirou Sirius de cima da garota, mesmo que com muito esforço.

-“Eu estou ótimo e não preciso da preocupação de vocês, me deixem em paz!” Snape alcançou a varinha rapidamente, lançando protego em volta de sua cama para impedir que os quatro tentassem incomoda-lo de novo. Fechou a cortina e não foi possível se ouvir mais nenhum barulho.

Quando acordaram na manhã seguinte Snape já não estava mais em sua cama, assim como o feitiço fora desfeito. Todos sabiam como o moreno era magro, mas aquele estado não era normal. Até mesmo Thiago estava espantado com o que acontecera aquela noite e não se cansava de repetir o fato. O café foi esquisito, pois novamente Snape não estava lá e Lupim notou que Regulus também não. Sirius ainda tinha um ar de indignação no rosto. Jamais vira alguém se deixar ficar naquele estado. Seus devaneios foram afastados, quando Regulus estrou com uma aura fulminante no salão e um olhar de poucos amigos.

Os passos do sonserino eram longos e irritadiços, batendo o pé com mais força que poderia. Mas o mais surpreendente foi a do moreno a mesa da Grifinoria e só parando quando alcançou Lily, que estava sentada ao lado de Lupim.

-“Preciso falar com você agora, é urgente.” Regulus estava sério e bastante impaciente para ouvir a resposta de Lily e foi logo falando um pouco mais alto do que pretendia. “Ele está fazendo aquilo de novo. Se enclausurou na biblioteca e não veio comer. Você tem que me ajudar acho que ele não come desde o almoço de ontem. Ele insiste que precisa achar um antidoto para a poção.”

Os cinco estavam ouvindo o sonserino e logo tudo fez sentido para os marotos. Lily estava horrorizada com a situação, mas antes que pudesse levantar para acompanhar Regulus, Madame Pomfrey veio em direção a mesa.

-“Quem bom que estão aqui. Sra. Evans e Sr. Black, preciso falar com os dois sobre o Sr. Snape. Por favor venham comigo.” Antes que os três se retirarem Sirius se levantou para chamar a atenção da enfermeira.

-“Por favor, isso tem há ver com o fato dele não estar se alimentando?” Sua voz era firme e objetiva enquanto se mantinha focado em Madame Promfey.

-“Infelizmente sim. Ele foi mandando para a área hospitalar agora a pouco. Seu corpo esta debilitado pela negligencia de comida. Ele ficará bom, mas temos que ficar de olho nele, pois esses quadros tendem a se repetir.” E com isso os três saíram do salão. Sirius ainda recebia olhares frios de Regulus depois de sua pergunta, mas não ligou para aquilo. Ele estava certo sobre Snape, ele tinha se abandonado para procurar um antidoto para a poção.

-“Por que essa súbita preocupação com o ranhoso?” Thiago estava curioso com o amigo, afinal Sirius já estava agindo de maneira estranha desde ontem quando tentara arrancar as roupas da morena a força.

-“Meu tio morreu por negar se alimentar. Ele ficou muito depressivo com a vida e não quis mais cuidar de si mesmo, ele realmente se abandonou. Snape estava com a mesma aparência dele sete meses antes dele morrer.” Nenhum dos três soube o que falar sobre aquilo, estava claro que Sirius tinha medo de que a brincadeira acabasse da mesma maneira.

O resto do dia foi bem atípico para os marotos, nenhum deles se meteu em confusão, ficaram apenas repassando matérias das aulas do dia. Claro que todos ainda estavam tensos com o comentário de Sirius no café da manhã, mas o tópico não foi discutido de novo. Assim que o sinal tocou marcando a ultima aula, Sirius saiu mais rápido que os outros, empurrando quem quer que estivesse em sua frente.

O moreno corria com alguns rolos de pergaminhos nas mãos direto para a enfermaria, tudo lhe dizia para conversar com Snape, seu coração estava cheio de culpa e somente uma conversa ajudaria. Ao chegar a porta, pode ver a única cama utilizada, mas também pode perceber que tinha alguém bem colado a cama. Sirius se aproximou sem chamar muita atenção e quando chegou bem perto pode notar que essa pessoa era Regulus, que abraçava calorosamente a morena. Sirius ficou perplexo com a cena, Snape tinha uma expressão angelical no rosto. Um sorriso verdadeiro enquanto seu rosto se apoiava no peito de Regulus que também sorria.

O moreno não entendia o por que a cena o incomodava tanto, afinal não era amigo da morena e seu irmão tinha se afastado o suficiente desde que deixara sua própria casa, para ligar no que o menor fazia. Depois de alguns segundos, resolveu mostrar que estava ali, pigarreando alto o suficiente para os dois ouvirem.  Os olhos da morena abriram e suas orbes negras se fixaram nos azuis acinzentados a sua frente sem soltar do amigo, que ainda a abraçava, mesmo que surpreso pela chegada do maior.

-“O que faz aqui Black?” Severo se soltou do amigo, mas se manteve sentado para encarar o moreno mais alto, que tinha os cabelos bagunçados e o rosto um tanto vermelho, pelo recente exercício.

-“Eu preciso falar com você.” Ao perceber que Regulus não fazia menção alguma de sair, Sirius deu um passo a frente e acrescentou depressa. “A sós. E eu também trouxe anotações das aulas que você perdeu.” Sirius andou até o lado da cama e colocou na mesinha ao lado os 3 pergaminhos.

-“Você não tem nada para fazer aqui Sirius! Se você ainda não percebeu, um dos motivos dele estar aqui é você.” Regulus tinha um olhar feroz para o irmão mais velho. Mantendo uma das mãos presa a lateral da cama, como se estivesse se segurando para não avançar no irmão.

-“E eu acho, que isso não é problema seu Reg. Agora, se puder dar licença.” Sirius tinha o tom baixo e frio, como se intimidasse o irmão a permanecer na sala.

-“Não tenho nada a tratar com você, então se retire por favor. Afinal sou EU que descido quem desejo ou não ver.” Sua voz era firme e Sirius tinha certeza que esse comentário fora para Regulus também.

-“Não vou tomar muito do seu tempo, eu prometo.” Sirius falou com sua voz mais gentil, mas não pareceu surtir efeito na morna que ainda o encarava com desdém. “Se você não me escutar agora eu vou te perseguir até você me ouvir.” Ao perceber que a primeira abordagem não teve sucesso, o moreno partiu para a provocação, que parecia dar certo, pois a menina suspirara forte como se estivesse pensando.

-“Reg eu vou falar com seu irmão por um momento, pode esperar lá fora por favor?” Sua voz era sutil e amigável, fazendo Sirius sentir uma pontada de raiva, mas se manteve calado ainda observando o irmão.

-“Só vou porquê, você me pediu.” Regulus olhou feio para o irmão, mas logo o ignorou e voltou seu olhar para a menina. Toda sua feição mudara, em seu rosto tinha um sorriso gentil, enquanto a mão do mais novo pegava a da morena por um instante a acariciando bem devagar. “Vou estar lá fora.” O moreno saiu devagar e sem olhar novamente para os dois.

-“Fala logo o que você quer Black.” Sirius mantinha o olha nas mãos da garota, ainda perturbado com o comportamento do irmão, mas ao ouvir a voz da garota os olhos acinzentados recaíram sobre os negros misteriosos.

-“Eu queria te pedir desculpa pela poção ter te deixado desse jeito, eu não sabia que podia ser perigoso usar magia em poções. Eu também queria saber por que você se abandonou desse jeito, se puder me falar.” A culpa voltara a Sirius, que não podia crer que fizera alguém chegar ao ponto que perdeu seu tio.

-“Primeiro, não quero e preciso de sua desculpa. Segundo, Regulus me falou que você talvez pudesse se sentir culpado com o que acontecera já que um parente seu faleceu por desnutrição, quanta presunção. Você acha mesmo que algo inescrupuloso como o que você fez, iria fazer eu perder a vontade de viver? E além do mais, mesmo se eu não quisesse mais viver, o que você teria a ver com isso? Você não me conhece, não sabe nada sobre mim, então pare de se dar importância por algo que não tem nada há ver com você.” As palavras da garota eram frias e ofensivas, fazendo Sirius se sentir envergonhado, enraivecido e triste por um lado.

-“Nunca me dei tal importância, mas o fato de você esquecer do mundo a sua volta para procurar um antidoto é sim MINHA culpa, por isso eu quis me retratar. Eu queria pedir para você me deixar te ajudar a procurar um antidoto com você.” Severo olhava Sirius de cima a baixo, como se quisesse entender o por que.

-“Mesmo que eu precisasse da sua ajuda eu não aceitaria. E não existe antidoto, apenas tenho que esperar o efeito passar. Bom, se era só isso, pode ir.” A morena se voltou a mesinha com uma tiara e os pergaminhos e se esticou para tentar alcança-la, mas foi impedida pelo moreno.

Sirius se adiantou e pegou os objetos sobre a mesa, colocando os pergaminhos no colo da mesma, depois ajeitou o cabelo que caia sobre o rosto pálido da menina e colocou a tiara, prendendo o cabelo negro da morena. Quando abaixou o olhar, a morena estava em choque com a ação do mesmo, fixando seus orbes negros e misteriosos no rosto do grifinório.

-“Qual é o seu problema?” Snape ainda estava um pouco perturbado com a ação do moreno, pois começara a abrir e fechar a boca como se quisesse falar algo, mas não conseguia. “Pare de agir como se fossemos amigos, nem ao menos nos toleramos. Não quero sua ajuda, não deu para perceber isso ainda? Não me importo o que tenha levado você a vir aqui, só vai embora ‘curtir’ com o resto dos seus amiguinhos retardados.” A morena tremia de raiva, seu rosto estava vermelho e a respiração bem ofegante.

-“Você é incrivelmente ingrato, mas em uma coisa você tem razão eu odeio você. Pode deixar que não vou mais me meter nessa sua vidinha insignificante, mas dobre a língua a falar dos meus amigos.” Era a vez de Sirius se irritar, ele tentara se desculpar e tentar mudar as coisas, mas não conseguia aturar a morena falando mal dele e de seus amigos.

-“Não se preocupe vocês todos estão na mesma classificação. Se acham donos da verdade, quando na verdade não passam de um bando de palhaços, dando um grande espetáculo para o seu publico. Mas quando isso acabar o que você será? Um arrogante idiota que acha que o mundo gira em torno do próprio umbigo. Você é patético.” As palavras da morena eram ácidas e maldosas, assim como sua expressão de puro ódio.

-Sirius pegou o colarinho da camisa da camisa social da garota e a levantou até o seus olhos, que não mostravam nada mais do que raiva. “Eu quero ver você repetir isso.”

-“Ou o que? Vai me bater? Vá em frente, prove que eu estou certo seu imbecil.” Snape cravou os olhos em Sirius desafiando-o a tentar qualquer coisa.

-“Você não sabe nada de mim, nada!!” Os dois se encaravam de perto, com olhares desafiadores. Sirius porém sentiu a respiração de Snape ficar pesada e seus olhos começarem a parecer pesados e o meu de que a morena passasse mal começou a invadi-lo.

-“Não preciso de sua pena. Saia daqui.” Aparentemente a morena percebera o olhar de preocupação do maior perante a sim, pois afastou Sirius com as ultimas forças que tinha e se deitou de costas para a porta. “Saia daqui e não volte, eu odeio você.”

A voz de Snape era baixa e sem emoção, mas essas palavras doeram em Sirius de um jeito que ele não podia entender. O maior saiu sem falar mais nada, nem ao menos olhar para trás. Ao passar pode ver Regulus apoiado contra a parede da enfermaria o olhando furiosamente. Era obvio que ele havia escutado, mas Sirius não se importava agora, só queria ir para sua cama e dormir, pois seu coração estava mais pesado do que quando viera.

Quando o dia amanheceu Sirius estava em pedaços, não tinha vontade alguma de levantar, mas depois de Thiago tanto reclamar eles seguiram para o salão principal para fazer sua primeira refeição. Para a surpresa de Almofadinhas, Snape estava sentado a mesa. Seu rosto tinha ganhado mais vida assim como seu cabelo que tinha um brilho lindo enquanto caia sobre seus ombros. Remus também notara a volta da morena a mesa da sonserina e ria de como Regulus colocava cada vez mais comida no prato de Snape. O resto do café foi bem tranquilo, mas para a surpresa de todos Dumbledore se levantou para fazer um discurso inesperado.

-“Alunos e alunas, venho a vocês comunicar que Hogwarts estará realizando um baile de confraternização entre as casas. Todos os alunos poderão participar, assim como suas famílias, que receberão um convite para participar do baile que será uma semana antes das merecidas férias de inverno. Agora voltemos todos a nossas atividades diárias.” E com isso o diretor voltou a mesa principal, mostrando seu típico sorriso.

-“Um baile para todas as famílias? Isso vai ser interessante. O que acha Almofadinhas?” Thiago parecia estar pensando em algo ardiloso, pois não parava de olhar para Evans com aquele olhar de cobiça.

-“Não estou nada animado, se as famílias vem, isso significa que a minha também virá. Não sei se sobrevivo a outro encontro com minha mãe.” Sirius encarava o próprio prato meio nervoso com tudo, seu azar não poderia ser maior ele pensou, mas no fundo ele sabia que podia e iria.


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Notas finais do capítulo

AEAEAEAE O que acharam? Deixe um comentário sobre o capitulo assim posso ir melhorando com as críticas que eu receber.
Próximo capítulo bastante SS/SB.
Espero que gostem.
Love and peace. (y)



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