Harry Potter E A Bruxa Semideusa 4 escrita por Livia Dias


Capítulo 8
Traição


Notas iniciais do capítulo

Hey pessoal! Tudo bem com vocês?

Bom, desculpem mesmo pela demora à postar. Estive muito ocupada com minhas outras fics e ainda passei por um grande período de "Férias" se podemos chamar assim.

Agora, vou estar postando toda semana nessa fic, não se preocupem ;)

Espero que gostem do capítulo.

BOA LEITURA!!!



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Os dias passavam. Os alunos estavam cada dia mais ansiosos, já que em breve, aconteceria a Colheita dos Jogos Vorazes dos Bruxos. Mc.Gonagall tinha anunciado certo dia, na hora do almoço, que a Colheita, seria no dia 31 de novembro.
As aulas estavam sendo cada dia mais trabalhosas, tendo milhares de deveres de casa. Os alunos ficavam a maior parte do tempo, estudando e terminando suas tarefas do que tendo horas de lazer nos jardins.
Era sábado, dia 31 de outubro. O céu estava ensolarado e os alunos aproveitavam para terminar os deveres, na biblioteca.
Selena estava no local, com vários livros ao seu redor. Desde que discutira com Harry, Selena não havia mais falado com o garoto ou tinha ficado muito tempo com os amigos grifinórios. Sempre que os colegas estavam próximos, Harry acabava chegando e Selena preferia sair de perto.
A situação ficou ainda mais complicada, com Cho Chang e suas colegas por perto. Era evidente que a garota não perderia a chance de zombar de Selena pelo que havia acontecido. Selena tentava se controlar para não voar no pescoço da japonesa, mas à cada dia aquilo ficava mais complicado.
As garotas, de certa forma, estavam passando por uma certa "fase" na qual preferiam ficar mais unidas do que ao lado dos garotos. Estes, estavam seguindo essa mesma "fase" e ficavam mais unidos.
Scórpius sentia-se culpado de certa forma. Tudo aquilo estava acontecendo por culpa dele. Se Alvo descobrisse aquilo, provavelmente o mataria.
Harry estava tentando superar aquilo tudo, embora fosse complicado ver Selena todos os dias e não poder se aproximar como sempre.
– Você gosta dela. - afirmou seu pai, enquanto Harry e Thiago procuravam um livro na biblioteca e ambos, viram Selena, sentada sozinha, estudando. Harry ficara observando-a por longos minutos.
– Não sei. - disse Harry, pegando o pesado livro e indo até a bibliotecária
Selena pareceu não vê-lo e Harry ficou feliz com isso. Não saberia o que dizer a garota. Ele havia dito várias besteiras para ela e encará-la era horrível.
– Eu errei feio. - comentou Harry, enquanto caminhava pelo corredor da Sala Comunal da Grifinória.
– Errou mesmo. Mas acho que é uma boa se você pedir desculpas. - disse Sirius, se juntando aos colegas com Lupin logo ao seu lado.
– Não vou lá me desculpar com ela. - disse Harry, fechando a cara. - Ela errou também. Mais ainda. A Selena mentiu para mim. Me enganou.
As garotas não poderiam dizer que os garotos não tinham tentado. Eles estavam sendo pressionados pelas mesmas, que estavam revoltadas pela insensibilidade de Harry Potter.
– Eu não acredito nisso! - Lilian andava de um lado para o outro, na frente dos amigos, na Sala Comunal da Grifinória. - Meu filho vai ter que se desculpar com a Selena, nem que eu tenha que arrastá-lo pelas orelhas!
– Uhh, deu até medo agora. - comentou Hugo, se encolhendo ao lado de Rose, que revirou os olhos.
– Lily está certa! - disse Marlene, decidida. - Esses dois estão brigando por bobagem!
– Mas Selena errou feio. - disse Alvo, balançando a cabeça. - A culpa não é toda do Harry!
– Quieto, Potter! - disse Alice, rispidamente. - Harry foi o que errou mais! Além do mais, Selena já explicou que não foi culpa dela!
– Pode até ser, mas mesmo assim, ela deveria ter contado para o Harry. - disse Rony.
– Você está do lado de quem? - perguntou Hermione, entre dentes.
Rony se encolheu no sofá.
– Bom - disse Thiago S, pensativo. - Vamos resolver esse situação como?
– Acho que seria correto se não resolvessemos nada. - disse Dominique e todos a encararam. - Bom, Harry e Selena terão que se resolver sozinhos. Nunca ouviram dizer que em briga de marido e mulher ninguém mete a colher?
Os outros permaneceram em silêncio, pensativos.
Enquanto isso, Draco Malfoy não podia conter sua imensa alegria. Afinal, sua querida prima e o idiota do Potter estavam separados, ou seja, o herdeiro Malfoy teria uma chance com Selena Jayne no final das contas.
Mas ainda havia um pequeno problema: Cedrico Diggory.
Draco sabia que o garoto também estava interessado em Selena e aquilo o incomodava. O loiro tinha que tirá-lo do caminho o quanto antes, ou não conseguiria o que tanto queria.
Selena mantinha os pensamentos longe. Como queria estar no Acampamento Meio-Sangue. Aquela era a primeira vez que desejava tanto estar longe de Hogwarts e do mundo bruxo. Gostaria de montar em Ambrosina e abandonar tudo aquilo, apenas sentir o vento sobre seu rosto.
Gostaria de ir ao Olimpo, para andar por aquele amplo lugar, cheio de estátuas, cidade e templos maravilhosos. Gostaria de estar entre amigos.
Selena se sentia aprisionada e sozinha. A única salvação para ela, tem sido Rebeca, sua prima. A garota sempre a tranquilizara, dizendo que tudo ficaria bem e que em breve, Selena estaria longe daquilo tudo. Rebeca pelo menos, não dizia que Harry voltaria atrás ou que acabaria pedindo desculpas. Rebeca era realista e era por isso que Selena gostava tanto da prima.
– Você deveria sair dessa biblioteca - falou Rebeca Black, surgindo à mesa de Selena, com um livro em mãos.
– Ei, pensei que não viesse me ver! - brincou Selena, tentando dar seu melhor sorriso.
Rebeca sorriu de volta, embora parecesse notar que Selena estava dando um sorriso falso e logo, ficou séria.
– Por que não está com Hermione ou com os outros? - perguntou a morena.
– Eles estão com ele. - Selena passara a se referir à Harry como "ele".
Selena não se sentia mais animada em dizer o nome do garoto. Aquilo lhe acarretava mais dores e lembranças que deveriam ser esquecidas. Como sua mãe dissera no bilhete, confiar demais nas pessoas só faria mal à Selena e acarretaria decepções futuras, ainda mais fortes.
– Entendi. - Rebeca deu de ombros e abriu seu livro. - Bom, não é sempre que você vai ficar sozinha, certo?
– Minha presença não é muito requisitada. - disse Selena, balançando a cabeça. - O melhor é ficar longe.
Rebeca ficou em silêncio por um instante. Então, sorriu, parecendo lembrar de algo.
– Travis é legal. - comentou a morena, sorridente.
Selena sorriu, lembrando dos gêmeos Stoll, do Acampamento Meio-Sangue.
– Todos estão bem? - perguntou Selena.
– Sim. Bom, eles estão preocupados, né? Como eu tinha te falado, eles estão preocupados com a tal Grande Profecia e agora que a filha de Zeus apareceu... - Rebeca parecia preocupada também, tal como Selena. Ela não estava gostando daquela história.
Selena viu Draco Malfoy entrando na biblioteca. Rebeca seguiu o olhar de Selena e sorriu.
– Por que você não dá uma chance à ele? - perguntou Rebeca, dando uma piscadela para a prima.
– Eu não gosto dele como gosto de Harry - respondeu Selena, balançando a cabeça negativamente.
Rebeca não disse mais nada. Draco aproximou-se das garotas.
– Ei, ei, ei! As primas do meu coração! - Draco puxou uma cadeira e sentou ao lado de Selena, que o encarou com frieza.
– O que você quer? - perguntou, rispidamente.
– Nossa, quanta gentileza. - ironizou Draco e encarou Rebeca, como se pedisse ajuda.
– Bom gente, eu vou encontrar a Laays e a Domi. Depois eu encontro vocês. - disse Rebeca, pegando seu livro e sorrindo para os primos, saiu dali.
Selena amaldiçoou a prima, mentalmente. Como Rebeca Black podia deixar Selena sozinha com Draco? Isso sim que era uma prima muito solidária e amiga (só que não).
– Olha Draco, eu não sinto nada por você. - disse Selena, sem rodeios. Ela não poderia continuar iludindo Draco. Mesmo sabendo que o primo não era idiota, Selena tinha que dar um fim àquela posseção do Malfoy.
Draco sorriu de lado, tristonho.
– Bom, eu te amo, Selena. E acho que é o suficiente para nós dois. - disse Draco, enquanto Selena fechava os livros e levantava, para começar a guardá-los na mochila e nas prateleiras.
– Não, não é. - repreendeu-o Selena, encarando-o. - Você pode até me amar Draco, mas tem que entender que para uma relação existir entre nós, eu teria que te amar também. E isso nunca irá acontecer.
– Nunca diga nunca, meu amor. - Draco levantou-se e a enlaçou pela cintura, surpreendendo a morena. - Um dia você ainda vai me amar.
– Duvido que isso aconteça. - disse Selena, soltando-se do abraço de Draco e continuando a guardar seus livros na mochila. - Me esquece, Draco.
– Isso vai ser impossível - Draco puxou Selena pelos braços, ficando próxima à garota. - Eu não paro de pensar em você. Seus cabelos, seus olhos, sua pele - Draco passou a sussurrar, causando um leve arrepio em Selena.
– Pois pare de pensar em mim. - Selena sussurrou de volta.
Por um segundo, os olhos se encontraram. Cinzas e negros. Então, Draco puxou a garota pela nuca e a beijou.
Selena passou os braços pelo pescoço do garoto, puxando-o para mais perto. Draco a enlaçou pela cintura, fazendo a garota ficar encostada contra uma prateleira de livros. Selena sentiu coisas inexplicáveis naquele beijo. Fora diferente do anterior. Tinha algum sentimento mais forte. Será que era amor? Será que Selena sentia algo por Draco?
O loiro separou-se de Selena e sorriu com o canto dos lábios.
– Eu te amo. Entenda isso de uma vez por todas.
Selena continuou encarando-o, incrédula. Será que ela realmente causava tal sentimento no frio e arrogante Malfoy?
– Eu...Eu...Não quero me machucar novamente. - Selena disse, encarando o chão. Pela primeira vez, Selena sentiu-se frágil, como uma boneca de porcelana.
– Eu nunca te decepcionaria. Nunca. - sussurrou Draco, erguendo o queixo de Selena com o dedo indicador. - Entendeu?
Selena continuou encarando os olhos do loiro, sentindo algo diferente dentro dela. Selena balançou a cabeça.
– É muito complicado para mim, Draco. Me dê um tempo, tudo bem?
– Certo. - Draco sorriu. - Eu vou estar te esperando.
Draco roubou um selinho da garota e saiu pelo corredor, sumindo de vista, rapidamente. Selena continuou parada, segurando as alças da mochila e mordendo o lábio inferior. O que fazer?
Selena decidiu sair da biblioteca. O melhor seria ir para os jardins, onde poderia pensar melhor.
Enquanto passava pelos corredores desertos, Selena tinha um livro nas mãos. Ela havia pêgo na biblioteca à algumas semanas e estava quase terminando de ler. Fora sua distração nos dias mais ruins, nos quais Selena se sentia muito pior e ainda mais sozinha.
Selena estava no corredor da Sala Comunal da Grifinória. Pretendia passar por lá para guardar a mochila e, quem sabe, pegar um dracma de ouro e mandar uma mensagem de Irís para Annabeth e ver como as coisas andavam.
Mas uma visão no corredor, prendeu sua atenção. Selena parou de caminhar. Dois jovens, se beijavam intensamente, contra uma parede. Eram os únicos naquele corredor. Selena se sentiu um tanto constrangida e pretendia dar meia volta para não atrapalhar ambos. Entretanto, Selena reconheceu o casal e o livro escapou de suas mãos.
Harry, que prensava Cho contra a parede, a soltou imediatamente. Ao olhar para o lado, ele viu Selena, perplexa com a cena.
Cho sorriu de lado, vitoriosa, enquanto ainda tinha os braços pelo pescoço de Harry. O moreno encarava Selena, querendo dizer alguma coisa.
Selena apenas recolheu o livro do chão e sorriu.
– Fico feliz por vocês.
Mas a verdade, era que não estava nada feliz com aquilo. Aquela, não fora uma decepção. Para Selena, aquilo foi uma traição. A mais baixa e nojenta possível.


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Notas finais do capítulo

Agradeço pelos comentários recebidos no capítulo anterior e peço que continuem mandando suas opiniões. Eu não respondo todos os comentários, porque não tenho tempo. Mas vou tentar responder os desse capítulo ;)

Vou tentar postar o próximo capítulo até sexta-feira, ok?

Beijos da autora, Livia Dias.