Harry Potter E A Bruxa Semideusa 4 escrita por Livia Dias


Capítulo 14
O Deus Do Sol Tem Um Maserati Spyder


Notas iniciais do capítulo

Muito obrigada por terem mandado reviews tão motivadores :) Fico feliz por saber que os leitores mais antigos estão voltando à tona e que novos estão surgindo õ/

BOA LEITURA!!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/360680/chapter/14

Ártemis os assegurou que o amanhecer estava chegando. Estava mais frio e mais escuro e nevando mais do que nunca. De primeira, Selena não ficou muito convencida de que realmente era de manhã. No alto da colina, as janelas de Westover Hall estavam completamente apagadas. 

As Caçadoras desmontaram acampamento mais rápido do que o montaram. Ártemis encarava o leste, como se estivesse esperando por algo.

Bianca estava sentada a um canto, conversando com Nico. Selena poderia dizer pelo semblante carregado dele que ela estava explicando sua decisão de se juntar às Caçadoras. Selena não pôde evitar de pensar o quão egoísta Bianca era, abandonando o irmão daquela forma.

Thalia e Grover se aproximaram de Harry, Percy e Selena, juntamente com os outros, ansiosos para ouvir o que a deusa dissera à eles, na audiência. 

– A última vez que as Caçadoras visitaram o acampamento, as coisas não correram bem - comentou Grover.

– Como elas apareceram aqui? – perguntou Percy, parecendo admirado. – Quero dizer, elas simplesmente surgiram do nada.

– E Bianca se juntou à elas – disse Thalia, aborrecida. – É tudo culpa de Zoë. Aquela exibida, malvada...

– Quem pode culpá-la? – disse Alice, dando de ombros. - Tipo, ganhar imortalidade é legal.

- É. E passar a Eternidade com Ártemis - Grover suspirou, sonhador. Sirius fez o mesmo e recebeu um tapa de Marlene. 

Thalia rolou os olhos.

– Sátiros. Vocês estão todos apaixonados por Ártemis. Você não percebe que ela nunca vai te amar em resposta?

– Mas ela é tão… natural – disse Grover.

- Definição melhor, ela é tão...Gata - disse Thiago S, recebendo um tapa de Dominique. - Ei!

– Vocês são loucos – disse Thalia.

– Loucos e lunáticos – disse Grover, sonhadoramente. – É.

Finalmente o céu começou a clarear. Ártemis murmurou:

– Já não era sem tempo. Ele é tããão lento durante o inverno.

– Você está, hum, esperando pelo nascer do sol? - perguntou Harry, cuidadosamente.

– Pelo meu irmão. Sim - respondeu Ártemis.

Harry parecia perdido. Hermione estava pronta para responder àquela dúvida, entretanto, Rony colocou sua mão sobre a boca da garota.

- Em Hogwarts tudo bem, mas você precisa ser a Sabe-Tudo aqui também? - questionou, revirando os olhos.

Hermione cruzou os braços e fechou a cara.

Selena não conseguia, mesmo com todos os mitos gregos, imaginar Apolo dirigindo o sol. Como se lesse seus pensamentos, a deusa se pronunciou.

– Não é exatamente como você pensa.

– Ah, certo. – disse Selena. 

– Então, não é como se ele fosse chegar puxando uma... - começou Percy, mas foi interrompido por uma súbita explosão de luz no horizonte. Um sopro de calor.

– Não olhem – Ártemis advertiu. – Não até que ele estacione.

Estacione? Selena estava decididamente confusa.

A garota desviou seus olhos, e viu que as outras crianças Caçadoras e os seus amigos estavam fazendo a mesma coisa. A luz e o calor se intensificaram até que Selena sentiu como se o seu casaco de inverno estivesse derretendo. Então, de repente a luz cessou.

Ao olhar, Selena não acreditou. Um Maserati Spyder vermelho conversível estava à frente deles. Era tão impressionante que brilhava. Então, ela percebeu que brilhava porque o metal estava quente. A neve havia derretido em volta do Maserati em um círculo perfeito, o que explicava porque Selena estava sobre grama verde e suas botas estavam úmidas.

O motorista desceu, sorrindo. Ele parecia ter dezessete ou dezoito anos, e por um segundo Selena teve a sensação inquietante de que era Luke, seu antigo inimigo. Este rapaz tinha o mesmo cabelo arenoso e aparência boa e aventureira. Mas não era Luke. Este rapaz era mais alto, sem qualquer cicatriz em seu rosto como Luke. Seu sorriso era mais brilhante e brincalhão. (Luke não fazia mais que carrancas e escárnio ultimamente). O motorista do Maserati vestia jeans e sapatos de viagem e camiseta sem mangas.

– Uau – murmurou Thalia. – Apolo é quente.

– Ele é o deus do sol – disse Percy.

– Não foi o que ela quis dizer - falou Selena, entendendo perfeitamente. Apolo era realmente...Perfeito.

– Irmãzinha! – Apolo chamou. Se seus dentes fossem mais brancos ele poderia ter os cegado sem o carro solar. – O que se passa? Você nunca liga. Você nunca escreve. Eu estava ficando preocupado!

Ártemis suspirou.

– Eu estou bem, Apolo. E eu não sou sua irmãzinha.

– Ei, eu nasci primeiro.

– Nós somos gêmeos! Quantos milênios nós vamos ter que discutir...

– Então o que se passa? – interrompeu o deus. – Tem as meninas com você, eu vejo. Vocês todas precisam de algumas dicas sobre arco?

Ártemis rangeu seus dentes.

– Eu preciso de um favor. Eu tenho uma caçada a fazer, sozinha. Eu preciso que você leve minhas companheiras para o Acampamento Meio-Sangue.

– Claro, mana! – então ele ergueu suas mãos em um gesto para tudo. – Eu sinto um haicai vindo.

Todas as Caçadoras gemeram. Aparentemente elas já conheciam Apolo. Ele limpou sua garganta e ergueu uma mão dramaticamente.

Grama verde quebra através da neve.

Ártemis pede por minha ajuda.

Eu sou legal.

Ele sorriu largamente para eles, esperando por aplausos.

– Aquela última linha tinha apenas quatro sílabas – disse Ártemis.

Apolo amarrou a cara.

– Tinha?

– Sim. Que tal eu sou cabeçudo?

– Não, não, aí são seis sílabas. Hmm. – Ele começou a murmurar consigo.

Zoë Doce-Amarga se virou para eles.

– Lorde Apolo está nessa fase de haicai desde que visitou o Japão. Não é tão ruim como na vez em que ele visitou Limerick. Se eu tiver que ouvir mais um poema que comece com Havia uma deusa de Esparta...

– Consegui! – anunciou Apolo. – Eu sou terrível. São cinco sílabas! – Ele se inclinou, parecendo muito satisfeito consigo mesmo. – E agora, mana. Transporte para as Caçadoras, você diz? Bom momento. Eu já estava pronto para rodar.

– Esses semideuses e bruxos também vão precisar de uma carona – Ártemis disse, apontando para  o grupo. – Alguns campistas de Quíron e alunos de Dumbledore.

– Sem problemas! – Apolo os checou. – Vamos ver… Thalia, certo? Eu ouvi tudo sobre você.

Thalia enrubesceu.

– Oi, Lorde Apolo.

– A garota de Zeus, sim? Faz de você minha meia irmã. Costumava ser uma árvore, não é? Que bom que você voltou. Eu odeio quando garotas bonitas são transformadas em árvores. Cara, eu me lembro de uma vez...

– Irmão – interrompeu Ártemis. – Você deve ir.

– Oh, certo. – Então ele olhou para Selena e Percy, e seus olhos se estreitaram. – Percy Jackson e Selena Jayne?

– É. Eu quero dizer… sim, senhor - falou Percy.

- Olá - Selena acenou, timidamente.

Apolo os estudou, mas não disse nada, o que Selena achou um pouco arrepiante.

– Bem! – ele disse por fim. – É melhor carregarmos, huh? O percurso só vai em um sentido – oeste. E se você perde, você perde.

Selena olhou para o Maserati, no qual podiam se sentar duas pessoas no máximo. Havia aproximadamente vinte ou trinta deles.

– Carro legal – disse Nico.

– Obrigado, garoto – falou Apolo.

– Mas como nós todos vamos caber? - perguntou Thiago, arqueando uma sobrancelha.

– Ah. – Apolo pareceu notar o problema pela primeira vez. – Bem, é. Eu odeio alterar o modo carro esportivo, mas eu suponho...

Ele tirou as chaves do carro e bipou o botão do alarme de segurança. Chirp, chirp.

Por um momento, o carro brilhou intensamente de novo. Quando o brilho cessou, o Maserati havia sido substituído por um daqueles furgões Turtle Top.

– Certo – disse ele. – Todos dentro.

Zoë ordenou às Caçadoras que começassem a carregar. Ela pegou sua mochila de acampar, e Apolo disse:

– Aqui, querida. Deixe-me levar isto.

Zoë recuou. Seus olhos lampejaram perigosamente.

– Irmão – censurou Ártemis. – Você não ajuda minhas Caçadoras. Você não olha, conversa ou flerta com minhas Caçadoras. E você não as chama de querida.

Apolo abriu suas mãos.

– Desculpe. Esqueci. Ei, mana, de qualquer maneira, para onde você vai?

– Caçar – Ártemis disse. – Não é da sua conta.

– Eu vou descobrir. Eu vejo tudo. Sei tudo.

Ártemis bufou.

– Apenas os deixe, Apolo. E sem ficar enrolando!

– Não, não! Eu nunca enrolo.

Ártemis rolou seus olhos, então olhou para o grupo.

– Eu os verei no solstício de inverno. Zoë, você está no comando das Caçadoras. Faça bem. Faça como eu faria.

Zoë se endireitou.

– Sim, minha senhora.

Ártemis se ajoelhou e tocou o chão como se estivesse procurando por pistas. Quando se levantou, parecia preocupada.

– Tanto perigo. A besta deve ser encontrada.

Ela disparou em direção ao bosque e se misturou à neve e às sombras. Apolo se virou e sorriu, girando a chave do carro em seu dedo.

– Então – disse Apolo. – Quem quer dirigir?

As Caçadoras se amontoaram no furgão. Elas todas se abarrotaram nos fundos para que ficassem o mais longe possível de Apolo e do resto do grupo, como se estes fossem altamente infecciosos. Bianca se sentou com elas, deixando seu irmão mais novo pendurado na frente com Selena e os amigos, o que lhe pareceu frio, mas Nico não pareceu se importar.

– Isto é tão legal! – disse Nico, pulando para cima e para baixo no banco do motorista. – Isto é realmente o sol? 

Hermione e Lilian se entreolharam. Então, a ruiva perguntou o que parecia ser a dúvida mais importante das duas garotas.

- Eu pensei que Hélio e Selene eram os deuses do sol e da lua. Como pode ser às vezes eles e às vezes você e Ártemis?

– Redução de custos – respondeu Apolo, com um sorriso galanteador. – Os romanos começaram com isso. Eles não davam conta de todos aqueles templos de sacrifícios, então eles demitiram Hélio e Selene e vincularam suas funções à nossa descrição de trabalho. Minha mana ficou com a lua. Eu com o sol. Era bem irritante no começo, mas pelo menos eu peguei este carro legal.

– Mas como isso funciona? – perguntou Hugo. – Eu pensei que o sol fosse uma grande bola flamejante de gás!

Apolo riu entre os dentes e afagou os cabelos do ruivo.

– Este rumor provavelmente começou porque Ártemis costumava me chamar de grande bola flamejante de gás. Sério, criança, isso depende se você está falando de astronomia ou de filosofia. Você quer falar de astronomia? Bah, que graça há nisso? Você quer falar sobre como os humanos pensam sobre o que é o sol? Ah, isso é mais interessante. Eles têm muito que andar no sol… er, por assim dizer. Ele os mantém aquecidos, aumenta suas culturas, move motores, faz tudo parecer, bem, mais ensolarado. Este carro foi construído fora do humano, sonhos sobre o sol, garoto. É tão velho quanto a Civilização Ocidental. Todos os dias, ele dirige através do céu de leste a oeste, iluminando aquelas franzinas vidas mortais. O carro é uma manifestação do poder do sol, o modo como os mortais o percebem. Faz sentido?

Hugo balançou sua cabeça.

– Não.

– Então, bem, somente o veja como um poderoso, realmente perigoso, carro solar.

– Posso dirigir? - perguntou Nico.

– Não. Muito novo.

– Oo! Oo! – Grover levantou sua mão.

– Mm, não – Apolo disse. – Muito peludo. – Ele olhou além de Selena e Percy, focando em Thalia. – Filha de Zeus! – disse o deus. – Lorde dos céus. Perfeito.

– Ah, não. – Thalia balançou sua cabeça. – Não, obrigada.

– Vamos – disse Apolo. – Quantos anos você tem?

Thalia hesitou.

– Eu não sei.

Era triste, mas verdadeiro. Ela fora transformada em árvore quando tinha doze anos, mas isso foi há sete anos. Então ela teria dezenove, se você contar pelos anos. Mas ela ainda sentia como se tivesse doze, e se você olhasse para ela, ela parecia estar em algum lugar no meio. O melhor que Quíron pôde deduzir foi que ela continuou a envelhecer enquanto estava como árvore, mas muito mais devagar.

Apolo bateu os dedos em seus lábios.

– Você tem quinze, quase dezesseis.

– Como você sabe isso?

– Ei, eu sou o deus da profecia. Eu sei coisas. Você vai fazer dezesseis em cerca de uma semana.

– É meu aniversário! Vinte e dois de dezembro.

– O que significa que você tem agora idade suficiente para dirigir com uma licença de aluno!

Thalia mexeu seu pé nervosamente.

– Hum...

– Eu sei o que você vai dizer – Apolo disse. – Você não merece a honra de dirigir o carro solar.

– Isso não era o que eu ia dizer.

– Não se preocupe! Londres até Wiblendon é realmente uma viagem curta, e não se preocupe com o que aconteceu com a última criança que eu treinei. Você é filha de Zeus. Ele não vai jogar você para fora do céu.

Apolo riu naturalmente. O resto deles não achou nenhuma graça.

- Ele é meio maluco - murmurou Rony, recebendo um olhar mortal de Hermione.

- Lorde Apolo é tudo, menos maluco - falou Hermione, encarando o deus com um olhar sonhador. Lilian, Laays, Rebeca, Alice, Dominique, Dorcas e Marlene a seguiram.

- Primeiro Lockhart, agora o Deus do Sol - disse Rony, revirando os olhos. Nenhum dos garotos ficou muito contente com o impacto que o deus causava sobre as garotas. 

- Bom, agora é mais arriscado ainda - falou Selena, suspirando. - Apolo é mais quente.

- Selena! - repreendeu Harry.

- O quê? - Selena voltou seu olhar para o garoto.

Harryapertou um botão no painel do carro, e um letreiro apareceu ao longo da parte superior do pára-brisa. Selena conseguiu entender mais rápido do que Percy: CUIDADO: MOTORISTA ESTUDANTE.

– Tira isso daí! – disse Apolo à Thalia. – Vai ser natural para você!

– Velocidade igual calor – advertiu Apolo. – Então comece devagar, e tenha certeza que ganhou uma boa altitude antes de você realmente acelerar.

Thalia agarrou o volante com tanta força que seus nós ficaram brancos. Ela parecia que ia passar mal. 

– O que está errado? – perguntou Percy a ela.

– Nada – ela disse tremulamente. – N-nada está errado.

- Espero que ela saiba dirigir - murmurou Alice, com os olhos estreitos. - Quero dizer, não quero morrer no Sol.

- Odeio concordar com você, mas nem eu quero - disse Alison.

Thalia puxou o volante. Ele se inclinou, e o furgão pulou adiante tão rápido que Selena caiu para trás.

– Mais devagar! – disse Apolo.

– Desculpe! – Thalia falou. – Eu tenho tudo sob controle!

Olhando pela janela, Selena viu um anel de árvores fumegando na clareira de onde haviam decolado.

– Thalia – disse Percy – devagar com o acelerador.

– Eu sei, Percy – ela falou, rangendo seus dentes. Mas o manteve pressionado.

– Fique calma – disse Lilian, que estava pálida, mas milagrosamente, conseguia manter a calma. - Fique calma.

– Eu estou calma! – gritou Thalia. Ela estava tão rígida que parecia que era feita de madeira compensada.

– Nós precisamos nos desviar para o sul, Wiblendon – disse Apolo. – Incline para a esquerda.

Thalia deu um puxão no volante.

– A outra esquerda – sugeriu Apolo.

Eles estavam na altura de aviões – tão alto que o céu começava a parecer escuro.

– Ah... – disse Apolo, e Selena teve a terrível impressão de que ele estava se forçando a parecer calmo. – Um pouco mais baixo, querida. Londres está congelando.

Thalia inclinou a direção. Seu rosto estava branco feito cal, sua nuca gotejava de suor. Algo definitivamente estava errado. 

O furgão arremeteu para baixo e alguém gritou. Rebeca estava desesperada. Agora, eles estavam indo na direção do oceano Atlântico a mil quilômetros por hora, o litoral da Nova Inglaterra à direita deles. E estava ficando quente no furgão.

Apolo havia sido jogado em algum lugar na traseira do furgão, mas ele começou a escalar as fileiras de bancos.

– Pegue o volante! – implorou Sirius.

– Não se preocupe – disse Apolo. Ele parecia muito preocupado. – Ela só tem que aprender a...UOU!

Selena viu o que ele estava vendo. Abaixo deles havia uma pequena, coberta de neve, cidade da Inglaterra. Pelo menos, costumava ser coberta de neve. Conforme Selena olhava, a neve derretia das árvores e dos telhados e dos gramados. A branca torre do campanário de uma igreja se tornou marrom e começou a arder sem chamas. Pequenas plumas de fumaça, como velas de aniversário, estavam pipocando por toda cidade. Árvores e topos de telhados estavam pegando fogo.

– Pare! – gritou Harry.

Havia uma luz selvagem nos olhos de Thalia. Ela puxou de volta a direção. Conforme se distanciavam, Selena pôde ver pela janela de trás que os focos de incêndio na cidade estavam sendo varridos pela súbita corrente de ar frio.

– Ali! – apontou Apolo. – Wimblendon, mortalmente à frente. Vamos desacelerar, querida. ‘Mortalmente’ é só uma expressão.

Thalia estava ribombando em direção à cidade setentrional. Ali estava o Acampamento Meio-Sangue: o vale, as florestas, a praia. Selena podia ver o pavilhão-refeitório, os chalés e o anfiteatro.

– Eu estou sob controle – murmurou Thalia. – Eu estou sob controle.

Eles estavam a apenas algumas centenas de metros.

- ...Para Pontas eu deixo meu jogo de Snap-Explosivo - citava Sirius, desesperado. - Para Aluado eu deixo meu livro de Poções...

- Por que o seu livro de Poções? - questionou Lupin, indignado.

- VAMOS MORRER! - gritou Dorcas, embora gargalhasse.

- ELA É RETARDADA OU O QUÊ? - gritou Dominique, segurando a mão de Thiago S com tanta força, que o garoto berrava de dor.

- NÃO ESTRAÇALHE A MINHA MÃO, POR... - Thiago S parecia prestes a falar um palavrão, mas Laays pisou no pé do irmão.

- OLHA A BOCA, THIAGO! - gritou, com autoridade.

- CALEM A BOCA, SEUS BANDO DE DESOCUPADOS! - gritou Marlene.

- PARA DA GRITAR, SUA LOUCA! - gritou Alice.

- CHEGA! - gritou Rebeca e o silêncio se fez presente. Todos a encaravam. - Quero dizer, parem de gritar ou é certeza que vamos morrer.

– Freie – disse Apolo, virando-se para Thalia novamente.

– Eu posso fazer isso - murmurou Grace, desesperada.

– FREIE!

Thalia enfiou seu pé no freio, e o furgão solar se arremessou para frente em um ângulo de 45°, batendo no lago de canoagem do Acampamento Meio-Sangue com um grande FLOOOOOOSH! Vapor emergia, fazendo com que várias náiades assustadas saíssem da água com cestas de vime meio tecidas. O furgão flutuou na superfície, juntamente com um par de canoas viradas e meio queimadas.

– Bem – disse Apolo com um bravo sorriso. – Você estava certa, minha querida. Você tinha tudo sob controle! Que tal vermos se queimamos alguém importante, vamos? 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Não deixem de comentar.

Até sexta! Beijocas *-*