Fuckin Perfect escrita por Shaina


Capítulo 20
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

Eu sei, eu to atrasada :@

Desculpa gente, com serviço, escola, e meio doente as coisas se complicam.
Ana brigadinho pela sua recomendação, capitulo dedicado a você espero que gostem!



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Depois de Victória sair do meu quarto, eu andei até o closet e peguei uma roupa que eu julguei confortável, entrei no banheiro e me olhei no espelho, a menina no espelho não tinha aquele brilho que tinha nas fotos, eu tinha alguns arranhões no ombro acredito por causa da queda, me mantive olhando para a menina por um tempo, deveria eu querer saber sobre tudo isso?

 Entrei no chuveiro deixando que a agua corresse por todo meu corpo, fechei meus olhos e por alguns momentos eu queria dizer a mim mesma para relaxar, mas algo dentro de mim se sentia amedrontada e apavorada, eu me sentia no corpo de outra pessoa, me sentia fora de lugar.

 Sai do chuveiro e vesti minha roupa, me joguei na cama e fiquei olhando o teto, alguns barulhos vinham de fora do quarto, eu não me incomodei com nada disso, deveria haver algo meu por ali, me joguei para fora da cama e entrei no closet, procurei por algum caderno, algum diário algo que tivesse sido escrito por mim.

 Avistei minha mochila de escola e a abri me sentando no chão do closet, ao abri-la eu puxei o caderno e olhei minha letra, folhei algumas folhas até que virei o caderno e olhei a ultima folha, havia letras diferentes, frases de dirigidas a mim, algumas assinaturas entre elas havia 3 de Edward, em uma ele apenas havia escrito “eu te amo, minha bells!” aquilo ficou martelando na minha cabeça, então não havia sido apenas um caso entre eu e Edward, eu só queria saber quão longe tudo isso chegava.

 Voltei para minha cama e me deixei cair nela, me peguei olhando o teto antes de dormi, senti algo em meu corpo, e eu soube que estava sonhando, eu respirei fundo antes de reparar a onde estava.

 Havia uma campina, meu coração bateu descompassado, eu estava assustada, me vi sentando embaixo de uma arvore apavorada, eu não controlava eu mesma, estava implorando para voltar para casa quando ouvi um barulho, assustada levantei a cabeça e vi Edward.

 Eu não ouvi o que Edward me disse, nem o que eu respondi, só me lembro dele passando os braços por meu ombro firmando sua jaqueta ali enquanto em sua outra mão uma lanterna iluminava nosso caminho.

 Acordei suada e olhei em volta, o céu estava começando a clarear, eu dormi por muito tempo, deveria ter dormindo por umas 12 horas, me levantei e tomei uma ducha para tirar o suor do corpo, vestida eu desci as escadas em silêncio não querendo acordar ninguém, achei a cozinha sozinha, eram cinco da manhã e meu estomago roncava de fome.

 Abri a geladeira e encontrei um pedaço de torta, encontrei um garfo na gaveta e me sentei para comer, peguei um copo de suco e estava comendo quando ouvi passos na escada, Alice apareceu na porta da cozinha e tomou um susto ao me ver.

-Desculpe. –Eu disse sorrindo fraco para ela.

-Eu imaginei que você iria acordar faminta e no meio da madrugada. –Ela disse indo até a geladeira. –Você dormiu por muito tempo.

-Estamos falando de hoje ou dos três dias? –Questionei quando ela se sentou a minha frente com um copo de suco e um garfo.

-Dos dois. –Ela disse e enfio o garfo na torta.

-O que faz acordada Alice? –Perguntei.

-Perdi o sono. –Ela deu de ombros.

-Eu estava procurando uma coisa no meu quarto. –Comecei olhando para baixo, sabendo que ela me ouvia. –Algum diário, um caderno de anotações, algo escrito por mim, que contenha algum segredo.

-Você até tinha segredos antes de chegar a essa casa Bella. –Alice disse e eu a olhei nos olhos. –Mas você nunca foi a menina que os escrevia, para você quanto menos falado, menos eles eram reais.

-Mas não á nada escrito, nenhuma lembrança. –Eu disse e passei a mão no cabelo.

-Você deve ter notado as fotos no seu quarto. –Ela disse suspirando. –É assim que você guarda as melhores lembranças, e no seu coração.

-Você me conheceu Alice, por que alguém queria me matar? –Questionei e ela olhou em meus olhos.

-Eu... –Alice começou, mas suspirou. –Desculpa Bella, mas Carlisle disse que não podemos encher você com essas coisas.

-Eu preciso saber. –Eu disse. –Por favor.

 Ouvimos passos e ela se levantou indo lavar seu copo, Esme apareceu na cozinha e sorriu para nós, eu forcei um sorriso para ela.

-Madrugando. –Esme disse para nós duas.

-Acho que dormi de mais. –Eu disse e dei de ombros.

-Vou fazer o café da manhã. –Esme disse mexendo nos armários, eu sai da cozinha e subi para meu quarto, achei um fone e um celular em cima da mesa, desci as escadas com eles e sentei na varanda, coloquei algumas músicas e deixei que aquilo me relaxasse, eu não sei quanto tempo fiquei ali, vendo as arvores e ouvindo música pensando no sonho e no medo.

-Terra chamando Bella. –Alguém puxou meu fone, me virando dei de cara com Emmett.

-Desculpa. –Eu disse tirando o outro.

-O café esta na mesa e todos estão indo comer. –Ele disse e eu me pus de pé.

-Vamos lá. –Respondi e ao chegar a mesa vi Victória sentada lá. –Não sabia que morava aqui também.

-Digamos que era morar aqui ou com a vadia da minha mãe, então. –Ela disse e eu me sentei na única cadeira vazia ao lado de Edward.

-Nem vou perguntar. –Eu disse e ela sorriu docemente para mim.

-Como passou a noite? –Meu pai questionou e eu mordi o lábio inferior e dei de ombros.

-Tive um sonho estranho. –Eu disse e todos se viraram para me olhar.

-Pesadelos? –Edward questionou alarmado.

-Eu não o colocaria nessa categoria. –Eu disse. –Mas também não é o tipo de sonho que você quer voltar a ter, no fim acho que poderia ser uma lembrança.

-Quer nos contar? Talvez possamos confirmar. –Jasper disse.

-Eu quero que vocês comam, quem sabe mais tarde, no fim eu não me lembro muito do sonho. –Eu disse dando de ombros. –Só de uma lanterna e de uma jaqueta sobre meu ombro. –Menti.

 Depois do café eu ajudei Esme a lavar as louças enquanto as meninas tiravam a mesa e Rose secava, ao acabarmos eu sai porta a fora.

Eu andei calmamente por entre as arvores, dentro de mim eu sabia que conhecia aquele caminho, mas na minha cabeça nada se lembrava daquele caminho, quando entrei em um lugar aberto que parecia uma clareira e o sol cortava-a no meio, me lembrei do sonho da noite passada, mas em meu sonho eu não estava sozinha e Edward mantinha seus braços em meu ombro com sua jaqueta, agora era dia no sonho havia sido noite.

-Você quer nos matar de preocupação? -Ouvi a voz de Edward e me virei encontrando seus olhos.

-Como? -Questionei perplexa.

-Bom a alguém lá fora que tentou nos matar, você não se lembra de nada, não sabe em quem pode confiar então não saia sem ser acompanhada. -Edward disse e seu queixo rígido.

-Eu queria seguir meu coração. -Respondi olhando em volta. -Eu já estive aqui antes.

-Sim, uma única vez. -Edward disse e se aproximou.

-Por que? É tão lindo e tranquilo.

-Por que quando esteve aqui era escuro e frio, e estava perdida. -Ele respondeu e se aproximou.

-Você não é meu irmão. -Eu disse e ele sorriu torto.

-Não eu não sou! -Ele deu um passo mais a frente!

-Eu sonhei com isso. –Eu disse e dei de ombros. –Eu queria saber se era uma lembrança.

-Sonhou com o dia que se perdeu? –Ele questionou e tocou meu rosto com as pontas do seu dedo.

-Você me achou. –Eu sussurrei.

-Eu sempre vou te achar. –Ele disse ponto sua mão boa em minha cintura. –Isso é uma promessa.

 Ele se abaixou e tocou seus lábios nos meus, aquilo fez com que um sentimento se revirasse dentro de mim, eu segurei em seu pescoço e permiti que ele aprofundasse o beijo, meu coração palpitando em meu peito, nossos corpos colados, nos separamos por falta de ar.

 Senti uma pontada na cabeça e levei minha mão a ela, se Edward não estivesse me segurando eu havia caído naquele momento, a dor em minha cabeça aumentou e eu tive que me segurar nele, meus dentes em meu lábio inferior contendo o grito de dor.

-Bella. –Ouvi a voz de Edward. –Isabella fala comigo, por favor.

-Minha cabeça. –Eu disse e gritei de dor.

 Me senti sendo levantada e carregada, a dor se intensificou e eu não conseguia firmar meus olhos em nada, eu sabia que Edward estava andando comigo no colo, eu sabia que deveria para-lo por causa do seu braço quebrado, mas eu não conseguia.

-Carlisle. –Edward gritou entrando na casa e me deitando no sofá.

-O que aconteceu? –Pude ouvir a voz de Esme e correria por toda a casa, enquanto eu gemia de dor.

-Eu não sei, ela começou a gritar de dor de cabeça. –Edward disse e em sua voz o desespero era visível.

-Você disse algo a ela? Algo do passado? –Jasper questionou.

-Não, eu só a beijei. –Edward disse se sentindo culpado.

 Ela queimava, eu sabia quem ela era, ela estava queimando, minha irmã estava queimando, policiais, tiros, gritos, eu sendo carregada para fora, enterro, gritos de raiva, medo, medo, a escola, a distância.

-Bella. –Ouvi a voz do meu pai, eu o olhei e lagrimas caíram dos meus olhos, eu me joguei em seus braços enquanto soluços saiam dos meus lábios. –Bells!

-Pai, ela queimou. –Eu só precisei dizer isso para que ele me apertasse em seus braços, eu me soltei dele e corri escada a cima batendo a porta do meu quarto com força, entrei no banheiro a procura de algo, a procura de algo para me aliviar, eu estava fora de mim, quando o corte alcançou meus pulsos, parecia que a dor me trouxe de volta, eu olhei o sangue correndo em minhas mão e cai sentada no chão do banheiro. –Agora você sabe. –Eu disse para mim mesma. –Agora você sabe por que se cortou.

-Isabella. –Ouvi a porta bater aberta e Edward entrou no banheiro, eu não o olhei, ele nada falou apenas me colocou sentada no vaso e esticou meu pulso para a pia, deixou que a agua caísse sobre meu corte, depois pegou o quite de primeiros socorros e enrolou meu pulso, assim que ele terminou eu abaixei o pulso junto ao corpo.

-Me desculpe. –Eu pedi me sentindo fraca.

-Esta tudo bem. –Ele disse.  –Eu só não gosto de imaginar que estamos andando para trás em vez de para frente.

-As vezes precisamos voltar ao passado, para achar o que impede de ir em frente! –Eu sussurrei e ele me olhou nos olhos.

-Onde ouviu isso? –Questionou e eu dei de ombros.

-Veio à mente, por quê? –Questionei.

-Seu pai me disse uma vez antes de te conhecer. –Ele disse e suspirou.

-Talvez esteja impregnado na minha mente. –Respondi e toquei seu rosto tentando suavizar sua expressão.

-Me desculpe, por isso, por não me lembrar. –Eu pedi e encostei minha testa na dele.

-Você pode não saber Bella, mais eu amo você!  -Ele disse e me deu um selinho.

-Sua Bells. –Eu sussurrei e ele riu. –Eu li isso no meu caderno. –Ele assentiu ainda rindo. –Se tem uma coisa que tenho certeza dês do momento em que te vi naquele quarto é que você é a única pessoa que meu coração reconhece.

 Seus lábios estavam nos meus e minhas mãos em seu pescoço, eu puxei seu cabelo vagarosamente, ouvi ele gemer, e acabei gemendo junto, nos separamos por falta de ar e eu me encostei em seu pescoço, eu sabia que ele estava ali pra mim!


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Notas finais do capítulo

Reviews? To merecendo né? Não virem fantasmas please!