Como Matar Chantelle Paige escrita por mikablazt


Capítulo 43
Roleta do Tempo


Notas iniciais do capítulo

galerë, galerë. cadê meus reviews ? :'(
tão sumindo, zentiiii. eu quero mtmtmtmmtmtmt saber o que vocês tão achando. bjs!



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“Queridas Minnie e Delilah,

 

Me desculpe se é precipitado, mas acho que é o mais certo a fazer... D., M. eu tenho algum dinheiro guardado e não estou mais agüentando. Me desculpem! Eu tenho que ir embora, e não quero me despedir pessoalmente porque eu sei que se eu fizer isso, não vou conseguir ir.

Tudo vai ficar melhor sem mim, acreditem.

Minnie, você foi a melhor pessoa que eu podia conhecer, me apoiando sempre e me ajudando, eu te amo muito, amiga. Sempre vou amar.

E Delilah, irmãzinha, eu não sei como vou conseguir viver sem você... sem os seus conselhos, mas espero que bem.

Acabei de chegar do hospital onde a Miranda e a Chantelle estão. Eu conversei com a Miranda, falei com ela, eu disse:

 

“Miranda, ame muito seu filho e tome conta dele com carinho, você merece todo o amor do mundo, e não deixe isso passar, aproveite cada momento possível com o Tom, pra sempre. Eu desejo toda a felicidade pra vocês dois, porque você vai conseguir ser pra ele tudo que eu não consegui e nem pretendo. Só vim aqui dizer, que novamente eu estou tentando sair do caminho de vocês e que dessa vez é definitivo, vou sumir e talvez um dia eu encontre vocês dois, com mais uns três filhos, na capa de alguma revista e tudo mais. Boa sorte, querida, de todo o meu coração!”

 

E na verdade é o que eu sinto... eu quero, de verdade, que eles sejam felizes, porque eu acho que o amor é isso. É você querer que as pessoas felizes acima de tudo, e não quere-las junto de si.

Não vou levar todas as minhas roupas porque ainda nem sei pra onde vou e quero dizer que não pretendo voltar cedo, ou melhor, eu não pretendo voltar nunca, mas acho que vou mandar algumas cartas esporadicamente... talvez.

Me façam um favor, avise para a minha mãe que eu to bem e cuidem bem uma da outra porque eu não vou estar mais aí para fazer isso por vocês... e parem de ser magrelas, estão ouvindo ?

Minha vida não vai ser a mesma sem vocês pra segurar a minha mão, mas Delilah, Minnie, saibam que vocês foram as melhores coisas que já me aconteceram e que o Tom Kaulitz pra mim foi alguém muito especial, mas eu me decepcionei tanto com ele, que passou a ser um fardo. E Delilah, cuida bem do Bill e do Georg e do Gustav, ouviu?

 

Meu amor é incondicional e saibam que em qualquer lugar que eu estiver, vou rezar pra vocês estarem sempre bem.

E eu prometo que se precisar, eu volto por vocês. Por todos.

 

Com muito amor e já com saudades,

 

                                                                                              Jennifer “Twood” Rice

 

PS: vocês são minhas irmãs, não de sangue, mas de coração!”

 

 

Cinco anos se passaram... os cinco anos mais longos que já ocorreram na Terra. Pelo menos pra todos que conviveram com Jenny. Cada ano passou e as coisas mudaram tanto, tanto, tanto, que não se sabe se aquilo foi a pior coisa que aconteceu, ou a melhor coisa que aconteceu....

 

 

-Como assim ela foi embora, Minnie ? – Delilah estava aos prantos quando ela terminou de ler a carta que ela deixara em cima da mesa de centro da sala no envelope com o dinheiro dos meses de aluguel do apartamento e mais alguns trocados.

-Eu não sei! – as lágrimas rolavam pelo rosto das gêmeas Twood incessantemente e os rostos delas estavam vermelhos.

-Como ela pôde abandonar a gente ? como ela pôde ?! – Delilah estava arrasada e a gêmea mais nova abraçou a irmã contendo as lágrimas.

-Ela não nos abandonou, irmã, mas isso foi demais pra ela... tudo. Não é justo que nós a julguemos, porque eu, pelo menos, faria o mesmo no lugar dela. Um dia ela volta, nós ainda vamos ver ela de novo, mas para de chorar, por favor.

-Ela era como uma irmã pra mim, Minnie!

-Pra nós duas! – Minnie corrigiu a irmã. – E ela também pensava assim...

-Ela abandonou a mãe e a irmã, porque não faria o mesmo com a gente?

-Porque aquelas duas não valiam nada. Não é o mesmo com a gente! Ela nos escolheu, sempre ficou do nosso lado, porque seria diferente agora ?

-Porque ela foi embora, Minnie, só por isso! – Delilah não conseguia parar de chorar. – e tudo por culpa daquele merda, do Tom! Eu quero que ele morra !

-Para, Delilah! Vamos falar com o Bill, com o Georg e com o Gusti, tudo bem ? Vamos contar isso pra eles.

-Eles nem conheciam bem a Jenny... e eles tem mais coisas pra se preocupar.

-Tudo bem, o que você quer fazer então ?

-Me deixe terminar de chorar, agora. – Delilah pediu. – E se puder, ligue pra mamãe. Fale com ela que eu não vou trabalhar amanhã... e não sei se vou fazer o casting pro desfile da Anna Bordieu.

-Pode deixar, eu falo com ela. – Minnie franziu os lábios. – Vou te deixar sozinha agora, tá ?

A gêmea mais velha assentiu e baixou a cabeça voltando aos soluços e as lágrimas pela perda da irmã.

 

Triste ?

Bom, pode ficar pior... sempre pode.

 

 

 

 

1 ano depois do sumiço de Jenny

 

 

Um réveillon se passou, um inverno e finalmente um outono, e ela não deu notícias...

-Irmã? – Minnie entrou na sala dela, no estúdio todo branco onde ela tinha suas inspirações. A porta de vidro estava entreaberta e haviam vários mini quadros de fotos em preto e branco na única parede de madeira que ficava atrás dela. A mesa toda bagunçada e o notebook vermelho ligado. Ela estava hiper concentrada desenhando.

-Oi, Minnie. – ela tirou por dois segundos o foco do vestido que desenhava.

A irmã que agora voltara com os cabelos castanhos sentou e observou a gêmea mais velha trabalhar. – Você quer me falar alguma coisa ? – ela riu sem tirar os olhos do desenho que fazia, completamente compenetrada.

-Aham. Só vim avisar que o Georg está aqui... – ela disse acompanhando os traços com os olhos e inclinando a cabeça. Seria aquilo um laço ?

-Ah, deixe-o entrar. – ela sorriu, o que tinha sido uma raridade um pouco mais freqüente nos últimos meses.

Minnie levantou e saiu. Dois segundos depois Georg apareceu na porta.

-Oi, meu amor. – ele sorria.

-Como foi seu dia ? – Delilah levantou pra recebê-lo.

-Bom. – Georg tirou o casaco de couro preto. – os meninos ensaiaram até mais tarde hoje.

-Já descobriu quando a turnê vai começar ? Talvez a gente se encontre em Estolcomo no mês que vem, porque eu estou indo pra lá a trabalho com a minha mãe. Você sabe como são esses desfiles... o Pierre inventou que quer fazer um desfile lá por causa de Minerva Di Padditti e não tem conversa. – ela riu sozinha e Georg fez uma cara de interrogação.

-Eu não conheço nenhum desses. – ele riu.

-É, falei besteira. Me desculpe. – Delilah piscou os dois olhos com força e fez uma careta. Ela estava sentada na mesa, naquele momento um pouco distante dele, mas ele foi até ela e pegou suas mãos. Ele levou as mãos dela até seu rosto e as usou pra se acariciar enquanto fechava os olhos.

-Eu adoro como as suas mãos parecem com esses tecidos... tão lindas e aveludadas e ao mesmo tempo parecem uma seda. Ah, meu amor, você é tão linda. – ele a beijou de leve e eles se abraçaram.

Nesse momento Minnie interrompeu batendo na porta.

-Posso entrar, gente.

-Claro. – os dois pigarrearam se separando.

 

 

-Tom, como foi o ensaio da banda ? – Miranda perguntou quando ele entrou.

-Bom. – ele sentou na cozinha e comeu uma maça. – vim ver o Iwan antes de ir no Bill.

-Ele está no quarto. Dormindo. Mas você pode entrar se quiser.

-É o que eu vou fazer..

-Tudo bem. A Marta fez almoço se você quiser.

-Não, pode deixar. Eu vou comer na casa do Bill daqui a pouco.

-Como foi a mudança ? Como é que tá o apartamento ? Tudo decorado ?

-Ainda não... mas tá quase tudo pronto. Eu vou ajudar ele a cozinhar hoje...

-Tudo bem, então. – ela sorriu.

Ele saiu da cozinha e foi até o quarto de Iwan e ele estava dormindo e era inegavelmente lindo. As bochechas rosadas os cabelos loirinhos e os olhos castanhos escuros combinavam harmoniosamente. Lindo.

Ele fez carinho no bebê e sorriu, mas não era um sorriso de pai e sim um sorriso complacente. Ele fechou os olhos e saiu do quarto.

 

 

Isso é um resumo do primeiro ano depois da ida de Jenny. Tom e Miranda decidiram morar juntos e cuidar do filho, enquanto Tom não resolvia a questão da guarda de Ava e Austin, os gêmeos filhos de Tom. Georg e Delilah começaram a namorar, Minnie conheceu um inglês chamado Adam e os dois estavam se conhecendo melhor.

 

Nenhuma notícia de Jenny.

 

 

 

 

 

2 anos depois do sumiço de Jenny

 

 

-Delilah ? – a voz disse do outro lado da linha.

-Quem é ?

-Sou eu Jessica.

-Oi, Sra. Rice. Como vai ?

-Muito bem, Delilah. Recebeu alguma notícia de Jenny?

-Infelizmente não, Sra.

-Tudo bem. – ela parecia um pouco decepcionada. – liguei pra dizer que o pai dela saiu da cadeia. Achei que você gostaria de saber... e ela também.

-Como ele está ?

-Bem, eu acho. Não me interessa também. – ela disse séria. – se a Jenny ligar ou escrever, não se esqueça de me avisar, querida. Tenho de ir, Georgie está me chamando. Até algum dia, querida.

-Tchau, Sra. Rice.

-Jessica. – ela corrigiu.

Desligaram.

-Quem era, meu amor? – Georg perguntou. Ele estava deitado no sofá assistindo TV.

-Ninguém importante. – ela foi até o sofá e subiu em cima dele com uma caneca de café. – Tenho coisas mais importantes pra fazer. – eles se beijaram.

-SURPRISE! – Minnie entrou na sala e Georg jogou Delilah no chão sem querer.

-Ai, meu deus, meu amor! Você está bem ?

-Vou sobreviver. – ela fuzilou Minnie com os olhos.

-Atrapalho ?

-Não, imagina. – Georg ironizou.

-Tenho uma coisa muito importante pra contar. – ela estava com os braços pra trás, na defensiva e tímida.

-O que é ? – Delilah levantou do chão e sentou no colo de Georg que ficou mexendo no cabelo da namorada.

-Eu vou casaaar! – ela mostrou o anel gigante de brilhantes para a irmã que ficou embasbacada.

-Com o Adam ? – Georg perguntou.

-Óbvio! Com quem mais seria ? – ela riu. – Estou tão feliz!

Delilah bateu em Georg.

-Viu ? Tem que seguir o exemplo dele, cacete!

-Tenho mais uma coisa pra perguntar... – Minnie fez uma pausa – vocês vão no aniversário dos filhos do Tom ?

-Que escolha eu tenho ? Se a Miranda não fosse mulher dele, o Georg já teria entrado na fila a muito tempo, e além disso, esse cavalo é padrinho do filho do Tom com a Miranda...

-Ah, sim. E o Bill ?

-Ele é padrinho do menino da Chanputa. coisa de gêmeo. Vai entender ?

-E o Gustav é padrinho da menina ? – Minnie perguntou.

-Acho que sim, mas que se foda. O que importa é que nós temos que ir, vem com a gente ? – Delilah perguntou.

-Não, não. Vou sair com o Adam amanhã à noite.

-Ah, claro. Comemorar o noivado em grande estilo. – Georg sorriu.

 

No dia seguinte foi a festa. O tema era rock, e todos os três estavam vestidos com camisas de bandas famosas na Alemanha como Nena e Scorpions.

Delilah e Georg chegaram com seus presentes assim como Bill, Gustav e os pais de Tom e Miranda. Chantelle também estava lá, com sua irmã e o pessoal do Flipsyde.

Ficar ali era chato e totalmente desnecessário. Afinal, ninguém estava contente, mas era a vida que cada um estava levando e não havia mais o que fazer.

 

 

 

 

3 anos depois do sumiço de Jenny

 

 

O terceiro ano passou rápido, por causa de todos os acontecimentos. A mãe das gêmeas se aposentou e deixou o ateliê para Delilah e Minnie. A gêmea mais nova se casou e...

 

Bill estava passeando pelas ruas de Hamburgo com seu cachorro (Scotty) às 3 horas da manhã. O que era uma raridade, mas às vezes acontecia, pela insônia que batia. Depois de algumas horas assistindo filmes, ele decidiu que podia colocar um moletom escroto e ir passear com o cachorro. O cabelo estava uma merda e não tinha lua, pois estava encoberta pelas nuvens.

Depois de meia hora com o cachorro, ele decidiu voltar pra casa e quando se virou, se chocou com uma garota.

-Ai. – ela disse quando caiu, mas no mesmo segundo se levantou e voltou a correr.

Bill ficou parado sem entender nada e abaixou pra fazer carinho no cachorro. Alguns minutos depois a menina voltou e estendeu a mão.

-Acho que é o mínimo que eu posso fazer.

Ela o ajudou a levantar.

-Posso saber porque tanta pressa às 3 e meia da manhã ?

-Meu cachorro fugiu.

-Que cachorro ?

E então ele viu uma coisinha mínima que parecia ser um hâmster do lado dela.

-O baby. – ela sorriu. – e o seu cachorro é lindo. – ela abaixou e fez carinho em Scotty.

Pausa constrangedora.

-Bom, eu tenho que ir.

-Não vai. – ele pediu e pigarreou sem graça. – espera. Eu não sei o seu nome.

-Se eu te contar vou ter que te matar... brincadeira. Meu nome é Heidi Louis, muito prazer.

-Meu nome é Bill.

-Eu sei. – ela entortou o sorriso.

-Está quase amanhecendo, quer tomar um café ? – ele fingiu não ouvir.

-Claro. Mas eu to sem dinheiro, vamos deixar pra próxima.

-Que isso. Eu pago.

-Olha, eu sou feminista, e não gosto que homens paguem as minhas contas.

-Mas não é uma conta...

-Desculpa. Não vai rolar... – ela fez uma carta.

-Pelo menos eu posso saber o seu telefone ? – ele sorriu.

-Pode. – ela anotou num pedaço de papel. – Toma. Me liga se quiser. – ela beijou a bochecha dele. – Até.

E desapareceu.

Alguns dias depois eles começaram a sair, e meses depois começaram a namorar.

 

 

As vidas começaram a se estabilizar e Jenny começou a sumir, sumir, sumir...

 

 

-Porque nós não viajamos por uns dias com o Iwan ? – Miranda perguntou. – podemos ir à Itália?

-Tanto faz. Se você quiser ir, a gente vai. – Tom respondeu.

Miranda sentou na cama.

-Tom, até quando isso vai durar ?

-Isso o que ? – ele estava alienado.

-A sua atitude.

-Que atitude ?

-Para de se fazer de imbecil, Tom.

-Isso é uma DR ?

-Não. Uma DR seria discutir relação e nós não temos uma relação pra discutir.

-Ai, deus, vai começar ?

-Tom, a gente precisa conversar. - ela suspirou.

-Fala.

-Ok. – ela fechou os olhos e começou. – Não dá mais pra você ficar pensando na Jenny. Não dá mais pra você ficar nessa esperança de que ela vai voltar pra você, porque ela não vai. Tom, quando ela foi no hospital, pra me ver, ela disse que queria que nós fossemos felizes. Que ela não queria mais saber de você e que ia te esquecer, e me disse pra tentar fazer com que você a esquecesse. Ela não te ama mais, mas você fica nessa... poxa, você tem um filho maravilhoso..

-Três.

-Que seja. Você tem 3 filhos pra cuidar e você não está nem aí... até quando pretende continuar com isso ? seus filhos não vão te amar incondicionalmente pra sempre. Daqui a mais uns 4 anos eles vão perceber o babaca que você foi e vão mandar você se foder. E você está ligando pra isso ? porque eu sinto que é isso que você quer. Você não quer os filhos que tem, a não ser que eles sejam da Jenny e eu acho isso tão triste. O Iwan é um menino lindo, como – tenho que admitir – a Ava e o Austin também são. E você não aproveitou nem um pouco da infância deles. Você não trocou uma fralda, saiu muito poucas vezes pra passear com eles! Tom, eu nunca te vi sentado brincando com o Iwan. O que você espera ? que ele desapareça na sua frente, que não exista mais ? Tom, eu estou surtando e você não está nem aí. Eu desisti de ser modelo que era o meu sonho pra cuidar dessa criança e eu amadureci muito. Deixei de ser arrogante como eu era, e metida e grossa e devo muito disso as palavras que a Jenny me disse. Só que eu quero que você me ame e ame ao seus filhos e se não puder me amar, que ame somente eles, pelo menos. Porque eles não vão ser pequenos pra sempre, e daqui a pouco vão começar a questionar a sua ausência na vida deles. E o que você vai fazer? Dizer que não os quis e que eles foram um erro ?

-Não. – ele disse sem expressão.

-A Chantelle tem me ligado. Ela disse que quer acabar com você e que não vai me deixar em paz. E eu tenho medo, você sabe como ela ficou... a depressão pós parto e aquele novo namorado dela.

-Eu vou falar com ela. Pode deixar..

-Tudo bem. – ela levantou da cama e saiu do quarto.

 

 

-Delilah ? – Georg chegou na casa da namorada com flores.

-Que lindas, meu amor. – ela colocou-as num jarro.

Ele ajoelhou.

-Casa comigo ?

O solitário de ouro branco e rubi quase cegou a gêmea mais velha.

 

 

 

 

4 anos após o sumiço de Jenny...

 

 

-Georg, cunhado! Você está tão lindo! – Minnie disse arrumando a gravata dele, segundos antes da entrada de Delilah na igreja. – Boa sorte!

-Vou precisar. – os olhos dele brilharam.

E então Delilah entrou na igreja com o vestido mais deslumbrante que se pode imaginar. Um vestido branco de camadas com partes em renda e partes em cetim. Um vestido sereia com cauda e mangas bordadas.

A cerimônia foi linda, com a entrada da noiva na 9° sinfonia de Beethoven.

Logo depois da festa eles foram passar uma semana no Taiti, em lua-de-mel.

 

Quando eles voltaram...

 

-Minnie ? O que você tá fazendo aqui ? – Delilah riu.

-Tenho uma notícia pra dar... – ela fez um suspense. – eu estou gráaaavida!

-Nossa, irmã, que bom! Quando você soube?

-Antes do casamento. Uma semana antes, mas você estava tão feliz que eu não quis roubar a atenção pra mim. – ela ficou vermelha e abraçou a irmã.

-Irmã! Você é tão boba! E eu estou tão feliz! Como está o Adam ?

-Ah, bebendo água na sua cozinha. Gatinho, vem aqui!

O branquelo alto de cabelos castanhos apareceu na porta.

-Também fiquei surpreso. – ele disse no sotaque inglês clássico e clichê.

-Vai ser a sua cara, eu espero. – Minnie colocou a mão na barriga.

-Ai, irmã. Tenho que te contar tudo da viagem pro Taiti!

-Eu vou chamar o Bill pra vir pra cá. – Georg gritou para Delilah – e o GUSTAV! Vamos abrir uma cerveja, Adam?

-Claro, claro.

 

[...]

 

-E como foi a lua-de-mel ? – Gustav perguntou.

-Po, aí... acho que realizei todas as minhas fantasias sexuais. – todos riram. – e ainda conheci um dos lugares mais lindos do mundo!

-Nossa. Como se você tivesse prestado atenção. – disse Adam.

-Ei, Bill. – ele jogou uma almofada. – como está o Tom ? e a sua nova namorada ?

Bill sorriu aquele sorriso doce e meigo que só ele sabe fazer quando falou sobre a nova garota dos sonhos:

-A Heidi está ótima, eu conheci os pais dela na semana passada.

-Vocês namoram a um ano e só conheceu os pais dela semana passada ?

-Os pais dela moram na Austrália, Georg. Ela só está aqui pra estudar, morando com a tia Helga num apartamentozinho perto do centro de Hamburg.

-E quando vocês vão casar ? – Georg sorriu, os olhos brilhando.

-Está tão bom assim. Não pretendo casar...

-E isso vindo de você ? O idiota apaixonado ?

-É. Eu sei. – ele ficou vermelho. – mas eu estou meio traumatizado com o que aconteceu com o meu irmão e tudo mais, prefiro não arriscar. Eu e a Heidi estamos tão bem.

-Heidi e Bill. Tom e Miranda. Georg e Delilah. só eu que vou ficar pra titia... – Gustav disse puto da vida.

-Calma Gust. Nós temos ainda muita vida pela frente.. vai que você encontra uma menininha que precise de um baterista alemão que tem asas gays desenhadas nas costas e goste de assistir filmes pornôs. Nós podemos colocar um anúncio no jornal, o que você acha ? – Georg riu.

-Agora que casou ficou engraçadinho também ?

-O que vamos fazer ano que vem, hein ? – Georg perguntou, mudando de assunto.

-Como assim “ano que vem” ? – Bill parecia confuso.

-10 ANOS DE BANDA, PORRA! TEMOS QUE PLANEJAR TUDO!

-Pode crê. 10 anos com vocês de pedra no meu sapato.. temos que fazer uma festa decente. – Bill sorria maquiavelicamente.

-10 anos não é pouca merda, não, né... – Adam se meteu na conversa. – acho que sei o que nós podemos fazer pra agitar essa comemoração.

 

[CONTINUA...]

 


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Notas finais do capítulo

ps: agradecimentos especiais pra Capet Angel e pra todas as minhas assíduas leitoras que me deixam reviews e recomendam minha história. pontinhos para TODAS