Como Matar Chantelle Paige escrita por mikablazt
Notas iniciais do capítulo
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No apartamento de Fergie dois dias depois...
Alguém bateu na porta.
-Já vai. – a loira desceu.
Uma mulher alta escultural estava parada no portal.
-Como vai Miranda ? – Fergie perguntou.
Miranda era uma modelo prodígio. Começou a desfilar com 7 anos pra uma grife de roupas infantis em Massachusetts, quando foi descoberta por um caça-talentos. Ela tinha um cabelo Chanel curto e preto (muito preto) e ela era muito branca, os olhos castanhos, com uma franjinha de criança, e um rosto de mulher. Os traços bem finos e uma boca muito vermelha. Miranda tinha classe, sabia se portar, sabia se maquiar, sabia andar, sabia se vestir e era a acompanhante perfeita pra um guitarrista alemão que gostava de mulheres fatais. ela era simplesmente perfeita.
De dar inveja em qualquer menininha, Miranda vestia um sobretudo vermelho de couro e um vestido de seda pura preto por baixo, quase transparente, se olhasse bem de perto, e um cinto de preto também de verniz com uma fivela gigante. Nos pés ela calçava uma bota até o joelho que deixava as pernas longas e finas. Miranda segurava uma bolsa pequena e preta também, mas com detalhes em prata. A top DEFINITIVAMENTE sabia se vestir.
-Muito bem, Sty. Menos por aquele lance da Betty. Fiquei chateada pro ela ter ido pra Milão no meu lugar...
-Mas você já foi a Milão. – Fergie abriu mais a porta pra que ela entrasse.
-Eu sei que eu já fui. Mas eu sou perfeita pra fazer aquelas fotos, quero ir de novo, é proibido ? – ela tirou um cigarro da bolsa. – tem algo pra beber aí ?
-Só vodka.
-Serve. – ela acendeu o cigarro.
-Meu deus, você vai morrer de cirrose, menina.
-Ai, me deixa. Então, me fala do tal Tom Kaulitz. - pediu se atirando no sofá de forma sexy.
Fergie se sentou perto dela.
-Ele é um deus, muito conhecido pela fama de sempre levar as mulheres pra cama e eu tenho um trabalhinho sujo pra você...
-O que eu tenho que fazer ? – ela perguntou adorando a idéia.
-Você tem que seduzi-lo e fazer com que ele te ame... em sete dias.
No apartamento de Georg...
-A Fergie não ligou mais. – comentou Bill.
-Realmente, mas ela deve estar vendo a garota, como prometeu. – disse Gustav.
-Em falar nisso, eu acho que podíamos aproveitar e ver se ela descola uma pra gente, né ?! – perguntou Georg.
-Idiota. – Macky tacou uma almofada na cara de Georg numa tentativa de calar a boca dele.
-Ah... – ele fez beicinho.
Gust e Bill fizeram uma cara frustrada.
-Vocês acham que o Tom gosta mesmo da Chantelle ? – Georg perguntou.
-Bom, não sei. Bom, não acho que ele ame ela, não. Mas é que a Chantelle é muito oferecida e ele chama de meu amor qualquer uma que possa dar pra ele. Se é que me entendem. - Bill fechou a cara e balançou a cabeça em desaprovação.
-Então o que quer dizer que ele é capaz de se apaixonar de verdade ? – perguntou Gustav.
-Cara, não acho que ele seja capaz de SE APAIXONAR. Até porque isso nunca aconteceu e não sei se vai acontecer agora, mas o que acontece é que ninguém gosta daquela piranha, cópia de camelô da Barbie, sem estilo, com cara de puta, então, a gente tem que tentar fazer alguma coisa.
-Podemos afogar ela na piscina ! – gritou Georg, como sempre inconveniente.
-Não, não. – falou Gustav.
-O meu irmão é um imbecil. Fato. Como ele pode gostar de uma menina pelo corpo dela? Como ele pode ser tão nojento em relação a isso? E como ele pode baixar tanto o nível? Uma coisa é namorar uma garota com cara de piranha, outra é namorar a própria. - Bill sempre se frustrava com isso.
De volta ao apartamento da Fergie...
-Ahh, só isso ? – Miranda perguntou – achei que fosse ser mais difícil.
-Você é mesmo boba. - as duas riram.
Miranda deu outro trago no cigarro e mais um gole na vodka.
-Não. Sou realista. Tenho que ir. – ela se levantou.
-Mas já ? – Fergie idolatrava Miranda.
-Já, a não ser que você tenha uma outra idéia brilhante sobre seduzir guitarristas alemães em que você queira me envolver. Quando nós viajamos ?
-Pra Alemanha ?
-Não, pra Tunísia. – Miranda disse sarcástica.
-Ah. Segunda, sem falta. – Stacy sorriu – Bye, Miranda. – disse abrindo a porta de saída para a garota.
-Bye, Sty! – ela saiu andando.
Miranda saiu do prédio e jogou o resto de cigarro no chão, pisando em cima com a ponta de uma das botas.
Um táxi parou. Ela entrou, já entediada e nem um pouco ansiosa pra Segunda.
No dia seguinte, ainda na casa de Fergie...
A campainha tocou. Stacy estava dormindo ao lado do seu delicioso e gostoso e maravilhoso e sedutor marido.
Ela se levantou e foi até a porta “quem me incomoda a essa hora, seja quem for vai escutar muuuuuito quando eu abrir essa porta !”. Era Jenny. Jenny, a garota chata sem sal de quem Fergie queria distância.
Jenny era o apelido pra Jennifer. Ela era filha pro produtor da banda e trabalhava sempre ajudando o pai e fazendo pequenas tarefas como atualizar o site da banda, levar recados e todas essas coisas que só pessoas de confiança podem fazer.
Ela não era feia, bom, na minha opinião. Na opinião de Fergie ela era abominável. A garota tinha cabelo de miojo, a pele era bem branquinha, como leite, e ela era toda magricela, sem corpo, sem postura, desengonçada, e usava óculos fundo de garrafa com um aro esquisito. Ela tinha olhos muito grandes – pelo menos era a impressão que dava com aqueles óculos horríveis – e o cabelo ficava sempre caindo no olho, parecia que estava sempre sujo e ela não sabia se vestir, usava aquelas roupas largas, como moletons e tênis rasgados, não se maquiava, não usava perfume... qualquer um que olhasse pra ela e visse todo aquele desleixo não podia acreditar que ela era filha de um dos maiores produtores dos EUA.
-O que você quer aqui ? – Fergie era sempre grossa com ela.
-Ah, meu pai pediu pra te mostrar umas fotos da capa do novo CD, ver se você aprova todas, pra ele terminar de editar. e eu trouxe sua revista! - ela sorriu.
Ela estendeu a mão e Jenny entregou o envelope pardo. Fergie puxou com força.
-Da próxima vez, - disse – venha mais tarde. – Fergie bateu a porta na cara dela.
Alguns minutos depois a porta se abriu novamente e Stacy entregou o envelope pra ela.
-Tudo certo. Agora pode sair, por favor ?Eu gostaria de voltar pra minha cama e dormir o resto de tempo que eu ainda tenho.
-Claro. – ela se virou cabisbaixa.
Do rostinho dela brotaram algumas lágrimas de tristeza, assim que Fergie fechou a porta.
Jenny era sempre mal-tratada por todos ali. Ela não gostava daquele mundo, nunca gostou, perdeu sua mãe por causa dele.
Quando a mãe dela, Jessica, conheceu o pai de Jenny, ela era cantora e ele produziu muitos discos dela. Até que um dia ela sofreu um acidente por causa de uma estrada molhada. Estava chuvendo, ela não viu o caminhão e quando viu já era tarde, ela saiu da estrada. Jack só soube da morte um dia depois. Jenny nunca perdoou o pai e ele nunca se perdoou.
Era fato que Jenny não gostava de nada naquele mundo, mas tinha que ajudar o pai, então ela suportava tudo. Ela era muito boa nisso... em suportar.
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