Como Matar Chantelle Paige escrita por mikablazt


Capítulo 37
Alles was ich bin




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Georgina estava sentada na sala assistindo algum episódio da 1° temporada de Glee, e no momento em que iniciou o comercial ela se jogou em cima da mesinha de centro e pegou o móbile phone igual ao do Giorgio Armani. Ela se sentou no sofá e discou o telefone do ex-namorado:

 

-Oi, Bill !

-Oi, Georgina.. – ele respondeu feliz por estar falando com ela.

- Bom, só queria dizer que eu acabei de me mudar, faz... menos de 6 horas.

-Legal, então eu posso ir aí visitar você ? vou levar os G’s e a gente marca alguma coisa.

-Claro !Nós realmente precisamos conversar.. – disse pensando no babado master que era a gravidez da Miranda.

-Ok, então... lá por quarta-feira eu estou passando ai... tenho algumas coisas para te contar...

-Vou ficar esperando. – sorriu.

-Tudo bem, um beijo.

-Outro pra você.

Georgina não comentou nada sobre Bill, nem os outros meninos. Ela queria ver a reação na cara de Jenny quando encontrasse com eles fazendo um lanchinho na sala de jantar, seria no mínimo engraçado.

 

 

No aeroporto...

 

Depois do vigésimo comprimido para dor-de-cabeça, aquele avião finalmente pousou e Tom aliviou suas tensões. (medroso...)

A imagem do negão veio a sua mente com força total e ele se deu dois tapas na cara pra voltar a ser macho. Enfim, logo depois disso ele – camuflado para não ser reconhecido – foi até um orelhão, antes de qualquer coisa e ligou pra Fergie, afinal, o celular dele não tinha sinal fora da Europa...

- Tom ? – ela parecia realmente surpresa.

-É. Fergie, pode me passar o endereço da Jenny ?

-Ér. Claro. – ela passou e ele anotou com precisão até nas vírgulas.

Depois disso, ele pegou as malas e um táxi, direto pro prédio dela.

Entrou no elevador, e ao sair, seu coração disparou e ele pensou em voltar, afinal, não queria levar um fora dela... Tom queria só que ela o aceitasse de volta... ou melhor, não exatamente de volta.

Ele bateu na porta. Sem resposta.

Tentou novamente. Sem resposta.

Esmurrou a porta. Sem resposta.

Será que não tinha ninguém em casa ?

Ele pensou em arrombar, mas desistiu... quando já estava indo pro elevador...

 

-Posso ajudar ? – um menino um pouco mais baixo que ele, que parecia ter uns 16 anos, perguntou.

-Ér, sim, claro... eu queria saber da Jenny.

-Filha do Jack Rice ?

-É. Ela mesma !

-Ahh, ela não mora mais aqui. – disse calmamente.

-Como assim, ela se mudou ? pra onde ela foi ?

-Não sei, não nos falamos a muito tempo...

-Então como você sabe disso ? como tem certeza ? – o coração de Tom estava apertado.

-Quer entrar ? você bebe alguma coisa e eu te conto tudo... pode ser ?

Tom pensou durante dois segundos e decidiu que era o melhor a fazer. Ele cambaleou pra dentro do apartamento e viu uma senhora sentada na frente da TV. Ele foi cumprimentá-la, mas o garoto o impediu.

-Não perca seu tempo. – disse segurando a mão dele. – ela não fala a anos...

Tom assentiu e o menino o guiou pra uma mesa redonda pequena, com quatro cadeiras numa cozinha um tanto apertada. Eles moravam numa casa tipicamente amerciana. Móveis de madeira escura, e o sofá num tom de verde claro simples. A TV era daquelas antigas com um rabo enorme e havia também uma mesinha de centro na sala minúscula.

O garoto pigarreou e Tom se virou pra ele.

-Meu nome é Gregory. Eu tenho 15 anos e moro aqui desde que meus pais se separaram, há alguns anos.

-E como você conhece a Jenny ?

Ele se levantou foi até a geladeira pegou uma garrafa de coca-cola e dois copos.

-Servido ?

Tom assentiu e ele encheu o copo de ambos até a metade.

-A Jenny e eu nos tornamos amigos quando eu me mudei pra cá com a minha mãe, nós discutíamos muito e numa dessas vezes eu saí de casa e fui chorar na escada de incêndio. Jenny nunca usava os elevadores, ela era bem estranha. – riu – então ela me viu lá, sentou do meu lado e conversou comigo por alguns minutos, logo em seguida ela me chamou pra comer algo na casa dela e aí descobri que nós éramos vizinhos. A varanda da sala dela dá pra varanda do meu quarto, então nós criamos o hábito de sentar ali pra conversar... ela era inteligente e gostava de falar de tudo, desde álgebra até a vida da Madonna. – ele bebeu um pouco da coca-cola no copo.

Tom fez que sim com a cabeça e continuou.

-Bom, mas como assim ela se mudou, como você sabe disso ?

-É... nós não nos falamos há muito tempo, eu fui passar um tempo com o meu pai, e bom, não voltei mais porque minha mãe é complicada, e sabe... eu me arrependo muito de não voltar aqui, pela Jenny, entende ? ela era extremamente sozinha, ela era um “patinho feio”, se é que me entende. Eu era a única pessoa que ela podia contar... nem o pai dela... mas voltando a sua pergunta, bom, quando ela voltou de viagem, o pai dela a agrediu e a Jenny teve que ser levada pro hospital, alguns dias depois ela já estava em casa de novo, e ninguém mais soube do pai dela, mas depois, leram no jornal que ele havia sido preso, mas ele já está solto agora... ele está morando numa cobertura chique dessas aí. Bom, a Jenny estava morando aqui com a mãe – que ela nem sabia que estava viva – e uma irmã, que também apareceu do nada. Mas então elas se mudaram... ninguém sabe pra onde, nem de mim ela se despediu.

Tom bebeu o resto da coca-cola e se levantou:

-Obrigado pela sua ajuda... qualquer coisa, pode me procurar, quero dizer, se souber mais alguma coisa da Jenny, ou de onde ela está... – ele anotou o telefone num pedaço de guardanapo e se dirigiu pra porta. Gregory estava logo atrás dele.

-Pode deixar. Qualquer coisa eu ligo. – ele sacudiu o pedaço de papel no ar.

Tom se virou e quando Greg ia fechar a porta ele voltou e perguntou:

-O que você quis dizer com “nem o pai dela...”?

-Ahh, isso... – ele olhou pro chão e em seguida encarou Tom. – é que realmente nunca ninguém gostou da Jenny, sabe ?

-Nem o próprio pai dela ?

-Ninguém..

-Nem você ?

-Olha cara, não me leve a mal, mas é que nós tínhamos uma relação de colegas, só isso... nada muito pessoal, ela era legal e tal, mas nada além disso. O que eu quero dizer é que ninguém nunca amou a Jenny sabe ? como pai, mãe, namorados... ela não teve nada disso, e ela não me falou nada, eu mesmo via. O pai dela tratava ela pior do que o cachorro que eles tinham, a mãe dela, pelo que contam, nem quis saber dela quando a garota nasceu, na escola, ninguém era amigo dela e porra, eu te admiro muito por você ter vindo de tão longe pra procurar por ela, porque é óbvio que você não é daqui... seja o que for que ela represente pra você... você tem a sua mamãe e o seu papai te esperando em casa quando você está muito bêbado pra conseguir abrir a porta do seu apartamento, mas ela nunca teve isso... – Greg fechou a porta e Tom desceu para pegar um táxi.

 

 

Bem perto dali...

 

Miranda estava num engarrafamento filho da puta, e foi um sacrifício pra chegar em casa, mas ela conseguiu. Finalmente. Quando ela entrou viu a secretária piscando e decidiu pelo menos uma vez na vida ouvir um recado antes de apagar:

 

“Você ligou pra mim, e por mais que eu não esteja nem um pouco interessada no que você vai me dizer, você pode deixar o recado depois do bep, você sabe o que fazer...

Beeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeep”

 

-Mi, sou eu, Fergie !Tenho duas bombas pra você. Bomba 1 – recebi o resultado do seu exame e você está sim, grávida. E... bomba número dois... adivinha quem está em Nova York ?..............................................- pausa enorme – TOM KAULITZ !

 

Miranda ficou boquiaberta, perplexa, roxa e tudo o que ela poderia ficar...

GRÁVIDA ?

TOM KAULITZ EM NOVA YORK ?

 

Mal digeriu as idéias e ela já tinha um plano... ela pegou o casaco que acabara de pendurar e entrou no carro.


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