Fucking Deads escrita por Coralino


Capítulo 11
Lágrimas pelo passado


Notas iniciais do capítulo

Õ/ Estou de volta, yay, para um novo capítulo. Por favor, se vocês notarem algum erro ortográfico, me avise se possível. Muito obrigado a quem tá acompanhando a fic, ou quem ainda tá chegando lá -assim espero- hahahaha.



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O sol estava quase se pondo, estava sereno. Todos tomaram banhos e colocaram roupas normais que encontraram em vários lugares do prédio, os garotos cozinhavam na churrasqueira que levaram para o terraço. O prédio estava escuro, sem energia, era extremamente arriscado sair para procurar Alice e Caio.

O cheiro de carne assada fez os estômagos roncarem. As duas arqueiras escovavam os cabelos uma da outra revezando o pente.

–Podíamos morar aqui. – Emily disse com seus olhos brilhando com a ideia de ter um local permanente e seguro para morar.

–É, se for seguro, ficaremos. –Respondeu Annie, para todos no local.

Os garotos assentiram.

–Vamos dar uma olhada na entrada do prédio amanhã, provavelmente está fácil para qualquer ‘’sobrevivente’’ desconhecido entre. – Indicou Jake.

Jake parou para pensar no que disse, e lembrou-se que esse detalhe causou a morte de seu melhor amigo.

–Estamos ficando sem flechas. – Disse Annie, enquanto sua irmã terminava de trançar seu cabelo. Os cabelos loiros de Annie, recém-escovados e trançado fez Jake olhar constantemente para a amiga.

Maya se manteve quieta, mais do que o normal, longe do resto das pessoas. A ruiva olhava constantemente para a porta do terraço.

Emily olhou para Maya e logo em seguida olhou para sua irmã com sinal de preocupação.

–Ela vai ficar bem – Contou a arqueira sorrindo.

Houve mais um momento de silêncio, todos estavam preocupados de certa forma. A porta do terraço se abriu e o grupo se virou imediatamente para o barulho. Caio entrou no lugar, sua calça estava manchada e seu tênis ganhou a cor de vermelho escuro. Em seus dedos fechados com força na mão estava uma corrente dourada e fios de cabelo ruivos ondulados.

Logo em seguida Alice entrou, seus cabelos cacheados estavam bagunçados, e seu rosto estava manchado de sangue. A jovem estava com o olhar sombrio, seus olhos fixaram em Maya.

–Explique-se! – Gritou Caio irritado, ele estava diferente, não era mais o mesmo naquele momento. Seu olhar era como se fosse matar qualquer um que se colocasse a frente dele.

Maya arregalou os olhos, e se levantou dando alguns passos pra trás.

Todos se assustaram com os dois, Jake pensou em tentar acalmar Caio, mas parecia algo impossível naquele momento.

Maya Pov. ON

Eu e meus amigos escapamos da escola no dia da infecção, vimos nossos amigos morrerem, alguns pais também. A primeira noite foi difícil, corremos de um lugar para outro, o tempo inteiro, e perdemos dois amigos, agora éramos apenas cinco pessoas. Pela manhã, encontramos esse prédio, já havia sido evacuado e estava praticamente vazio, sem errantes.

Era eu, meus dois amigos, e minhas duas amigas. Nós corremos para lacrar o lugar por completo, mas parece que eles só estavam esperando nós terminamos o serviço, para bater em nossas cabeças e nos apagarem.

Quando acordei, vi um grupo de adultos, de mais ou menos seis pessoas.

O líder deles abusou da minha amiga em segredo, ela perdeu as esperanças, e não disse mais nenhuma palavra depois de ter sido jogada no quarto escuro que estávamos presos. O namorado dela, a abraçou e tentou anima-la, mas ela estava em choque, não moveu nenhum músculo depois do ocorrido.

Jenny, a mais esperta do grupo, de olhos azuis e cabelos escuros, se mantiveram firme, e não desistiu. Jack, o cara que tinha uma queda visível por ela, tentava desamarra-la, porém não adiantou depois que fomos revistados.

Colocaram-nos amarrados com cordas, em cinco cadeiras, o local era escuro, e difícil de enxergar.

Estávamos perdidos, arrebentados, fracos. Jenny perdeu a esperança depois de três horas.

Eu chorei por algum tempo, olhei em volta, procurando qualquer coisa que me oferecesse forças, qualquer coisa que pudesse me manter firme até que pudéssemos escapar.

Fechei meus olhos e abri várias vezes, imaginando como seria bom acordar na cama e poder rir de mim mesma por ser apenas um pesadelo, mas eu sabia que era realidade. Olhei para os cantos e avistei um quadro. O quadro de uma linda moça, estendendo sua mão direita em direção ao céu. Movimentei-me com frequência, meus amigos choravam, estava paralisados, eu só queria sair de lá.

A cadeira caiu, me fazendo bater a cabeça, fiz força para manter meus olhos abertos, e girei meus pulsos na corda que me amarrava, soltei as cordas que prendiam meu pé que por sinal estavam frouxas. Levantei-me com muita dor, e chutei o quadro, espalhando cacos para todo o cômodo. Por um momento achei que havia alguém chegando. Jenny soltou as cordas da perna e pegou um caco.

Nos duas começamos a rasgar a corda, nossos dedos estavam cortados, e o sangue sujou os cacos e a corda. Jenny deixou o caco cair e soltou um leve grito, e o pegou novamente. Quando eu finalmente consegui me soltar, a porta se abriu, um homem entrou então Jenny, tentou correr para fora. No mesmo momento a jovem foi colocada no ombro do homem forte como uma menina que fazia birra, o homem pareceu não me notar, então tentei correr para fora.

Jenny segurou no meu cabelo, e o homem me notou. Fiz força para frente com o meu corpo, e cachos do meu cabelo foram arrancado. Minha cabeça ardeu. Hesitei na hora de sair, Jack me olhou decepcionado. Fechei os olhos e corri para fora do prédio, chegando à saída, vi que ela estava sendo revistada. Corri para o último andar, fraca, me sentei no chão próximo á porta do terraço, e apaguei. Quando acordei ouvi barulhos.

Recém-chegados, sobreviventes fortes. A minha chance de sobrevivência, minha chance de talvez um dia se tornar forte estava do outro lado da porta. Entrei, e improvisei.

Maya Pov. OFF

Todos encararam Maya, perplexos. Caio havia mudado de expressão, ele jogou o colar no chão e se sentou ao lado de Jake, dobrou os joelhos e fechou o rosto com os braços. Alice encarou Maya, com novas lágrimas no rosto.

–Eu não queria! Eu não tive escolha! – Disse Maya. Começou a explicar, mas parou depois de ver os olhares dos outros.

Kátia e Annie fizeram um mesmo olhar sobre Maya, o de desprezo. A jovem ruiva arregalou os olhos mais uma vez, imaginou que iriam prendê-la. Emily colocou o rosto no braço da irmã e abraçou, emocionada.

No momento em que John se levantou, Maya quase desmaiou, sentiu uma dor no estômago.

–Ela vai ficar? – Perguntou o loiro cruzando os braços.

–Você é uma fraca. – Disse Alice limpando as lágrimas. – Por mim ela é bem vinda.

–Nada contra. – Comentou Caio limpando os óculos ‘’não vale a pena, chorar pelo leite derramado’’.

–Não acho que você vá repetir esse fato com a gente. – Disse Kátia com um olhar sombrio.

–Não mesmo! – Gritou Maya assustada.

Annie deu uma risada leve. Emily sorriu.

–Vamos comemorar com as barras de chocolate que eu achei! – Disse Jake levantando as mãos para o alto.

Todos riram, e comeram as barras, depois da historia o grupo manteve mais atenção nas ruas e na porta, fazendo turnos de três pessoas para cuidarem do local durante a noite.


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Notas finais do capítulo

Ei ei, gostam? Sim? Não esqueça do belo review que estarei esperando hahahaha e até o próximo capítulo. Ah, mais uma coisa, quase esqueço, uma das minhas melhores leitoras, batmina, faz uma fic muito boaa de apocalipse zumbi também, se possível, ou se tiverem interesse, leiam http://fanfiction.com.br/historia/312082/Sangue_nas_Maos_Zumbis_na_Terra/