O Som do Coração escrita por Lauren Reynolds


Capítulo 59
A Little Angel


Notas iniciais do capítulo


Oi galera leitora!

E aí, como tem passado? Passando aqui para deixar o típico: Comentem se não eu não posto e um beijinho.
Kiss



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Capítulo 59 – A Little Angel

POV da Bella

O tempo era uma coisa realmente incrível, passava tão rapidamente que somente hoje, fui me dar conta que eu já estava com oito meses e três semanas de gestação. Dentro de um mês e sete dias, minha filhinha iria finalmente vir ao mundo. Edward havia saído com Jasper e Emmett para fazer algumas compras, enquanto eu fiquei ajudando minha mãe com o almoço – aniversário – surpresa de Esme.

- Nossa! – Exclamei. 0 Não sabia que minhas costas iam doer tanto...

- É assim mesmo... – Minha mãe murmurou sorrindo.

- Pois é, não riam... vocês estão na mesma situação que eu. – Mostrei a língua para Rose e Alice.

- Desculpe, mas é que é engraçado... – Alice riu mais.

- Olá minhas queridas! – Meu pai apareceu na cozinha e deu um beijo no rosto de Alice, Rose e Eu; e logo em seguida, um selinho em minha mãe. – Como vão minhas netas?

- Dando muita dor nas costas...

- Chutando... –Rose riu.

- Pulando. – Alice riu mais alto.

- Puxou para você, vai ser a mini pulguinha da família.

- Não chama ela de pulguinha... – Allie fez uma cara feia.

Nós ficamos arrumando alguns detalhes para o dia seguinte, até que Edward e seus irmãos chegaram. Eles vieram direto até a cozinha e nos deram um beijo. Fiquei sentada numa cadeira dobrando alguns guardanapos que minha mãe insistia em usar, Edward ficou ao meu lado. Emmett brincava com uma mecha do longo cabelo loiro de Rosalie e Jasper servia um copo de suco para a fadinha.

- Eu já volto. – Falei.

Me levantei cadeira, passei pela sala e fui em direção as escadas. Olhei para cima e depois estiquei um pouco minhas costas, então, fui até o corrimão e comecei a subir. Essa seria uma das milhões de vezes que eu ia ao banheiro em um dia. Meus pés iam rápidos – na medida do possível – até que senti tudo a minha volta girar. Minha vista ficou borrada e tudo escureceu.

[...]

POV do Edward

- Que barulho foi esse? – Emmett perguntou.

- AHHHH!!! – Houve um grito. – DONAA HELENAAAA!!!!!

A empregada entrou na cozinha, derrubando a bandeja de prata que segurava, causando um tilintar ecoante e irritante. Ela arfava continuadamente e estava branca, branca feito um fantasma.

- O que houve? - Helena perguntou curiosa.

- Aconteceu alguma coisa. – Alice disse séria.

- A Be-bel-laa-a... ca-c-ai-d-a nan-na es-c-aca-dd-a-da. – Ela gaguejou.

As palavras ecoaram na minha cabeça. Bella caída na escada. Então corri. Bati algumas portas, empurrei sem querer alguns móveis e então vi minha Bella caída no pé da escada, seus cabelos jogados por cima do rosto, um de seus braços em volto a sua barriga enorme e suas pernas de lado.

- Oh meu Deus!!!! – Helena agachou-se.

- Rápido, liguem para o papai! – Gritei.

Joguei o celular em direção á Emmett. Rosalie tentava acalmar Alice, levando-a para fora. Tirei o cabelo do rosto de Bella e vi sua expressão calma, ela parecia dormir como um anjo.

Minutos – longos e intermináveis minutos – depois, meu pai e Nicholas chegaram com uma ambulância. Um colar cervical foi colocado no pescoço de Bella e então meu pai e dois enfermeiros a colocaram por sobre uma maca. Entrei na ambulância com Helena, e Nicholas ficara para tentar acalmar suas filhas. O motorista dirigia rápido entres os carros com a sirene ligada.

- Como ela está? – Ela estava sentada ao meu lado, enxugando suas lágrimas.

- Nenhum problema com a parte cervical, aparentemente não houve danos... – Meu pai a examinava rapidamente. – Mas iremos fazer exames para saber, mas receio que ela tenha quebrado duas costelas.

- Como está... mi-minha fi-filha, pai? – Gaguejei.

- Não posso dizer muito, Edward, sem fazer exames é impossível dizer. – meu pai murmurou.

Quando chegamos ao hospital, a maca com Bella foi levada para lugares onde não poderíamos entrar. Nicholas, Alice, Rosalie, Emmett, Jasper e minha mãe chegaram logo em seguida á nós. Helena correu e abraçou seu marido e então desabou em chorar. Minha mãe veio me abraçar, então eu deixei que as lágrimas corressem, manchando sua blusa; ela apenas acariciava minha nuca, tentando me confortar.

Anywhere - Evanescence

- O... que vai... acontecer agora... – Alice disse baixinho.

- Não sei, All. – Rose murmurou. – Vamos ter que esperar e torcer.

- Tenho medo do que ele possa vir nos falar. – Murmurei.

- Vamos te dar toda a força brow, ela... – Emmett disse baixinho. – elaS vão ficar bem.

- Eu as amo demais e demorei muito tempo para descobrir que Bella era a pessoa da minha vida... eu... eu... – Desabei no pequeno sofá.

Fiquei ali sentado, pedindo a Deus que pudesse salvar as duas pessoas mais importantes para mim. O torpor invadiu meu corpo, coloquei minhas mãos em meu rosto e apoiei no joelho. Não sei quando tempo fiquei ali, daquele jeito e nem sei quanto tempo se passou, e, muito menos, o que se passava a minha volta. Minha cabeça girava e eu tentava me manter são, mas estava difícil.

- Edward...  – Jazz colocou uma mão em meu ombro, depois de um tempo.

- Então, Carlisle? – Nicholas perguntou.

Meu pai suspirou.

- Tenho notícias boas e ruins. – Ele falou. – Nós tivemos que fazer o parto de sua filha, Edward.

- Oh meu Deus! – Alice exclamou.

- E então? – Perguntei.

- Ela está na incubadora agora, passa bem. – Ele sorriu.

- Graças a Deus! – Helena exclamou.

- E Bella?

- Com relação a ela, já não posso dizer o mesmo. – Meu pai encarou-nos.

- O que houve com ela? Como ela está? – Perguntei.

- Ela está estável, mas com a queda, sofreu traumatismo craniano leve.

- A... Bellinha está... estável. Mas você não disse quando íamos poder vê-la. – Alice disse baixinho.

- Bem, receio que não posso, nem tenho, outra forma de lhes dizer isso. – Meu pai encarou-me. – Sinto muito Edward. Sinto muito a todos vocês, em dizer-lhes isso assim, mas a Bella entrou num estado de coma. Se não tivéssemos feito o parto de sua filha a tempo, receio que ela poderia acabar morrendo.

O pânico tomou conta de mim, embora eu não estivesse demonstrando isso claramente. Senti meu coração disparar e as lágrimas vieram novamente ao meu rosto. Rose e Alice me abraçaram, depois Emmett e Jasper nos abraçaram também. Ninguém mais ali se continha – exceto Nicholas e meu pai -, minha mãe abraçou Helena e chorou junto com ela.

- E, existe previsão para que ela saia do coma, pai? – Jazz perguntou.

- Pode ser em um dia, um mês... um ano... – Eu entendi o que ele quis dizer. Talvez ela saísse, talvez ela não saísse. Talvez Bella se tornasse apenas um corpo, vegetando com a ajuda de aparelhos.

- Eu só queria que nós tivéssemos felizes... – Rosálie murmurou. – Eu só queria minha irmã e minha sobrinha bem. Porque tudo isso?!! – Rose falou alto.

- Ursinha... – Emmett abraçou-a.

- Existe algum propósito por trás?! – Alice sentou-se no sofá e colocou as mãos no rosto.

- Talvez... bem eu não sou o tipo que acredita nisso, mas sei lá. – Emmett murmurou. – Talvez exista um propósito maior para ela, do que nesta vida...

- Que propósito! – gritei, agarrando Emmett pela gola da blusa. – Que proposto seria esse?? Do que viver aqui, com a família dela. Feliz!!!

- meu filho, se acalme, não quero ter que sedá-lo. – Meu pai me alertou. – Lembre-se de quem você é.

- Com licença... – Uma enfermeira chamou-nos. – Dr. Cullen, ela já foi movida para a CTI. Continua estável.

- Obrigada Jay. – Meu pai murmurou. – Venham, vou levá-los até a maternidade. Não poderão pegá-la ainda, só depois que ela realmente estiver bem.

- Helen... – Murmurei. – Minha filha...

Acompanhei ao lado da minha mãe o caminho entre os corredores brancos, nós descemos por um elevador, e chegamos na ala da maternidade. Uma lágrima escorreu pelo meu rosto, ao ver um casal saindo. A mulher tinha seu bebe nos braços e era amparada pelo marido. Aquela cena, poderia nunca acontecer... mas tudo isso se esvaiu da minha mente ao ver uma enfermeira apontando para a incubadora.

Eu podia ver uma criança, com ralos cabelos castanhos, dormindo tranquilamente. A pele dela era exatamente como a de Bella, levemente pálida, mas ainda tinha um lindo rubor. Aquele pequeno anjo, me fez lembrar que eu ainda tinha esperanças. Que nem tudo estava perdido, por mais que a situação não fosse das melhores. Então eu sorri.


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Notas finais do capítulo

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