O Som do Coração escrita por Lauren Reynolds


Capítulo 44
O Transplante


Notas iniciais do capítulo

Galera! Sorry pelo sumiço desses três dias, mas estou com minhas duas últimas semanas de aula e tenho um munndo de coisa para arrumar antes que as férias cheguem ¬¬ Então, paciencia. Well, curtam o capítulo! Beijinhooos!



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POV de Edward

A correria havia começado novamente. O Dr. Yablonski e meu pai correram com a maca de Bella para a UTI e a enfermeira me guiou até uma outra sala, onde eu deveria trocar de roupa e fazer a devida higienização. Quando saí de lá, fui levado imediatamente até o quarto da UTI onde minha Bella estava. Os aparelhos bipavam frenéticamente, até que foram ajustados; meu pai aplicava alguns medicamentos diretamente na veia de Bella e a colocava em um outro respirador – mais potente, suponho.

Quando entrei, eu a vi. Bella já era outra pessoa, totalmente diferente de quando a conheci. Sempre que e via suas olheiras roxas, eu achava estranho – desde quando ela passava mal -, mas agora, era pior. Foi só quando vislumbrei seu corpo sendo coberto pelo cobertor, que eu realmente notei as mudanças.

Ela estava magra, havia emagrecido tanto, que seus olhos ficavam relativamente fundos; sua mão ficava mais fina e tremula. Sem contar que ela tinha dois meio círculos roxos em baixo dos olhos, era a pior coisa que via. Bella naquele estado, definhando.

- Filho, deite-se aqui. – Meu pai pediu.

- Nós aplicamos alguns medicamentos na Bella que reduzem drásticamente a produção de sangue no corpo dela. – Andy explicou-me, quando percebeu meu olhar curioso. – Ela vai estar em sono profundo, para evitar que algo dê errado.

- E nós vamos fazer punções, retiradas, de células medulares suas de ossos da bacia. – Meu pai explicou. – Isso vai durar uns noventa minutos, mais ou menos.

- Você não poderá dormir, querido. – Jay, ajustou alguns aparelhos ao meu lado.

Então eu me deitei de lado na cama. Um enorme aparelho foi colocado entre mim e Bella, pelo jeito, era aquele aparelho que iria levar meu sangue a ela. Dados mais alguns ajustes, meu pai começou a arrumar a agulha que ficaria em mim.

- Nós tiraremos cerca de 15 ml por kilo seu, depois, você irá ficar internado, junto com a Bella. Para evitar contagio de qualquer infecção. – Andy falou.

- Tudo bem. – Assenti.

Eu comecei a sentir a agulha sendo enfiada em mim. Não sei descrever exatamente minha dor, eu sei que ali havia uma agulha que retirava meu sangue. Mas era para a melhor causa, salvar Bella. Logo ela já estaria recebendo minhas células e, de uma forma bem otimista, quando melhorasse, nós seríamos mais que um simples casal. Nós seríamos bem mais unidos que qualquer casal de namorados, nós seríamos unidos por um amontoado de células medulares.

Algum tempo depois...

Eu estava ficando sonolento, não sei ao certo quanto tempo passou, mas se eu enxergava direito, haviam se passado trinta minutos desde que comecei. Do lado de fora, eu via minha família me olhando. Somente Jay e o Dr. Andy ficaram no quarto nos monitorando, meu pai tinha sido chamado para uma emergência.

Mudei – lentamente – minha cabeça de posição e olhei para o grande aparelho que estava entre nossas camas. O pequeno tubo que saía da minha agulha, estava vermelho, meu sangue já estava passando por ali. E, ao ver minimamente do tubo que estava ligado a Bella, tive uma sensação de alegria e satisfação.

No momento em que olhei para o tubo, meu sangue estava chegando ao corpo dela. Era aquilo que me motivava a continuar ali, sem contar que a própria Bella era minha motivação.

No vidro, minha mãe e Helena estavam abraçadas, chorando – compulsivamente -, certamente elas viram o mesmo que eu.

Sessenta minutos depois...

- Edward, filho? – Era a voz do meu pai.

- Hum...? – Resmunguei, eu havia dormido. – Eu dormi.

- Sim, filho, isso é normal. Você está sonolento por causa do metabolismo baixo. – Ele sorriu. – Vim avisar que iremos tirar a agulha de você. Bella recebeu satisfatóriamente suas células.

- Isso é... obrigada pai, não sabe como isso me deixa feliz. Ela está bem? – Perguntei.

- Sim, temos que esperar para ver como ela irá reagir quando a proliferação voltar com força total. Mas de início, está tudo bem com ela.

- De todos os meus transplantes, esse caso é o mais grave que cheguei a presenciar, Edward. – Andy falou-me. – Minha assistente me falou sobre a família dela na internet, eu fiquei surpreso com tal fato.

- Sim, acredite, nós também. – Eu sorri.

- Pronto. Agora durma. Daqui a algumas horas, quando acordar, vai se sentir melhor e traremos algo para você comer. – Jay avisou.

Era bom poder voltar a deitar direito na cama, parecia que um lado inteiro do meu corpo estava dormente. Depois de poucos minutos, o sono veio rápido.

POV da Autora

Fora do quarto da UTI, a movimentação era grande. Houve uma emergência que Carlisle tinha atendido, então algumas pessoas passavam por aquele espaço, sem esquecer de que duas família inteiras estavam ali.

- Então? – Angie perguntou.

- Edward acabou o processo de doação, Bella está recendo satisfatóriamente as células medulares dele. – Carlisle falava.

- Quando a Bellinha vai ter alta? – Alice perguntou.

- No estado em que Bella está e, como será pós-transplante, ela terá de ficar alguns dias internada. Assim ela se recupera totalmente e não corre risco de pegar qualquer infecção.

- E o Edward, querido? – Esme perguntou.

- Ele está bem. Apenas vai dormir agora e ficar em processo de recuperação, até que não tenha riscos de contágio. – Ele voltou a falar.

- Agora que Bella recebeu a medula, é ainda imprescindível, que ela fique aqui. As células do Edward que estão nela, precisam fazer o reconhecimento do corpo e, algumas vezes, essas células não tem a mesma memória, digamos assim, que as outras. Então por isso o risco é maior. – Andy parou ao lado de Carlisle. – Bella está bem debilitada, se tudo ocorrer bem, ela não demorará a sair daqui.

- Isso é bom. Fico tão feliz! – Rose abraçou Emmett.

- Ela ainda terá que continuar se trantando, pelo menos por algumas semanas ou até um mês, para garantia. – Carlisle falou. – Esme, querida, leve todos até nossa casa e os acomode. Está quase amanhecendo.

- Nicholas, Helen. – Esme chamou-os. – Querem ir conosco?

- Não precisa, eu não pretendo dirigir. Um motorista virá nos buscar. Meninas, vêm conosco? – Nicholas perguntou.

- Claro, pai. – Rose sorriu. – Ursinho, nos vemos mais tarde.

- Certo, durma tranqüila, Ursinha, a Bella ficará bem. – Emmett falou. Era incrível ver Emmett falando algo tão sério, mas, acreditem meus caros leitores, ele tem seus momentos de sabedoria.

- Fadinha, você também, durma, coma algo. Bella não irá gostar de te ver nesse estado. – Jasper deu-lhe um beijo singelo.

- Boa noite, Jazz. Durma bem. Obrigado por ficar aqui comigo.

- Vocês são nossa família também. – Ele sorriu. – Até mais tarde, Helena, Nicholas. Bem, Angie. Nos vemos depois.

- Até mais. – Os dois disseram juntos.

- Trarei uma roupa para você e para Edward querido. – Esme deu-lhe um beijo, se despediu de Andy e Jay, então seguiu com seus filhos.

- Andy, precisa de algo? – Helena perguntou.

- Não, trouxe minha mala. Minha assistente chegará em algumas horas. – Ele sorriu. – Obrigado.

- Bom, estamos indo. Mais tarde voltaremos. – Nicholas se despediu e guiou sua esposa e filhas para o carro.

- Sr. Hale? – O Motorista perguntou.

- Sim?

- E como Bella está?

- Se recuperando, ela ficará mais algum tempo aqui, mas está indo bem. – Nicholas respondeu gentilmente. – Obrigado por vir, Carl. Acordamos você.

- Imagina. Vocês estão péssimos. Melhor que durmam no banco de trás do que no volante. – Ele sorriu.

Dentro do carro, Alice encostou no ombro de Rosalie, Helena no de Nicholas e eles dormiram um pouco até que chegassem em casa. No carro de Esme, Emmett dirigia cuidadosamente, Jasper estava no banco de trás com sua mãe. Já Ângela e Ben, decidiram ir para seu apartamento – sim, eles estavam temporariamente em Londres. Mas todos eles estavam exaustos.


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Notas finais do capítulo

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