O Som do Coração escrita por Lauren Reynolds


Capítulo 14
This moment, is perfect.


Notas iniciais do capítulo

I'm back, my readers. E ai, tudo bem com vocês?

*O título do capítulo refere-se a música "Innocence" da Avril Laving. A música tem um trecho que diz: "This moment, is perfect. Please don't go away." (Este momento é perfeito. Por favor, não vá embora.)

*O meu tempo está ficando curto gente, então, se eud emorar, por favor, não me matem ok?

Beijoo e boa leitura!



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POV de Bella

Edward se aproximou de mim, nossas mãos se tocaram. Um arrepio percorreu todo meu corpo, um choque, para ser mais exata.
Eu parei e percebi que Edward me encarava, os olhos dele brilhavam. Brilhavam como eu nunca tinha visto antes, seria isso um sinal? Um sinal vindo de algum lugar, me avisando que algo estaria par acontecer?

- Bella. - Ele murmurou meu nome, como um instrumento toca uma nota aguda. E nossos olhares se cruzaram novamente.

Eu voltei minha atenção para Edward, que agora me olhava. Nossos olhares se encontraram e, percebi um brilho diferente no olhar dele. A mão dele ainda segurava a minha, de forma bem leve, mas ainda estava ali.

- Sim, Edward. - Disse num sussurro.

Ele não falou nada, apenas continuou andando e abriu a porta do carona para que eu entrasse. Eu não era boa com essa coisa toda de emoções e de conseguir saber quando é que alguém está sentindo o que, mas de uma coisa eu tinha certeza. Edward sentia o mesmo que eu.

- O que você quer? - perguntei. - Você está diferente...

- Queria apenas conversar com você... sim, me sinto diferente hoje, se é isto que você quer dizer... - Ele ligou o carro e seguiu nossos pais. - Mas você também está diferente, em algum sentido.

- O que... - mordi a língua. O que quer que fosse o significado desse diferente, o mesmo se aplicava a ele.

- Você cantou muito bem, não sabia que cantava. - Ele lembrou.

- Obrigada.

- Você toca piano muito bem, também. -Falei. - Sua música era... não sei como descrever... Mas me fazia sentir-me bem.

- Oh, - Ele murmurou. Eu abaixei minha cabeça, tenho certeza que eu estava corada. - a sua também. Eu não sei se você sente o mesmo que eu.

- Como assim? - Perguntei e só depois me dei conta que já estávamos no estacionamento do restaurante.

- Bom, quando ouvi você cantando, me senti como se sua música me chamasse, se é que me entende... - Edward parou o carro e virou um pouco de lado no banco do motorista.

- De onde conseguiu compor uma música tão linda como aquela? - Tornei a perguntar. - Sua música também me fazia sentir-me bem.

- Eu... estava pensando em uma pessoa durante o dia e... ela me inspirou. - Edward murmurou.

- Oh. - Certamente ele estaria pensando em alguma possível namorada ou, quem sabe em Tanya. - Essa pessoa tem muita sorte. Ela sabe que essa música foi inspirada nela?

- Vai saber...

- Não entendi. - eu disse.

POV de Edward

- Eu estava... pensando em... você, Bella. - Falei.

Bella abaixou a cabeça, seu rosto ficou violentamente vermelho. Era difícil saber o que ela estava pensando naquele momento, mas era mais difícil ainda saber como ela iria reagir e – também -, na verdade, pior ainda, era difícil eu conseguir ordenar meus pensamentos.

- Em que você está pensando? – Perguntei. Ela ergueu a cabeça vagarosamente.

- Não sei nem o que pensar. – Os olhos cor de chocolate relampejaram e eu pude ver que ela se entristeceu de alguma forma.

-Não fique triste. – Coloquei minha mão sob seu rosto. – Do que tem medo?

-De gostar de você e depois me arrepender. – Então era isso.

-Você gosta de mim? – Bella e eu nos encaramos.

-Gosto. – Ela disse, quase inaudível. – E você?

-Gosto. – Já era suficiente eu saber que nosso sentimento era mútuo, por mais que eu não a conhecesse há tanto tempo, meu coração ficava feliz sabendo que Bella também gostava de mim. – Vamos?

Me levantei e abri a porta do lado dela. Todos já estavam no restaurante, só faltavam nós dois. Estendi minha mão para que ela se segurasse, se toque era quente, sua pele era macia. Ela me olhou com um sorriso fraco nos lábios, mas ainda sim, um sorriso.

Ela saiu do carro e continuou segurando minha mão, eu fechei a porá e nós andamos em direção ao restaurante. Bella estava silenciosa, eu não gostava daquilo. Eu queria poder falar mais, perguntar e saber mais sobre ela, mas aquele silencio parecia uma névoa pesada que não queria se dissipar tão facilmente.

-Eles estão juntos em uma mesa... – Ela murmurou. – O que eles...

-Não se preocupe. – Eu soltei a mão dela. – Vamos?

Nós andamos até a mesa em que estavam meus pais, irmãos, pais de Bella, seus amigos e irmãs. A conversa fluía animada, Carlisle estava se entendendo – o que parece – muito bem com o pai de Bella, Jasper estava sentado ao lado de Alice e ambos conversavam. Emmett e Rosalie também estavam juntos.

- Ei! Finalmente hein, brow! – Emmett ergueu sua mão e falou alto.

-Seu irmão é um tanto... – Bella murmurou.

- Palhaço. – Completei.

- Filha, - a mãe de Bella chamou-a – agora que está aqui, posso elogiar você pela sua apresentação.

- Helena tem razão. – Nicholas disse. – Foi linda. Aquela música que você tocou... a letra é bem bonita. – Bella voltou a corar.

-Obrigada pai. Obrigada mãe.

- É incrível, se me permite dizer, eu li no jornal sobre vocês, como foi que você os encontrou, Bella? – Minha mãe perguntou.

- Na verdade, foi Angie que acabou encontrando meus pais para mim.

- Foi um... acaso. – Ângela complementou. – Eu estava indo ao cartório para terminar de vender o apartamento da Bella lá em Phoenix. Então, precise da certidão de nascimento dela, mas só então me toquei que eu não tinha. – Ângela suspirou. – Então eu fui ao cartório que Bella havia me indicado e lá, eles não acharam o registro original, então acabei chegando até um orfanato... e por fim, descobri um endereço.

- Daí, a Angie passou o endereço para a Bella, nós fomos com ela lá...e nossa, imaginem a surpresa, nós estávamos em frente nossa casa. – Rosalie riu.

- Minha irmã! – Alice abraçou Bella.

- É uma história linda! – Minha mãe falou. – Foi tudo tão... aiai.

Conversa vai, conversa vem, acabamos por esquecermos de comer. Até que Emmett se pronunciou e chamou o garçom. Em meio a comida, meu irmão voltou a chamar a atenção.

- Tenho um pronunciamento a fazer. – Ele disse sério.

- Diga, filho. – Meu pai falou.

- Senhor Nicholas, senhora Helena. – Ele falou. – Eu gostaria de dizer que...

- Emmett, fala logo. – Alice cutucou.

- Quero namorar sua filha Rosalie! – Ele soltou.

- Oh, querido! – Minha mãe falou.

- Mas é claro que você pode namora-la, Emmett! – Nicholas riu.

POV de Bella

- Bella, - Edward me chamou. – posso lhe mostrar um lugar?

Eu olhei para minha mãe e meu pai, que assentiram. Emmett deu um pequeno soco no braço de Edward e Jasper disse algo que não entendi. Alice, bom, ela era um caso a parte. Me olhava daquele jeito, sim, aquele sorriso de quem diz “eu sei o que vai acontecer”. Mas, eu sou retardada demais para perceber essas coisas, então, ignorei-a.

-  Bella, nos vemos amanhã. – Angie falou.

- Até amanhã Bella! – Ben acenou.

-  Nós também vamos dar uma volta. – Eu ouvi Emmett e Jasper falarem ao mesmo tempo. – Alice, Rose.

-  Vamos Angie! Bem! – Elas chamaram. Assim, somente nossos pais ficaram por lá.

Quando saímos do restaurante, Edward pegou na minha mão e me guiou até o carro. Nós entramos e ele dirigiu.

- Onde estamos indo?

- Espere... e verá. – Edward sorriu torto.

O que foi aquilo? Meu coração acelerou e minha cabeça ficou totalmente descoordenada – não que eu fosse alguém com a mente tão certa assim. Minha respiração acelerou drasticamente, tudo por causa de um sorriso? Não, não um sorriso qualquer. O sorriso torto dele.

- Em que você está pensando? – Edward me tirou dos meus pensamentos.

- Nada.

-  Você está vermelha. Está pensando...

- Não! – Cortei-o. – Não estou pensando besteiras. Apenas... – Edward continuava a me olhar com um sorriso torto. – Apenas tentando ordenar minha mente, você me deixa atordoada.

- Desculpe, não era minha intenção. – Ele falou, também ficando corado. – Venha.

Edward saiu do carro e depois abriu a porta do meu lado. Ele estendeu sua mão para que eu a pegasse. Quando olhei a minha volta, estávamos em um pequeno coreto, num pracinha que ficava a beira de um lago. O lago era negro e dava para ver o reflexo que as estrelas deixavam.

As árvores chacoalhavam por causa do vento, o céu também estava negro – assim como o lago -, mas tinha pontos brilhantes, parecidos com diamantes.

- É lindo! – Falei num sopro.

-  Eu venho aqui, quando quero pensar. – Ele falou.

- Em quê quer pensar agora?

- Em você. – Edward falou baixo. Meu coração disparou. Eu o vi corar. – Eu gosto de você, Bella.

- ... – Não sabia o que dizer. Alias, o que dizer a um cara que se declarou num lugar lindo e maravilhoso, mas quando você tem receio de que algo possa dar errado.

Edward se virou para mim, e pegou em meu rosto novamente. Os olhos verdes me encaravam com uma força inimaginável, era impossível desviar meu olhar do dele. Mas era impossível também, eu negar que não gostava dele.

- Você não gosta de mim. – Ele falou desapontado.

-  Não, eu gosto de você. – Desmenti. – Acho que até mais do que eu deveria, na verdade, acho que gosto muito de você.

-  Sinto como se você fosse algo que eu estivesse sempre procurando, Bella. – Edward sentia exatamente o mesmo que eu. Um buraco aberto no meio do peito, esperando para ser preenchido por um sentimento desconhecido.

- Eu sinto o mesmo.

-  Então fico feliz. – Ele se aproximou de mim. – O que você sente agora?

- Sinto... surpresa, alegria... me sinto completa.

- Exatamente como eu me sinto. – Edward sussurrou. – Posso te beijar?

Eu apenas assenti. Ele se aproximou de mim e nossos lábios se tocaram. Era como se tudo girasse ao meu redor, como se eu estivesse voando, mas sem sair do lugar. Era o melhor sentimento, era o momento perfeito e eu não queria que acabasse.

Cheguei a pensar se eu estava realmente sonhando, mas era tudo bom demais para um sonho. Aquilo era a mais pura realidade e eu tinha certeza, porque eu sentia meu coração bater mais forte. O antigo buraco foi preenchido, não sumiu, mas estava lá, coberto por um sentimento do qual eu me deliciava.

- Eu estive procurando por isso a muito tempo. – murmurei.

- Acredite, eu também estava. – Ele falou, e me abraçou. – Posso saber uma coisa?

- Depende. – Eu ri. – O que?

- Sua música, o que inspirou a escreve-la? – Quando ele perguntou eu fiquei corada.

- Eu estava pensando em quando saí de Phoenix e em tudo que já passei aqui em Londres... – Murmurei. – Também pensei em você.

- Que bom. – Edward voltou a me beijar. Não preciso dizer que eu voltei a voar e a sentir meu coração palpitar largamente. Aquela era a minha melhor noite, de toda a minha vida. E isso era um fato, porque eu me sentia completa ali, com ele.


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Notas finais do capítulo

Comentem personee's. E muito obrigada por lerem e terem paciencia comigo.

Beijoo :)



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