72ª Edição Dos Jogos Vorazes escrita por Iven


Capítulo 3
Despedidas - Distrito 1




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/360227/chapter/3

Ponto de vista: Jen

Jen ainda não conseguia acreditar no que estava acontecendo. Ela havia sido sorteada! Finalmente era sua chance!

Ela já estava em pé no palco, ao lado de Effie Trinket, mas se mantia surpresa, chocada. Queria muito saber quem seria seu colega de Distrito naquele momento.

-Michael Thompson! -anunciou Effie.

Ah Deus! Pobre garotinho, apenas 12 anos de idade, e estava visivelmente apavorado. Jen gostaria de poder ajudá-lo, mas qualquer ajuda estava fora de seu alcance. Então concluiu que faria o necessário para ajudá-lo. Daria conselhos, o treinaria, e protegeria na arena.

Mas então houve algo que ela não havia previsto. Uma voz soou em algum lugar dali.

-Eu me ofereço como Tributo.

Jen ergueu o olhar e viu de quem tinha vindo essa voz. Estava parado de pé um garoto loiro, com mais ou menos uns 17 anos, e com olhos azuis. Ele havia acabado de se voluntariar no lugar de Michael, que foi rapidamente se sentar, parando apenas para agradecer o garoto.

Ponto de vista: Peter

Peter tinha feito o que planejava. Havia acabado de se oferecer como Tributo. Acabou de salvar Michael. Assim que as palavras foram ditas, o garoto virou-se e voltou rapidamente ao seu lugar, mas antes, parou e o fitou com admiração.

-Muito o-obrigado...

-Não há de quê. -Peter sorriu.

E então, Michael Thompson voltou ao seu lugar, fazendo com que o local ficasse totalmente silencioso.

-Pois bem, -disse Effie- suba aqui, querido.

Ele virou-se e foi até o corredor, por onde seguiu até o palco e subiu as escadas em silêncio.

-Qual o seu nome? -perguntou Effie em um tom educado.

-Peter West -ele respondeu.

-Bom, foi muita coragem fazer o que fez. -ela então virou-se para o público e disse em tom alto e alegre- Senhoras e senhores, os Tributos do Distrito 1!

Ponto de vista: Jen

"Senhoras e senhores, os Tributos do Distrito 1!" Essas palavras não saíam da mente de Jen. Ela estava sentada no sofá da sala do Edifício de Justiça, reservada para Tributos. Esperando que sua família fosse se despedir. Era uma sensação estranha, seu estômago se revirava. Ela então se perguntou se o tal Peter se sentia da mesma forma. Não, pensou ela, é óbvio que não! Ele deve estar orgulhoso, cheio de coragem. Não deve estar se sentindo diferente do normal.

Aquele foi realmente um dia muito exaustivo, e surpreendente. O que haveria a partir de agora?

Estava lá, pensando, quando a porta se abriu e seus pais entraram. O pai, orgulhoso. A mãe, emotiva.

-Filha, estou muito orgulhoso de você! -seu pai sorria.

-Muito obrigada, pai.

-Querida -sua mãe correu e a abraçou- parabéns, é sua chance! Estou tão feliz!

-Ah, mãe, não chore! -Jen a acalmou- Está bem? Vai dar tudo certo!

-Bom -interveio o pai- lembre-se de tudo, preocupe-se em descobrir o que é ou não venenoso, não esqueça as armadilhas, treine todos os dias com o arco, e faça aliança com os mais fortes.

-Claro, eu farei. Prometo.

-Muito bem.

O momento se seguiu com abraços e choro, até que entrou um Pacificador.

-Senhores, o tempo acabou.

-Claro. Vamos, querida?

A mãe de Jen dava o último abraço na filha.

-T-tudo bem. Vamos.

E então, assim que eles se retiraram em silêncio da sala, o Pacificador fechou a porta. Deixando Jen sozinha novamente, deixando-a sem ação. O que fazer além de ficar lá até que a hora chegasse? O que fazer além de pensar o que haveria daqui por diante?

Ponto de vista: Peter

Nervosismo. Essa era a palavra que descrevia o que Peter sentia naquele momento. Seus dedos inquietos batiam no sofá da sala em que estava. Sentia-se, de certa forma, tenso.
Era óbvio que a garota, Jennyffer, não se sentia assim. Ele tinha visto como ela tinha subido confiante no palco. Com certeza ela lutava bem. Será que tanto quanto Peter?

Era sobre isso que ele refletia quando a porta se abriu.

-Seja breve.  -disse a voz grave de um Pacificador.

Sua mãe entrou desesperada na sala.

-Peter! -ela o abraçou, irrompendo em lágrimas- Estou muito orgulhosa de você! Seu pai também está...

-Estaria -corrigiu Peter- se não fosse um idiota maníaco por trabalho. Mas não quero falar disso.

-Ah, claro... -ela suspirou- Bom, de todo jeito, lembra-se de tudo que aprendeu?

-Sim, senhora. -ele respondeu- Lembro de tudo.

Ela sorriu

Ótimo. Tenho certeza de que vai dar tudo certo.

Ficaram ali, conversando e se abraçando. Até que a porta se abriu e um Pacificador entrou.

-O tempo acabou, senhora.

-Está bem. -ela caminhou vagarosamente até a porta, então parou no meio do caminho, levou os três dedos médios da mão esquerda aos lábios, e os ergueu na direção do filho.

Peter então correu na direção da mãe, e a abraçou.

-Eu te amo. -disse ele.

-Também te amo, querido. -respondeu ela- Boa sorte.

E então saiu. Peter estava sozinho de novo, perdido em pensamentos, imaginando a Arena, e como seriam os outros tributos.

Então a porta se abriu novamente, e entrou uma mulher incomum com vestido e cabelos em um tom de rosa berrante.

-Vamos, querido. -Disse ela naquele sotaque ridículo da Capital- Está na hora.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "72ª Edição Dos Jogos Vorazes" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.