A Mordida escrita por Kennedy Lopes


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Vou começar pedindo mts desculpas a vcs por demorar tanto é prq tive mts problemas esses tempos imagina uma pessoa lascada eu tava bem pior mas agr passou e consegui fazer e ta ai espero q gostem...



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  ___Mãe!!! Já estou indo. –Grito para minha mãe que está no quarto do andar de cima.

  ___Vai com Deus, meu filho!!! E juízo, ta? –Grita a minha mãe de volta.

  ___Amém e pode deixar! –Respondo gritando e saio.

  Hoje é sexta de tarde e já faz uma semana depois que tudo da festa, a semana exceto a segunda foi tranqüila como sempre, não é muito comum acontecer algo em Tywood City. É isso mesmo Tywood City que foi o nome dado a cidade pelos fundadores dela a não sei quantos anos atrás e é a mistura dos dois nomes dos seus filhos, Tyger e Woodler que por sinal muito estranhos mais na época coisa normal e assim formou o nome mais estranho de cidade que já vi.

  Eu estou com uma mochila onde contém algumas peças de roupa, escova de dentes, creme dental e dinheiro é claro. Mas para quê essas coisas? Simples a mãe do Renner me convidou para passar o final de semana na casa de campo deles que fica depois da saída da cidade, não sei o local exato mas ele me disse que é um pouco isolado. Estou a caminho da casa do Renner que é perto de onde estou, tanto que já vejo a mãe dele colocando as coisas no carro lá na garagem e o Renner na porta onde começa a fazer gestos para que eu possa ir mais rápido , começo a correr e logo chego ao meu destino.

  ___Está pronto? –Pergunta.

  ___Estou. A viagem vai demorar? –Respondo e Pergunto.

  ___Não. Ainda a tarde nós chegamos lá. –Responde a mãe dele que se direciona na nossa direção.

  ___Oi senhora Filler! –Cumprimento a mãe do Renner.

  ___Me chame de senhorita Áurea! –Fala rindo e jogando o cabelo.

  ___Não liga Trevor, ela é assim mesmo! –Diz o Renner.

  ___É um prazer muito grande finalmente te conhecer, senhorita Áurea. –Falo.

  ___É eu sei todos falam isso de mim. –Fala ainda rindo.

  ___Quando eu estava em sua casa a senhora não se encontrava então não deu para nos conhecer formalmente. –Digo com meu estilo nerd particular para esses momentos mais vergonhosos para mim.

  ___Eu ainda estou terminando de resolver algumas pendências da mudança. –Explica a mãe do Renner.

  ___E onde...

  ___Vamos embora se não nós só chegamos amanhã e ainda temos que arrumar os quartos e essas coisas. –Me interrompe o Renner antes que eu possa perguntar a mãe dele onde eles moravam, o que já está me deixando enlouquecido.

  Durante a viagem, conversa, histórias e piadas hilárias da mãe do Renner que realmente é muito animada e engraçada, e por causa disso decido que eu não vou nem tocar no assunto da outra cidade para não estragar isso tudo.

  Estamos perto da entrada do sitio e já consigo ver a casa que é perfeita, estilo cabana antiga, coisa rústica, dois andares e uma varanda espaçosa com um enorme jardim na frente e nos lados da casa.

  ___Pronto chegamos! Não falei que a viagem era rápida. –Diz a mãe do Renner.

  ___E como eu te falei um pouco mais de uma hora de viagem. –Completa o Renner saindo do quarto.

  ___É foi rápido mesmo. –Falo observando o local.

  O sitio em si é lindo, mas tem algumas coisas que para mim é um pouco perturbadoras o que me deixa um pouco pensativo. O sitio é rodeado por uma floresta escura com galhos retorcidos típico de filmes de terror, em frente a casa tem um lago pelo o que parece normal e um pouco mais distante um celeiro ou algo do tipo mas o que está de paisagem atrás é o que mais me deixa curioso uma espécie de mina ou caverna isolada mas completamente limpa como se estivesse sido a frente varrida ou usada.

  ___Vamos entrar porque daqui a pouco vai escurecer! –Diz o Renner.

  Balanço a cabeça em concordância e pego minha mochila e uma das caixas para ajudar. Estou entrando na casa e ela com certeza tem uma decoração incrível, na sala uma lareira, um candelabro e muitas coisas de madeira e barro, sofás, quadros, mesa de centro, vasos. Subo as escadas e reparo em cima da porta do quarto o símbolo do cordão do Renner, entro no quarto e ele é bem grande com duas camas já prontas e limpas o que me faz pensar que a mãe do Renner esteve aqui antes de nós, em cima de uma das camas contém uma caixa de madeira decorada com símbolos que não conheço e com o mesmo símbolo do cordão e da porta.

  ___O que é isto Trevor? –Pergunta o Renner entrando no quarto.

  ___Não sei, já estava ai. –Repondo colocando minhas coisas em cima da outra cama.

  ___Tem uma carta escrita o meu nome no envelope. –Me diz mostrando seu nome no pedaço de papel onde está:”Para Renner; do Vovô”.

  ___Lê o que está escrito. –Falo.

  ___”Meu querido neto Renner, se não estou te entregando isso pessoalmente é porque provavelmente não consegui sobreviver para ver você finalmente se tornar o homem que eu e seu pai fomos, te deixo este presente que no momento não fará muito sentido para você, mas quando a sua mãe te encaminhar e te explicar a sua missão como protetor e você  decidir seguir os passos da família você finalmente entenderá o que significa tudo isso, espero que você se lembre de todas aquelas historias que eu te contava pois quero que saiba que todas elas era verdadeiras e logo você irá entrar nelas e fará parte delas criando-se assim as suas próprias. Com amor Vovô!”. –Lê ele com muita atenção todas aquelas palavras que para mim não fazem nenhum sentido e que seu avô havia escrito.

  ___O que tem na caixa? –Pergunto enquanto ele a abre.

  Ele fica olhando-a fixamente em silêncio como se estivesse tentando lembrar de onde tinha visto aquilo, enquanto fico parado do lado da outra cama apenas observando e tentando entender tudo o que está acontecendo naquele quarto.

  ___É um amuleto. –Ele fala e olha para o que ele está usando.

  ___Igual ao que você tem? –Pergunto sem entender porque alguém daria o mesmo símbolo em um cordão.

  ___Não, esse é diferente. –Ele fica encarando o amuleto.

  ___Você já viu ele antes? –Pergunto.

  ___Acho que meu pai tinha um desse como meu avô também tinha. –Responde agora olhando para mim.

  ___Então deve ser tipo jóia de família. –Comento.

  ___Meninos o lanche está pronto. –Diz a mãe do Renner.

  ___Mãe, você sabia? –Pergunta o Renner.

  ___Ah você já encontrou! Sim eu sabia mas essa não é a hora certa para falarmos sobre isso, deixe você ficar mais velho. –Diz ela entrando no quarto e se aproximando de mim.

  ___Eu vou descer para lanchar assim vocês podem conversar. –Digo e me retiro do quarto.

  Prefiro ficar na cozinha do que ficar no meio de um assunto de família que deve ser particular pelo jeito que a mãe dele me olhava, não entendo como um presente pode trazer tanta confusão e mistério sendo que não contem nada de mais tirando a carta do avô do Renner que realmente estava muito estranha com toda aquela historia de assumir a sua missão e entrar nos negócios da família, o que ele queria dizer com isso e porque trazer o Renner até aqui só para entregar isso se eles poderiam muito bem entregar na cidade? Essas são perguntas que as respostas não me dizem respeito mesmo que sejam misteriosas eu não devo me envolver nos segredos alheios, quer dizer todos temos segredos não é?

  Estou perto da porta dos fundos localizada na cozinha comendo um sanduíche e tomando um suco natural de laranja que a mãe do Renner preparou para esperarmos o jantar que ela ainda vai fazer... O que foi aquilo?! Acabo de ver alguém ou algo correndo no meio da floresta, o que seria?, um cervo? Mas é normal ter cervos por essas bandas?

  ___O que foi Trevor? –Pergunta o Renner que tinha acabado de descer.

  ___Nada. –Respondo mas minha cara de assustado com acabei de ver não nega que tenha algo.

  ___Você viu alguma coisa? Parece que viu um fantasma? –Diz ele.

  ___Eu vi alguma coisa correndo na floresta. –Falo.

  ___O que exatamente você viu Trevor? –Pergunta a mãe do Renner.

  ___Algo grande é só isso que posso dizer porque nem eu sei o que vi. –Digo sentando na mesa.

  ___Deve ser sua imaginação. –Diz o Renner.

  ___É pode ser. –Concordo com ele e observo a mãe do Renner.

  ___Não era para ele estar aqui, não era, não era. –Murmura a senhora Filler andando de um lado para o outro.

  ___Quem não era para estar aqui, mãe? –Pergunta o Renner se aproximando da mãe dele.

  ___Me desculpa te envolver nisso tudo Trevor, mas já que você está aqui também terá que ajudar. –Fala a senhora Filler para mim.

  ___Ajudar com o que? –Perguntamos juntos.

  ___Você terá que prometer que levará esse segredo para o túmulo. –Continua ela.

  ___Que segredo? –Pergunto assustado.

  ___Promete? –Fala ela.

  ___Prometo é claro. –Respondo.

  ___Renner aquilo lá na floresta que o Trevor viu, você pode até não acreditar mas era..., não sei como te dizer isso, aquilo era um lobisomem. –Com estas palavras gelo todo por começar a achar que estou no meio de um bando de loucos ou de uma louca, só a mãe dele.

  ___Ah, mãe! Você fez isso tudo só para tentar nos assustar. –Diz o Renner rindo.

  ___É claro que não Renner ou você acha que iria perder meu tempo para ficar fazendo brincadeirinha idiotas com vocês. –Fala com raiva.

  ___Então isso existe mesmo? Não é só uma lenda? –Pergunto assustado com esse momento macabro.

  ___Existe e está aqui conosco. –Responde ela olhando para a floresta.

  ___E o que nós vamos fazer? –Pergunta o Renner.

  ___Infelizmente nada, se ao menos... –Começa a senhora Filler mas não termina.

  ___Se ao menos o que, mãe? –Pergunta.

  ___Nada, esquece! Tranque todas as portas e as janelas porque amanhã iremos embora mas hoje não podemos sair. –Diz.

  ___Mas os lobisomens não deveriam se transformar só em noite de lua cheia? –Questiono.

  ___Isso é só para quem não consegue se controlar e aquele lá fora consegue, é muito forte e ainda por cima deve estar com muita fome para se arriscar a se transformar a essa hora. –Comenta ela observando que o céu não escureceu completamente.

  Todos subimos para os nossos quartos, a casa já está trancada e eu não estou entendo essa história, para mim até algumas horas atrás lobisomens só era uma lenda estúpida inventada por algum idiota sem o que fazer agora a lenda se torna real e pior ainda um pesadelo. Passo a noite toda na minha cama lembrando como o Renner conseguiu ficar tão calmo diante dessa situação, penso também o que seria esse suspense todo que ronda a família dele e como vim parar no meio dessa bagunça?

  Acordo porque já está de manhã, acho que peguei no sono ao meio de tantas perguntas e me lembrando disso, será que aquilo foi só um pesadelo? Me levanto e observo que a cama do Renner está vazia e arrumada, vou no banheiro, escovo os dentes e tomo um banho, troco de roupa e desço para tomar o meu café.

  ___E aí Trevor! Dormiu bem? –Pergunta o Renner animado, o que me faz pensar mais uma vez que a situação de ontem foi só a minha imaginação.

  ___Sei lá! Tive um pesadelo estranho pelo menos acho que foi um pesadelo. –Falo.

  ___Muito real, não é? Eu sei como é! Mas também você dormiu muito cedo. –Diz enquanto passa a manteiga em um pão de forma.

  ___Que horas que eu dormir? –Pergunto sem entender o que ele diz.

  ___Logo depois que achei o presente do meu avô, aí você deitou e apagou. –Fala dando uma mordida no pão que está parecendo delicioso.

  Então quer dizer que tudo foi só um pesadelo muito sinistro? Então nada daquilo foi real? Minha cabeça está explodindo e decido esquecer tudo e encarar essa mesa de café da manhã.

  ___Depois do café, vamos nadar? –Chama o Renner.

  ___Vamos! Agora sim uma coisa que eu gosto de fazer. –Falo rindo.

  Passou o dia com a gente revezando em nadar no lago e jogar no videogame que o Renner já deixa aqui, está na hora de voltar para casa, já arrumei minhas coisas e a mãe do Renner está preparando o carro.

  ___Vamos! –Grita o Renner.

  Renner e eu entramos no carro e como estamos cansados tiramos um cochilo durante a viagem.

  ___Acorda seus preguiçosos! –Fala a mãe do Renner.

  ___Já chegamos? –Pergunta o Renner.

  ___Já! –Responde.

  ___Obrigado senhora Filler foi bem legal o passeio. –Agradeço saindo do carro.

  ___Pode deixar que quando formos de novo te chamamos. –Responde ela.

  ___Vou ficar esperando. –Falo rindo e me despeço dos dois.

  Estou a caminho de casa, não parece mais a viagem foi cansativa.

  ___Mãe, cheguei! –Grito quando abro a porta e vou direto para a cozinha.

  ___O que ele está fazendo aqui? –Pergunto para a minha mãe quando vejo o Luke sentado na mesa.

  ___”Ele” é o mais novo membro dessa casa. –Fala minha mãe com raiva pelo jeito que eu falei e meu mundo desmorona.


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Notas finais do capítulo

Oi gente e ai gostaram me mandem reviews para eu saber e me digam neles o que voces acham do Luke indo morar na casa do Trevor?