Cinquenta Sombras Para Sempre? escrita por LuísaM


Capítulo 1
Para sempre...talvez


Notas iniciais do capítulo

Acho que ficou bom para começar a minha carreira no nyah XD
Escolhi uma parte do livro Cinquenta Sombras Livres pois acho que ela deveria ter feito mais.
Boa leitura



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Onde andaria ele? O meu marido a pessoa que mais amava neste tinha acabado de me gritar e abandonar com um bebé? Quem é que neste mundo pensaria que o maravilhoso Christian Grey seria capaz de tal coisa. Queria chorar, queria desaparecer e chorar!
Deixara-me há mais de três horas, sem nenhuma mensagem, sem nada que me garantisse que estava bem, que iria voltar.
Quando voltasse iria obrigar-me a abortar? Abandonar-me? Espancar-me? Iria rejeitar um filho sangue do seu sangue?
Ele devia-me isto. Devia-me ajudar, devia desejar esta criança. Sempre fiz tudo por ele, sempre me rendi às suas fantasias sadomasoquistas, sempre fiz tudo o que ele queria, nunca recusei nada que ele me ordenava
Ordenar, palavra interessante deveras. Ela empregada dele, não sua esposa, não passava disso! Isto era amar? Ele precisava realmente disto?
Ana, Ana, onde vieste tu parar? Estás grávida, rodeada de tudo o que não precisas à espera de um homem que não te quer, que não perguntou como te sentias, um homem egoísta que até agora só quis saber do seu prazer e te tratou como um objecto sexual.
Feliz? Muito.
Porque não podia ter ficado feliz, abraçar-me, beijar-me fazer mil e um planos sobre a nossa vida. Desejar uma princesa ou um campeão. Porque não podia ele ser normal?
Quem seria eu capaz de deixar para trás: um homem, que apesar de tudo, amava ou um filho que me iria idolatrar, acarinhar, ficar comigo para o resto da minha vida? Uma criança que me iria amar a mime ao pai dele.
Onde andaria o meu marido? Sinceramente não queria saber, tinha medo de saber isso. Só o queria saudável em casa, só queria que, por magia, viesse a correr e me beijasse me pedisse perdão, sorrisse.
Acorda! Devia deixar os romances de lado e encarar a vida real porque de romance e fantasia a minha vida não tinha nada. A não o amor, o carinho e a adoração que ambos nutríamos um pelo outro. Ah! Como amava aquele homem!
Adverso não? Primeiro revolto-me, digo tudo de mal mas concluo que ele me ama de uma maneira muito esquisita. Nem eu sei quando estou a ser amada ou quando estou a ser apenas um objecto sexual.
Levo as mãos à minha barriga. Meu bebé seria lindo, iria nascer quer ele quisesse quer não. Tinha de admitir os seus erros. Abanei a cabeça incrédula.
Erros? Este bebé não era um erro era uma dádiva, erro era o Christian, ele e o seu medo. Ele era um adulto e eu precisava de um marido de vinte e oito anos não de uma criança! Pensado positivo: ao menos treinava para o futuro do meu bebé.
No fundo estava felicíssima por estar grávida. Era inacreditável que alguém estava a crescer dentro de mim. Seria uma boa mãe, dedicada e amaria sempre o meu filho. Se o Christian o recusasse trataria de arranjar outro pai para o meu menino. Seria assim. Iria escolher a criança indefesa, meu fruto.
Um barulho despertou! Já mais faltava esta! O meu marido que devotava ódio a viciados estava bêbedo! Lindo de ser ver!
A mamã entra em acção e ajuda-o. Sempre a apoiá-lo quando ele não o soube fazer a mim.
-Por favor Christian colabora comigo. pedi enquanto lhe desabotoava as calças.
-Só se me deixar recompensar esta ajudar. sorriu perversamente e deixou-se cair na cama.
-Não. Só vais ter alguma coisa quando tomares um banho e um café. avisei-o debatendo-me com a sua roupa.
-Oh. disse e caiu de cansado.
Bufei zangada. Não queria que isto tivesse acabado assim mas já adivinhava a discussão que teríamos amanhã.
Depois de o meu marido aconchegado na cama e a ressonar levemente recolhi as suas roupas e, sem intenção, o seu Blackberry caiu do casaco. Ao pegar neste, desbloqueou-o e fiquei reticente. Olhei o meu marido adormecido.
Ele sabia tudo sobre mim, controlava os meus passos, a minha conta bancária até os meus ciclos menstruais! Porque não tinha eu o direito de saber o que ele tinha andado a fazer. Queria saber onde ele tinha estado e como ficou assim.
Sentei-me no sofá e estanquei. Mesmo por cima da minha mensagem a última coisa que queria ver. A última mesmo.
Então era assim? Discutir comigo mas passar um belo serão com a Elena, mulher que o transformou em sadomasoquista, que violou uma criança! Oh boa, talvez estivessem a trocar experiências com algemas e quem sabe até a não fazer demonstrações práticas?
Senti uma raiva a crescer de dentro de mim! Queria bater em algo! Desaparecer do meu lado, do lado da mulher que prometeu amar e proteger! Mulher que jurou uma família? Mentiroso, família Ao lado dele nunca teria isso, mas se fosse uma nova espécie de tortura ou para me bater lá estava ele preparado. Um bebé, um ser humano que nos iria suportar não Que ideia é essa.
Precisava de me afastar. Precisava de pensar. Precisava de estar longe desta merda toda. Levantei-me, respirei fundo e enfrentei aquilo que tinha em mente.
Peguei em pouca roupa, roupas práticas e ténis. Precisaria de dinheiro No cofre haviam centenas de milhares mas levaria dois mil dólares. Pagaria tudo com juros! Só precisava de dinheiro para recomeçar e logo arranjaria um emprego para me sustentar. Só queria garantias que, se ficasse muito tempo fora, o meu bebé não teria necessidades.
Deixei o meu telemóvel, computador, cartões, chaves do carro, tudo o que ele me tinha dado, e com a letra trémula comecei a escrever:
Se estás a ler isto provavelmente tens uma enorme dor de cabeça, e devo estar bem longe ti. Não fugi de ti, não exijo divórcio, preciso de tempo e espaço para pensar. Ficarei bem, caso ainda te preocupes com a tua esposa e o TEU FILHO também vai ficar em bons tratos, se é que admites que estou grávida de ti.
Muitas razões desencadearam esta minha decisão, o teu abandono perante a notícia, o teu encontro com a tua melhor amiga para falar de assuntos pessoais. Quero que saibas que estou felicíssima por estar grávida e este bebé vai nascer com ou sem pai. Não será difícil de arranjar um novo.
Deixando as provocações de lado: eu amo-te Christian, de verdade e isto dói-me muito. Queria que soubesses isso, nada é fácil nenhuma decisão é fácil. Tenho medo do que possa haver daqui para fora, mas serei mãe em breve e tenho de aprender.
Voltarei quando achar que estou bem, que já reflecti o suficiente e isso pode ser antes ou depois do bebé nascer.
Levo dois mil dólares que prometo que te irei devolver com juros! Preciso de garantias que se o bebé nascer, não passar por nenhuma necessidade.
Até qualquer dia.
Eternamente tua, Ana.
Deixei na mesinha de cabeceira. Não queria nada dramático, queria ser forte mas chorava demasiado para isso.
Peguei na minha mochila e rumei, pela noite fora.

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-Auch - levei a mão à cabeça. Sentia uma tremenda dor de cabeça, como se tivesse levado uma pancada.
Pestanejei algumas vezes habituando-me à luz do dia e olhei ao meu lado. Nada de calor, nada de Ana. Sentei-me rapidamente na cama e olhei em meu redor. Nada.
Que raio teria acontecido ontem à noite? Estava cansado e doía-me a cabeça e não me lembrava de nada!
Um papel. Estranhei aquilo. Peguei e o meu coração parou de bater, o ar fugiu-me dos pulmões. Estanquei por completo.
Pareceu que o meu mundo escureceu.
Deixei de me sentir completo.
A vida que tinha desapareceu por completo.
O mundo parou.
-TAYLOR!

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Bom, seis meses depois que deixei o meu marido. Já viagem por muitos sitos ao longo da costa Americana. Neste momento estou em San Diego num motel muito aconchegado, com uma barriga a crescer cada vez mais e cada vez mais bonita.
Quem me dera que o Christian estivesse aqui para ver, que me abraçasse e desse os bons dias a mim e ao menino lindo que crescia cada vez mais.
É um menino, a melhor noticia que recebia até hoje. Um menino como o Christian. Que sonho seria.
Arranjei um emprego num pequeno bar perto da praia e tenho economizado bastante. Afinal ainda tenho aproximadamente os dois mil dólares que trouxe. Não tenho tido nenhum luxo comigo mesma.
Telefono todos os dias aos meus pais por um telefone público, sempre diferente e longe do sítio onde estou. Pelo que a minha mãe me dizia, o Christian continuava empenhado em encontrar-me e que deveria voltar para casa. Ele tinha saudades minhas. Eu dele.
-Ana! chamou-me a Angela, a dona do estabelecimento - Ainda bem que chegaste! deu-me um avental e um bloco para a mão Hoje vai ser de loucos, calor e praia!
-Prontíssima para um novo dia. sorriu amorosamente.
-Se precisares de descansar - olhou a minha barriga.
-Faço uma pausa eu sei, mas não me agrada isso. ela riu-se e deixou-me trabalhar.
O meu menino adorava aquilo, mexia-se muito quando ouvia alguém perguntar pela barriguinha da mãe. Adorava ser o centro das atenções e seria o meu amor, para sempre.
Seria igual ao meu marido, um gulosão de primeiro! Teria cabelos acobreados e olhos cinzentos, iria franzir o sobrolho quando estivesse muito atento. Iria consolar a mamã quando esta chorasse de saudades pelo pai.
Isso acontecia todos os dias, como uma rotina. Tinha saudades do seu cheiro, da sua perversidade, tinha saudades de o amor e ser amada.
Talvez ele tivesse arranjado outra submissa enquanto estive fora. Claro que arranjou, ele não ficaria sozinho durante muito tempo. Mas ainda não tinha perdido a esperança de me encontrar. Isso era maravilhoso e deixava-me nas nuvens essa ideia.
Queria voltar. Queria desesperadamente voltar. Tinha-me sabido bem tomar, pela primeira vez que o tinha conhecido, as minhas próprias decisões.
-Ana. ouvi alguém chamar-me.
Subi e voltei a descer ao céu. Ele. Só podia ser ele. Seis meses depois era ele, completamente ele.
Entornei o café que servia sobre a mesa e parei. Parei de respirar por uma fracção de segundo. Quando me voltei à porta, lindo de morrer estava ele. Deu-me vontade de começar a chorar, queria correr e pendurar-me nele. Queria beijá-lo e ter a certeza que ele estava aqui. Queria tudo neste momento e queria mais.
-Oh Ana - caminhou para mim e abraçou-me.
Um abraço apertado, um perfume incrivelmente doce, o seu calor, a sua voz, o seu corpo. Era aqui onde mais queria estar.
-Christian. murmurei ainda a tremer. Ele estava aqui! Era real e estava aqui ao meu lado ao meu lado não, estava a abraçar-me. Estava realmente aqui.
Senti beijos no meu rosto Oh Ana, finalmente te encontro. murmurou e abri os olhos.
Tinha o rosto cansado, o cabelo despenteado, tinha uma expressão desesperada e um pequeno sorriso no canto do rosto. Todo ele, Christian Grey, o meu marido.
Pouco me importava se ele tinha ou não arranjado outra, pouco me importava o que tinha feito no passado. Agora que o vejo percebo que morria por este momento que estava desesperada por ele.
Todo ele senhor de si, controlador mas pouco me importava. Se precisava disso eu me oferecia de corpo e alma para satisfazer o meu menino, o meu lindo menino. Sorri e senti as lágrimas a escorrerem pelo meu rosto.
Tudo naquele bar tinha parado, não havia ni ninguém lá a não ser eu e ele. Não me apetecia falar, não me apetecia fazer nada naquele momento.
Levei uma mão à face dele Pareces cansado. murmurei reprovando a ideia de que ele andava a dormir pouco.
Pegou-me nessa mão e beijou-me a aliança Há seis meses que não sei o que é dormir. Ter a minha família desaparecida tirou-me a vontade de viver.
Segurou-me a cara e avaliou-me Sentes-te bem? Tens estado segura, certo? E o bebé? Está tudo bem com ele? Tens ido às consultas? É menino ou menina? E tu? Dois mil dólares chegaram? Têm-te tratado bem? Ninguém te fez mal pois não?
Ri-me, era impossível não me rir com ele Está tudo bem, comigo é com o nosso menino.
-Menino? os seus olhos brilharam Um menino. beijou-me o nariz.
-Devíamos conversar para outro sítio. afastei-me dele Vou pedir dispensa.
-Vais pedir é a demissão. disse e o seu olhar escureceu Regressamos hoje para Seattle.
Revirei os olhos e ele semicerrou os dele Logo se vê, ok?
Afastei-me e aproximei-me do balcão, retirando o avental Angela, tenho de sair.
-Mas quem é aquele borracho? perguntou olhando através de mim.
Corei, não sei porquê, mas fiquei toda vermelha É o meu marido, o que me deixou neste estado.
-O teu marido? Sim senhor. riu-se a acenou com a mão Vai lá. Damos conta do recado.
-Obrigado. agradeci e afastei-me.
Christian esperava do lado de fora com Taylor. Aproximei-me envergonhadíssima e Taylor afastou-se, acenando com a cabeça.
-Vamos dar uma voltar pela praia. sugeriu e esticou-me a mão.
O meu coração parou de bater, de novo, mas aceitei de bom agrado Como estás linda Anastasia. Quem me dera ter estado seis meses ao teu lado a ver a tua barriga crescer, o teu corpo a alterar-se. sorri-lhe.
-Espero que possas assistir ao resto dos três meses.
-Com certeza que vou. beijou-me a mão e caminhamos em direcção à praia.
Foi um caminho silencioso, silencioso demais para depois de seis meses separados. Ainda não me tinha beijado e tantas vezes que tinha sonhado com este reencontro!
-Não dizes nada?
-Tenho muitas coisas para te dizer Anastasia. Não sei se hei-de gritar ou chorar, não sei bem como irei me expressar. olhou-me atentamente Porque fizeste isto?
-Tu sabes porquê. A tua reacção assustou-me.
-Não estava pronto para, de um dia para o outro, ser pai! Nem sei se serei bom pai. paramos de andar Desculpa, peço imensa desculpa, pela minha reacção não ter sido a melhor, desculpa por não ser aquilo que tu queres e sou egoísta por te prender a mim, mas eu amo-te e sei que sou capaz de te fazer feliz de te dar o meu coração, por completo. Estes seis meses foram um inferno. Fiquei tão assustado com a possibilidade de algo te acontecer e ao bebé. Sim, é verdade, pensei também no meu filho. Admito que durante semanas ignorei isso mas eu comecei a pensar um bebé é algo bom e poderia brincar, reviver a infância perdia, ter a oportunidade de ser o pai que nunca tive. pousou a mão sobre a minha barriga A minha vida acabou quando acordei sem te ter ao meu lado. Por favor, volta para mim, volta para a tua casa. Estamos todos a morrer de saudades tuas.
Emocionei-me com as suas palavras A minha reacção também foi exagerada, mas a mensagem da Ele
-Shh Isso foi um erro, meu amor, nada aconteceu. Durante seis meses nada aconteceu, nada! Passei seis meses atrás de ti Ana e agora quero levar-te para casa, quero hoje deitar-me ao lado da minha esposa. aproximou-se - Eu amo-te.
Soube bem ouvir aquilo Eu amo-te. ele curvou-se e beijou-me levemente Para sempre.
-E sempre. sorriu e tomou-me completamente nos seus braços, a mim e ao nosso Pontinho.


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Notas finais do capítulo

Então gostaram?
Beijos e obrigado terem lido :)



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