I Hate How Much I Love You escrita por Mitchie


Capítulo 16
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Oieeeeeeeeeeeee! Eu sei, eu sei, eu demorei MUITO! Sumi, desapareci e não deixei nem uma carta de despedida, blame it on me... Podem me xingar, me torturar, me matar e dar os restos para os cachorros comerem. HAHAHAHAHAHA -n Não façam isso, senão vocês ficam sem fic pro resto da vida. Que eu saiba, almas penadas não escrevem fics, então, segurem a raiva e abstraiam o rancor. HAHAHAHAHAHAHAH Enfim, tá aí um capítulo ENORME, pra me redimir do sumiço. Não ficou tudo isso que eu imaginava, mas eu espero que gostem e comentem depois. Vamos ao que interessa. Enjoy it! (: Ps.: Não deu tempo de eu reler o capítulo, então, relevem qualquer erro. Depois eu dou uma relida e edito os errinhos. ;)



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As amigas já tinham feito massagens, tratamentos de pele e agora manicures pintavam suas unhas. Era um delicioso momento de descontração e harmonia entre elas, que também contavam com a companhia da mãe de Aria, Ella. As cinco conversavam, lembravam-se de momentos vividos em sua infância e adolescência juntas, até que a nostalgia tomou conta e de repente estavam todas chorando emocionadas.

O celular de Emily tocou e ela se afastou para atender. Hanna não deixou de notar o sorriso que a morena exibiu ao ver de quem se tratava. Sentiu o ciúme corroê-la por dentro e imediatamente seu humor mudou drasticamente. De repente se sentia asfixiada e quis sair dali o mais rápido possível. Tinha certeza que era o namoradinho dela ao telefone, só isso explicaria aquele sorrisinho. Seu mau humor deu lugar à raiva, e se levantou abruptamente, deixando a manicure confusa com sua atitude.

A loira desceu as escadas correndo, e quase tropeçou. Irritada consigo mesma, sentou-se em um dos degraus, dobrando as pernas e enterrando a cabeça entre os braços apoiados nelas. Alguns segundos depois sentiu - mais do que ouviu - uma pessoa se aproximando. Obrigou-se a engolir o choro, que já ameaçava fazê-la desabar, e olhou para trás. Sentiu certo alívio ao ver que se tratava de Spencer, mas, sinceramente, não estava de humor para sermões ou discursos motivadores.

– O que é, Spencer? – perguntou, e sabia que estava sendo grosseira.

– Eu sei porque saiu daquela maneira. – disse Spencer, sentando-se ao seu lado na escada.

– Claro, você é uma Hastings, vocês sempre sabem de tudo. – ironizou.

– Sabe? Eu vou ignorar esses os insultos porque sei que todo esse mau humor tem nome. Aliás, tem dois nomes. – disse, referindo-se a Emily e Sam.

– O que eu fiz para merecer isso, Spence? – questionou, agora com mais vulnerabilidade do que agressividade em sua voz.

– Nada, Han, você não fez nada. E esse é o problema. Ela não faz a menor ideia do que você sente. Ela não sabe que parte seu coração cada vez que fala com o Sam. Você não pode culpa-lá, Han.

Hanna sabia que Spencer tinha razão. Se alguém era culpada por esse sofrimento, era ela própria, que nunca tivera coragem para assumir o que sentia. Mas também não era como se fosse uma escolha sua. Ela não queria ter se apaixonado por sua melhor amiga. Era complicado demais, doloroso demais.

– Certamente ele ligou para avisar que já está em Rosewood. – comentou Hanna com desapontamento. – Eu não sei se estou preparada para isso, Spence. Uma coisa é saber que ela está com ele, outra bem diferente é ter que vê-los juntos. – disse, com certo desespero.

– Eu sei que vai ser difícil, Han, mas você vai ter que se controlar para não demonstrar suas emoções. Não se esqueça de que hoje o dia é da Aria, e nós não podemos estragá-lo. – apontou Spencer, fazendo Hanna concordar com a cabeça. - Além do mais, pelo que sei, o Sam só vai ficar aqui até segunda-feira. A partir daí começaremos a colocar nosso plano em prática. – disse, piscando para a amiga, com um sorriso de cumplicidade.

– Você acha mesmo que esse plano vai dar certo, Spence? – perguntou a loira, preocupada.

– E você já viu algum plano de Spencer Hastings fracassar? – Spencer esboçou um sorriso orgulhoso, arrancando uma gargalhada da amiga.

– É, você tem razão. – concordou Hanna. – Obrigada por não me deixar surtar, Spence. Eu não sei o que seria de mim sem você. – envolveu a amiga num abraço, ficando assim por algum tempo, até que avistou Emily parada observando-as. – Em! – exclamou, separando-se de Spencer rapidamente. – Está aí há muito tempo? – indagou, querendo averiguar até que parte da conversa ela havia escutado.

– Não... – respondeu a morena, um tanto distraída, intercalando o olhar entre Spencer e ela, possivelmente para tentar captar o que estava acontecendo. – Só vim ver se está tudo bem... Quando voltei Aria me disse que você saiu correndo do nada e que a Spencer tinha vindo atrás de você... – explicou, ainda com um olhar desconfiado para as duas. – Mas parece que está tudo bem, não é mesmo?

Dito isso, a morena se virou e entrou novamente no quarto em que se encontravam Aria e Ella. Hanna ficou estática olhando para Spencer, querendo saber se ela também tinha percebido o tom irônico em que a amiga pronunciou a última frase.

– Eu acho que tem alguém com ciúmes... – murmurou Spencer com um sorriso malicioso.

– Será? – perguntou a loira, arqueando a sobrancelha direita. – Não, Spence... Eu acho que não.

– Você não percebeu a cara que ela fez quando viu a gente se abraçando? – Spencer parecia realmente satisfeita com essa descoberta. – Definitivamente aquela expressão era do mais puro e genuíno ciúme.

– Não sei, Spence... – a loira relutava em acreditar que Emily estivesse com ciúmes. Não queria criar ilusões para depois sofrer uma decepção. Ela já havia sofrido demais ao longo desses anos. Esse era um dos motivos pelo qual tomou uma atitude autodefensiva, que não permitia que ninguém se aproximasse emocionalmente dela. – Provavelmente ela só está com ciúmes porque eu sempre fui mais próxima dela. Com certeza não é esse tipo de ciúmes que você está pensando... – comentou com desânimo.

– Eu sei o que eu vi, Han. Mas entendo o porquê de você não querer se convencer disso. – Spencer passou um dos braços pelas costas da amiga. – Mas nós vamos descobrir isso juntas, ok? E se eu achar que você vai se machucar, serei a primeira em te dizer. – a morena sorriu para a amiga, tentando passar algum tipo de conforto.

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Com cabelos e maquiagens feitos, as três amigas e Ella ajudaram a noiva a vestir o longo vestido, e quando finalmente a viram pronta tiveram que fazer um esforço para segurar as lágrimas. Era um momento emocionante, que marcava um início de um novo ciclo na vida de Aria. Apesar do semblante de nervosismo, a alegria que a jovem sentia resplandecia em seu rosto. Ela estava simplesmente maravilhosa. Ezra com certeza ficaria sem ar quando a visse na igreja.

Enquanto profissionais davam uns últimos retoques na maquiagem e cabelo da noiva, Emily se apressou para se encontrar com Sam no hotel em que ele estava hospedado. Dali, os dois seguiriam juntos para a igreja. A morena deixou a casa de Aria do jeito que estava: com bobes nos cabelos e vestindo um roupão. Certamente o recepcionista do hotel acharia que ela era louca, mas não queria correr o risco de amassar o vestido.

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Quando a porta do elevador do hotel se abriu no oitavo andar, Sam já a aguardava na porta de seu quarto, vestido com uma calça social preta e uma blusa branca, com os botões abertos, revelando seu abdome sarado. Emily nunca deixava de se surpreender com sua beleza. Até ela, que sempre havia estado tão segura de sua opção sexual, não pôde resistir ao seu charme. Mas ele era muito mais do que isso um rosto bonito e corpo escultural. Além de extremamente atraente, Sam também era um ser humano incrível e um amigo maravilhoso.

Ela correu em sua direção e imediatamente foi envolvida em um abraço esmagador. Havia sentido falta desse carinho; sentiu falta da proteção que sentia em seus braços.

– Que saudade, baby. – disse Sam, depositando um beijo suave em sua testa.

– Eu também senti a sua falta, Sam! – disse, dando mais um aperto em volta do corpo masculino, afastando-se em seguida para entrar no quarto.

Emily pendurou o vestido em um cabideiro que havia no canto do cômodo. Colocou uma bolsa que continha seus sapatos e acessórios no chão e então olhou a sua volta, observando o ambiente. Era um típico quarto de hotel, elegante sem ser luxuoso.

– Fez boa viagem? – perguntou a morena, sentando-se na cama em que o rapaz já estava deitado.

– Sim. – respondeu Sam. – Mas você tinha razão, mesmo com o GPS o caminho até Rosewood é um pouco complicado.

– Eu poderia ter ido te buscar. – disse, com um sorriso doce.

– Não, você não poderia. Aposto que teria perdido um momento único com a sua amiga prestes a se casar. – apontou.

Sem dúvidas, Sam era a pessoa mais compreensível que ela já havia conhecido. Ele sempre era capaz de ver determinada situação desde outro ponto de vista. A garota que tivesse seu coração seria uma tremenda sortuda, pensou, olhando para o amigo.

– O que foi? – perguntou o rapaz com um sorriso divertido, ao ver que a amiga o analisava.

– Nada... Só que você é um cara incrível, Sam. – respondeu. – A garota que conseguir te fisgar pode-se considerar a mais sortuda desse mundo.

– Isso não é verdade... – contestou, com modéstia.

– É sim! – a morena riu da maneira em que o amigo sempre ficava sem jeito quando as pessoas o elogiavam, o que, evidentemente, acontecia com frequência.

– Não é! E sabe por quê?

– Não... Por quê?

– Porque a garota mais sortuda que existir estará com você. – disse, dando um rápido beijo em seus lábios.

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Hanna tentou se preparar psicologicamente para esse momento. Tentou se convencer de que ela não tinha direito de se sentir chateada e que esses ciúmes eram uma estupidez de sua parte. Emily era solteira e tinha o direito de sair com quem quisesse. Mas nada disso adiantou. Não pôde evitar a raiva que sentiu ao ver a cena dos dois caminhando pela igreja de mãos dadas como se fossem um casal. Bom, talvez eles dois estivessem muito mais próximos disso do que Emily e ela.

Para piorar sua situação, não podia negar que Sam era incrivelmente atraente. Alto e musculoso, ele emanava poder. Caminhava pela igreja cumprimentando pessoas que ele nunca tinha visto na vida, sempre com um sorriso no rosto. Hanna se sentiu estranhamente irritada pela maneira simpática em que todos o respondiam. Emily o apresentava, e ele pacientemente fazia o possível para interagir.

Talvez fosse infantilidade sua, mas Hanna sentiu que todas aquelas pessoas, que o cumprimentavam educadamente, a estavam traindo, assim como Emily. Em sua louca cabeça, era obrigação dos cidadãos de Rosewood estar do seu lado, o que implicava declarar guerra a seu concorrente e rival. Sentiu uma cotovelada e esteve a ponto de xingar, até que se lembrou do local em que se encontrava.

– O que foi, Spence? – perguntou, sussurrando mal humorada.

– Se controle. – disse, entre dentes, simulando um sorriso.

Hanna não entendeu até que viu que Emily e Sam se aproximavam delas. Ele era ainda mais impressionante de perto. Com seu cabelo castanho claro, olhos esverdeados e um charmoso sorriso torto com uma covinha a cada lado, ela poderia ter se apaixonado facilmente, em outra ocasião. Percebeu que ele apoiava um dos braços possessivamente na cintura de Emily, e ela precisou de muito autocontrole para não voar em cima dele.

– Han... – disse Emily, olhando fixamente para a loira durante vários segundos, até que Spencer chamou sua atenção. – E Spence, este é o Sam; Sam, estas são Hanna e Spencer. – apontou para cada uma indicando quem era quem.

– Muito prazer, meninas. – disse o rapaz com sua voz aveludada, incrivelmente sexy, enquanto as cumprimentava com um aperto de mão. – Ouvi muito sobre vocês. A Emily só se esqueceu de comentar que vocês eram tão bonitas. – comentou galanteador.

Enquanto Spencer correspondeu ao flerte com um sorriso sem graça, Hanna revirou os olhos, impaciente com a maneira em que todos pareciam se render aos encantos do rapaz. Nesse momento a cerimonialista se aproximou, indicando que todos ocupassem seus lugares conforme o descrito no folheto que lhes havia sido entregue com antecedência. Emily, Hanna e Spencer se posicionaram no lado direito do altar, enquanto Ezra, nervoso, aguardava ao lado esquerdo, seguido por seus três padrinhos. Os pais dos noivos ocupavam as primeiras fileiras de cadeiras, com exceção de Byron Montgomery, que entraria ao lado filha na igreja.

Começou a tocar a marcha nupcial, que anunciaria a entrada da noiva. Todos se puseram de pé e então as grandes portas da igreja se abriram. Aria entrou deslumbrante com um vestido de seda branco, longo e reto. Ele era simples, porém elegante e valorizava as curvas da baixinha. Delicadas aplicações de cristais e pérolas davam destaque ao corte em V no colo da jovem. Um véu cobria o rosto da noiva, dando um ar de mistério e sensualidade. Enquanto caminhava pelo tapete vermelho, colocado no caminho até o altar, Aria lutava para controlar as lágrimas. A igreja estava toda ornamentada por flores de tipos variados, nos tons de branco e azul turquesa, conforme ela havia planejado.

O olhar de Ezra era de total encantamento, ainda não tinha caído a ficha de que em poucos minutos ele e Aria seriam marido e mulher. Quando viu a noiva de perto, sentiu vontade de chorar ao vê-la ainda mais linda. Deu um abraço rápido em seu sogro, prometendo que cuidaria bem de sua filha, e voltou sua atenção para a estonteante mulher que teria ao seu lado para o resto de suas vidas. Beijou a mão de Aria e os dois se viraram para o padre, dando início à cerimônia.

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A cerimônia foi marcada pela emoção que os noivos sentiam em poder, por fim, oficializar sua união. Eram agora, Sr. e Sra. Fitz. Ao sair da igreja acompanhados por chuva de arroz, os dois entraram no luxuoso Bentley Flying Spur preto que os pais de Ezra fizeram questão de deixar à disposição dos noivos.

No salão de festas mais requisitado e glamuroso da cidade, a decoração estava do jeito que Aria tinha sonhado. Uma pista de dança no centro do salão com as iniciais dos noivos era projetada através de artifícios de iluminação. Diversas cortinas de voil branco caíam delicadamente do teto, descendo por pilares, que também eram ornamentados por flores. As mesas, cobertas com toalhas de seda azul turquesa, continham um belo arranjo floral nas cores branco, azul turquesa e leves toques de rosa. Pendentes de cristais completavam a decoração delicada das mesas em que os convidados se sentariam. Enfim, estava tudo conforme o planejado, e ainda assim Aria se surpreendeu ao ver tudo concretizado, superando suas expectativas.

Depois de receber os cumprimentos dos convidados, os noivos se prepararam para a primeira dança juntos como marido e mulher. Aria dançou valsa ao lado do marido, depois com o pai e o irmão. Ao final, a pista foi aberta para os convidados, dando início à festa.

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Emily tentava prestar atenção no que Sam lhe contava, mas estava difícil se concentrar. O máximo que havia captado da conversa era que ele havia conhecido uma loira muito gostosa nessa última viagem, mas que por algum motivo, que a morena não chegou a entender, ele considerou desprovida de inteligência suficiente para passar do segundo encontro.

Desde que pisou na igreja, seus olhos foram hipnotizados por uma certa loira, que definitivamente não era desprovida de inteligência. Hanna estava simplesmente deslumbrante com aquele vestido azul turquesa. Ele era relativamente simples e não mostrava nada demais, mas a tela de tecido que cobria o corte em V do decote havia captado sua atenção. Sentir aquelas coisas por sua melhor amiga era algo estranho, e Emily passou toda a cerimônia inquieta pela proximidade com Hanna. Tentava controlar seus olhares, mas então era invadida pelo perfume da loira. Foi quase uma tortura.

A morena não entendia o que estava acontecendo. Provavelmente se devia ao fato de que desde que se reencontraram, só havia visto Hanna vestida com calças surradas e blusas largas, que apesar de desarrumados, Emily achava encantadores na amiga. Adorava como o estilo urbano contrastava com os traços delicados da loira. Mas ao vê-la com aquele vestido, que também tinha um generoso decote nas costas, soube que ela estava mais do que encantadora, era quase irresistível. A maquiagem suave favorecia ainda mais a beleza natural de seu rosto, destacando seus lindos olhos azuis. Os cabelos loiros estavam presos de lado, com uma fina trança, enquanto mechas pequenas de fios caíam do outro lado. Dava um aspecto natural e descontraído, refletindo, de certo modo, a personalidade de Hanna.

Enquanto Sam continuava sua história, Emily observava, desde sua mesa, a interação de Hanna e Spencer. Era muito feio de sua parte admitir que estava com ciúmes da amizade das duas? Sentia saudades da época em que Hanna e ela tinham aquela cumplicidade que fazia com que todos sentissem inveja. Sentia falta dos momentos a sós com Hanna, das besteiras e infantilidades que faziam juntas. E agora estava tudo diferente, ambas eram mulheres, muito mais maduras... E Hanna estava tão incrivelmente deslumbrante naquele dia que era impossível tirar os olhos dela. Por esse motivo, queria matar Spencer por estar desfrutando da companhia da loira, enquanto ela fingia interesse no que o amigo dizia.

– Já que você não parece interessada na minha história, será que uma dança comigo despertaria o seu interesse? – perguntou Sam, deixando Emily desconcertada.

– M-me desculpe, Sam. Eu estou interessada sim, só estou um pouco distraída.

- Sim, eu percebi... – disse o rapaz, intercalando o olhar entre Emily e a mesa em que estavam Hanna e Spencer. A morena sabia que enfrentaria um interrogatório sobre aquilo em algum momento, mas decidiu que enquanto pudesse adiar, melhor.

- E então, o convite para dança, ainda está de pé? – perguntou, querendo distraí-lo do assunto.

- Claro, baby. – o jovem resolveu dar um folga para a amiga, mas certamente indagaria a situação em outro momento. – É sempre um... prazer dançar com você. – disse, com um tom de malícia.

Os dois se encaminharam para a pista de dança, na qual tocava a música Alone Together – Daley feat. Marsha Ambrosius. Sam pousou suas mãos na cintura de Emily, enquanto a morena apoiava as suas em seu pescoço. Pela primeira vez, ela sentiu-se confortável e de repente todas as suas inseguranças foram embora. Sam tinha esse poder sobre ela, era maravilhoso estar em seus braços. Deixou-se levar pelas músicas e desfrutou da dança.

Enquanto isso, Hanna observava de sua mesa como Emily e Sam dançavam. Não conseguiu evitar o olhar triste que carregava cada vez que via a interação entre os dois.

- Parece que só nós duas não temos com quem dançar, Spence... – comentou desanimada.

- E quem disse que não? Nós vamos dançar, sim! – disse a amiga, oferecendo sua mão para que Hanna se levantasse e à acompanhasse à pista de dança.

- N-nós duas, Spence? – perguntou, perplexa. – Isso não seria...hm... estranho? Digo, duas meninas dançando...? – arqueou a sobrancelha ao questionar a amiga.

- Eu pensava que você era uma pessoa livre de preconceitos, Han, afinal... – apontou Spencer, provocando a amiga, com relação aos seus sentimentos com Emily. – Mas a gente só vai dançar e não dançar juntas.

Hanna decidiu que a amiga tinha razão. Era até ilógico questionar algo tão simples como uma dança com uma amiga, levando em consideração que era apaixonada por sua melhor amiga. Sendo assim, as duas foram até a pista de dança. Para sua sorte, neste momento o DJ mudou a trilha sonora para uma mais agitada. As amigas dançaram quatro músicas e pode-se dizer que Hanna até estava se divertindo.

Não se pode dizer o mesmo de Emily, que ao ver Spencer e Hanna se dirigindo à pista de dança, viu toda a tranquilidade abandonar seu corpo, que imediatamente ficou rígido, e Sam pareceu notar que ela não tirava os olhos das amigas que dançavam de maneira descontraída e divertida.

- Está tudo bem, baby? – perguntou Sam.

- Sim. – a morena respondeu, dançando desanimada.

Depois de algum tempo, o DJ anunciou que fariam um jogo de troca de casais, mas alertou a todos que mantivessem o respeito para não ofender ninguém que estivesse comprometido. Na primeira troca de casal, Emily dançou com o pai de Aria e Sam com alguma parente distante de Ezra que, obviamente, ficou babando na beleza do rapaz e não hesitou em jogar seu charme para tentar conquista-lo.

Enquanto dançavam uma melancólica música da Celine Dion, Byron comentou sua felicidade ao observar a filha, que dançava com seu irmão, Mike, enquanto Ezra dançava com a sogra.

- Aria merecia esse final feliz de conto de fadas. – concordou Emily.

- E você, não encontrou ninguém durante esses anos? E aquela menina... Paige, não é? – perguntou, fazendo Emily confirmar com a cabeça. – Não deu certo vocês juntas?

- Não... nós acabamos seguindo caminhos diferentes e decidimos que seria melhor acabar numa boa do que por uma traição. – disse, arrependendo-se em seguida, ao perceber que havia mencionado o motivo do fim do casamento de Byron e Ella. Motivo esse, que até hoje era comentado na cidade.

O DJ, convenientemente, anunciou neste momento a segunda rodada de troca de casais. Emily viu Sam se dirigir com um sorriso de predador à Spencer. Imediatamente buscou Hanna com o olhar e a avistou sentada em uma das mesas, sozinha. Se aproximou com um andar nervoso, quase temendo que alguém chegasse a ela primeiro.

Como era de costume, Hanna sentiu sua presença e levantou a cabeça, que estava abaixada, enquanto visualizava a tela de seu celular. A loira sorriu ao ver a amiga. Foi um ato reflexo, que sequer se deu conta.

- Você... quer dançar? – perguntou a morena, deixando Hanna – literalmente – de boca aberta.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam? Parei na melhor parte porque sou MÁ Muahahahahhahahahah -n Não esqueçam de comentar! Eu não me ative muito à cerimônia, porque pouquíssimas pessoas aqui shippam Ezria, temos que ver o que faremos a respeito disso. hahahahaha Já tive muitos pedidos de Sparia, mas eu sinceramente não consigo ver as duas juntas. Só que como eu sou uma pessoa muito maneira e super a favor da democracia, estou pensando seriamente em atender ao pedido de vocês, caso seja isso que a maioria quer. Por isso, deixem os comentários dizendo se vocês querem Sparia, ou então com quem vocês querem a Aria. Beijos, beijos.