I Hate How Much I Love You escrita por Mitchie


Capítulo 13
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Oiiiii pessoas adoradas! Como vocês estão? Consegui um tempinho na correria que anda a minha vida para escrever esse capítulo, espero que vocês gostem. Não deixem de comentar, por favor. Esses comentários são essenciais para o desenrolar da história! Enfim, enjoy it! :D



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Hanna prendeu a respiração enquanto assentia com a cabeça, autorizando Emily a fazer a pergunta que queria. Todos os acontecimentos da noite passada vieram como um filme em sua mente. Apesar de seu autocontrole, sabia que em alguns momentos havia cruzado o limite aceitável que uma amizade impõe. Talvez a morena se lembrasse de tudo e certamente questionaria seu comportamento, apesar de todo o esforço por manter-se imune à atração que sentia pela melhor amiga.

– É mesmo verdade que...? – Emily começou sem jeito. – Bom, você disse que não teve... relações com ninguém durante... esse tempo. – disse pausadamente, escolhendo bem as palavras. – Eu não pude deixar de me perguntar: por quê? – apesar do desconforto, a morena manteve o olhar fixo no seu, provavelmente buscando em seus olhos sinais que respondessem ao questionamento.

Antes que a loira pudesse dar qualquer resposta, o quarto foi invadido por um furacão chamado Aria. A pequena sentou-se na cama, entre as duas amigas, ignorando a tensão que havia se instalado no ambiente. Atrás dela entrou Spencer, que logo percebeu que algo acontecia, mas não fez perguntas.

– Como você está, Em? – perguntou Aria, com um belo sorriso.

– Me sinto como nova. – respondeu a morena, correspondendo ao sorriso. – Eu dei muito trabalho a vocês ontem? – indagou sem graça.

– Pra falar a verdade, deu sim. Limpar vômito é sempre uma experiência que eu preferiria não passar. – disse Spencer, fazendo Emily corar com vergonha. – Mas sem dúvida o maior trabalho foi da Hanna, que teve que fazer o sacrifício de te dar banho. – esboçou um sorriso de malícia, que não passou despercebido por Hanna.

– Ahhh, eu tenho uma surpresa pra você, Em! – exclamou Aria entusiasmada.

– É mesmo? – perguntou a morena arqueando a sobrancelha esquerda, desconfiada.

– Sim! Adivinha quem está indo para Rosewood amanhã? – Aria exibia um sorriso de triunfo.

– Quem? – perguntou Emily, ainda mais desconfiada.

– O Sam! – disse a pequena, batendo palmas para ela mesma, como se o que fizera tivesse sido a ideia mais brilhante de toda sua vida.

– O QUE? – Hanna gritou indignada, mas calou-se ao ver que sua reação não era adequada. Além disso, não fora a única que não recebeu bem a notícia.

– COMO ASSIM? – esbravejou Emily, levantando-se da cama. – Em que momento vocês se falaram? E o que te fez pensar que eu iria querer que o Sam viesse pra cá? – gesticulava enquanto falava, o que era um sinal de que estava extremamente brava. – E você, Spencer... – apontou para a amiga, acusando-a. – Por que motivo não impediu a Aria de fazer uma idiotice dessas?

– Eu não a vi atendendo ao telefone, Em! – se defendeu Spencer. Ela bem sabia que a ida de Sam não ajudaria em nada no cumprimento de sua missão, que consistia em descobrir se suas suspeitas eram corretas, averiguar se Emily correspondia aos sentimentos de Hanna e, por fim, ajudá-las a revelar o que sentiam. – Quando eu acordei e fui à cozinha, ela já estava combinando tudo com ele.

– O seu telefone não parava de tocar, eu pensei que poderia ser urgente ou que talvez fosse sua mãe e ela poderia estar preocupada, então atendi. Conversei alguns instantes com o Sam e imaginei que você iria gostar de passar mais um tempo com ele, já que ele acabou de chegar de uma viagem super longa e vocês quase não se viram... Eu o convidei para vir e ele aceitou... – justificou Aria. – Em, eu não estou entendendo... – disse, com uma expressão confusa. – Você e o Sam não estão tendo um... relacionamento, rolo ou como quer que você queira chamar?

– Aria, por favor, veja se consegue me entender de uma vez por todas: o Sam e eu somos amigos, A-M-I-G-O-S. O fato de nós nos pegarmos ocasionalmente não torna isso uma relação. Qual parte você não entendeu?

– Mas, Em... Se vocês ficam, já deixou de ser amizade, não concorda? Eu entendo que tudo tenha começado com a amizade, mas a partir do momento que vocês ultrapassam esse limite, não tem volta. Ou vocês são ficantes ou não são mais nada. Não tem como retomar uma amizade depois que uma coisa assim acontece.

– Você... – a morena já não sabia como explicar. Sentou-se novamente na cama e soltou um suspiro de frustração. – Você não vai entender, não é mesmo?

– Sinceramente... não. – respondeu a pequena. – Mas se você está bem como esse relacion... com essa amizade colorida, é o que importa. – se sentou ao lado da morena, pousando sua mão sobre a de Emily. – Me desculpe se fiz burrada... Eu só queria que você estivesse feliz, e pensei que ter o Sam aqui te faria feliz.

– Tudo bem, Aria. Eu sei que você não fez por mal. – abraçou a amiga. – Me desculpe por ter gritado com você.

– E agora? O que você vai fazer? Eu não posso desconvidá-lo... Seria muito grosseiro da minha parte. – indagou Aria, sem graça.

– Não se preocupe, eu dou um jeito. – tranquilizou a amiga.

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As amigas colocaram seus biquínis depois de um farto café da manhã. Tomar banho naquele lago havia sido um de seus passatempos preferidos na infância, era algo que sempre lhes remetia boas lembranças e todas as vezes que iam a essa casa faziam questão de reviver esses momentos.

Hanna fora a primeira a ficar pronta e aguardava as amigas na sala enquanto checava as redes sociais em seu iPhone. Respondeu à mensagem de uma amiga de NY, que perguntava quando voltaria, e ignorou uma outra mensagem que lhe incomodou bastante. Quando todas estiveram prontas, foram para o lado de fora da casa. Depois de esticarem uma grande manta na beira do lago para que pudessem se deitar, as meninas tiraram as roupas, com exceção de Hanna, que se sentou.

Emily tirava o short e a cena se passava em câmera lenta na frente de Hanna. Sua boca de repente ficou seca e sentiu contrações em uma determinada região de seu corpo. A morena passou então a tirar a blusa, ficando apenas em biquíni. A loira observou o corpo da amiga, que havia adquirido curvas ao longo desses anos. Emily deixara de ter o corpo de uma menina para ganhar o de uma mulher, o que era extremamente sensual.

Enquanto Emily se abaixava para guardar sua roupa, Hanna teve uma visão privilegiada de seu bumbum. Mordeu o lábio inferior enquanto todo tipo de pensamento pecaminoso rondava sua mente. Talvez fosse politicamente incorreto, mas não pôde evitar imaginar como seria se, em um ataque de coragem, deixasse todo seu desejo aflorar e fazer tudo que tinha vontade com aquele corpo moreno.

– Han, você não vai entrar? – perguntou Emily, tirando-a do transe.

– Er.. Não, eu estou bem aqui. Vou ficar lendo um pouco aqui na sombra, o sol está muito forte.

– Eu tenho um filtro solar, se você quiser, Han. Tenho certeza que a Em não se incomodaria em te ajudar a passar. – disse Spencer em um tom tendencioso, o que deixou Hanna intrigada. Já era a segunda vez que notava esse tom na fala da amiga. – Não é, Em?

– Claro que não. – concordou a morena. – Vamos, Han. Nós temos que aproveitar esses momentos em que estamos as quatro. Amanhã a Aria vai pra lua de mel, e então só daqui a uma semana estaremos todas juntas de novo.

– A propósito, vocês estão proibidas de fazer qualquer coisa divertida enquanto eu estiver fora. – ordenou Aria.

– Então só você pode se divertir, Aria? – brincou Hanna, com malícia, fazendo as amigas gargalharem.

– E então, você vem? – perguntou Emily, fazendo sua melhor expressão de cão sem dono. Era impossível negar qualquer coisa quando ela fazia aquela carinha fofa.

– Tá bom, tá bom... Eu me sentiria um monstro ao dizer não com você fazendo essa cara. – murmurou com certa raiva de si mesma por ser tão facilmente manipulada.

– Esse é apenas mais um dos meus charmes. – disse Emily, com um sorriso de satisfação.

Hanna tirou a roupa e entrou na água o mais rápido que conseguiu. Nunca se sentiu bem com seu próprio corpo. Mesmo tendo perdido muito peso, nunca havia superado o complexo da adolescência. Parte disso se devia ao bullying sofrido na época em que era gordinha, Alison nunca perdia uma oportunidade de importuná-la com esse assunto.

Hanna exclamou um gritinho ao sentir a água gelada e mergulhou, com o fim de acostumar seu corpo à temperatura. Quando voltou à superfície, se deparou com os olhos aveludados de Emily, que a fitava com um olhar curioso.

Emily observou os olhos azuis à sua frente, que pareciam ainda mais claros com a luz do sol. Eram, sem dúvida, a parte do corpo de Hanna que ela mais adorava, poderia mergulhar neles por horas e jamais se cansaria. Uma das características mais marcantes de sua amizade era a capacidade de uma poder ler os olhos da outra e era sempre um prazer ler esses olhos hipnotizantes.

Manteve o olhar sobre o de Hanna, tentando descobrir o porquê daquela atitude que acabara de presenciar. Sabia que na adolescência a loira havia sofrido muito com relação ao seu corpo. Será que ainda mantinha esses complexos? Ela poderia garantir que não havia motivos, já que pelo pouco que pôde observar nos rápidos segundos em que seu corpo ficou exposto, Hanna mantinha uma ótima forma. Até demais, para ser sincera. Suas proporções pequenas não minimizavam em nada o atrativo de suas formas. Na opinião de Emily, Hanna tinha motivos para estar orgulhosa de seu corpo. Tinha que admitir que seu lado lésbico havia despertado ao observar a amiga de biquíni, por mais que isso não fosse apropriado.

Spencer, percebendo a situação, se dedicou em distrair Aria com assuntos banais enquanto observava de longe a interação entre as amigas. Teria que tomar uma atitude o mais rápido possível, pois cada vez aquela situação se tornava mais visível e, dependendo das direções que fossem dadas, o resultado poderia ser catastrófico para a amizade das quatro.

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Já era fim de tarde quando as quatro voltavam para a cidade no carro de Aria com Spencer dirigindo. A pequena ia no banco do carona, ao lado de Spencer, enquanto Hanna e Emily, no banco de trás. A loira olhava para a paisagem através do vidro e pensava no que havia acontecido naquela mesma manhã. Meditava sobre as palavras de Aria, que vinham a confirmar seu maior temor.

Sempre que pesava na balança os prós e contras de revelar seus sentimentos para Emily, qualquer pró se reduzia a quase zero quando colocava em risco sua amizade. Sabia que aquilo mudaria drasticamente sua relação com a amiga. Ela era capaz de sobreviver com seu amor platonicamente, mas jamais conseguia viver sem a amizade de Emily. Por mais que tivessem se afastado durante esses anos, sabia que ela sempre estaria ali para o que precisasse. Maior do que o medo de levar um fora era o de arruinar de uma vez por todas o que haviam construído.

Direcionou o olhar para a morena, sentada ao seu lado, que escutava música em seu iPod enquanto admirava distraída a paisagem de montanhas e pastos verdes. Um sorriso involuntário surgiu em sua boca, o que acontecia sempre que parava para observá-la. Ela era, sem sombra de dúvidas, a criatura mais linda que existia no mundo. Sua beleza exótica chamava atenção por onde passava, o que em muitas ocasiões provocava ciúmes com os quais tinha que lutar para disfarçar.

Hanna bocejou, o que lhe fez lembrar que quase não havia dormido durante a noite. Depois de muito lutar para controlar o desejo de abraçar o corpo moreno que descansava ao seu lado, já era quase manhã quando finalmente havia conseguido dormir. Ainda tinham quase uma hora e meia de estrada pela frente, então resolveu tirar um cochilo. Apoiou a cabeça em Emily, que sorriu ao sentir o peso em seu ombro e se dedicou a fazer cafuné no cabelo loiro. Hanna não poderia estar mais confortável com a sensação, e rapidamente caiu no sono.

Spencer, que observava pelo retrovisor, decidiu que ainda naquele dia tentaria conversar com Hanna. Tinha que descobrir os reais sentimentos da amiga em relação à Emily para decidir que providencias tomaria.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam? Vocês concordam com a Aria de que uma vez ultrapassado o limite da amizade não tem mais volta, ou acreditam em amizade colorida? Me contem suas opiniões e experiências, caso tenham vivido algo parecido! :D E o que vocês acham que vai acontecer nessa vinda do Sam à cidade? Perceberam que a Emily tá começando a sentir algo a mais pela Hanna? Eu quero que isso seja bem natural, acho muito bizarro essas histórias em que a pessoa acorda amiga e no dia seguinte tá apaixonada. hahahaha Tá cada vez mais perto da coisa se desenrolar entre elas, não deixem de acompanhar! :D Obrigada por acompanhar, comentar, favoritar, enfim, obrigada por todo o apoio! Não me abandonem e não deixem de comentar! Beijos :*