Girls Just Wanna Have Fun

Capítulo 1 – The Waldorf’s Story

                Forks continuava... na mesma. Bem, na mesma pode ter vários significados. A cidade como um todo, as pessoas, os costumes... tudo era o que sempre fora. Mas a vida dentro da Forks High School não era assim. Lotada de jovens que explodiam em hormônios, havia brigas, paixonites e panelinhas como em qualquer outra escola. Aparentemente os pais não percebem, mas a vida de seus filhos dentro da escola é muito mais emocionante do que parece.

                Como em todo colégio, havia na Forks High School os... populares. Poderia se dizer que eram Mike Newton, Jessica Stanley, Angela Weber e Lauren Malroy, entre outros. Mas havia outros. Ou melhor, outras. Três garotas chamavam a atenção na escola. E muito. Não importava o quanto ignorassem ou não o resto dos estudantes, não importava como se portassem, elas sempre eram as populares. Aquelas que todas as outras garotas almejam ser, em uma mistura de inveja e admiração. Aquelas que todo garoto quer ter, ou simplesmente passa horas e horas divagando em fantasias.

                Em primeiro lugar, havia toda aquela fascinação pela maneira como elas se vestiam e se portavam. A delicadeza com que usavam as roupas mais luxuosas e cheias de classe impressionava a todos. E em segundo lugar, havia a beleza natural delas. Aquela beleza inexplicável. Aquela pele branca, lisa e sem quaisquer imperfeições. Aqueles cabelos brilhantes e perfeitos, sem um fio sequer levantado. Aqueles olhos dourados e brilhantes. Ninguém se atrevia a se deixar prender muito tempo naqueles olhos. Por tudo isso, as três sempre chamaram a atenção.

Mas toda essa perfeição inexplicável na verdade tinha uma explicação. Essas três garotas guardavam um segredo, algo da qual elas eram as únicas a par naquela cidadezinha – sem contar a reserva de La Push, obviamente.

Isabella, Rosalie e Alice eram vampiras. Vampiras de verdade, do tipo que sugam sangue, são incrivelmente fortes e rápidas e sua beleza divinal tem como objetivo atrair sua presa. O que funcionava muito bem. Elas eram irmãs, vinham de uma família tradicional e rica do início do século XX, os Waldorf. Na verdade, Rosalie era a única Waldorf de sangue, Isabella e Alice haviam sido adotadas, mas isso quando elas tinham apenas um ano e Rosalie tinha dois. Nunca esqueceram o dia em que suas vidas mudaram para sempre. As duas mais novas tinham dezessete anos, e a mais velha, dezoito. Um homem invadira a casa da família. Estava descalço e se vestia mal, mas era lindo. Matou os donos da casa em questão de segundos. Mas quando viu as lindas garotas amedrontadas, filhas dos cadáveres ali jogados, achou que era um desperdício muito grande. Mordeu cada uma na mão, já que não é um lugar com grande fluxo sangüíneo, para não sofrer grande tentação. Os três dias que se seguiram foram da mais intensa e marcante dor que qualquer uma delas tivessem sentido. Quando acordaram, o assassino esperava que elas se juntassem a ele, mas a raiva delas era tamanha que as três o mataram.

Enojadas de si mesmas por sentirem atração pelo sangue dos pais mortos, fugiram da cidade. Sempre que sentiam sede de sangue, inevitavelmente acabavam lembrando-se dos pais, mortos, jogados, ensangüentados. Então, quando não agüentavam mais, começaram a se alimentar de sangue animal. Foi a salvação.

Desde então, Isabella, Alice e Rosalie pulavam de uma cidade a outra, se matriculando em escolas, se integrando às comunidades até que era impossível esconder o fato de que o tempo não fazia efeito algum nelas. No entanto, elas sempre tiveram uma capacidade de adaptação realmente extraordinária, então não tinham problemas com o avanço da humanidade nem com as constantes mudanças de ambientes. E não importa onde estivessem, fosse em uma escola no interior da Carolina do Norte ou em um colégio feminino de elite em Nova Iorque, elas sempre acabavam como as mais populares, amadas e admiradas da população adolescente.

E não importava também o quanto repetiam o mesmo cotidiano, tinham as mesmas aulas, se formavam com as mesmas becas, as três irmãs nunca achavam a rotina maçante ou monótona. Pelo contrário, sempre achavam divertido. Faziam questão de fazer da vida uma eterna piada, e bota eterna nisso. Elas adoravam rir da maneira como eram invejadas e admiradas na escola, amavam fazer compras em grandes lojas de departamentos [não em Forks, claro ¬¬ ] e faziam tudo com a maior devoção possível.

Essas são as Waldorf.