Garota Dos Lobos escrita por Anna Mafort, Amanda Suellen


Capítulo 2
Capítulo Um - Welcome to Forks.


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, temos algumas explicações... mas apenas nas notas finais, não irei tomar o tempo de vocês aqui!
Lets go! Boa leitura =)



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Melissa finalmente havia terminado de fazer suas malas. Seu quarto estava totalmente vazio, tirando é claro, os móveis e suas três malas em cima da cama. As paredes já não estavam mais preenchidas com fotos, nem a escrivaninha cheia de papéis. Seu notebook não estava aberto em nenhum site de dança, rede social ou algo do tipo. O guarda-roupa também já se encontrava vazio, sem sua costumeira bagunça. Os quadros, que ganhara no verão passado, já não estavam mais no canto direito do seu closet... E a garota feliz que dormia ali estava prestes a partir para Forks.

Ela estava indo morar com seu pai, Charlie Swan, chefe de policia, e com sua meia-irmã, Isabella Swan. Melissa estava feliz por ter a oportunidade de conhecer seu pai melhor, mas não conseguia deixar de pensar que deixaria sua mãe sozinha na Espanha.

- Mel? Querida? – Alicia apareceu na soleira da porta, seus aveludados olhos castanhos estavam brilhando pelas lágrimas não derramadas. – Você está pronta?

- A pergunta certa seria: Você está pronta? – Perguntou enquanto pegava uma de suas malas, queria ter certeza que sua mãe ficaria bem com sua partida. Afinal a mudança fora ideia de seus pais, não dela.

- Oh, querida – ela abraçou a filha deixando que as lágrimas corressem livremente – Vou sentir sua falta.

- Também vou sentir sua falta, mãe. Irei vir te visitar sempre que puder, não fique achando que vai conseguir se livrar de mim tão facilmente. – Alicia soltou a filha e sorriu meio a lágrimas.

- Não se preocupe querida, eu sei o quanto é difícil se livrar de você. – Mel fez uma careta e sua mãe riu da brincadeira. – Seu pai estará te esperando no aeroporto. – avisou a filha que imediatamente fechou a cara, diversas vezes desde que soubera que iria se mudar para Forks, pediu para que seu pai não fosse buscá-la no aeroporto, afinal ela já era maior de idade e saberia chegar até a casa dos Swan facilmente.

- Eu disse que conseguia chegar sem que ele viesse me buscar – reclamou a garota – Vocês dois alguma vez escutam algo que eu digo?

- Claro que sim minha filha.

- Ah é? Tipo quando? – perguntou irônica.

- Quando você pediu para morar na casa ao lado da de seu pai e não com ele. – Alicia respondeu balançando a cabeça – Ainda não entendo qual o problema de você e ele morarem juntos.

- O problema é que ele tem uma filha e eu sou uma completa estranha pra ela. Não quero ser um estorvo na vida dele, até porque sei me cuidar muito bem sozinha. Será melhor para todos se eu morar na casa do lado.

- Tudo bem querida, como quiser. Só espero que você fique bem.

- Ficarei mãe. E a senhora vai me prometer se cuidar, sem fazer nenhuma loucura.

- Que tipo de loucura sua querida mãe poderia fazer? – Alicia se fez de inocente. Diversas vezes Mel tivera que dar sermões em sua mãe, o que era engraçado já que ela deveria ser a criança e sua mãe a adulta.

- Quer que eu comece a listar as loucuras que você cometeu só na semana passada? – Perguntou com uma das finas sobrancelhas erguida.

- Vai continuar dançando? – Alicia perguntou a fim de mudar de assunto.

- Ainda não sei.

- Você tem que continuar! Você sempre quis seguir carreira de dançarina, já ganhou várias competições e tudo, não vai ser uma simples mudança que vai te fazer desistir da dança, não é?

- Não é por causa da mudança, mãe. E eu disse que não sabia, não que eu não iria mais dançar – Melissa revirou os olhos, já sabendo o discurso que sua mãe faria. Para fugir, olhou no relógio que marcava 8h15min, estava atrasada. Seu vôo sairia às 9h. – Tenho de ir para o aeroporto, meu voo sai em 45 minutos e eu devo chegar lá meia hora antes, te amo. – abraçou a mãe pela ultima vez e se colocou porta a fora.

- Também te amo querida. – foi a única coisa que ouviu sua mãe dizer, antes de entrar em seu carro.

Pouco depois um voo partia do aeroporto El Prat em direção a Washington, depois pegaria outro voo menor até Port Angeles, onde seu pai disse que a encontraria.

Dentro do avião, Melissa relutava contra o sono que aos poucos a envolvia, ela queria se manter acordada a viagem inteira, para admirar a paisagem e curtir as ultimas horas na sua amada Espanha.

...

"Senhores passageiros, dentro de instantes estaremos aterrissando no aeroporto nacional de Port Angeles. Por favor, afivelem seus cintos." A voz nos auto-falantes anunciava o pouso em solo americano e Melissa encarava a imensidão do céu azul, se perguntando se fazia o certo.

Seu coração insistia em dizer que não devia continuar com aquela história, que deveria pegar o próximo vôo de volta à Espanha e arranjar uma maneira de convencer sua mãe que morar com o pai não era uma boa ideia, ao menos não nesse momento.

Alicia não fazia tanta questão dessa mudança apenas para que ela pudesse se aproximar de seu pai, mas também para que ela sofresse menos com a morte da mãe. Há sete anos Alicia descobriu que tinha um tumor no cérebro. No começo estava estabilizado, mas há algum tempo vem aumentando de tamanho. O tratamento dela não está surtindo efeito e uma cirurgia seria muito arriscada, então ela decidiu que, para o bem de Melissa, a filha deveria estar longe quando ela morresse.

Entretanto, agora já estava um pouco tarde para arrependimentos. Não havia mais volta. A partir daquele dia estaria acrescentando um no número total de 3,545 habitantes da pacata Forks.

Ela respirou fundo e, atendendo ao pedido da comissária, apertou seu cinto. Sentiu suas mãos começarem a tremer e seu coração bombear cada vez mais rápido. Não tinha medo de avião, pelo contrário, desde pequena sempre adorou a sensação de liberdade que voar lhe trazia. Estava apenas nervosa com o desconhecido.

Logo que desceu do avião Mel avistou seu pai. Uma onda de saudade e medo a invadiu, não sabia se corria para um longo abraço ou voltava para a aeronave e para Espanha. Optou pela primeira opção.

- Minha pequena, que saudade. – Charlie falava enquanto correspondia desajeitadamente ao abraço. Não estava muito acostumado a demonstrar afeto.

- Digo o mesmo, papai. Faz quanto tempo que não vai me ver? Dez meses? – lançou-lhe um olhar um pouco bravo, mas logo sorriu, o ajudando a levar as malas para o carro.

- É, mais ou menos isso. Espero que me desculpe. – sorriu amarelo.

- Posso pensar no seu caso. – brincou e entrou na viatura policial, que atraia mais olhares do que gostaria. – Como estão as coisas?

- Tudo ótimo. Já te matriculei na escola, começa depois de amanhã. – ela soltou um muxoxo desgostoso, por ela voltaria a estudar apenas no próximo ano.

- E Isabella? – Charlie estacou por alguns segundos antes de prender o cinto.

- Ainda não falei com ela, querida. Bella está em um momento um pouco delicado, não consegui encontrar uma oportunidade para falar sobre você, me desculpe. – Mel suspirou. Sabia que não seria fácil para a irmã aceitá-la, menos ainda o fato de Charlie nunca ter falado sobre isso para ninguém. Era muito fácil para todos pensarem que ele e Alicia tiveram um caso enquanto o mesmo ainda estava com Renée, o que não era verdade.

- Quando pretende falar?

- Ainda hoje. Quero que se conheçam o mais rápido possível. – garantiu e Mel concordou com a cabeça.

O resto do caminho seguiu tranquilo. Conversaram sobre algumas banalidades e acertaram alguns detalhes da mudança. O caminhão com os móveis e caixas de Mel deveria chegar no dia seguinte pela manhã, assim como sua amada Yamaha-07 r6Além da dança, Mel tinha também uma verdadeira paixão por velocidade. Desde que se conhece por gente ama a adrenalina que andar de moto lhe proporciona, este era seu meio de transporte favorito.

Charlie estacionou em frente a uma casa branca de dois andares. Possuía uma varanda em toda sua volta e algumas escadas que levavam para a porta. Duas janelas na parte inferior da frente e outras três menores na superior. Não era nada de muito luxo, mas Melissa estava realmente encantada.

- É essa aqui? – perguntou a Charlie, seus olhos brilhavam.

- Exatamente. Gostou? Bom, não é nada comparada a que vocês tem na Espanha, mas podemos dar uma ajeitada aqui e alguns retoques ali...

- Está brincando, pai? Ela é perfeita! – Sua animação era impossível de ser contida, logo estava dentro da varanda com um sorriso enorme no rosto. – Eu realmente amei.

- Fico feliz. – o patriarca suspirou aliviado. – Aquela ali é a minha. – Charlie apontou para a residência ao lado, era um pouco mais simples, mas igualmente encantadora. – E aqui está sua chave. Vamos, entre.

Mel se atrapalhou um pouco com as chaves devido ao nervosismo, mas conseguiu abrir na terceira tentativa. Sua boca se abriu levemente e seu sorriso se alargou um pouco mais. A sala estava vazia, mas ela já podia imaginar os móveis que havia comprado a decorando, além de algumas ideias que teve para a decoração. O espaço amplo era relativamente grande. Uma porta do lado esquerdo levava a cozinha, a escada no centro para o andar superior e a outra porta à direita estava fechada. Havia uma lareira aconchegante no canto ao lado da porta da cozinha e Mel já podia imaginar-se aquecendo as mãos nos dias mais frios da pacata cidade.

- Esta sala irá ficar por ultimo, é uma surpresa para você. – Charlie piscou com um olho só, sorrindo.

- Mas, pai... Me deixe ver. – Mel fez bico e ele apenas negou com a cabeça. Ela cruzou os braços, mas logo suspirou e foi conhecer o restante da casa.

A escada dava pra um corredor, ao lado direito havia duas portas. Uma para um quarto e outra para o banheiro. E à esquerda uma única que levava ao quarto de Mel. Este possuía um banheiro anexado e um pequeno closet. O outro quarto provavelmente ficaria para visitas. Todos os cômodos eram bem amplos, iluminados e arejados, e já estavam perfeitamente decorados na cabeça de Mel. Assim que terminasse de montar os móveis, iria a Port Angeles comprar alguns enfeites.

- Não está se esquecendo de nada? – Melissa perguntou a Charlie que já ia saindo da casa.

- Estou? – ela apontou com a cabeça para a tal porta fechada e ele sorriu. – Veja você mesma.

Assim que abriu a porta Mel deu de cara com as paredes espelhadas e um piso de madeira.

- É uma sala de dança. Para que você possa treinar enquanto estiver aqui. – Charlie logo explicou. Se ela achava que era impossível seu sorriso aumentar estava enganada. Aquela casa era perfeita para ela.

Talvez mudar-se para Forks não fosse tão ruim, afinal.


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Notas finais do capítulo

E ai pessoal, tudo bem? Gostaram? Ficamos tão feliz com a quantidade de reviews que recebemos *-* Muito obrigada, mesmo!

Bom, primeiramente, desculpem pela demora em postar... eu (Anna), estou internada... não é nada muito grave, mas realmente não consegui escrever antes...
E...
Mands, infelizmente, está se afastando do Nyah por um tempo, motivos pessoais... Deem Boas Vindas a Yasmin, é ela que está tomando conta das coisas da Amanda por um tempo, inclusive me ajudando com a fic. Muito obrigada, Min. Seja bem vinda :)

Ah sim, pra finalizar... quem ficou curioso com a moto da Mel, é essa aqui: http://fotosdemoto.com.br/wp-content/uploads/2012/07/yamaha-YZF-R6-5.jpg
Poderosa, não? u.u

Enfim, só isso (só?)! Obrigada pela paciência em ler até aqui, espero realmente que tenham gostado... reviews?